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13 de jan. de 2011

Mão amiga!...




Nas madrugadas desnudas
silenciosas, mudas,
muitas vezes percorri
avenidas, ruas, ruelas,
bairros periféricos, favelas,
para o prazer sentir!...
Isto foi em épocas passadas,
quando as muitas madrugadas,
testemunharam o que vivi.

Trôpego sem saber
com a visão turva a não ver,
sequer por onde passava
mesmo assim ainda sorria
a extravasar a fantasia,
que invadira o meu ser!...
No entrar dia e sair e dia
o mesmo percurso fazia,
assim era o meu viver.

Por falsos amigos cercado
ébrio, torpe, embriagado,
razão do meu viver
O corpo já aos frangalhos
pedaços de vida, retalhos,
aos poucos a padecer!...
Pelas calçadas, caía,
e ali mesmo dormia,
acordava pra beber.

Foram anos, de sofrer,
vendo a vida a perecer,
no leito da embriaguês
marginalizado, esquecido,
sem ninguém a me dar ouvido
até um dia aparecer!...
As mãos santas do Senhor
que do poço me resgatou,
pondo fim ao meu sofrer.

O pesaroso, o passado,
de quando embriagado,
lembro e ao recordar
daquele momento decisivo
ao ser resgatado, vivo,
daquele túnel quase sem luz!...
Nunca haverei de esquecer
aquelas mãos a me acolher,
e dizer-me: “Sou Jesus”.

Obrigado, muito obrigado,
meu Jesus abençoado
fiel amigo, Salvador,
ao salvar-me daquele abismo
libertou-me do alcoolismo,
e ainda me mostrou!...
O caminho a ser seguido
e fielmente tenho cumprido,
as palavras do Criador.

Foi um passado que marcou
duas fases que ficou
mas feliz, posso afirmar,
Nada mais tenho a temer
meu desejo de viver,
fez meu ego despertar!...
Hoje lembro com saudade
do ar de felicidade,
de Jesus ao me abençoar.