Cultivo um amor tão desvairado,
Me ilude uma paixão que devora,
Sei que estou no caminho errado,
Mas, como é difícil recuar agora!
E cada vez que o vejo me deploro,
Procuro-te com o olhar rua afora,
Me torno pedinte, num canto canoro,
Escravo de um olhar que implora.
Debalde me esforço ingrata namorada,
Sigo adiante, quis esquecê-lo em vão
Nada de ti me agrada.
Mas, chega...cansei de tanta ingratidão
Agora serás por mim abandonada,
Abandonada sim, mas esquecida não!