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4 de nov. de 2012

Músicas Clássicas - Destaque para Mozart



Quer ouvir algo realmente bonito? Ouça Mozart. Nunca falha!



O Efeito Mozart



"Pesquisas comprovam que
ouvir certas músicas de Mozart
ativa os neurônios e
melhora a inteligência"


O Efeito Mozart é um termo usado para fazer referência aos poderes de transformação da música na saúde, educação e bem-estar. Representa, de uma maneira genérica, o uso da música para reduzir o estresse, a depressão e a ansiedade; induzir o relaxamento e o sono; restaurar o corpo; melhorar a memória e o estado de alerta.

A pesquisa com a música de Mozart começou na França nos idos de 1950, época em que o Dr.Alfred Tomatis iniciou as suas experiências de estimulação auditiva em crianças com problemas de audição e comunicação. Nessa época já havia muitos centros de pesquisas espalhados pelo mundo todo que usavam as músicas de alta freqüência de Mozart, especialmente os concertos para violino e as sinfonias, para ajudar crianças com dislexia, problemas de fala e autismo. A Universidade da Califórnia, Irvine, começou suas experiências nessa área em 1950, relacionando a música do compositor com a inteligência espacial. Em 2001 os ingleses começaram a estudar o efeito das obras nos epiléticos.

O Dr.Tomatis descobriu que ela acalmava e melhorava a percepção espacial e permitia que o ouvinte se expressasse com maior clareza, comunicando-se com o coração e a mente. O ritmo, a melodia, a excelência de execução e as altas freqüências da música de Mozart claramente estimulavam e impregnavam as áreas criativa e motivacional do cérebro. Mas talvez o segredo da sua magnitude seja porque ela soa pura e simples. Mozart não tece uma tapeçaria deslumbrante como o grande gênio matemático de Bach. Não provoca ondas de emoções como o epicamente torturado Beethoven. Sua obra não tem a rígida simplicidade de um Canto Gregoriano. Não acalma o corpo como uma boa música folclórica, nem atira em movimento como um astro de rock. Ele é, ao mesmo tempo, profundamente misterioso e acessível e, acima de tudo, destituído de malícia. Daí a sua aura de Eterna Criança. Sua graça, seu encanto e sua simplicidade nos permitem divisar uma sabedoria mais profunda dentro de nós.

A expressão estrutural e emocional ajuda a esclarecer a percepção tempo/espaço. A estrutura do rondó e da sonata-allegro constitui a forma básica na qual o cérebro torna-se familiar com o desenvolvimento das idéias.

O ouvido começa a se desenvolver na 10ª semana da gestação de um bebê e é funcional aos 4 meses e meio (da gestação). Ele é essencial para o equilíbrio, a linguagem, a expressão e a orientação espacial. Sendo uma antena receptora, vibra em uníssono com a fonte de som, quer esta seja musical ou lingüística. O corpo se contrai quando tenta se proteger de sons irritantes ou desagradáveis e relaxa com sons harmoniosos. Por intermédio da medula, o nervo auditivo se conecta com todos os músculos do corpo, explorando o repertório inerente de padrões de estímulo espaço-temporal do córtex. A música complexa facilita determinados padrões neurais envolvidos em atividades superiores, como a matemática e o xadrez. Em contrapartida, a música simples e repetitiva poderá ter o efeito contrário.

Som é o campo vibracional que forma a linguagem, a música e até o silêncio. Quando ele está organizado nós nos comunicamos por palavras, idéias, sentimentos e expressões. Por outro lado, quando ele está desorganizado é criado o barulho. O som chega ao nosso cérebro e ao nosso corpo através da pele, ossos e ouvidos, mesmo que a pessoa esteja em estado de coma. É claro que cada pessoa escuta de uma forma diferente, reagindo de uma maneira diferente ao som e ao barulho. Quando ritmo, melodia e harmonia estão organizados em uma bela forma, mente, corpo, espírito e emoções se harmonizam.

Para um domingo celestial


Thomas Tallis (1505-1585) naceu em Greenwitch e foi chamado o Compositor das Catedrais. Vivendo em um período tumultuado do Cristianismo, seu talento foi requisitado por protestantes e católicos. Um gênio da música - esquecido em nossos dias de trevas -, cuja obra imensa nos faz sentir a atmosfera de uma catedral medieval. Spem in Alium, sua composição mais famosa, foi composta em 1570. Em breve colocarei mais coisas dele aqui...

Bom dia!

Mozart e a Musa II




A violinista Hilary Hahn nasceu na Virgínia, EUA, e em novembro próximo completa 32 anos. Já se apresentou nos mais nobres palcos do mundo, foi premiada com dois Grammy e eleita a Melhor Solista duas vezes pela Revista Billboard. Gravou vários cds, com obras de Mozart, Tchaikovsky, Mendelssohn e outros grandes compositores para violino, com destaque especial para a gravação dos 3 Concertos para Violino de Bach, que na opinião deste leigo é simplesmente a melhor gravação já feita (ouça um pouco aqui).

No vídeo acima está o primeiro movimento do Concerto n4 de Mozart. Imperdível!

(ah se ela soubesse que estou solteiro...)


Um pouco de música


Hoje fui atacado pela preguiça e estou há pelo menos duas horas ouvindo música sem fazer absolutamente nada. Para alguém como eu, isso é uma vitória, não contra o "mundo opressor", mas contra minha ansiedade. Como já percebi que alguns que seguem este blog gostam da boa música, resolvi compartilhar com vocês o que me tomou as últimas duas horas.

O austríaco Franz Schubert foi talvez o maior compositor do seu tempo e esta sinfonia é uma das peças mais executadas em grandes apresentações e, principalmente, uma das mais utilizadas no cinema. É chamada A Inacabada porque tem apenas dois movimentos, mas não se sabe se algum dia o autor pensou em terminá-la. Sabe-se apenas que ela foi dedicada à Sociedade Musical de Graz, uma pequena cidade austríaca, em 1822, e foi entregue a seu amigo, então representante da entidade. Esta sinfonia, que alguns numeram como 7ª , outros como 8ª e outros ainda como 9ª , foi uma das primeiras grandes músicas a me aceitar como fã e me acompanha desde a adolescência. Franz Schubert morreu aos 31 anos e deixou mais de 500 obras dignas de um mestre. Minha identificação com Schubert vai além da admiração que tenho por sua música: ele foi um durango e passou maior parte do tempo sem um puto no bolso... como eu!

Escolha melhor a sua trilha sonora

Detalhe do quadro Amor Vincit Omnia, de Caravaggio
A boa música é uma das maiores conquistas da humanidade. Uma relação harmônica entre ritmo e melodia pode não apenas contribuir para ordenar e equilibrar ciclos e ritmos corpóreos, mas também e principalmente para impressionar de forma positiva a mente humana.  
Acredito que por meio do ritmo a música traz benefícios ao organismo físico, e a melodia, por sua vez, beneficia a mente e o espírito.  A melodia tem uma influência decisiva na expansão do imaginário e, portanto, na construção do conhecimento e no aperfeiçoamento da inteligência.
Todo este potencial deixa evidente a importância da escolha da trilha sonora da nossa vida.
É claro que não existe uma regra geral que funcione para todos, mas é claro também que é possível encontrar certa hierarquia entre as obras, que justifique algumas escolhas e isso nada tem a ver com o gosto pessoal, que certamente vai variar de cabeça para cabeça. O importante é perceber que existe diferença de qualidade entre as músicas. Ou será que podemos colocar Bach e os pagodeiros no mesmo saco?
Insistindo que não existe fórmula mágica, pretendo apenas compartilhar um método de elevação da cultura musical que aprendi com um grande amigo, violonista de grande talento que foi editor de partituras da Orquestra Experimental de Repertório. Disse ele certa vez que devido à massificação da música popular de baixa qualidade, nossa cultura musical dificulta a absorção da música erudita e que para superar esta deficiência basta seguir três dicas bem simples:
1 – Escolha, dentre os clássicos, aquele que mais agrada aos seus ouvidos e ouça até enjoar. Perceba a ordem, a velocidade, os tempos; identifique os instrumentos, os timbres e os silêncios; repita a melodia mentalmente, muitas vezes, até que todos os movimentos estejam “decorados”.
2 – Procure saber o que as pessoas que entendem do assunto dizem sobre a obra, conheça a vida do compositor e o seu tempo. Perceba as formas utilizadas, pesquise a nomenclatura e a finalidade prática da obra na época de sua composição.
3 – Conheça obras relacionadas, da mesma época, do mesmo gênero; pesquise as influências e os influenciados. Sem perceber, seu universo musical vai se ampliar significativamente e os efeitos de ordem física serão apenas benefícios paralelos perto do bem que você vai fazer à sua inteligência.
Em poucas semanas você vai sentir a diferença. A má notícia é que você não vai mais suportar ouvir rádio.