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17 de abr. de 2011

Ibovespa firma movimento de alta; dólar cai 0,12%, a R$ 1,578


Mercados

RIO e SÃO PAULO - A procura por papéis com preços atrativos - depois da queda consistente dos últimos cinco pregões - provocou uma mudança de rumo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta tarde de sexta-feira. Por volta das 15h10m (horário de Brasília), o Ibovespa registrava valorização de 0,67%, para 66.719 pontos. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF), o contrato futuro do índice, com vencimento em junho, avançava 0,32% e marcava 67.570 pontos. Vale lembrar que segunda-feira é dia de vencimento de opções na Bovespa. O giro financeiro é de R$ 3,89 bilhões.

O dólar comercial ainda recua, mas diminuiu o ritmo de desaceleração frente ao real. A moeda americana descia 0,12%,cotada a R$ 1,576 na compra e a R$ 1,578 na venda.

Sobre câmbio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a acenar com novas medidas na área cambial. Segundo o ministro, os investidores entenderam mal seus comentários sobre serem inevitáveis os ganhos cambiais.

Já o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse que o Brasil está "no meio de um ciclo de aperto monetário".

"Estamos trabalhando pela estabilidade monetária, estamos no meio de um ciclo de aperto monetário no Brasil", disse Tombini.

As frases foram vistas como uma indicação de mais aumentos de juros. Vale lembrar que na próxima semana o Comitê de Política Monetária (Copom) está reunido e ainda não há consenso sobre alta de 0,25 ponto ou meio ponto no juro básico, que está em 11,75%.

No mercado futuro, o contrato de maio negociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF) registrava, há pouco, queda de 0,03%, a R$ 1,579. Ontem, a divisa americana havia recuado 0,69%.

Ações da Petrobrás sobem mais de 2%

Voltando à Bovespa, entre as 'blue chips', as ações preferenciais da Petrobras avançavam 2,15%, a R$ 26,54, enquanto as ON subiam 3,01%, a R$ 29,69. Já os papéis preferenciais da Vale se apreciavam em 0,15%, a R$ 45,88, ao passo que os ordinários (com direito a voto) subiam 0,21%, a R$ 51,39.

Completando os ativos de maior peso no Ibovespa, OGX Petróleo ON subia 2,20%, a R$ 19,47; BMFBbovespa ON tinha alta de 1,12%, a R$ 11,64 e ItaúUnibanco PN subia 0,43%, a R$ 37,00.

O analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, vê no movimento de alta do Ibovespa desta tarde forte influência procura dos investidores por "pechinchas", ou seja, ações com preços atrativos.

- Papéis que sofreram nos últimos dias hoje estão tendo um ajuste técnico. A Petrobras está com queda de 7% no mês, e é natural que haja este movimento de compra. Os mercados estão de lado e semana que vem muita gente que não vai operar, por conta do feriado.

Nos Estados Unidos, o índice Nasdaq Composto virou a direção e passou a registrar ganhos. Há pouco, ele subia 0,29%, aos 2.768,40 pontos. Já o Dow Jones avançava 0,63%, aos 12.362,81 pontos e o S&P 500 expandia 0,57%, aos 1.322,10 pontos.

Indicadores dos EUA acima da expectativa

Um dos principais indicadores na agenda dos investidores, a produção industrial nos Estados Unidos subiu 0,8% em março, depois de mostrar uma alta de 0,1% em fevereiro (dados revisados), segundo o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Na comparação com janeiro de 2010, houve uma alta 5,9%. Economistas previam alta de 0,6% para a produção industrial de março


O índice de confiança do consumidor norte-americano, divulgado pela Universidade de Michigan e pela Thomson Reuters, subiu 69,6 pontos no mês de abril, na comparação com março, de acordo com a leitura preliminar deste mês. Economistas esperavam que o indicador registrasse leitura de 66,5 pontos no levantamento inicial deste mês.

Bolsas em alerta com crescimento chinês

O avanço da inflação na China e o novo rebaixamento da nota de crédito da Irlanda pela agência de classificação de risco Moody's não impediu a alta das principais bolsas europeias, ajudadas por dados positivos das economias americana e chinesa, e pelos números de vendas da Nestlé,

Entre as principais bolsas da região, o índice FTSE 100, de Londres, avançou 0,54%, para 5.996 pontos; em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,10%, aos 3.974 pontos; e em Frankfut, o DAX teve alta de 0,44%, para 7.178 pontos.

A Nestlé faturou 20,3 bilhões de francos suíços (US$ 22,7 bilhões) no primeiro trimestre deste ano, com alta de 6,4% no crescimento orgânico e de 4,9% em crescimento interno real, acima das projeções de analistas.

A empresa de alimentos atribuiu o resultado à forte demanda nos mercados emergentes e alta de preços dos produtos, que compensaram a elevação dos custos de matérias-primas como café, cacau, leite, grãos e petróleo. Os papéis da companhia subiram 2,3% na bolsa suíça.

Na outra ponta do mercado, os bancos voltaram a liderar as perdas. Commerzbank recuou 4,3% e Credit Agricole perdeu 1,9%.

O governo da Grécia anunciou antecipadamente nesta sexta-feira um novo plano de austeridade para reduzir ainda mais os gastos do governo no valor de 23 bilhões de euros.

Asiáticas acumulam primeira semana de queda em um mês

As bolsas de valores da Ásia acumularam a primeira semana de queda em um mês nesta sexta-feira, com investidores realizando lucros após o rali recente.

O índice da bolsa de Hong Kong caiu 0,02 e o mercado de Xangai teve ganho limitado, de 0,26 por cento, com operadores aguardando uma nova rodada de aperto monetário da China, possivelmente neste fim de semana, após dados mostrarem um crescimento econômico e uma inflação que superaram previsões.

Os bancos centrais asiáticos têm usado várias medidas de aperto monetário, com alguns países, como Cingapura, sancionando uma valorização da moeda local para conter a inflação importada.

As bolsas de Sydney, Tóquio e Seul caíram 0,66, 0,65 e 0,03 por cento, respectivamente. No último pregão, os índices alcançaram uma nova máxima de fechamento.

As ações na Índia declinaram 1,57 por cento, pressionadas pela perda de quase 8 por cento na gigante de software Infosys Technologies, que anunciou lucro trimestral abaixo do esperado.

O índice da região Ásia-Pacífico exceto o Japão tinha queda de 0,44 por cento às 8h01 (horário de Brasília), acumulando perda de 1 por cento na semana após atingir o maior patamar em três anos na segunda-feira.

A bolsa de Taiwan retrocedeu 0,96 por cento. Cingapura encerrou em baixa de 0,18 por cento.