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16 de mar. de 2011

Saudades do que passou!...

Saudades do que passou!...

Veja só quem vem chegando!
Não vem com a força de um furacão!
É o meu passado retornando,
Vem na forma real, não é ilusão!

Já não tão belo quanto era,
Nem tão forte como foi,
Chega cabisbaixo àquele que era,
Não diz:- Olá como vai! Não! Só diz:- Oi!

Vem mansinho, humilde, olhando o chão!
Nem um sorriso no rosto enrugado,
É um pedinte estendendo a mão.
Dá dó, em rever o meu passado!

Quando daqui saiu, forte, altivo,
Sequer olhava em torno, só para frente.
Pisava o chão com desprezo, era um deus vivo,
Éramos a escória, miseráveis indigentes.

Humilhou-nos da maneira mais vil,
Julgava-se acima do bem e do mal
E agora de volta alquebrado, de modo servil,
Mostrando o que sempre foi, um rastejante animal.

Não me vanglorio da sua desdita,
Causa-me comoção vê-lo assim, um trapo,             
Se nele há vida, ela por castigo reedita,
A história do príncipe que virou sapo.