O universo é cheio de mistérios que nem as melhores mentes da Terra conseguem decifrar. Confira alguns deles, com os buracos negros, a antimatéria e a matéria escura:
Antimatéria
As partículas que compõem a matéria normal têm versões opostas de si mesmas. Um elétron tem uma carga negativa, por exemplo, mas o seu equivalente de antimatéria, o pósitron, é positivo. Matéria e antimatéria aniquilam-se quando colidem e sua massa é convertida em energia pura pela equação de Einstein E = mc2. Alguns projetos de nave espacial futuristas incorporam motores de antimatéria.
Mini buracos negros
Se uma nova e radical teoria da gravidade estiver correta, então existem espalhados por todo nosso sistema solar milhares de pequenos buracos negros, cada um do tamanho de um núcleo atômico. Ao contrário de seus irmãos maiores, esses buracos negros são mini sobras primordiais do Big Bang e afetam o espaço-tempo de maneira diferente por causa de sua estreita associação com uma quinta dimensão.
Radiação cósmica de fundo
Também conhecida como RCF, esta radiação é uma sobra primordial do Big Bang que deu origem ao universo. Foi detectada pela primeira vez durante os anos 1960, como um ruído de rádio que parecia emanar de todos os lugares no espaço. A RCF é considerada uma das melhores evidências para o Big Bang. Recentes medições precisas colocam a temperatura da RCF em menos 270 graus Celsius.
Matéria escura
Os cientistas pensam que ela compõe a maior parte da matéria no universo, mas não pode ser vista nem detectada diretamente com as tecnologias atuais. Alguns cientistas questionam se a matéria escura é mesmo real, e sugerem que os mistérios que ela resolve poderiam ser explicados por um melhor entendimento da gravidade.
Exoplanetas
Até aproximadamente o início dos anos 1990, os únicos planetas conhecidos no universo eram os do nosso sistema solar. Porém, até hoje, os astrônomos já identificaram mais de 500 planetas extrassolares. Eles variam de mundos gigantescos de gás cujas massas são de estrelas pequenas até planetas rochosos orbitando anãs vermelhas. A procura por uma segunda Terra, no entanto, ainda está em curso. Os astrônomos acreditam que melhores tecnologias devem, eventualmente, revelar mundos semelhantes ao nosso.
Ondas de gravidade
Ondas de gravidade são distorções no tecido do espaço-tempo, previstas pela teoria de Albert Einstein da relatividade geral. As ondas gravitacionais viajam na velocidade da luz, mas são tão fracas que os cientistas só podem detectar as criadas durante eventos cósmicos colossais, como fusões de buracos negros como a mostrada acima. LIGO e LISA são dois detectores projetados para encontrar essas ondas.
Canibalismo galáctico
As galáxias podem “comer” umas as outras e evoluir ao longo do tempo. A vizinha da Via Láctea, Andrômeda, está atualmente “jantando” um dos seus satélites. Mais de uma dúzia de aglomerados de estrelas estão espalhadas por toda Andrômeda, os restos cósmicos de refeições passadas. A imagem acima é de uma simulação de Andrômeda e a nossa galáxia colidindo, um evento que acontecerá daqui cerca de 3 bilhões de anos.
Neutrinos
Neutrinos são partículas elementares eletricamente neutras e praticamente sem massa que “atravessam” as coisas. Alguns estão passando por seu corpo agora mesmo, enquanto você lê este artigo. Essas partículas “fantasmas” são produzidas no interior de estrelas saudáveis queimando, bem como nas explosões de supernova de estrelas moribundas. Cientistas estão criando vários detectores para estudar os neutrinos.
Quasares
Esses faróis brilhantes emitem luz a partir das bordas do universo visível, e são lembretes da infância caótica do nosso universo. Quasares liberam mais energia do que centenas de galáxias juntas. O consenso geral é de que eles são monstruosos buracos negros no coração de galáxias distantes. Esta imagem é do quasar 3C 273, fotografado em 1979.
Vácuo
A física quântica nos diz que ao contrário das aparências, o espaço vazio é uma bebida borbulhante de partículas subatômicas “virtuais” que estão constantemente sendo criadas e destruídas. As partículas fugazes dotam cada centímetro cúbico de espaço com uma certa energia que, segundo a relatividade geral, produz uma força antigravitacional que empurra para além do espaço. Ninguém sabe o que está realmente causando a expansão acelerada do universo, no entanto.
Space