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22 de abr. de 2011

Giro pelo mundo


Ataques mais precisos

 

Estados Unidos autorizam uso de aviões não tripulados na Líbia

 

Agências internacionais

WASHINGTON - Os Estados Unidos aprovaram o uso de aviões não tripulados armados na Líbia, tendo como alvo as forças do líder Muamar Kaddafi, depois que o presidente dos EUA, Barack Obama, aprovou o uso das aeronaves, disse o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, na quinta-feira.

 

 

Os aviões não tripulados - que já são usados contra alvos militares na fronteira do Paquistão com o Afeganistão - permitirão ataques mais precisos contra as forças de Kadafi, disse Gates a jornalistas em entrevista coletiva.

 

A decisão foi tomada depois que o Otan na semana passada pediu mais aviões para ataques de maior precisão contra as forças de Kadafi. A Casa Branca fez o anúncio no mesmo dia em que o regime de Muamar Kadafi começou a entregar armas à população civil para combater uma hipotética invasão da Otan, segundo confirmou um porta-voz do governo, Musa Ibrahim, que indicou que "toda a população" conta agora com rifles e armas de rápido alcance.

 

"Se a Otan chegar a Misurata ou a qualquer outra cidade líbia, desencadearemos um inferno (Musa Ibrahim)"

- Muitas cidades se organizaram com esquadrões para combater qualquer invasão da Otan, explicou Ibrahim. Se a Otan chegar a Misurata ou a qualquer outra cidade líbia, desencadearemos um inferno - ameaçou.

 

Ibrahim advertiu que as tropas aliadas vão se deparar com "uma bola de fogo", e que a situação será "dez vezes pior que no Iraque". O porta-voz do regime esclareceu que não fizeram a distribuição de armas para os civis "lutarem contra os rebeldes", mas sim contra a Otan, se "tiver em mente ter acesso a região para ocupar qualquer cidade líbia".

 

As forças aliadas teriam diante de si, então, "não o Exército líbio", mas "tribos, homens e mulheres jovens". Os combates entre rebeldes e tropas do governo se intensificaram nos últimos dias em Misurata, o principal enclave rebelde no oeste do país e onde, segundo Ibrahim, o regime já controla 80%. Os rebeldes, ainda controlam o porto e as áreas próximas. O porta-voz do regime explicou que em Misurata não há um "equilíbrio" entre quem apoia o líder Kadafi e os que respaldam a rebelião desencadeada em fevereiro.

 

- Todas as tribos tanto dentro como fora de Misurata declararam estar ao lado do governo legítimo deste país - sentenciou, antes de ressaltar que estas comunidades estão "fortemente armadas".

De sua parte, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton assegurou que as tropas aliadas ao regime de Muamar Kadafi segue realizando ataques sujos contra a população civil líbia e que tem recebido alguns informes em que se assegura estejam sendo usadas bombas de fragmentação , proibidas pela comunidade internacional desde 2008.

 

Clinton pediu pela liberação imediata dos cidadãos americanos, principalmente, de dois jornalistas que continuam presos na Líbia.

 

 Em visita a Rússia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao regime do dirator líbio para que cessem os ataques e os assassinatos de civis no país norte-africano. Ele destacou que a prioridade da instituição que representa é "conseguir o efetivo fim dos ataques para poder oferecer ajuda humanitária à população civil".

 

Já a França aumentou na última semana o número de incursões aéreas na Líbia, passando das cerca de 30 que fazia quando teve início a operação militar internacional para 41, segundo informações do Ministério da Defesa.

 

Os aviões franceses destruíram na última semana vários veículos militares e carros de combate das forças de Kadafi, perto da cidade de Misurata, bem como dois lançadores de mísseis terra-ar e um centro de comunicações na região de Sirte, disse um porta-voz.

 

ORIENTE MÉDIO

 

Intelectuais israelenses apoiam Estado palestino

TEL AVIV - Sob gritos de "traidora', a atriz israelense Hanna Maron, que perdeu uma perna num ataque palestino, leu uma declaração de intelectuais israelenses que apoiam a criação de um Estado palestino. O evento foi realizado nesta quinta-feira diante do Hall da Independência em Tel Aviv, onde foi proclamada a independência de Israel em 1948.

A declaração foi assinada por dezenas de intelectuais, acadêmicos e personalidades públicas israelenses, em apoio à criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967, que determinam a Faixa de Gaza como território palestino. Os signatários, dentre os quais estão pelo menos 20 ganhadores do Prêmio Israel (o mais importante do país), afirmam que não se trata de um novo plano político, e sim de uma forma de apresentar à sociedade uma visão alternativa à postura do governo israelense.

 

A leitura feita pela atriz de teatro, de 87 anos, foi interrompida por manifestantes que se amontoaram ao redor do local onde era realizado o evento, tocando buzinas e gritando "traidora". Hanna foi ferida em 1970, quando militantes palestinos atacaram passageiros que esperavam para embarcar num avião israelense no aeroporto de Munique, na Alemanha. Apesar de ter tido uma das pernas amputadas, ela continuou atuando tanto no teatro quanto na TV.

 

Mais de 100 países reconheceram o Estado palestino, inclusive o Brasil. Mas, para um ingresso na ONU, seria necessária a aprovação do Conselho de Segurança, uma medida pouco provável devido às reservas apresentadas pelos Estados Unidos acerca da questão.

 

 

QUINTA-FEIRA SANTA

 

Papa Bento XVI lamenta descrença religiosa do Ocidente e elogia seu antecessor João Paulo II

 

Agências internacionais

CIDADE DO VATICANO - Em discurso nesta Quinta-Feira Santa, dia em que se celebra a Última Ceia, o Papa Bento XVI lamentou o declínio da religião católica nos países ocidentais, afirmando que a terra onde nasceu o Cristianismo está se virando de costas para a fé. No sermão da Basílica de São Pedro, no Vaticano, o pontífice disse que o ocidente parece ter se entediado de sua própria história e cultura.

 

- Não haveríamos nós (o povo de Deus) nos tornado em grande medida um povo da descrença e distante de Deus? Seria talvez o caso de o Ocidente, o berço do Cristianismo, haver se cansado de sua própria fé? - discursou Papa Bento XVI, um crítico feroz do secularismo.

 

Esta é a sexta Páscoa que Bento XVI celebra como Pontífice. A pouco mais de uma semana da cerimônia de beatificação do seu antecessor João Paulo II, que será realizada no próximo dia 1º de maio, o Papa aproveitou para elogiar o líder religioso polonês. Para Bento XVI, a beatificação será uma oportunidade também de relembrar o homem de grande fé que era João Paulo II.

 

- Apesar de toda vergonha que sentimos dos nossos fracassos, das nossas derrotas, não podemos esquecer nunca que mesmo hoje ainda existem exemplos radiantes de fé, como João Paulo II - disse o Papa Bento XVI.

 

Ainda nesta quinta-feira, Bento XVI lavou os pés de 12 padres para celebrar a última ceia de Jesus Cristo e simbolizar a humildade. O ato foi feito por Cristo durante seu último encontro com seus apóstolos há cerca de dois mil anos.

 

 

Grande Sexta feira

 

Presidente da Síria revoga estado de emergência que vigorava há 48 anos, mas país deve ter mais protestos

 

Agências internacionais

AMÃ - O presidente Bashar al-Assad pôs fim na quinta-feira ao estado de emergência na Síria, em vigor há quase 50 anos, em uma tentativa de apaziguar os protestos pró-democracia contra seu governo autoritário que se espalham pelo país há mais de um mês. O anúncio feito por Assad, ratificando uma lei promulgada pelo governo esta semana, não deve impedir os novos protestos da "Grande Sexta-Feira" em várias cidades da Síria. Ativistas preveem que mais pessoas saiam às ruas após as orações muçulmanas da sexta-feira.

 

Inspirados pelos levantes que se espalham pelo mundo árabe, milhares de sírios vêm protestando para exigir mais liberdade em seu país fortemente controlado, apresentando a Assad o desafio mais alarmante de seus 11 anos no poder.

 

A revogação da lei de emergência, em vigor desde que o partido de Assad, o Baath, chegou ao poder em 1963 e usada para justificar prisões arbitrárias e a proibição de qualquer oposição, é simbólica, já que outras leis ainda conferem poderes amplos às onipresentes forças de segurança.

 

Oposição diz que revogação de lei é inútil

Uma figura chave da oposição, Haitham al-Maleh, disse que a revogação é inútil sem um Judiciário independente e freios aos poderes das forças de segurança.

 

O ativista dos direitos humanos Ammar Qurabi saudou a iniciativa, que atende a uma das reivindicações-chaves dos manifestantes, mas disse que é preciso que ela seja seguida por outras medidas, como a libertação de presos detidos durante os protestos.

 

A TV estatal disse que Assad ratificou uma legislação que regula os protestos e dissolve uma corte de segurança nacional que, segundo advogados, violava o Estado de direito e o direito a um julgamento justo.

 

- Desde que foi abolida a corte de segurança do Estado, pedimos um novo julgamento para todos os que foram condenados por essa corte. Queremos que essas pessoas tenham novo julgamento, em um tribunal civil, para restaurar sua dignidade - disse Qurabi.

 

Forças de segurança se posicionam na cidade de Homs

Forças de segurança sírias brandindo fuzis de assalto se posicionaram na cidade de Homs, disse uma testemunha, preparando-se para as manifestações da sexta-feira.

 

Homs emergiu como o novo ponto central dos protestos na Síria, país de maioria muçulmana sunita. O aparato de segurança de Assad, dominado por alauítas, que são minoria no país, vem usando armas de fogo e brutalidade para atemorizar os manifestantes.

 

Os protestos, que são os mais sérios desde uma revolta armada de islâmicos em 1982, têm tido a participação de cidadãos comuns, secularistas, esquerdistas, membros de tribos, islâmicos e estudantes.


As reivindicações dos sírios comuns não se limitam às liberdades democráticas, abrangendo também uma melhora na qualidade de vida: 12% dos 20 milhões de sírios vivem abaixo da linha de pobreza, e a disparidade entre ricos e pobres vem crescendo nos últimos anos. Muitos manifestantes também expressaram ultraje com a corrupção na hierarquia governante.


Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que mais de 200 pessoas foram mortas desde que os protestos começaram.

 

 

Fukushima

 

Japão proíbe entrada em zona ao redor de usina nuclear afetada por terremoto e tsunami

 

Agências internacionais

TÓQUIO - o governo do Japão passou nesta quinta-feira a considerar ilegal a entrada na zona de 20 quilômetros ao redor da usina nuclear de Fukushima. Autoridades já haviam pedido que os moradores desta região deixassem suas casas e que aqueles que vivem num raio entre 20 quilômetros e 30 quilômetros de distância da usina tomassem precauções. Agora, a circulação na área mais próxima foi proibida e o governo pediu que a população respeite a ordem para sua própria segurança. O descumprimento pode levar a cobrança de multa e detenção por até 30 dias.

 

TRAGÉDIA: Número de mortos após terremoto e tsunami passa de 14 mil

 

O porta-voz do governo Yukio Edano disse que a medida entraria em vigor à meia-noite (horário local) e tem como impedir o acesso à zona que já está praticamente deserta desde o terremoto seguido por tsunami no dia 11 de março. Além de ter sido devastada pelo desastre natural, a área foi contaminada pela radiação que vazou da usina de Fukushima, danificada na tragédia.

 

Muitos moradores continuam voltando ao local em busca de pertences. Eles terão o acesso liberado por duas horas antes de a proibição entrar em vigor.

 

Criticado por sua resposta à crise nuclear que continua preocupando os japoneses, o primeiro-ministro do país, Naoto Kan, visitou nesta quinta-feira o local mais afetado pela tragédia.

 

Malásia envia jovens afeminados a acampamento de reeducação

PEQUIM - Um grupo de cerca de 60 adolescente classificados como de "inclinações afeminadas" foi enviado pelas Autoridades de Educação do estado de Terengganu, no noroeste da Malásia, a um acampamento de reeducação e treinamento para fomentar sua masculinidade e dissuadi-los de serem gays. A medida provocou a ira de grupos de defesa dos direitos homossexuais e críticas da ministra da Mulher, Família e Desenvolvimento das Comunidades, Sharizat Abdul Jalil, que qualificou a iniciativa como ilegal e traumatizante para os meninos. Ela pediu o fim destes programas. A informação foi publicada pelo site do jornal espanhol El Pais.

 

Os meninos, de 13 anos foram escolhidos para fazer um curso de quatro dias de duração, disse o diretor de Educação do estado, Razali Daud, ao jornal local New Strait Times. Razali negou tenham sido obrigados a assistir ao curso, encerrado na quarta-feira, que incluía aulas de religião e motivação, além de assessoramento físico. Ele disse que os adolescentes foram "convidados" a participar e que após o curso, seriam supervisionados por seus orientadores.

 Nacionais


Amparo limitado 

Falta de verba e infra estrutura prejudica programa do governo proteção a testemunhas

RIO - Roberto (nome fictício) fez o que a polícia pediu. Depois de ser espancado por milicianos no bairro onde morava, no Rio, a vítima denunciou os agressores para ajudar nas investigações e prender os criminosos. Em troca da delação, ele e a mulher Marcela (nome também fictício) tiveram a promessa de mudar de vida com proteção. O casal foi incluído no Sistema Nacional de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas (Provita), do governo federal. Os dois, porém, foram expulsos do programa após denunciarem à Polícia Federal, ao Ministério Público do estado e à Presidência da República supostas irregularidades, como a falta de infraestrutura e a suspeita de desvio de recursos.

 

No Brasil, cerca de 1.200 pessoas estão sob proteção do Provita, com média de 120 desistências por ano. As dificuldades enfrentadas por Roberto e Marcela retratam a atual situação do programa no país. Entre os principais problemas estão a falta de dinheiro e o atraso, por vários meses, nos repasses da verba para o pagamento a ONGs responsáveis pela execução do sistema. Hoje, o orçamento anual é de R$ 14,4 milhões, que são distribuídos para 18 estados e o Distrito Federal.

 

- O próprio PNH 3 (Plano Nacional de Direitos Humanos) sugere a ampliação da verba. A intenção é aumentar os recursos com o Plano Plurianual, que prevê o orçamento entre 2012 e 2015. Temos problemas, mas nunca tivemos pessoas mortas enquanto estavam dentro do Provita - ressalta Fernando Matos, diretor de Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.

 

MENOR DESPROTEGIDO: Programa de proteção a crianças e adolescentes também sofre com burocracia

 

O programa foi criado em 1996 em Recife, mas tornou-se lei três anos depois. O objetivo foi fazer com que pessoas ameaçadas pudessem recomeçar a vida em outro estado, com segurança, e colaborassem em inquéritos e processos criminais. A lei 9.807 determina ainda ajuda financeira mensal e proteção por dois anos, podendo ser prorrogada.

 

A imprensa teve acesso aos depoimentos de Roberto e Marcela à PF, ao MP e à Presidência. O casal contou que era obrigado a assinar recibos e notas fiscais superfaturados para pagar despesas com hospedagens, alimentação e compra de remédios. Eles relataram também falta de assistência médica e precariedade nas instalações onde ficavam escondidos.

 

- Chegamos a passar fome e a sermos expulsos de um hotel por falta de pagamento. Fomos humilhados - conta Roberto.

 

Orçamento limitado

 

Alexandre Gavronski, procurador da República no Rio Grande do Sul, afirma que os problemas encontrados no Provita são recorrentes, prejudicando, por exemplo, os deslocamentos das testemunhas e o atraso no ingresso de vítimas no programa.

 

- Em termos de qualidade e execução do Provita, essas dificuldades atrapalham. Mas não ameaçam a vida da testemunha - diz Gavronski, que já participou do programa em Mato Grosso do Sul e em São Paulo.

 

O repasse dos recursos é feito da seguinte forma: o governo federal transfere o dinheiro para os governos estaduais, que, em seguida, encaminham às ONGs. Para a vítima acessar o Provita, cada caso é avaliado por um conselho deliberativo, formado pelo poder público, tribunais de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público Federal e Estadual, Ordem dos Advogados do Brasil e outras entidades.

 

- A segurança pública no Brasil não é vista como prioridade. Não é estranho que o Provita tenha dificuldade, assim como as polícias Militar e Civil. O orçamento é limitado. Precisamos reduzir gastos para atender um maior número de famílias. Mas, no Rio, dar proteção a mais de 80 pessoas é inviável. Já temos pouco mais de 70 sob proteção - afirma a promotora Renata Bressan, presidente do conselho deliberativo no estado.

 

Renata Bressan nega as fraudes na emissão de notas e recibos:

 

- Todas as contas estão sendo aprovadas.

 

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, alerta:

 

- Há graves falhas nas investigações da polícia. A preservação da testemunha é fundamental.

 

Habeas corpus

 

Justiça nega pedido de liberdade a promotora do DF envolvida no mensalão do DEM

RIO - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta quinta-feira o pedido de liberdade do casal Deborah e Jorge Guerner feito pelo advogado Pedro Paulo Medeiros. A solicitação do habeas corpus foi apresentada horas depois da prisão da procuradora do Distrito Federal e do empresário. Segundo a decisão do ministro João Otávio de Noronha, as circunstâncias dos autos não recomendam, por ora, a concessão da liminar.

 

Deborah foi detida na manhã de quarta-feira acusada de forjar laudo de insanidade mental para se livrar das acusações de envolvimento no desvio de dinheiro público durante a gestão do ex-governador José Roberto Arruda, o chamado mensalão do DEM.

 

A ordem de prisão foi expedida pela desembargadora Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional da 1º Região (TRF-1). A promotora, o marido e os dois médicos foram denunciados na terça-feira pelo procurador Regional da República Ronaldo Albo. Deborah, Jorge Guerner e o médico foram filmados ensaiando o "teatro da loucura" que a promotora faria na reunião em que o Conselho Nacional do Ministério Público iria decidir se ela deveria ou não perder o cargo no Ministério Público do Distrito Federal.

 

João Otávio de Noronha destaca o fato de o casal ter contra si três denúncias, entre as quais a de extorsão qualificada, na qual há incidente de insanidade mental, cujas provas estariam sido forjadas pelo casal.

 

"Apenas a decisão do TRF, isoladamente, não indica que haja ilegalidade no decreto de prisão, o que prejudica a análise de eventual plausibilidade jurídica do pedido formulado", conclui o ministro.

 

O casal foi levado para a Superintendência da PF em Brasília pela manhã . À tarde, Jorge Guerner foi transferido para o presídio da Papuda, mas, posteriormente, foi reconduzido à carceragem da PF, pois não havia vaga em cela individual para ele. A promotora foi levada para uma sala, sem grades, com 16 metros quadrados, no Comando de Operações Táticas da PF. Lá há uma cama com colchão e ar-condicionado. Como integrante do Ministério Público, ela tem direito à cela especial.

 

Infância

 

Faltam 12 mil creches no país, diz pesquisa

SÃO PAULO - No Brasil, 10 milhões de crianças de 0 a 3 anos não têm acesso a creches. E, para que sejam todas atendidas, será preciso construir 12 mil novas unidades, segundo estudo divulgado semana passada pela Fundação Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos ). Este número representa o dobro do que o governo federal prometeu criar: 6 mil creches em quatro anos, até o fim do mandato da presidente Dilma Rousseff.

Balanço do Ministério da Educação aponta que o governo federal firmou, desde 2007, convênios com 2.151 municípios para a construção de 2.348 novas creches, uma quantidade bem abaixo da necessária. O déficit de creches dificulta a vida de milhares de famílias brasileiras. À espera por uma vaga, crianças ficam sob cuidados de parentes desempregados, irmãos mais velhos ou em lares de vizinhas que, numa rede de solidariedade, cuidam de crianças em espaços apertados.

 

Em São Paulo, Promotoria aciona Kassab na Justiça

 

O número de crianças fora da creche consta do relatório "Um Brasil para as Crianças e os Adolescentes", divulgado semana passada pela Fundação Abrinq. Quando os pais decidem matricular um filho na creche, é obrigação das prefeituras garantir a vaga. Em São Paulo, a falta de 100.401 vagas chegou à Justiça. Em março, a Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e Juventude de São Paulo entrou com uma ação civil pública contra o prefeito Gilberto Kassab.

 

A promotoria pediu que o prefeito seja responsabilizado pelo déficit de creches na cidade, com base na Lei de Improbidade. Kassab, de acordo com o MP, teria descumprido "os princípios da legalidade, da eficiência e da transparência fiscal", ao deixar de fazer os investimentos previstos para que a rede municipal de ensino atenda à população infantil que necessita deste serviço. Procurada pelo GLOBO, a Prefeitura de São Paulo não quis falar sobre a ação.

 

Governo financia a construção de novas creches

 

As prefeituras podem construir creches usando recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do governo federal. As verbas para as obras saem do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2).

 

Depois que a verba é liberada, as prefeituras têm 18 meses para concluir as obras. Segundo o MEC, a previsão é repassar recursos para a construção de, pelo menos, 1.500 creches e escolas para alunos até cinco anos, em 2011. Em cinco anos, a Prefeitura de São Paulo conseguiu aumentar em 70 mil o número de vagas em creches, e agora promete zerar a fila de espera. Em 2005, havia 60 mil crianças matriculadas. Em 2010, o número subiu para 130 mil. Em nota, a Secretaria de Educação informou que, em 2011, o número de matrículas em creches já cresceu para mais de 190 mil.

 

 

 

Medalha da Inconfidência

 

Dilma participa de solenidade em homenagem aos inconfidentes em Ouro Preto

OURO PRETO - Convidada de honra e oradora oficial da entrega da medalha dos inconfidentes em Ouro Preto, Minas Gerais, a presidente Dilma Rousseff (PT) traçou ontem um paralelo da luta dos envolvidos na Conjuração Mineira, no século 18, com o combate à ditadura militar no Brasil, do qual foi uma das protagonistas.

 

Com um discurso repleto de simbolismos, Dilma participou, ao lado do governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), da cerimônia de sepultamento dos restos mortais de José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota, três mártires da Inconfidência cujas ossadas foram identificadas oficialmente apenas há poucas semanas, por especialistas da Unicamp.

 

- Eles foram exilados por haverem se atrevido a desejar um Brasil independente. Na nossa História, muitos tiveram que se exilar por desejar também liberdade e democracia - disse Dilma.

 

DESCOBERTA: Governo anuncia identificação das ossadas de três inconfidentes mineiros

 

Para a presidente, a execução de Tiradentes, o maior herói da Inconfidência e homenageado principal da cerimônia do dia 21 de abril, data de sua morte, foi uma tentativa inútil de ser extinguir o ideal brasileiro de emancipação, e serviu apenas para "lançar para sempre a semente da liberdade no coração dos brasileiros".

 

- Os brasileiros e brasileiras que, como eu, sofreram na pele os efeitos da privação de liberdade sabem o quanto a democracia institucional faz falta quando desaparece - disse a presidente.

 

SP: Bebê nasce em rodeio e mãe nem sabia que estava grávida

SÃO PAULO - A comerciante Kátia Maria Cruz deu à luz nesta quinta-feira um menino durante um rodeio que estava sendo realizado em na cidade de Itanhaém, a 101 quilômetros da capital, no litoral de São Paulo. O inusitado da história é que a mulher nem sabia que estava grávida. O nascimento do pequeno Samuel, que pesa 1,4 kg, foi uma surpresa para ela.
Kátia, que estava trabalhando na praça de alimentação do rodeio, começou a sentir dores durante o show do cantor Luan Santana. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estava de plantão preparada para atender principalmente casos de fraturas ou gente que passa mal por causa do excesso de álcool. A comerciante, que sentia muitas cólicas, foi até o posto do Samu.
Os paramédicos, entretanto, perceberam que as dores eram sinais do parto. O bebê nasceu ao lado do rodeio, e não havia completado sete meses de gestação. A criança foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Regional de Itanhaém, onde está internada em estado grave.
- Eu nem sabia que estava grávida. Foi uma surpresa - disse a comerciante que já é mãe de quatro filhos.
A mãe ficou em dúvida sobre qual nome colocar.
- Eu gosto do Luan Santana, mas também gosto de Samuel. Por causa das pessoas do Samu, que me atenderam, resolvi colocar o nome de Samuel mesmo - contou Kátia Maria Cruz.
Ela mora em Franca, no interior do estado, e tinha ido a Itanhaém para trabalhar no rodeio.
- Vai ser uma surpresa muito grande para a minha mãe, enorme. Ninguém estava esperando isso - afirmou.





 Celebração

 

Torcida faz festa digna de título na chegada do Fluminense no aeroporto

RIO - Foi uma festa digna de título. Cerca de mil torcedores lotaram o saguão do Aeroporto Internacional do Galeão para recepcionar o time após a história classificação para as oitavas de final da Liberadores com a vitória quarta à noite sobre o Argentinos Junior

 

A torcida cantou sem parar até o primeiro jogador, o zagueiro André Luís, aparecer na área de desembarque. Fred, o antepenúltimo a sair, antes de Diguinho e Mariano, teve de ser protegido pela polícia. O atacante foi o mais festejado pelos torcedores, que depois fizeram uma carreata acompanhando o ônibus da delegação.

 

- Está começando a dar liga de novo entre o time, a diretoria e a torcida, e quando acontece assim, fica bom. A gente já esperava essa recepção, a presença dos torcedores que foram lá no estádio e fizeram muito barulho já foi muito boa - disse Fred.

 

- Mais uma vez foi na superação, acho que não chegamos no limite ainda, tomara que não chegue nunca esse limite - completou Marquinho, também muito festejado pela torcida.

 

Emerson, que foi dispensado às 17h do dia do jogo , foi hostilizado e, segundo informações de bastidores, a diretoria deve propor uma rescisão amigável de contrato na semana que vem. Ele deve se reapresentar segunda-feira, normalmente.