Foto do eclipse do dia 4 - 37% escurecida
Ontem dia 4, ocorreu um eclipse parcial
lunar, os moradores do leste da Ásia, da Austrália e de parte da América
do Norte observaram a Lua que ficou 37% escurecida por volta das 21
horas ( 8 horas em Brasília)
E hoje dia 5, o céu será palco de um
raro fenômeno celeste que nenhum ser humano vivo poderá presenciar outra
vez. Trata-se do trânsito de Vênus, um momento muito especial em que o
brilhante planeta cruzará o disco solar.
Os trânsitos de Vênus são bem conhecidos
e têm um período variável embora previsível: a um intervalo de 8 anos
segue-se outro de 121,5 anos, posteriormente acontece um trânsito 8 anos
mais tarde para voltar a acontecer 105,5 anos depois. São muito raros e acontecem em pares, o evento dessa terça-feira é o par do trânsito ocorrido em 2004 e o próximo par será daqui a 105 anos em 11 de dezembro de 2117.
O trânsito começa nesta terça-feira (dia
5, às 19h09 no horário de Brasília) a oeste do Meridiano de Greenwich e
na quarta-feira (6) a leste dele. Ele vai durar seis horas e 40 minutos
e será visível do oeste do Pacífico ao leste da Ásia e leste da
Austrália. Mas no Brasil, ele só será visto por habitantes do extremo
oeste do país, durante o pôr-do-sol, Vênus será observado como um
pontinho sobre o Sol, infelizmente a maioria de nós perderá o espetáculo
ao vivo e a cores, mas você pode acompanhar o evento no site ApoloChannel.
É um evento tão único que escolas e
museus ao redor do planeta estão preparando festas para acompanhar o
fenômeno e os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional
também estão planejando acompanhar o evento.
Qual é a importância científica de um trânsito de Vênus?
Edmund Halley, descobridor do cometa que
leva seu nome, percebeu que por meio dele é posível medir com grande
precisão a distância Terra - Sol, parâmetro que define a escala do
Sistema Solar.
Não só Edmundo Halley percebeu a importância desse evento. Os astrônomos maias tinham um conhecimento notável do movimento aparente de Vénus.
Eles sabiam em que dia Vénus apareceria a
Leste depois de ter desaparecido a Oeste. Mais ainda, eles sabiam que a
cada 2920 dias (mais ou menos 8 anos) Vénus repetia os seus movimentos
em relação ao Sol.
Os maias determinaram com grande
aproximação o período sinódico (o tempo que leva um astro (objeto) a
reaparecer no mesmo local em sucessiva conjunções com o Sol) de Vénus,
que segundo os astrônomos modernos é de 583.92 dias. Para os maias, ele
foi calculado em 584 dias.
Os seus astrônomos-sacerdotes perceberam que a Estrela da Manhã e Estrela da Noite
eram o mesmo planeta, um fato não apreciado, por exemplo, dos gregos
como Homero. Para o período sinódico de Vênus, eles usaram a figura
representando 584 dias, o número inteiro mais próximo ao valor
verdadeiro, 583,92. Este período sinódico foi dividido em quatro
posições de Vênus:
Estrela da Manhã (236 dias);
O Desaparecimento em Conjunção Superior (90 dias),
Evening Star (250 dias) e
O Desaparecimento (na Conjunção Inferior ) (8 dias).
O grande ciclo desse calendário,
equivalente ao nosso século, é alcançado após 65 períodos de
Vênus. Neste ponto, os sacerdotes astecas acreditavam, que o mundo
poderia acabar, por isso todos os incêndios no império eram extintos,
para serem reacendidos apenas quando as Plêiades atravessavam o auge em vez de parar.
O nascer helíaco (nascimento de um astro que coincide com o Sol) de Vênus foi um evento fantástico para os meso-americanos, que consideravam a influência do planeta decididamente funesta.
Borgia Codex. Mixcoatl / Venus
O Calendários de Vênus baseados na
equação de 65 Períodos são encontrados nos códices Cospi, Borgia, B e
Vaticanus, em que cinco deuses representando Vênus, cada um associado a
cinco sucessivos levantamentos heliacal do planeta, são desenhados com uma lança em suas vítimas.
Os maias também estavam numa posição
geográfica privilegiada, por exemplo: dos 40 Trânsitos de Vênus que
aconteceram entre o ano 2000 AC e 1500 DC (conquista espanhola), eles
observaram o fenômeno pelo menos 36 vezes.
O calendário de Vênus no Códice de
Dresden, considerado o mais importante dos poucos que ainda restam da
maioria que foram destruídos pelos espanhóis durante a invasão da
América Latina, mostra que os maias tinham um cerimonial mais complexo e
idéias de calendário associado a ele.
Como ciclo de Vênus era um calendário
importante para os maias, existem seis páginas no Códice de Dresden
dedicadas ao cálculo preciso da localização de Vênus.
Os antigos maias, utilizavam as portas e janelas dos seus edificios como apontadores astronômicos, especialmente para Vênus. Em Uxmal, por exemplo, todos os edifícios estão alinhados na mesma direção.
Os maias ofereciam numerosos sacrifícios humanos a Vênus e ao Sol. Vênus era o planeta patrono da guerra para os Maias e usavam-no para determinar os tempos apropriados para as coroações e guerras. Os governantes maias planejavam
as guerras de modo a terem o seu início quando Vênus aparecesse no céu
no Oriente após ter desaparecido no Ocidente, por isso que as datas de
várias batalhas estão ligadas a posições chave do ciclo de Vénus.
Alguns
pesquisadores que interpretaram os códices maias dizem que depois dos
13 longos períodos de tempo (Baktuns) depois do Trânsito de Vênus o
mundo chegaria ao fim de uma Era, coincidência ou não o fim do
calendário maia e o evento de Vênus acontecem esse ano, o próximo só em
2.117.
Acreditam no retorno do "Jaguar
Serpente" ou Kukulcan / Quetzalcoatl, e uma de suas profecias estabelece
que depois de um terremoto global, “o novo homem do conhecimento” irá retornar para a terra para estabelecer um governo global.
De acordo com o livro A Profecia de
Orion de Patrick Geryl, que explica dezenas de cálculos que são difíceis
de explicar em poucas linhas, tem que ler o livro mesmo, os maias
basearam seus cálculos no giro de quinhentos e oitenta e quatro dias do
planeta Vênus para calibrar seus cálculos solares, que civilizações antigas acharam e deixaram registrados uma conexão entre o ciclo das manchas solares e o campo magnético da Terra e que quando Vênus e Órion localizam-se em posições de códigos específicos, pode-se prever o próximo desastre. Sempre tudo tem a ver com o Sol e com ciclos que os astrônomos atuais não compreendem.
O livro também diz que chamas solares acenderão a atmosfera de Vênus.
Trechinho do livro:
Ao comparar os dados das
escrituras sacras com os de outros livros que leio, tudo se torna muito
mais claro: Chamas solares acenderão a atmosfera de Vênus, como a luz
polar, e se tornará tão visível como a Lua, ou inclusive mais ainda,
e parte da atmosfera de Vênus explorará no espaço.
Os maias descreveram estes eventos: Vênus era como um segundo Sol e tinha uma cauda. Por estas razões, os atlantes, os maias e os egípcios consideraram Vênus como o sinal mais importante do céu.
A significativa conclusão que se pode extrair disto é que, tanto os maias como os egípcios, seguiram Vênus de maneira precisa porque sabiam que se reacenderia no céu quando se produzir o próximo cataclismo!
Vênus é um planeta facilmente visível no céu porque sua órbita fica entre a Terra e o Sol, ainda de acordo com Patrick Geryl, , os maias deixaram registrado no códice Dresden que cada 117 giros de Vênus marcados cada vez que aparece no mesmo sítio no céu, o Sol sofre fortes alterações,
aparecem enormes manchas ou erupções de vento solar. Advertiram que
cada 1.872.000 kines ou 5.125 anos acontecem alterações ainda maiores e o
homem precisa ficar alerta, é o presságio de mudanças e destruição.
Ele diz também que o O Trânsito de Vênus seria o evento que marca ou aconteceria meses antes de um cataclismo:
Grandes explosões solares
Campo Magnético da Terra que está enfraquecido, diminuiria de vez
As explosões solares alterariam o funcionamento do núcleo da Terra
Ocorreria uma inversão polar
A rotação da Terra diminuiria rapidamente para então girar na direção oposta
E ele afirma que isso tudo aconteceria
em único dia no final de 2012. O livro é interessante por causa das
interpretações e dos cálculos que ele explica para "provar" a existência
desse código Vênus-Orion, achei também interessante sua interpretação
sobre chamas solares acendendo a atmosfera de Vênus que dependendo da chamuscada, realmente poderia aos observadores da Terra, parecer um "segundo Sol", no entanto afirmar que tudo isso aconteceria de uma só vez e em poucas horas no dia 21 de dezembro, é o mesmo que afirmar que tudo acontecerá exatamente como no filme 2012 e eu Ravena,
não acredito que as coisas sejam assim "tão simples", nossas mentes são
complicadas e para que qualquer cenário se materialize a humanidade
precisa trabalhar em cima dos scripts e como nos apresentaram muitos, as
possibilidades são todas e ter conhecimento (informação) delas é um
"privilégio conquistado".
Imagens SDO and GOES SXI