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2 de jul. de 2012

Vestígios do amanhã


Primeiros vestígios do amanhã


Conheça parte do conteúdo do Museu do Amanhã, instituição de ciência com previsão de inauguração em 2014 que promete ajudar o visitante a examinar o passado, manipular o presente e imaginar os possíveis futuros.
Primeiros vestígios do amanhã
Uma das salas do Museu do Amanhã mostrará espécies próprias da cidade e dos vários biomas. (foto: divulgação)
O anúncio, em 2010, da construção de um museu de ciência na zona portuária do Rio de Janeiro chamou a atenção para o projeto do renomado arquiteto espanhol Santiago Calatrava e a maquete que prometia uma experiência de sustentabilidade e reflexão sobre a natureza – incluindo um telhado com estrutura móvel que capta energia solar e água da baía de Guanabara como principal climatizador do interior do prédio.
Desde então, a comunidade científica passou a indagar: o que será, afinal, exposto no interior do Museu do Amanhã?
Parte da resposta foi dada hoje (2/5), pelo próprio Calatrava e por um dos curadores do museu, o físico do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) Luiz Alberto Oliveira.
A verdade é que, até agora, o museu ganhou notoriedade na imprensa mais pela capacidade de triplicar as previsões orçamentárias do que, propriamente, por suas propostas estéticas e de conteúdo.
Hoje a ideia foi, finalmente, exposta, com a apresentação das quatro salas principais do lugar, com previsão de inauguração em 2014 (a data inicial era 2012, para coincidir com a Rio+20 e, provavelmente, com as eleições municipais). 

Assista à animação que mostra
como será o exterior do museu

No Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, foi apresentado um esboço do percurso do visitante no museu, um caminho que terá início numa sala que representa o que sempre esteve aqui (o cosmos), sucedida pelo ontem (o contexto), o hoje (o antropoceno) e, por fim, o amanhã (as possibilidades).
Apesar de o conteúdo de cada seção ter sido pouco aprofundado, já é possível visualizar um museu com vasto uso de telas sensíveis ao toque e projeções gigantescas, aos moldes do que já acontece, por exemplo, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
A ideia, segundo texto de apresentação distribuído para a imprensa, é permitir que o público seja “levado a examinar o passado, manipular as várias tendências da atualidade e imaginar os futuros possíveis para os próximos 50 anos”. Intenções, importante lembrar, que o próprio Luiz Alberto Oliveira já havia adiantado, há dois anos, em longa vídeo-entrevista para a CH On-line
O Museu do Amanhã é, segundo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o carro-chefe da revitalização da zona portuária da cidade. Em junho, será inaugurado no mesmo local o Museu de Arte do Rio, o MAR.