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12 de jan. de 2011

O meu verso!...



Não me digam quem eu sou
nem tentem encontrar a expressão e o valor
da minha alma multicor
numa álgebra mesquinha!
Odeio, e sempre odiei qualquer definição...
Plasmo imagens de terra a de luz para a minha
distração,
e falo sempre das coisas no esperanto dos símbolos,
porque a vida maior nem sempre é essa que a gente
pode tocar com a mão!

O meu verso há de ser claro e puro
diáfano como a manhã,
sonoramente cristalino como as notas
da flauta de Pã...
E a vida que neles pulsa, canta a estua
nem vestirei com a minha fantasia
pela gloria de enfim ver a beleza nua,
no templo da Poesia!

Sem pautas, sem notas, componho os meus versos
quando me encontro a sós,
quando falo da vida...e me esqueço do mundo
a escutar essa fonte que canta no fundo
de todos nós ...

Essa fonte que às vezes canta
às vezes ri
às vezes chora
e que no seu estranho simbolismo
parece aquela fonte que rola distante
no fundo do abismo,
(que a gente sabe que existe porque lhe ouve a voz
da água inquieta a canora)
mas não se sabe aonde vai
nem ninguém sabe onde mora!

Fonte oculta, extraordinária
que ri, que canta a soluça
na minha inspiração,
e onde não poucas vezes, temerária
minha alma se debruça
visionaria,
se debruça a procurá-la
e em vão!