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2 de fev. de 2011

A história do cavalo!...



HISTÓRIA DO CAVALO
Na maior parte da idade glacial, o Equus passou das Américas para a Europa e para a Ásia. O processo chegou ao fim há cerca de 10 mil anos, quando o cavalo desapareceu do continente americano. Quatro cavalos primitivos se desenvolveram na Ásia e na Europa, influenciados pelo meio em que viviam. Na Ásia, o cavalo das estepes, Equus przehevalski, hoje, conhecido como cavalo selvagem da Ásia ou Cavalo de Przehevalski, que pode ser considerada uma subespécie do atual cavalo doméstico; mais para ao oeste apareceu o tarpan, uma cavalo com ossatura mais fina e membros mais afilados que os da estepes; e, ao norte da Europa, surgiu o cavalo das florestas ou diluvial, pesado e vagaroso. No noroeste da sibéria há evidência de outro primitivo, o cavalo da tundra.

CAVALO DE PRZEWALSKI

O cavalo selvagem da Ásia ou da Mongólia agora só pode ser encontrado nos Zoos.

Há mais de 5 mil anos o cavalo é um animal doméstico. Acredita-se que o cavalo foi domesticado no Neolítico (Idade da Pedra Polida), seus vestígios foram encontrados (ossadas, gravuras, pinturas rupestres) nas grutas de Lascaux, de Madaleine e de Altamira.
Em 1967, encontrou-se um esqueleto numa rocha da época eocena do sul dos Estados Unidos. É o Eohippus, a partir do qual o desenvolvimento dos eqüinos pode ser traçado por um período de 60 milhões de anos, até surgir, há cerca de 1 milhão de anos, do Equus caballus, o antepassado do cavalo. O Eohippus tinha o tamanho aproximado de uma raposa, com quatro dedos nos pés dianteiros e três nos posteriores. Sua pelagem era, provavelmente, mosqueada ou listrada para que ele pudesse confundir-se com o seu ambiente.

No Novo Continente, as formas mais primitivas se relacionam com os períodos geológicos mais antigos. Os tipos principais são os seguintes:

Espécie
Época
Descrição
Eohippus
Eoceno
Inferior

Quatro dedos adiante, com rudimento de quinto, quatro dedos atrás; o mediano mais desenvolvido. Supunha-se que
pesava cerca de 5,4 Kg com uma altura média de 36 cm, tal como uma raposa.

Orohippus
Eoceno
superior
O vestígio do quarto dedo desapareceu.

4 dedos adiante e tres atrás; tamanho de um tapir.

Mesohippus
 Oligoceno
Mioceno
Inferior
O 2º 3 4º dedos apenas tocam o solo;
3 dedos adiante e um rudimento estilóide
e 3 dedos atrás. Tamanho de uma ovelha.
Foi neste período que a espécie deixou
de habitar florestas e passou a vagar
pelas planícies.

Miohippus
Mioceno

Superior
3 dedos quase do mesmo tamanho.
Menor que o protohipo.

Protohippus
Plioceno

Inferior
Semelhante ao cavalo, quase do tamanho do jumento. Apenas o dedo central toca o solo, os laterais são muito reduzidos.

Pliohippus
Plioceno
Médio
Muito semelhante ao cavalo, menor;
ossos estilóides maiores do que no cavalo, cascos pequenos, falanges mais largas.

Equus fossilis
Não difere do cavalo atual; existiu muito difundido na América do norte e do sul, onde se extinguiu antes dos tempos históricos.

CICLO DE VIDA DOS CAVALOS

Um dos primeiros animais domésticos a ser melhorado pelo homem foi o cavalo. Naturalmente, essa aproximação com o homem foi à causa decisiva do seu triunfo na perpetuação de sua espécie sobre a terra. O homem, estudando melhor os animais, irá tratá-lo com mais amor e carinho, não o maltratando, principalmente os cavalos, que nos prestam inestimáveis serviços. Saiba um pouco do seu ciclo de vida e aprenda a respeitar cada etapa dela.
O período médio de prenhez da égua é de 11 meses. Meia hora depois de nascido, o potro ou poldro está de pé e se aconchegando à mãe para a primeira mamada. Uma vez em pé, embora incerto das pernas, ele já é capaz de acompanhar a mãe. As éguas alcançam a puberdade entre 15 e 25 meses, podendo procriar com dois a três anos, embora quatro sejam mais aceitáveis. Os machos, muitas vezes, são sexualmente potentes já com um ano de idade; contudo, na domesticidade, não são usados como reprodutores antes dos três ou quatro anos. Maduro aos cinco ou seis, um cavalo pode viver 20, 30 anos e até mais. Eu particularmente conheci um cavalo que morreu com 40 anos e de fome, por não ter mais dentes.

Primeiros anos de vida

O jovem poldro tem pernas compridas demais para o corpo, o que é uma defesa natural contra predadores quando no estado selvagem. Com seis semanas, já é capaz de se alimentar. Com dois meses perde seus pêlos de "criança", fartos e macios; na domesticidade, é desmamado entre quatro meses e meio e seis meses de idade.

Adolescência
Aos doze meses, o cavalinho tem certos pontos desordenados; mas seu arcabouço começa a encher-se, processo que continuará até a maturidade - momento em que o ponto mais alto da garupa se alinha com a cernelha. Até esse momento, a cernelha é consideravelmente mais alta. O cavalo cresce na frente, estágio por estágio, à medida em que envelhece. Os últimos pontos de crescimento nele são as epífises, as placas de crescimento nas extremidades dos compridos ossos das pernas. Até que elas se fechem, a perna não é capaz de aguentar os efeitos do trabalho, sobretudo quando precisa suportar peso; há o risco de que fique prejudicada ou se deforme. A epífise da extremidade do osso metacarpiano, acima da junta de quartela, fecha normalmente entre nove e 12 meses. Mas a que fica no fim do rádio, imediatamente acima do joelho, não fecha até que o animal tenha de dois anos a dois anos e meio.

Meia-idade
Na meia-idade (de 5 a 10 anos), o corpo está formado, e a esta altura, todos os órgãos internos estão bem desenvolvidos. As proporções físicas estão estabelecidas. Num cavalo bem-feito, o comprimento de pescoço terá uma vez e meia a distância que medeia o alto da cabeça e o lábio inferior, medida na frente da face. Nesse estágio do seu desenvolvimento, deve estar no auge da sua potencialidade, desde que o treinamento a que foi submetido, e que deve ter começado cedo, se tenha dirigido para a formação de uma musculatura correta.
 
Idade avançada
As articulações podem inchar e a circulação costuma ser menos evidente nos membros. Algumas vezes, os olhos ficam encovados e o dorso mais arqueado que o normal. Os dentes, geralmente, se gastam com a idade, dificultando a mastigação. O processo digestivo também fica comprometido, não sendo nada fácil manter o cavalo em uma condição saudável.



Lúcia Helena Salvetti De Cicco