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11 de jan. de 2011

Eu!...



Não vês? - Vai por ali passando neste instante,
tem o rosto sulcado... e as feições contraídas...
É uma vida, talvez, contendo muitas vidas
num destino impreciso e eternamente errante...

Não fala com ninguém... É vago e extravagante...
No olhar cheio de luz andam visões perdidas,
- quando chora, em seu pranto há lágrimas sentidas,
e quando ri, seu riso é mordaz e arrogante...

Despreza todo mundo... Anda consigo, a sós,
- não há quem lhe conheça os segredos do olhar,
nem quem lhe tenha ouvido a verdadeira voz. . .

Vai passando em minha alma. . . e nela se escondeu...
Se por ele algum dia eu for te perguntar, responderás:
-"É um louco!..." E eu te direi: - "Sou eu!..."