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23 de dez. de 2010

Paternidade!...


Deito a vida na cama
e durmo com ela.

Faço filhos na vida
com amor:
Aí estão: meus poemas.



Castelo Sá
Choram, cantam, riem, lutam,
principalmente amam -
parecem-se comigo, bem sei que têm defeitos,
- mas são meus:
Neles pulsam meu sangue e se agita minha alma -
cumprirão seu destino.




Há uns poetas por aí
que só fazem filhos
por inseminação artificial.

Não amam. Talvez por isso, tenham um ódio de morte
aos poetas do Amor.