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25 de nov. de 2012

TV Globo - Hipocrisia a gente vê por aqui




Este documentário mostra o império da mídia brasileira começando na segunda metade do século passado e seu poder político assustador. A TV Globo domina e aliena a população brasileira junto com as outras quatro grandes emissoras desde aquela época, lucrando e construindo suas bases na mentalidade pobre e ignorante do povo brasileiro.

A maioria esmagadora da população brasileira vivia em situação miserável e não tinha como comprar condições de vida melhores, por isso era (e ainda é) grande consumidora dos programas de TV.

"Eu acho que o povo é que faz a televisão. É a cabeça do povo que faz a televisão. A televisão no Brasil é um reflexo do próprio povo, daquilo que o povo pensa e quer."

Dias Gomes

A frase de Dias Gomes foi dita há muitos anos atrás mas continua muito atual. O povo teve sua capacidade de crítica atrofiada por um sistema de ensino coercitivo que condiciona à preguiça de pensar, educando para a reprodução do que lhe era passado na escola e, mais atualmente, reproduzir também o pensamento e comportamento programados pela televisão. Boa parte da população sequer teve acesso a alfabetização, tornando a TV o maior meio de entretenimento (alienação) e (des) informação nacional.

A mídia brasileira, nas suas primeiras décadas servia aos interesses dos ricos e poderosos daquela época. Enquanto a massa nada mais tinha a fazer do que consumir imagens luxuosas e se contentar com a sua vida simples de trabalhar, comprar, ter e cuidar dos filhos e por fim adoecer e morrer. Muita gente embora tendo melhor qualidade de vida, reduz a sua vida a essas simples tarefas até hoje.

"O presidente da república que tinha a exclusividade dessa concessão, destinou esses canais de rádio e TV aos seus amigos, aos seus correligionários, aos representantes dos seus grupos políticos nos estados, nos municípios. E isso sem qualquer tipo de critério. Não foi utilizado um critério social, nas instituições educacionais, absolutamente. O critério foi um só: o favorecimento político." Diz Armando Rollemberg a respeito do poder do presidente de conceder licença para abertura de canais de televisão.

A mídia nas suas várias formas não tem a menor pretensão de manter os espectadores informados. Absolutamente nenhuma! A mídia existe para ditar o comportamento do rebanho e assim orquestrar a sociedade para o aumento de poder de quem já tem poder.

A influência midiática é muito notável no nosso dia-a-dia. Preste atenção em quantos lugares você vai em que os mesmos assuntos televisivos são copiosamente repetidos. O casamento do artista, a separação da dupla de cantores, a música-droga que não para de tocar em todos os lugares onde quer que você vá. Os programas mobilizam na população os sentimentos mais primitivos de soberba, competitividade e subjulgação ora de si, ora do outro. Ah, e não se pode deixar de citar as roupas, os estilos, gírias e comportamentos que vem direto da televisão, transmitidas por artistas sedutores e excêntricos responsáveis por produzir a mente coletiva.



A ignorância e a humildade de uma significativa parcela do povo brasileiro é largamente explorada e transformada em produto para o próprio povo. Pessoas com condições de vida precária são “premiadas” em programas de TV, criando nos espectadores da mesma classe social, uma esperança duradoura no auxilio de pessoas da TV em suas vidas. Tal qual fazem as religiões e espiritualismos deixando as pessoas dóceis e esperançosas na vinda ou atuação de outros seres em seus paradigmas existenciais.

O papel dessas instituições midiáticas e religiosas é justamente manter as pessoas razoavelmente desconectadas da realidade, entorpecidas, alienadas. Sem pensar no que realmente importa na sua existência, nem na razão de estar aqui, sem ouvir a sua intuição e sentimentos. Vivendo, a vida inteira, condicionada a estas ilusões e às necessidades básicas do corpo e da mente. Agindo então, de forma meramente programada e instintiva como as formigas.

"Beyond Citizen Kane (Muito Além do Cidadão Kane, no Brasil) é um documentário televisivo britânico de Simon Hartog exibido em 1993 pelo Channel 4, emissora pública do Reino Unido."  Wikipédia






MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE - A VERDADEIRA HISTÓRIA DA REDE GLOBO

"Beyond Citizen Kane" (no Brasil, "Muito Além do Cidadão Kane") é um documentário televisivo britânico de Simon Hartog produzido em 1993 para o Canal 4 do Reino Unido. A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência do grupo, poder e suas relações políticas. O ex-presidente e fundador da Globo Roberto Marinho foi o principal alvo das críticas do documentário, sendo comparado a Charles Foster Kane, personagem criada em 1941 por Orson Welles para Cidadão Kane, um drama de ficção baseado na trajetória de William Randolph Hearst, magnata da comunicação nos Estados Unidos. Segundo o documentário, a Globo emprega a mesma manipulação grosseira de notícias para influenciar a opinião pública como o fez Kane.

O documentário acompanha o envolvimento e o apoio da Globo à ditadura militar, sua parceria ilegal com o grupo americano Time Warner (naquela época, Time-Life), a política de manipulação de Marinho (que incluíam o auxílio dado à tentativa de fraude nas eleições fluminenses de 1982 para impedir a vitória de Leonel Brizola, a cobertura tendenciosa sobre o movimento das Diretas-Já, em 1984, quando a emissora noticiou um importante comício do movimento como um evento do aniversário de São Paulo e a edição, para o Jornal Nacional, do debate do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras de 1989, de modo a favorecer o candidato Fernando Collor de Mello frente a Luis Inácio Lula da Silva), além de uma controvérsia negociação envolvendo ações da NEC Corporation e contratos governamentais.

O documentário apresenta entrevistas com destacadas personalidades brasileiras, como o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, os políticos Leonel Brizola e Antônio Carlos Magalhães, o publicitário Washington Olivetto, os jornalistas Walter Clark, Armando Nogueira, Gabriel Priolli e o atual presidente Luis Inácio Lula da Silva.

O filme seria exibido pela primeira vez no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro do Rio de Janeiro, em março de 1994. Um dia antes da estréia, a polícia militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando em caso de desobediência multar a administração do MAM-RJ e também intimidando o secretário de cultura, que acabou sendo despedido três dias depois.

Durante os anos noventa, o filme foi mostrado ilegalmente em universidades e eventos sem anúncio público de partidos políticos. Em 1995, a Globo tentou caçar as cópias disponíveis nos arquivos da Universidade de São Paulo através da Justiça Brasileira, mas o pedido lhe foi negado. O filme teve acesso restrito a essas pessoas e só se tornou amplamente vistos a partir da década de 2000, graças à popularização da internet.

A Rede Globo tentou comprar os direitos para o programa no Brasil, provavelmente para impedir sua exibição. No entanto, antes de morrer, Hartog tinha acordado com várias organizações brasileiras que os direitos de televisão não deveriam ser dados à Globo, a fim de que o programa pudesse ser amplamente conhecido tanto por organizações políticas e quanto culturais. A Globo perdeu o interesse em comprar o programa quando os advogados da emissora descobriram isso, mas o filme permanece proibido de ser transmitido no Brasil.

Entretanto, muitas cópias em VHS e DVD vem circulando no país desde então. O documentário está disponível na Internet, por meio de redes P2P e de sítios de partilha de vídeos como o YouTube e o Google Video (onde se assistiu quase 600 mil vezes). Contrariando a crença popular, o filme está disponível no Brasil, embora em sua maioria em bibliotecas e coleções particulares.

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