Ninguém
hesita em levar os filhos para tomar vacina, mas, na hora de zelar pela
própria saúde, muitos adultos desprezam este cuidado. Em todas as fases
de nossa vida, porém, estamos sujeitos a infecções por vírus e
bactérias que, se não forem prevenidas, podem causar muitos e graves
problemas de saúde.
As doenças crônicas que se manifestam na vida adulta indicam que o individuo precisa se vacinar tanto para bactérias quanto para vírus. No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos. No caso dos vírus, a imunização dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço, para garantir que a doença não volte.
A
difteria é causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae que
é contraído pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta
o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos
graves, pode evoluir para uma inflamação no coração e até levar a óbito.
O tétano é uma doença infecciosa grave que frequentemente leva à morte. É causada pela neurotoxina tetanospasmina, produzida pela bactéria anaeróbica Clostridium tetani . A neurotoxina compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas. Se a doença não for tratada a tempo, é possível haver uma parada respiratória que pode levar à morte, devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração. Ferir-se com prego ou qualquer metal enferrujado é uma das formas mais comuns de contrair o tétano. A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalos de dois meses. Geralmente essas três doses são tomadas na infância. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz.
O
sarampo é uma doença viral, uma infecção do sistema respiratório,
causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente
contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de
gotículas expelidas pelo nariz, boca ou garganta de pessoas infectadas.
Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no
corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados
do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima,
ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco
observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser
imunizados para proteger as crianças com quem convivem.
A parotidite infecciosa, popularmente conhecida como papeira ou caxumba, é uma doença de transmissão respiratória, causada pelo vírus da parotidite infecciosa (foto de microscópio à direita). Conhecida por deixar o pescoço inchado, é uma doença da infância geralmente inofensiva, mas pode causar alguns problemas no adulto, como meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas. A inflamação de uma ou ambas as glândulas parótidas (responsáveis pela produção de saliva), são sua principal característica.
A
rubéola é uma doença causada pelo togavírus, é transmitida por via
respiratória. Seus principais sintomas são muito parecidos com outras
doenças virais comuns na infância, como sarampo e caxumba, geralmente
envolvendo febre, manchas avermelhadas pelo corpo, dor de cabeça, dor
pelo corpo, dificuldade ao engolir, nariz entupido e aumento dos
gânglios. Geralmente cura-se sozinha, mesmo sem tratamento, mas, em
mulheres grávidas, o embrião pode sofrer malformações. O vírus pode
levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê
nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez,
má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento. Mesmo que
não apresente sintomas perceptíveis, o doente de rubéola pode contaminar
as pessoas com quem convive. O adulto deve tomar a tríplice-viral se
ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização
completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O
Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa
data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados
anteriormente. Mesmo que todos com essas características devam ser
vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram
imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de
engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete
gestantes, podendo causar deformidade no feto.
A hepatite B é uma doença infecciosa frequentemente crônica, causada pelo vírus HBV .É transmitida sexualmente ou por agulhas com sangue infectado e pode evoluir paran um quadro de cirrose hepática ou câncer do fígado (hepatocarcinoma). A hepatite B, em geral, não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tiveram a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado. Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença.
O pneumococo , bactéria que pode causar a pneumonia entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração (alvos mais fáceis para o pneumococo), devem tomar essa vacina, sempre que há uma campanha de vacinação. Mesmo sendo ela uma das vacinas mais importantes, é a única do calendário que não é oferecida em postos de saúde. Para tomá-la, é preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais.
A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. Se não for tratada, a febre amarela pode levar à morte. Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do País e alguns municípios dos Estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mesmo que efeitos colaterais mais sérios sejam raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita àqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco.
O
vírus da Influenza pertence à família dos ortomixovírus e se apresenta
nos 3 tipos A, B e C. O tipo A promove doença de moderada a severa, em
todas as faixas etárias e pode causar epidemias, afetando até animais O
tipo B afeta somente humanos, principalmente crianças e causa epidemias
leves.O tipo C não é epidêmico. A vacina contra gripe deve estar na
rotina de quem está com mais de 60 anos. Muitas pessoas deixam de
tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já
que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com
a própria gripe. Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso
corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as
pessoas imaginam, ela demora uma média de 15 dias para se efetivar.
Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde,
enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares.
O vírus do papiloma humano (HPV, do Inglês Human Papiloma Virus) é um
vírus (foto microscópica à direita). que infecta os queratinócitos da
pele ou mucosas, e possui mais de 200 variações diferentes. A maioria
dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como verrugas, mas
certos tipos são frequentemente encontrados em determinadas neoplasias
como o câncer do colo do útero, do qual se estima que sejam responsáveis
por mais de 90% de todos os casos verificados. A vacina existe tanto
para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos
do vírus. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são
registrados por ano no Brasil.
O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele. Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda. A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos – em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas contra alguns deles
Por
falar em vacinas, começou no último dia 16 de junho a Campanha de
Vacinação Contra a Poliomielite (paralisia infantil), que continuará até
o dia 6 de julho próximo. Devem ser vacinadas as crianças até 5 anos de
idade. Em 1994, o Brasil recebeu, da Organização Mundial de Saúde
(OMS), o certificado de eliminação da paralisia infantil. Mas a
vacinação é importante porque o vírus continua em circulação em 16
países, principalmente nos da África e da Ásia.
As doenças crônicas que se manifestam na vida adulta indicam que o individuo precisa se vacinar tanto para bactérias quanto para vírus. No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos. No caso dos vírus, a imunização dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço, para garantir que a doença não volte.
Confira sete tipos de vacinas que
devem constar do seu cartão de
vacinação
1 – VACINA DUPLA / ADULTO / DIFTERIA E TÉTANO
O tétano é uma doença infecciosa grave que frequentemente leva à morte. É causada pela neurotoxina tetanospasmina, produzida pela bactéria anaeróbica Clostridium tetani . A neurotoxina compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas. Se a doença não for tratada a tempo, é possível haver uma parada respiratória que pode levar à morte, devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração. Ferir-se com prego ou qualquer metal enferrujado é uma das formas mais comuns de contrair o tétano. A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalos de dois meses. Geralmente essas três doses são tomadas na infância. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz.
A parotidite infecciosa, popularmente conhecida como papeira ou caxumba, é uma doença de transmissão respiratória, causada pelo vírus da parotidite infecciosa (foto de microscópio à direita). Conhecida por deixar o pescoço inchado, é uma doença da infância geralmente inofensiva, mas pode causar alguns problemas no adulto, como meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas. A inflamação de uma ou ambas as glândulas parótidas (responsáveis pela produção de saliva), são sua principal característica.
3 – VACINA CONTRA A HEPATITE “B”
A hepatite B é uma doença infecciosa frequentemente crônica, causada pelo vírus HBV .É transmitida sexualmente ou por agulhas com sangue infectado e pode evoluir paran um quadro de cirrose hepática ou câncer do fígado (hepatocarcinoma). A hepatite B, em geral, não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tiveram a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado. Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença.
4 – VACINA PNEUMO 23 – PNEUMONIA
O pneumococo , bactéria que pode causar a pneumonia entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração (alvos mais fáceis para o pneumococo), devem tomar essa vacina, sempre que há uma campanha de vacinação. Mesmo sendo ela uma das vacinas mais importantes, é a única do calendário que não é oferecida em postos de saúde. Para tomá-la, é preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais.
5 – VACINA CONTRA A FEBRE AMARELA
A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. Se não for tratada, a febre amarela pode levar à morte. Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do País e alguns municípios dos Estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mesmo que efeitos colaterais mais sérios sejam raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita àqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco.
6 – VACINA CONTRA A INFLUENZA (GRIPE)
7 – VACINA CONTRA O HPV
O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele. Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda. A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos – em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas contra alguns deles