O Regime Militar no Brasil (1964: 40 anos depois).
O golpe de 1964 e a instauração do regime militar
Na madrugada do dia 31 de março de 1964, um golpe militar foi
deflagrado contra o governo legalmente constituído de João Goulart. A
falta de reação do governo e dos grupos que lhe davam apoio foi notável.
Não se conseguiu articular os militares legalistas. Também fracassou
uma greve geral proposta pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) em
apoio ao governo. João Goulart, em busca de segurança, viajou no dia 1o
de abril do Rio, para Brasília, e em seguida para Porto Alegre, onde
Leonel Brizola tentava organizar a resistência com apoio de oficiais
legalistas, a exemplo do que ocorrera em 1961. Apesar da insistência de
Brizola, Jango desistiu de um confronto militar com os golpistas e
seguiu para o exílio no Uruguai, de onde só retornaria ao Brasil para
ser sepultado, em 1976.
Antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Auro de
Moura Andrade, já havia declarado vaga a presidência da República. O
presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu
interinamente a presidência, conforme previsto na Constituição de 1946, e
como já ocorrera em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros. O poder
real, no entanto, encontrava-se em mãos militares. No dia 2 de abril,
foi organizado o autodenominado "Comando Supremo da Revolução", composto
por três membros: o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo
(Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e o general
Artur da Costa e Silva, representante do Exército e homem-forte do
triunvirato. Essa junta permaneceria no poder por duas semanas. Nos primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão atingiu os
setores politicamente mais mobilizados à esquerda no espectro político,
como por exemplo o CGT, a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas
Camponesas e grupos católicos como a Juventude Universitária Católica
(JUC) e a Ação Popular (AP). Milhares de pessoas foram presas de modo
irregular, e a ocorrência de casos de tortura foi comum, especialmente
no Nordeste. O líder comunista Gregório Bezerra, por exemplo, foi
amarrado e arrastado pelas ruas de Recife.
A junta baixou um "Ato Institucional" – uma invenção do governo militar
que não estava prevista na Constituição de 1946 nem possuía
fundamentação jurídica. Seu objetivo era justificar os atos de exceção
que se seguiram. Ao longo do mês de abril de 1964 foram abertos centenas
de Inquéritos Policiais-Militares (IPMs). Chefiados em sua maioria por
coronéis, esses inquéritos tinham o objetivo de apurar atividades
consideradas subversivas. Milhares de pessoas foram atingidas em seus
direitos: parlamentares tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram
seus direitos políticos suspensos e funcionários públicos civis e
militares foram demitidos ou aposentados. Entre os cassados,
encontravam-se personagens que ocuparam posições de destaque na vida
política nacional, como João Goulart, Jânio Quadros, Miguel Arraes,
Leonel Brizola e Luís Carlos Prestes.
Entretanto, o golpe militar foi saudado por importantes setores da
sociedade brasileira. Grande parte do empresariado, da imprensa, dos
proprietários rurais,
da Igreja católica, vários governadores de estados importantes (como
Carlos Lacerda, da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas Gerais, e Ademar
de Barros, de São Paulo) e amplos setores de classe média pediram e
estimularam a intervenção militar, como forma de pôr fim à ameaça de
esquerdização do governo e de controlar a crise econômica.
O golpe também foi recebido com alívio pelo governo norte-americano,
satisfeito de ver que o Brasil não seguia o mesmo caminho de Cuba, onde a
guerrilha liderada por Fidel Castro havia conseguido tomar o poder. Os
Estados Unidos acompanharam de perto a conspiração e o desenrolar dos
acontecimentos, principalmente através de seu embaixador no Brasil,
Lincoln Gordon, e do adido militar, Vernon Walters, e haviam decidido,
através da secreta "Operação Brother Sam", dar apoio logístico aos
militares golpistas, caso estes enfrentassem uma longa resistência por
parte de forças leais a Jango.
Os militares envolvidos no golpe de 1964 justificaram sua ação
afirmando que o objetivo era restaurar a disciplina e a hierarquia nas
Forças Armadas e deter a "ameaça comunista" que, segundo eles, pairava
sobre o Brasil. Uma idéia fundamental para os golpistas era que a
principal ameaça à ordem capitalista e à segurança do país não viria de
fora, através de uma guerra tradicional contra exércitos estrangeiros;
ela viria de dentro do próprio país, através de brasileiros que atuariam
como "inimigos internos" – para usar uma expressão da época. Esses
"inimigos internos" procurariam implantar o comunismo no país pela via
revolucionária, através da "subversão" da ordem existente – daí serem
chamados pelos militares de "subversivos". Diversos exemplos
internacionais, como as guerras revolucionárias ocorridas na Ásia, na
África e principalmente em Cuba, serviam para reforçar esses temores.
Essa visão de mundo estava na base da chamada "Doutrina de Segurança
Nacional" e das teorias de "guerra anti-subversiva" ou
"anti-revolucionária" ensinadas nas escolas superiores das Forças
Armadas.
Os militares que assumiram o poder em 1964 acreditavam que o regime
democrático que vigorara no Brasil desde o fim da Segunda Guerra Mundial
havia se mostrado incapaz de deter a "ameaça comunista". Com o golpe,
deu-se início à implantação de um regime político marcado pelo
"autoritarismo", isto é, um regime político que privilegiava a autoridade do Estado em relação às liberdades individuais, e o Poder Executivo em detrimento dos poderes Legislativo e Judiciário.
Já no início da "Revolução" ficou evidente uma característica que
permaneceria durante todo o regime militar: o empenho em preservar a unidade
por parte dos militares no poder, apesar da existência de conflitos
internos nem sempre bem resolvidos. O medo de uma "volta ao passado"
(isto é, à realidade política pré-golpe) ou de uma ruptura no interior
das Forcas Armadas estaria presente durante os 21 anos em que a
instituição militar permaneceu no controle do poder político no Brasil.
Mesmo desunidos internamente em muitos momentos, os militares demonstrariam um considerável grau de união sempre que vislumbravam alguma ameaça "externa" à "Revolução", vinda da oposição política.
A falta de resistência ao golpe de 1964 não deve ser vista como
resultado da derrota diante de uma bem articulada conspiração militar.
Foi clara a falta de organização e coordenação entre os militares
golpistas. Mais do que uma conspiração única, centralizada e
estruturada, a imagem mais fidedigna é a de "ilhas de conspiração", com
grupos unidos ideologicamente pela rejeição da política pré-1964, mas
com baixo grau de articulação entre si. Não havia um projeto de governo
bem definido, além da necessidade de se fazer uma "limpeza" nas
instituições e recuperar a economia. O que diferenciava os militares
golpistas era a avaliação da profundidade necessária à intervenção
militar.
Desde o início havia uma nítida diferenciação entre, de um lado,
militares que clamavam por medidas mais radicais contra a "subversão" e
apoiavam uma permanência dos militares no poder por um longo período e,
de outro lado, aqueles que se filiavam à tradição de intervenções
militares "moderadoras" na política – como havia acontecido, por
exemplo, em 1930, 1945 e 1954 – seguidas de um rápido retorno do poder
aos civis. Os mais radicais aglutinaram-se em torno do general Costa e
Silva; os outros, do general Humberto de Alencar Castelo Branco.
Articulações bem-sucedidas na área militar de um grupo de oficiais
pró-Castelo e o apoio dos principais líderes políticos civis favoráveis
ao golpe foram decisivos para que, no dia 15 de abril de 1964, Castelo
Branco assumisse a presidência da República, eleito, dias antes, por um
Congresso já bastante expurgado. O novo presidente assumiu o poder
prometendo a retomada do crescimento econômico e o retorno do país à
"normalidade democrática".
Isto, no entanto, só ocorreria 21 anos mais
tarde. É por isso que 1964 representa um marco e uma novidade na
história política do Brasil: diferentemente do que ocorreu em outras
ocasiões, desta vez militares não apenas deram um golpe de Estado, como permaneceram no poder.
Akiane
Kramarik é uma artista autodidata em pintura e poetisa. Ela nasceu em
1994 em Mount Morris, EUA. Filha de um ex-chefe de cozinha e de uma dona
de casa. Segundo a Akiane, durante a noite quando dormia, passou por
uma experiência fora do corpo (projeção da consciência) onde um
espírito a visitou e levou para conhecer um mundo cheio de cores, ele
falou sobre o dom dela e disse que ela deveria aprender a usá-lo. Após
esta experiência Akiane começou a desenhar aos quatro anos de idade,
pintar aos seis e compor poesias aos sete anos. Aos doze anos ela fala
russo, lituano, e a linguagem dos sinais. Ela também vem se destacando
em suas aulas de música. Akiane diz que sua arte é inspirada nas
visões do "Paraíso", bem como em sua ligação com o "Criador". Sua arte
inclui paisagens, vida selvagem, pessoas... Há oito anos atrás, com
apenas oito anos de idade, Akiane se trancou no quarto e pediu pra Deus
mostrar como era Jesus, na manhã seguinte um homem bateu na porta da
casa dela dizendo que era carpinteiro e disse que seria o modelo para o
quadro dela. As pinturas de Jesus que Akiane pintou são muito
semelhantes ao rosto em 3D que os cientistas recriaram em 2010 baseado
no Sudário.
Para obter uma visão tridimensional do rosto no manto, estes cientistas
empregaram a mais avançada tecnologia 3D e recursos da computação
gráfica revelando características jamais vistas. Obs.: As primeiras fotos deste vídeo que mostram algumas pinturas de cidades espirituais feitas por ela, lembram a colônia "Nosso Lar", tanto a arquitetura das construções
quanto o muro da cidade. Akiane não conhece o livro "Nosso Lar"
psicografado em 1940 por Chico Xavier e nem assistiu o filme pois quando
ela pintou os quadros o filme nem existia.
Quadro famoso pela artísta Akiane Kramarik
Mediunidade - Rosto de Jesus é recriado por criança antes dos Cientistas
Jesus... O nascimento,o batismo e a morte de cruz.
"O Fim do Esquecimento"Trecho do documentário que está sendo exibido e debatido dia 28 de março na FESPSP.
Memória política é tema do último filme de Renato Tapajós O Fim do
Esquecimento que será lançado oficialmente e debatido no Campus da
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) no
próximo dia 28/03.
A exibição do filme se iniciará às 19hs e será seguida por um debate com
a participação do Renato Tapajós; Paulo Abrão, Presidente da Comissão
de Anistia do Ministério da Justiça; Paulo Vannuchi, ex-ministro da
Secretaria de Direitos Humanos (SDH) e o Deputado Estadual Adriano
Diogo, Presidente da Comissão da Verdade Rubens Paiva - Alesp. O debate
será mediado pela socióloga Taís Freire, membro da Comissão da Verdade
da FESPSP e do Instituto Macuco. Este eventose insere no calendário do
Cineclube Darcy Ribeiro, que neste semestre abordará a temas
relacionados aos 50 anos do Golpe Militar de 1964.(FESPSP)
Sobrevivendo Com Lobos - Filme Completo - Dublado
Brigada 49
A Guerra do Vietnã - Super documentário em alta definição (Parte 1 e 2)
A Guerra do Vietnã - Super documentário HD - Episódio 2