De uma lágrima vim . . . pingo de lua
feito orvalho de lua sempre a dançar.
Na transparência clara se insinua
que o meu eterno destino é dançar no ar.
Ali! beleza imortal da forma nua
beijada pelo luar.
E quando a lua, no céu, leve flutua
como se fosse nau a velejar,
eu levo aos anaias, de rua em rua,
saudades que vem, de mar em mar.
Ah! beleza imortal da forma nua
beijada pelo luar.
Sempre escuto uma voz que diz "sou tua"
nas noites brancas, brancas de luar,
que os namorados são filhos da lua
e irmãos mais novos do raio de luar.
Ah! beleza imortal da forma nua
beijada pelo luar.