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25 de jul. de 2012

Início de noite!... Hora de sucessos!


Titãs - Miséria

Titãs na época do álbum "Cabeça Dinossauro"

A partir de agora vou procurar colocar uma música todo dia no blog. A canção de hoje é uma aula de como incorporar conteúdo à uma letra, ela faz parte do álbum Õ BLÉSQ BLOM lançado em  1989. A minha mente viaja quando escuto essa música, afinal ela é um retrato da sociedade. Então ta aí a letra e o vídeo: 

 
Miséria - Titãs

"Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Índio, mulato, preto, branco
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Filhos, amigos, amantes, parentes
Riquezas são diferentes
Ninguém sabe falar esperanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Todos sabem usar os dentes
Riquezas são diferentes

Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Fracos, doentes, aflitos, carentes
Riquezas são diferentes
O Sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferenças
A morte não causa mais espanto
O Sol não causa mais espanto
A morte não causa mais espanto
O Sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferenças
Índio, mulato, preto, branco
Filhos, amigos, amantes, parentes
Fracos, doentes, aflitos, carentes
Cores, raças, castas, crenças
Em qualquer canto miséria
Riquezas são miséria
Em qualquer canto miséria"


 Dream On - Aerosmith



A música de hoje é de uma banda que em gosto bastante. Essa canção tem uma letra espetacular, mas como é em inglês vou colocar a tradução do site de letras do terra. A tradução está bem feita, por isso peguei de lá, caso contrário eu faria uma. Espero que vocês gostem.




  Dream On

 

Every time that I look in the mirror
All these lines in my face gettin' clearer
The past is gone
It went by like dusk to dawn
Isn't that the way?
Everybody's got their dues in life to pay


I know, nobody knows
Where it comes and where it goes
I know it's everybody's sin
You got to lose to know how to win


Half my life's in books' written pages
Lived and learned from fools and from sages
You know it's true
All the things
Come back to you


Sing with me
Sing for the year
Sing for the laughter n' sing for the tear
Sing with me
If it's just for today
Maybe tomorrow the good lord will take you away


Dream on


Dream until your dream comes true


Dream on


And dream until your dream comes true


Dream on


Sing with me
Sing for the year
Sing for the laughter n' sing for the tear
Sing with me
If it's just for today
Maybe tomorrow the good lord will take you away

Sonhe

 

Toda vez que me olho espelho
Todas estas rugas no meu rosto aparecendo.
O passado se foi,
Passou como o crepúsculo à aurora.
Não é assim?
Todo mundo tem que pagar suas dívidas na vida.


Eu sei que ninguém sabe
De onde vem e para onde vai.
Eu sei que é o pecado de todo mundo
É preciso perder para saber vencer.


Metade da minha vida está escrita em páginas de livros.
Vivi e aprendi dos tolos e dos sábios.
Você sabe que é verdade,
Todas as coisas que você faz
Voltam para você.


Cante comigo
Cante pelos anos
Cante pelo riso e cante pelas lágrimas,
Cante comigo
Se for apenas por hoje,
Talvez amanhã o bom senhor a levará.


Sonhe


Sonhe até que seu sonho se realize.


Sonhe


E sonhe até que seu sonho se realize.


Sonhe


Cante comigo
Cante pelos anos
Cante pelo riso e cante pelas lágrimas,
Cante comigo
Se for apenas por hoje
Talvez amanhã o bom senhor a levará.

"Qualquer maneira de amor vale a pena..."

As parcerias de Caetano com Milton Nascimento são raras. Mas belas. Pessoas de estilos pessoais e musicais bem distintos, são amigos (como costumam ser amistosas as relações entre mineiros e baianos) e se admiram mutuamente.
"Qualquer maneira de amor vale a pena", frase de Caetano para a melodia de Milton, ficou eternizada na canção "Paula e Bebeto". 
Blog de musicaemprosa : Música em Prosa, "Qualquer maneira de amor vale a pena..."
Fui atrás da história da canção... E fui ver que a história vem de um casal que era amigo de Milton Nascimento e que se separou. 
"Milton conheceu Paula e Bebeto em Três Pontas no início da década de 70. Ela era uma linda garota de 15 anos e Bebeto tinha pouco mais de 17. Em uma roda de violão na praça, o casal se aproximou e amanheceu ouvindo o compositor. “Virei uma espécie de padrinho deles. Foi a história romântica mais linda, mais completa que já vi”, afirma Milton. Anos antes, ao lado de Bebeto, Milton criou a melodia e chegou a esquecê-la". 
Blog de musicaemprosa : Música em Prosa, "Qualquer maneira de amor vale a pena..."
Certo dia, ao chegar no Rio, nos idos de 1975, Milton foi à casa de Caetano Veloso, num dia em que estava particularmente triste, haja vista a separação do casal de amigos Paula e Bebeto. 
“Ele me contava a história de Paula e Bebeto e chorava muito”, asseverou Caetano.
Milton, então, começou a tocar uma melodia. Alguns dias depois, agora em sua casa, Bituca (apelido de Milton Nascimento), recebendo Caetano, começou a dedilhar novamente aquela música. “Eu e ele nos trancamos em outra sala e sentamos no chão. Milton tocou três vezes a música. As palavras entraram na minha cabeça e fechei a letra na hora”, revela Caetano.
Blog de musicaemprosa : Música em Prosa, "Qualquer maneira de amor vale a pena..."
A canção revela a história de um casal que se amava de qualquer maneira, pois “qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar”.
Fico imaginando qual seria a "qualquer maneira" de amor que aquele casal vivenciara, e como Caetano colocou a letra sem sequer conhecê-los. Talvez eles guardem consigo tudo aquilo que fazia daquela história de amor um amor fantástico, que "vale a pena". 
Vida, amor, brincadeira, e o amor que se revela "de qualquer maneira". Pena por ter acabado, mas afinal, foi bonito, e "qual a palavra que nunca foi dita?". 
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Percebe-se que a música foi - e quando não é? - uma maneira de eternizar um amor adolescente que cresceu, mas não resistiu ao tempo. O casal jamais reatou o romance.  A música virou um clássico  na voz de Gal Costa, e, como no título da postagem,  pelo refrão “qualquer maneira de amor vale a pena...”. 
“Esse refrão diz a coisa mais perfeita para mim”, diz Milton.
Hoje, Bebeto é casado, tem quatro filhos, e  vendeu a fazenda de seu pai, no interior mineiro, que administrou por duas décadas. Paula também se casou, teve três filhos e vive em Belo Horizonte, onde produz artigos de couro. Milton batizou um filho de cada um.
A letra: 
Vida vida que amor brincadeira, vera
Eles amaram de qualquer maneira, vera
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar

Pena que pena que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor vale amar
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor valerá

Eles partiram por outros assuntos, muitos
Mas no meu canto sempre juntos, muito
Qualquer maneira que eu cante esse canto
Qualquer maneira me vale cantar

Eles se amam de qualquer maneira, vera
Eles se amam e pra vida inteira, vera
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá

Fontes:http://www.terra.com.br/istoegente/322/reportagens/capa_amigos_02.htm


Pai e Mãe... Uma homenagem afetuosa de Gil a seus pais...

Gilberto Gil sempre brincou com os estigmas e estereótipos da masculinidade. Nessas incursões, ele questiona padrões, preconceitos, e revela que é possível ser macho sem prescindir eventualmente de momentos de delicadeza, sensibilidade, tão associados ao feminino.

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Nessa linha ele fez a canção "Pai e Mãe", do seu disco "Refazenda", em que revela ter passado muito tempo aprendendo a beijar outros homens, como beija seu próprio pai. O beijo, como uma manifestação de afeto, é costumeiramente vista com desconfiança entre dois homens, como se fosse um questionamento sobre sua própria virilidade e masculinidade.
E por isso, ele pede à mãe que diga ao pai que não se aborreça com ele quando o vir beijar outro homem, pois o beijo ao amigo é uma extensão do afeto que ele sente pelo próprio pai, como o amigo sendo uma extensão da força, do carinho, do da força e da compreensão que só o pai pode ter.
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E, na mesma linha, ele identifica o amor pela mulher ao amor que sente por sua própria mãe, mas de uma maneira suave, tranqüila, Freud sentiria inveja de descrever a relação entre o amor por uma mulher vê o amor por sua mãe de maneira tão sutil. E ao mesmo tempo em que revela esse profundo afeto, e essa eterna referência ao pai e à mãe, questiona à mãe: "Como vão seus temores?". Certamente se referem à própria sexualidade do filho, que, afinal, beija outros homens, e por isso ele revela justamente que beija os outros homens como beija o próprio pai.
Gil revela ter feito a música no dia 26 de junho de 1975, no dia exato em que completara 33 anos. Conta, também, que os pais ficaram muito contentes com a homenagem. Mais uma bela música de um disco quase perfeito.
domingo 30 outubro 2011 14:03 , em MPB

De Mais Ninguém

A música "De Mais ninguém" poderia passar despercebida no disco "Verde anil amarelo cor-de-rosa e carvão", de 1994, talvez o disco que marque a maturidade de Marisa como cantora. Na verdade, a música é um belíssimo choro, gravado por Marisa Monte e o grupo Época de Ouro (que, na época contava, entre outros, com Dino 7 cordas, mestre de Raphael Rabello).
Blog de musicaemprosa : Música em Prosa, De Mais Ninguém
A composição é de Marisa Monte em parceria com Arnaldo Antunes, e a música parece mesmo uma daquelas músicas antigas, com uma bela letra melancólica....
De mais ninguém se refere à substituição da pessoa amada pelo sentimento da dor, a quase prazerosa dor... se ela (a pessoa amada) foi embora, porque quis ficar sozinha ou já tem um "outro bem", a dor não pode ir embora. A dor pertence ao "eu-lírico", como algo inalienável, insubstituível, que reconforta e preenche o vazio da ausência. Por isso, quase como um ato orgulhoso, o "eu-lírico" devolve a dó que eventualmente se sinta dele, pois ele exibe sua dor, marcas e cicatrizes com certo orgulho.
Blog de musicaemprosa : Música em Prosa, De Mais Ninguém
A dor então entra em substituição ao ser amado, e dessa vez como algo que não pode ser tirado ou perdido, como a pessoa amada se foi. E na casa, no peito e nos braços vazios, a dor acaba de se aninhar e ficar. 

Se ela me deixou, a dor
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó,
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem.
Se ela me deixou a dor é minha,
A dor é de quem tem.

É meu troféu, é o que restou,
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor.

A sala, o quarto, a casa está vazia,
A cozinha, o corredor
Se nos meus braços ela não se aninha,
A dor é minha.

É o meu lençol, é o cobertor,
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor
Eu tenho a minha dor (...)