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6 de jul. de 2012

Sucessos que o povo canta!


As mais belas canções de Oswaldo Montenegro



Metade:



A Lista:


Eu quero ser feliz agora:


A vida quis assim:


Lua e Flor:


Velhos amigos:


Bandolins:


Eu não existo sem você:


Como é Grande o Meu Amor Por Você:


Chão de giz:


Travessuras:

Especial Gilberto Gil: 70 anos de cultura


Essa semana foi aniversário de Gilberto Gil, e separamos um especial sobre ele. Sua história eleva a cultura brasileira e a faz ser reconhecida internacionalmente, tornando Gil um dos principais nomes na nossa política e nossa arte.


Gilberto Gil nasceu em 1942, dia 26 de junho. Já aos dez anos de idade, começou a aprender acordeón inspirado em Luíz Gonzaga. Com 17 anos começou a fazer poemas metrificados e participou de um grupo instrumentista chamado “Os Desafinados”, além de aprender violão. A TV chega na vida de Gil logo cedo, em 1962, fazendo jingles. No ano seguinte já faz amizade com Caetano Veloso e Maria Bethânia. Chico Buarque foi apresentado só em 1965, quando Gil foi para São Paulo trabalhar na Gessy Lever como administrador da empresa.
O emprego formal não dura muito tempo: com grande destaque na televisão, em 1966 Gil decide viver apenas de sua música. Então é lançado seu primeiro LP: Louvação e uma de suas músicas mais famosas, “Domingo no Parque”. O fim da década de 70 ainda trouxe a Tropicália, movimento que revolucionou a cultura brasileira e irritou a Ditadura Militar. Graças ao Ato Institucional nº 5, Gil e Caetano foram exilados para Chelsea, em Londres. Lá ele produziu a música “Aquele Abraço” que chegou a ganhar um prêmio da Globo no Rio de Janeiro que Gil recusou com uma carta ao Pasquim.
Depois de shows, viagens internacionais e discos em inglês, Gil volta do exílio em 1972 com a produção do disco “Expresso 2222″ – mas nem por isso a pressão da ditadura acabou. No evento Phono 73, ele e Caetano foram proibidos de cantar “Cálice” e a música foi censurada pela Ditadura Militar. Em 1976 o artista foi preso novamente por porte de maconha e tratado em um instituto psiquiátrico no Rio de Janeiro. Depois, mais viagens internacionais, como para a Nigéria, Argentina e Estados Unidos, além de tours pela Europa, preencheram a bagagem cultural do músico. Em 1980 começou sua carreira política, cuidando da Câmara de Cultura da Bahia.
Começou 1981 ganhando a a Medalha Anchieta Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, pela Câmara Municipal, sempre entre diversos shows internacionais. Ainda na mesma década, foi lançado o livro “Expresso 2222”, com alguns textos sobre ele e outros de sua autoria. Quando completou 20 anos de carreira (1985), participou do Rock in Rio e, durante uma semana de comemorações, os maiores nomes da MPB e rock brasileiro da época se uniram em uma série de shows, palestras, filmes e debates.
Em ‘86, fez sua primeira turnê com passagem pelo Japão.Logi no comecinho do ano, Gil torna posse na presidência da Fundação Gregório de Matos, espécie de Secretaria Municipal da Cultura de Salvador,e se muda para lá. Acaba abdicando desse cargo ao tentar ingressar na carreira política em Salvador como prefeito. Se torna vereador da cidade, se empenhando em diversas causas ambientalistas, chegando a representar o Brasil em eventos internacionais sobre o tema. Enquanto isso, continuou ganhando vários prêmios de reconhecimento, tanto pelo trabalho artístico quanto pelo político. Já no começo da década seguinte, em 1992, abandonou a política ao terminar seu mandato de vereador, voltando parcialmente à cena por volta de 1995 em alguns projetos sociais.
Os anos ‘90 foram marcados por grandiosos prêmios, homenagens e parcerias, mostrando o melhor do Brasil mundo afora em várias oportunidades. Gil foi voltar totalmente à política em 2002, como Ministro da Cultura no primeiro mandato do presidente Lula. Criou e colocou em prática diversas leis de incentivo, melhorando muito o apoio do governo na área. Enquanto esteve no cargo, apesar dos diversos prêmios e viagens ainda se apresentando, a carreira musical de Gil deu uma desacelerada nas composições e lançamentos. Em 2008, pediu demissão do cargo, voltando a se dedicar apenas à música e seus projetos.
Foram 57 discos, oito Grammys, algumas prisões e problemas com a ditadura militar, até o reconhecimento mundial de um dos mais importantes artistas brasileiros em seus 70 anos de conhecimento e cultura. Abaixo, uma galeria com os mais importantes momentos da vida do artista, e que venham outros 70 anos!

Gilberto Gil merece a homenagem. Com certeza, e um de seus maiores sucessos é "Se eu quiser falar com Deus".


Não se preocupe, tudo ficará bem!



Assim como a versão traduzida da biografia de Johnny Ramone, que chega às lojas daqui no mês que vem, o documentário “Marley” também virá. A boa nova é que ele pode chegar aqui ainda antes do livro do ex-Ramone.


Kevin

McDonald’s
Macdonald apresentou em fevereiro, no festival Berlinale (um dos mais importantes festivais do cinema do mundo), o documentário que fez sobre a vida do ícone do reggae: Bob Marley.

O filme começou a ser exibido nas telas de cinema de alguns lugares do mundo em abril/ maio, mas até então não se sabia quando nós poderíamos ver o documentário em nossa própria língua (pelo menos de forma oficial, o fã que procura nos confins da internet sempre acaba achando um link pra download de outro fã que montou legendas).
O longa foi bem recebido pela crítica, entrando com bom status no perfil do diretor responsável por “O Último Rei da Escócia” e “Munique”, documentário sobre o sequestro de atletas israelenses nas olimpíadas da cidade. De acordo com a revista “EFE”, Macdonald escolheu Marley simplesmente por ser ídolo do jamaicano.
Ao contrário de muitos filmes que retraram Bob Marley abordando principalmente o lado “músico e ícone do reggae”, o documentário puxa para um lado mais ‘humano’ do artista. São várias entrevistas, que contam com depoimentos de diversas pessoas que passaram pela vida de Marley – tanto de sua família quanto de fora dela. Ziggy Marley, seu filho, atua tanto no filme como produtor executivo do mesmo.
Como logo o documentário chega ao Brasil, coloquei apenas o trailer aqui. E o que é melhor: como já faz um tempo que o filme saiu, algum fã se encarregou de colocar legendas!


Um show eletrizante: bobinas Tesla



Até agora a coluna de áudio e temas aleatórios tem sido bastante tranquila, como a de

instrumentos legais e pouco conhecidos semana passada. Mas achei algo um pouco mais técnico que quis comentar: música feita através de raios de energia.



No blog de Tech, já foi publicado algo semelhante há algum tempo, mas não comenta muito sobre como uma bobina pode reproduzir música. Eu tentarei, mas não sou nenhuma expert – correções e toques são bem vindos.
Os sons e raios são reproduzidos através das bobinas que levam o nome de um grande engenheiro elétrico naturlizado americano, criador da corrente alternada, usado até hoje em residências e estabelecimentos. Em seus estudos, Tesla pesquisava tanto elétrica quanto ondas sonoras (existem mais semelhanças entre os dois do que muita gente imagina), e essa os mais sádicos vão adorar: boa parte de seus experimentos tinham propósito bélico. Esse vídeo aqui abaixo mostra bastante disso:
Além da parte nerd, a aula de história aí em cima mostra o princípio básico das bobinas, com o exemplo do “Picapau Russo” – uma espécie de ‘antena gigante’ que mandava ondas de frequência extremamente baixas para o ambiente, tentando detectar satélites americanos no espaço, como um radar. As bobinas que fazem música também são assim: um impulso eletromagnético dispara o raio.
Muito provavelmente você já brincou com uma bobina desssas e nem sabia. Esse aqui mostra na prática como ela funciona: um impulso elétrico amplificado.
Para fezer ter som, é mandado, obviamente, energia sonora à bobina. Isso significa “mandar música”. Quem faz as ‘versões’ das músicas dos próximos vídeos muitas vezes pega arquivos em MIDI da música, e libera para a bobina. A energia liberada é forte o suficiente para ser ouvida sem a necessidade de um alto falante.
Agora, quer saber uma coisa realmente interessante? Esse é o  princípio básico de funcionamento de um alto falante! Uma corrente alternada que libera energia. No caso do falante, essa energia movimenta um íma, que desloca o ar e faz o falante se mover. Já com a bobina… isso ganha o nome de “falante de plasma”.
Sádicos querem inventar fones de ouvido assim, para funkeiros.

Eu não sou besta pra tirar onda de herói, mas hoje é meu aniversário

Se estivesse vivo, o ‘cowboy fora da lei’ Raul Seixas estaria completando hoje 67 anos.

Desses, 26 são de pura música – e só 26 pois, aos 44 anos, sofreu uma parada cardíaca que interrompeu o que poderia ter sido uma história e influência na música maiores ainda.



Por mais que Durango Kid só exista no gibi, Raul Santos Seixas acabou virando um herói da música nacional. Também poderia chamá-lo de ‘Maluco Beleza’ ou ‘pai do rock brasileiro’, qualquer coisa que engrandeça o rock and roll nacional pode ser atribuído a Raul.

Raulzito nasceu em Salvador, Bahia. Além de cantor e compositor, chegou a ser produtor musical na CBS, no Rio de Janeiro. Foram 26 anos de uma carreira montada em 21 discos, que misturavam baião com o rock and roll. Um exemplo, para ouvir um pouquinho do músico: “Let Me Sing,  Let Me Sing”:
O primeiro disco, em que Raulzito tocava com Os Panteras, foi lançado em 1968 mas Raul só começou a virar destaque em 1973, com “Krig-ha, Bandolo!”. Esse foi o disco que trouxe “Ouro de Tolo”, “Mosca na Sopa” e “Metamorfose Ambulante”, reconhece?
O próprio Raul preferiu dizer que seu estilo era mais um “contestador e místico”, o que aparece nos seus ideias, como a Sociedade Alternativa mostrada em Gita. Muito interessado em metafísica e ontologia, psicologia, história, literatura e latim, suas músicas sempre eram carregadas de conceitos inteligentes influenciados por esses assuntos.
Mesmo nos anos ‘80, época em que a censura da Ditadura caía pesada nas músicas e outras produções culturais, Raul conseguiu vender bem seus discos e manter seus fãs. O último de estúdio foi “A Panela Do Diabo”, lançado em parceria com Marcelo Nova no ano de 1989, o mesmo em que  Raul foi encontrar Janis Joplin no céu.
Raul foi encontrado morto em agosto de 1989, em seu apartamento. O resultado da mistura entre álcool, diabetes e falta de injeção de insulina foi uma pancreatite aguda e, consequentemente, a parada cardíaca.
Mesmo depois de sua morte o sucesso permaneceu, com o lançamento de discos póstumos, homenagens, shows-tributo e filmes documentários. “Toca Raul” acabou virando uma das frases mais ditas em showzinhos de rock-bar e derivados, e muitos ainda sentem saudades do estilo de Raulzito. Ainda ano passado, rolou uma homenagem ao músico bem em frente à Galeria do Rock:
No fim das contas, “entrar pra história é com vocês” incluiu o próprio Raul também.