O Mistério da Pedra da Gávea
Entre os bairros da Barra da
Tijuca e São Conrado, no Rio de Janeiro, e a 842 metros acima do nível do mar,
existe uma lendária montanha com a face de um gigante desconhecido que encanta
as pessoas que passam por ela com os seus mistérios.
Seu nome Gávea, remonta à época
do descobrimento, quando os portugueses que aqui chegaram notaram que ela era
um observatório perfeito das caravelas que chegavam, e reconheceram em sua
silhueta o formato de um cesto de gávea..
Sua face parece uma figura
esculpida, e existem inscrições antigas em um de seus lados. Sua origem é
objeto de discussão há anos, mas ninguém pode provar quem as fez e por que.
O monólito, cujo ponto culminante
situa-se na Barra da Tijuca, estendendo-se pelos bairros do Joá, do Itanhangá e
de São Conrado, Rio de Janeiro. Com topo de granito subindo 842 metros acima
do nível do mar, é o maior bloco de pedra a beira mar do planeta.
Conhecida como uma esfinge de
histórias contraditórias, desperta admiração pela imponência e mistério. É
um dos pontos extremos do parque da Floresta da Tijuca e um dos
mirantes mais espetaculares.
A Teoria da Tumba Fenícia
Segundo um artigo escrito em 1956, em 1946 o Centro de Excursionismo Brasileiro conquistou a orelha direita da cabeça, a qual está localizada a uma inclinação de 80 graus do chão e em lugar muito difícil de chegar. Qualquer erro e seria uma queda fatal de 20 metros de altura para todos os exploradores. Esta primeira escalada no lado oeste, apesar de quase vertical, foi feita virtualmente a "unha". Ali, na orelha, há a entrada para uma gruta que leva a uma longa e estreita caverna interna que vai até ao outro lado da pedra.
Após o primeiro relatório,
ninguém voltou a falar oficialmente sobre a Pedra até 1931, quando um grupo de
excursionistas formou uma expedição para achar a tumba de um rei fenício que
subiu ao trono em 856 A.C. Algumas escavações amadoras foram feitas sem
sucesso. Dois anos depois, em 1933, um grupo de escaladas do Rio de Janeiro
organizou uma expedição gigantesca com 85 membros, o qual teve a participação
do professor Alfredo dos Anjos, um historiador que deu uma palestra "in
loco" sobre a "Cabeça do Imperador" e suas origens.
Em 20 de janeiro de 1937, este
mesmo clube organizou outra expedição, desta vez com um número ainda maior de
participantes, com o objetivo de explorar a face e os olhos da cabeça até o
topo, usando cordas.
Em 1972, escaladores da Equipe Neblina escalaram o "Paredão do Escaravelho" - a parede do lado leste da cabeça - e cruzaram com as inscrições que estão a 30 metros abaixo do topo, em lugar de acesso muito difícil. Apesar de o Rio possuir uma taxa anual de chuvas muito alta, as inscrições ainda conservavam-se quase intactas.
Em 1963 um arqueólogo e professor
de habilidade científica, chamado Bernardo A. Silva Ramos traduziu-as como:
LAABHTEJBARRIZDABNAISINEOFRUZT
Que lidas ao contrário:
TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL
Ou:
TIRO, FENÍCIA, BADEZIR PRIMOGÊNITO DE
JETHBAAL
Robert Frank Marx, um arqueólogo americano interessado em descobrir provas de navegantes pré-colombianos no Brasil, começou em outubro de 1982, uma série de mergulhos na Baía de Guanabara. Ele queria achar um navio fenício afundado e provar que a costa do Brasil foi, em épocas remotas, visitada por civilizações orientais. Apesar de não achar tal embarcação, três vasos foram encontrados. Um permaneceu com José Roberto Teixeira, o mergulhador que encontrou os vasos, e os outros dois foram para a Marinha. As peças com capacidade para armazenar 36 litros, estão sob a guarda do governo brasileiro em uma localidade desconhecida.
Lendas sob a rocha
Outros fatos estranhos que rondam
a Esfinge são as estranhas aparições de luzes. Algumas pessoas também dizem ter
avistado seres estranhos – talvez guardiões da esfinge ou extraterrestres -.
Tem o caso de dois mergulhadores que ao explorar uma caverna submarina no sopé
da montanha perderam o sentido e foram parar no alto da Pedra da Gávea. O certo
é que algo muito misterioso ronda aquela Pedra e certamente nos traz uma série
de indagações. Poderia ser a Pedra da Gávea um túmulo fenício?
Há teorias que falam de um mundo
subterrâneo de Agartha, cuja capital seria Shambala. Uma das entradas desse
mundo, no Brasil, estaria na Pedra da Gávea. Outra entrada estaria em Sete
Cidades, no Piauí, e haveria uma terceira na Serra do Roncador. Dizem que
alpinistas viram estranhas luzes esverdeadas no local em que estaria o portal
desse mundo desconhecido. As duas entradas principais seriam nos polos norte e
sul da Terra. Mas isso é assunto para ser pesquisado.
Em 1973, a revista "Planeta" publicou uma entrevista com o vidente Alex Madruga, que garantiu ter visto vultos que vestiam mantos de cor púrpura bordados a ouro. Anos depois, foi a vez de Uri Geller dizer que sentira vibrações na pedra, que teria sido palco de sacrifícios.
Em 1977, o escritor Erich Von
Däniken, autor do best-seller "Eram os deuses astronautas?", escreveu
o prefácio do livro "Mensagem dos deuses: para uma revisão da História do
Brasil", do jornalista Eduardo B. Chaves, obra dedicada à Pedra da Gávea.
Entre as teorias apresentadas, está a de que os descendentes dos habitantes de
Atlântida - o continente perdido citado pelo filósofo Platão em um de seus
"Diálogos" - teriam modelado a pedra.
Os pés da Esfinge
Se a Pedra da Gávea representa a
cabeça de algum tipo de "esfinge", onde estaria o resto de seu corpo?
Alguns estudiosos afirmam que o morro do Pão de Açúcar seria os seus pés.
E para aqueles que não se contentam com pouco, o pé da esfinge tem uma "tatuagem".
E para aqueles que não se contentam com pouco, o pé da esfinge tem uma "tatuagem".
Quando o sol alcança o seu zênite
- ao meio dia - no Rio de Janeiro, aqueles que se dispõe a olhar para o Morro
do Pão de Açúcar a partir da Marina da Glória, poderão ver projetados neste
morro a imagem, em forma de sombra, da Fênix, o pássaro que ressurge das
cinzas. O mito do pássaro Fênix vem do antigo Egito, associado com a
imortalidade.
O gigante adormecido
Diante das inscrições ditas
“fenícias” que recobrem a Pedra da Gávea, o jornalista Carlos Lacerda foi até a
Ilha Rasa, o local mais propício para se obter a visão total da gigantesca
figura, conhecida como o “Gigante Adormecido” e afirmou: “A palavra rasa que
denomina a ilha (que de rasa não tem nada), significa “de onde se vê Ra” (o
gigante)”. Essa leitura coloca as inscrições petroglíficas da Pedra da Gávea
mais íntimas com a civilização egípcia do que com a fenícia, como supõe a
maioria dos especialistas.
“O perfil inteiro do “Gigante
Adormecido” pode ser visto da ilha de onde se vê RA”. O corpo tem 20 km de
comprimento deitado em berço esplêndido ao longo de sete bairros litorâneos do
Rio de Janeiro: Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana,
Botafogo e Urca.
O pesquisador Eduardo B. Chaves,
após enumerar uma grande quantidade de estranhezas ligadas ao complexo do
“Gigante Adormecido”, conclui: "É preciso alertar a quem de direito para o
fato de uma civilização avançadíssima, talvez até extraterrestre, ter possivelmente
estado no Brasil e nos haver deixado um monumento arqueológico de fazer inveja
aos mais famosos do mundo". Sua tese se respalda em documentos escritos e
orais. Um deles dá conta de um diálogo entre os colonizadores portugueses e os
índios. - De onde vocês vieram?, indagaram os colonizadores. A resposta foi
curta e inquietante: “Das estrelas".
Comparando os textos do egípcio
"Livro dos Mortos" com as inscrições petroglíficas da Pedra da Gávea,
que integra o complexo do “Gigante Adormecido”, Eduardo B. Chaves decodificou:
“Osíris é o próprio Gigante Adormecido e o seu complexo, uma homenagem a ele ou
a constatação indelével de que uma raça de seres evoluídos (super seres?) viveu
aqui no Brasil, milênios antes dos portugueses”.
O pesquisador Eduardo B. Chaves
informa o Pão de Açúcar possui "patas submersas". Um campeão de caça
submarina relatou-lhe que viu em uma destas "patas", algumas
inscrições. Elas foram traduzidas por Ladislau de Souza Melo e Neto, diretor
geral do Museu Nacional do Rio de Janeiro, membro do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro e catedrático em ciências naturais:
“Somos filhos da terra de Canaã.
Sobre nós pesa a desventura e a maldição. Em vão invocamos os nossos deuses.
Eles nos abandonaram e assim morreremos desesperados. Hoje é o décimo
aniversário do infausto dia em que chagamos a estas margens. O calor é atroz, a
água é podre, o ar cheio de repugnantes insetos. Os nossos corpos estão
cobertos de chagas. Ó deuses, ajudai-nos! Tiro, Sidon e Baal".
Em verdade, estamos longe de
descobrir a verdade a respeito desse ícone de mistério, em pleno território
brasileiro. Vejam então as diversas questões referentes a enigmas que perturbam
a humanidade como um lembrete de que a verdadeira história ainda está por ser
descoberta. Até que novos segredos sejam revelados, a luta para decifrar o
passado do Novo Mundo, certamente continuará a ser um campo fértil para
confrontos intelectuais.
Nós não sabemos, porém, elas sim.
As pedras sabem, E o recordam. A escritura do passado Encontra-se em seus
lábios selados E quem sabe um dia tudo nos será revelado.