Eu vivo perguntando, por que vivo?
Vivo em função da espécie ou da raça?
Enquanto indago o incógnito motivo,
Minha vida se resolve e célere passa.
Transponho a mocidade pensativa,
Num plano elementar de luz escassa,
E, cruel momento, como morta viva,
Penso num futuro vazio, e tudo passa.
Meu ser regressa ao ponto primitivo,
E vê tudo desfeito como fumaça,
Acabo vendo a morte como lenitivo.
Inquiro a forma que me enlaça,
Que vim aqui fazer de positivo?
Passar apenas, como tudo passa.