Um protótipo de televisor já é capaz
de gerar hologramas monocromáticos e coloridos, com a vantagem de não
forçar os olhos do espectador.
Desvantagens das TVs 3D
Especialistas afirmam que as telas atuais com imagens tridimensionais forçam os nossos olhos a trabalhar de forma antinatural.
No mundo real, quando se observa um objeto, os olhos focalizam e convergem para um mesmo ponto.
Mas quando se vê imagens 3D,
embora os olhos focalizem objetos que supostamente estariam na frente ou
atrás da tela, na realidade, eles continuam convergindo sobre a tela.
Por isso, críticos dizem que
assistir a muitas horas de TV tridimensional ou a imagens em que a
profundidade do 3D é grande demais, pode forçar os olhos e provocar
dores de cabeça.
Tanto assim que muitos
fabricantes de equipamentos 3D recomendam que crianças jovens sequer
assistam televisão 3D e alertam sobre os riscos dos videogames 3D.
TVs com hologramas
Os hologramas podem se transformar na alternativa mais saudável.
No atual protótipo, as imagens ainda são tremidas e tênues, e isso no modo monocromático. Colorido é pior ainda.
Por outro lado, a tecnologia é capaz de reproduzir tanto imagens de computador quanto filmes feitos em 3D.
O princípio é o mesmo usado em fotos holográficas, que surgiram nas últimas décadas.
As imagens são armazenadas em
filme ou neste caso, reproduzidas na tela, através de uma complexa rede
de interferências que só formam uma imagem quando vistas do ângulo
correto e sob a iluminação perfeita.
Para cada objeto na cena, fachos de luz são projetados da tela para convergirem no ponto em que o objeto realmente estaria.
Isso significa que os olhos podem convergir para e focalizar o mesmo ponto.
E é isso que os olhos fazem na vida real, diferentemente do que acontece na atual tecnologia 3D.
Infelizmente, a imagem anterior
em frente ao repórter era uma simulação de como ela podia ser vista do
ponto de vista do repórter.
Rastreador de olhos
O problema é que para que as
imagens possam ser vistas de vários ângulos, a TV precisaria produzir
muito mais fachos de luz e interferências, o que necessitaria de uma
quantidade enorme de informações.
O atual protótipo driblou esta
limitação com um sistema que identifica os olhos do espectador para
dessa forma projetar a luz no ponto ideal.
Atualmente, o máximo que o
sistema pode fazer é acompanhar os movimentos de 4 pares de olhos de uma
só vez, criando os respectivos hologramas.
A expectativa é que a tecnologia
avance a ponto de os primeiros televisores holográficos chegarem ao
mercado no fim do ano que vem. Recentemente, a IBM afirmou que espera
que isso aconteça dentro de cinco anos.
Fonte: BBC