Blog

Blog

18 de abr. de 2011

A nacionalidade de Jesus!...

.

Chefes de vários países se encontraram. Todos defendiam que Jesus tinha nascido em seus respectivos países e indicavam as seguintes provas:

a) 3 provas de que Jesus era judeu:

- Assumiu os negócios do pai;
- Viveu em casa ate os 33 anos;
- Tinha certeza de que a mãe era virgem e a mãe tinha certeza de que ele era Deus.

b) 3 provas de que Jesus era irlandês:

- Nunca foi casado;
- Nunca teve emprego fixo;
- O último pedido dele foi uma bebida.

c) 3 provas de que Jesus era porto-riquenho:

- Primeiro, o nome dele era Jesus;
- Sempre teve problemas com a lei;
- A mãe dele não sabia quem era o seu pai.

d) 3 provas de que Jesus era italiano:

 - Falava com as mãos;
- Tomava vinho em todas as refeições;
- Trabalhou no comércio.

e)  3 provas de que Jesus era californiano:

- Nunca cortou o cabelo;
- Andava descalço;
- Inventou uma nova religião.
 
f) 3 provas de que Jesus era francês:

- Nunca trocava de roupa;
- Não lavava os pés;
- Não falava inglês.

g) 3 provas de que Jesus era brasileiro:

- Nunca tinha dinheiro;
- Vivia fazendo milagres;
- Se ferrou na mão do governo.
Não foi possível chegar a um consenso sobre a nacionalidade de Jesus, mas todos concordaram com uma coisa:
- Judas, com certeza, era Argentino...

                                                             (Cordel)

A História de Jesus
Primeira Parte

Nos dias de Herodes, rei da Judéia
Viveu o sacerdote, de nome Zacarias
E sua mulher, descendente de Aarão
Da ordem de sua turma, a turma de Abias
Ele e Isabel, com Deus no coração
Ouvira a promessa de intensa gratidão
Para entrar no santuário, em certos dias

Pois que no exercício das funções sacerdotais
Coube-lhe, por sorte, o incenso da oração
Oferecer a Deus como era de costume
Enquanto lá fora, rezava a multidão
Foi quando o anjo apareceu-lhe, lá do céu
Noticiando que a sua mulher, Isabel
Daria a luz a um filho, de nome João

E Zacarias, por instantes, assustado
Já se sentia velho, de idade avançada
Disse ao anjo não saber como atendê-lo
Para ser o pai de uma criança anunciada
E Gabriel, o anjo, então, lhe consolava
Fui enviado para lhe dar a boa nova
E Zacarias, com temor, não disse nada

Desacreditou na Santa palavra do Senhor
Não deu cumprimento ao que era obrigação
E assim, Zacarias foi punido, ao sair do Templo
Ficara mudo e sinalizando para a multidão
Que, do lado de fora, por ele esperava
Achando estranho porque tanto demorava
O sacerdote, encarregado da oração

Assim foi que a multidão compreendera
Que Zacarias teve no Templo uma visão
Findo o serviço, o velho homem voltou pra casa
Onde Isabel, com cinco meses, já de gestão
Ali escondida, no seu lar, no seu abrigo
Naquele tempo, não ter filho era castigo
E desse modo evitava a humilhação

Foi para Isabel, no sexto mês de gravidez,
Que Deus enviou Gabriel com toda a fé
À uma cidade bem conhecida, da Galiléia
Cidadezinha que se chamava Nazaré
Casa da virgem desposada com um varão
A virgem Maria do Sagrado Coração
Da casa do homem que se chamava José

Foi nessa casa que então a virgem Maria
Recebeu o anjo que chegou com a saudação
"Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está Contigo"
Não tenhas medo, Maria! Acalma o teu coração!
Por Deus serás concebida e darás a eterna luz
Ao Filho do Altíssimo, que se chamará Jesus
E que trará, em seu nome, a bela e nova união

O Filho grande e abençoado por nosso Deus
Dará o trono ao rei Davi, seu pai querido
E reinará na casa de Jacó por longos séculos
Seu reino não terá fim; e será bem conhecido
E Maria, surpresa, indagava como poderia
Acontecer tudo aquilo, se nem homem conhecia
E em resposta, o anjo explicou, agradecido

É que o Espírito Santo virá sobre ti
A virtude do Altíssimo com Sua sombra te cobrirá
E o Santo gerado pelo Filho de Deus será chamado
E breve aqui na terra contigo estará
Eis que tua parenta, Isabel, também engravidou
Embora estéril e velha, assim se determinou
Pois para Deus nada de impossível pode-se dá

E assim Maria deu a luz ao filho primogênito
E o enfaixou na manjedoura e o reclinou
Porque não havia mais lugar na estalagem
Começava a amizade nova que vingou
Depois que os anjos para o céu se retiraram
Os pastores foram até Belém e encontraram
Maria, Jesus e José, onde tudo começou

Segunda Parte

Tendo nascido Jesus, em Belém de Judá
Eis que vieram a Jerusalém, com o presente
A procura do rei dos judeus, para visitar
Seguindo a estrela vista no oriente
Para adorar o Filho de Deus, nosso Senhor
Aqui, na terra, mandado com muito amor
Que novos caminhos ensinaria a toda gente

Entraram - os reis magos - na casa de Maria
Prostrados, adoraram aquele menino
Abriram seus cofres e ofertas fizeram
De ouro, incenso e mirra, ao pequenino
Foram avisados, em sonhos, de Herodes, do perigo
Que com inveja e despeito fez-se inimigo
Mudaram assim de rumo e de destino

Assim que se foram. Assim que partiram
Em sonhos um anjo apareceu a José
Alertando para que tomasse o menino
Fugisse depressa para o Egito, com muita fé
Herodes, então, sabendo-se iludido
Irado, mandou matar todo bebê nascido
Que tivesse de zero a dois anos, até

Desse modo, Jesus foi levado a Jerusalém
E depois de tudo acabado, segundo a Lei do Senhor
Voltaram à Galiléia, para sua cidade de Nazaré
Onde o menino cresceu cercado de muito amor
Com muita graça e muita sabedoria
Junto ao povo ele muito aprendia
E se preparava para a missão com fervor

Ao completar doze anos, segundo o costume
Das festas de Jerusalém, num dia determinado,
Jesus não voltou para casa de seus pais
Que logo o procuram e o encontram sentado
Três dias depois, no Templo escutando
Junto com os doutores, dialogando
Aprimorando o seu aprendizado

E assim o tempo foi passando
Até que se deu conta do momento adequado
E foi da Galiléia para o Jordão
Encontrou-se com João e foi batizado
Ao sair da água viu o Espírito de Deus
Que descia como pomba sobre os braços seus
Dizendo: "Este é o meu filho amado"

E assim Jesus começa a sua jornada
Habita Cafarnaum, deixando Nazaré
Caminha pelo mar da Galiléia e vê os irmãos
Simão, que se chama Pedro, e o outro, André
Dois pescadores em plena atividade
Dois seres humanos à procura da verdade
Foi quando Jesus lhes falou sobre a fé

Vinde após mim, e farei de vós pescadores
Pescadores de seres encarnados
Assim, sem mais delongas, eles O seguiram
E mais dois irmãos foram chamados
Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão
Que foram tocados no fundo do coração
Discípulos que começaram a ser formados

Esta é a história de Cristo contada na Bíblia
Que andou neste mundo ensinando o amor
Mostrando os caminhos a serem seguidos
Cumprindo a palavra do Pai Criador
Jesus que em dezembro nasceu com a missão
De por todos morrer, para a salvação
Por isso, viva o Natal! Nascimento do Senhor.


Domingos Oliveira Medeiros

O idioma de Jesus Cristo

Aramáico: (Idioma de Jesus Cristo)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo. (desde dezembro de 2010)
Aramáico
 (ארמית Arāmît, ܐܪܡܝܐ Ārāmāyâ)
Pronúncia: /arɑmiθ/, /arɑmit/, /ɑrɑmɑjɑ/, /ɔrɔmɔjɔ/
Falado em: Arménia, Azerbeijão, Índia (sob Ashoka o Grande), Irão, Iraque; Israel; Territórios palestinianos; Geórgia; Líbano; Rússia; Síria; Turquia.
Região: Oriente Médio, Ásia Central, Europa, Américas and Austrália
Total de falantes: ~445,000
Família: Afro-Asiática
 Semítica
 Semítica ocidental
 Semítica central
 Semítica norte-ocidental
 Aramáico
Escrita: aramáica

Aramáico é a designação que recebem os diferentes dialetos de um idioma com alfabeto próprio e com uma história de mais de três mil anos, utilizado por povos que habitavam o Oriente Médio. Foi a língua administrativa e religiosa de diversos impérios da Antiguidade, além de ser o idioma original de muitas partes dos livros bíblicos de Daniel e Esdras, assim como do Talmude.

Pertencendo à família de línguas afro-asiáticas, é classificada no subgrupo das línguas semíticas, à qual também pertencem o árabe e o hebraico.

O aramaico foi, possivelmente, a língua falada por Jesus e ainda hoje é a língua materna de algumas pequenas comunidades no Oriente Médio, especialmente no interior da Síria; e sua longevidade se deve ao fato de ser escrito e falado pelos aldeões cristãos que durante milênios habitavam as cidades ao norte de Damasco, capital da Síria, entre elas reconhecidamente os vilarejos de Maalula e Yabrud, esse último "onde Jesus Cristo hospedou-se por 3 dias" além dessas outras aldeias da Mesopotâmia reconhecidamente católicas por onde Cristo passou, como Tur'Abdin ao sul da Turquia, fizeram com que o aramaico chegasse intacto até os dias de hoje.

No início do século passado, devido a perseguições políticas e religiosas, milhares desses cristãos fugiram para o ocidente onde ainda hoje restam poucas centenas, vivendo nos Estados Unidos da América, na Europa e na América do Sul e que curiosamente falam e escrevem fluentemente o idioma falado por Jesus Cristo.

Distribuição geográfica
Durante o século XII a.C., os arameus, os originais falantes do aramaico, começaram a se estabelecer em grande número nas regiões onde atualmente situam-se a Síria, o Iraque e a Turquia oriental. Adquirindo importância, passou a ser falado por toda a costa Mediterrânea do Levante. A partir do século VII, o aramaico, que era utilizado como língua franca no Oriente Médio foi substituído pela Língua árabe. Entretanto, o aramaico continua sendo usado, literária e liturgicamente, entre os judeus e alguns cristãos. Guerras e dissenções políticas nos dois últimos séculos ocasionaram a dispersão de inúmeros indivíduos que se utilizam do aramaico como língua materna pelo mundo.

Datas importantes

A história do aramáico pode ser dividida em três períodos:

Arcaico 1100 a.C.–200 D.C.), incluindo:

O aramáico bíblico, do hebraico.

O aramáico de Jesus.

O aramáico dos Targum.

Aramáico Médio (200–1200), incluindo:

Língua siríaca literária.

O aramáico do Talmude e dos Midrashim.

Aramáico moderno (1200–presente)


(Classificação baseada na de Klaus Beyer Referências bibliográficas: Beyer*).

Targum do século XI da Bíblia HebraicaO aramaico nabateu é a língua do reino árabe de Petra. O reino (c. 200 a.C. – 106 d.C.) compreendia a área entre a margem leste do rio Jordão, a península do Sinai e o norte da Arábia. Talvez por causa da importância do comércio das caravanas, os nabateus começaram a preferir a usar o aramaico ao árabe setentrional antigo. O dialeto é baseado no aquemênida, com um pouco de influência do árabe: o 'l' freqüentemente se transforma em 'n' e há algumas poucas palavras tomadas do Árabe. Algumas inscrições Aramaicas Nabateanas existem dos dias mais antigos desse reino, mas a maioria é dos primeiros quatro séculos d.C. A língua é grafada em escrita cursiva, que é a precursora do Alfabeto Árabe moderno. O número de palavras emprestadas do árabe aumentou através dos séculos, até que, no século IV, o Nabateano se fundiu definitivamente com o Árabe.

O aramáico palmireno é o dialeto que se usava na cidade de Palmira no Deserto Sírio, de 44 a.C. até 274 d.C. Era grafada em escrita arredondada, que mais tarde originou a escrita cursiva. Como o Nabateano, o Palmireno foi influenciado pelo Árabe, mas em um grau menor.

O aramáico arsácida era a língua oficial do Império Parto (247 a.C.–224d.C.). Ela, mais que qualquer outro dialeto pós-Aquemênido, continua a tradição de Dario I. Naquele tempo, no entanto, ela ficou sob a influência do aramaico contemporâneo falado, do georgiano, do persa. Após a conquista dos partos sobre os sassânidas, que falavam o persa, os arsácidas externaram uma influência considerável sobre a nova língua oficial.

O aramáico recente do Oriente Antigo

Os dialetos mencionados na última seção descenderam todos do Aramaico Imperial Aquemênido. Contudo, os diversos dialetos regionais do Aramaico Antigo mais recente continuaram junto com essas, freqüentemente como simples línguas faladas. Evidências antigas dessas línguas faladas só são conhecidas por suas influências em palavras e nomes num dialeto mais padrão. Porém, esses dialetos regionais se tornaram línguas escritas no século II a.C. Os mesmos refletem um tipo de Aramaico que não depende o Aramaico Imperial e mostra uma divisão clara entre as regiões da Mesopotâmia, Babilônia e o leste, e Palestina e oeste.

No leste, os dialetos do aramaico palmireno e arsácida se uniram com línguas regionais para criar línguas com um pé no Imperial e um pé no Aramaico. Muito mais tarde, o Arsácido se tornou a linguagem litúrgica da religião mandeísta, a língua mandéia.

No reino de Osroena, centrado em Edessa e fundado em 132 a.C., o dialeto regional se tornou a língua oficial: o antigo siríaco, na margem superior do rio Tigre, o aramaico mesopotâmico oriental floresceu, com evidências em Hatra, Assur e Tur Abdin. Tatian, o autor do evangelho harmônico Diatessaron veio da Assíria e talvez tenha escrito seu trabalho (172 a.C.) no dialeto mesopotâmico oriental, em vez de siríaco ou grego. Na Babilônia, o dialeto regional foi usado pela comunidade judaica, o Velho Judeu Babilônico (c. 70a.C.). Essa língua do cotidiano cresceu sob a influência do Aramaico Bíblico e do Targúmico Babilônico.

O aramáico antigo ocidental recente

Os dialetos regionais do oeste de Aramaico seguiram um curso similar àqueles do leste. Eles são muito diferentes dos dialetos do leste e do Aramaico Imperial. As línguas semitas da Palestina rumaram ao Aramaico durante o século IV a.C. A língua fenícia, contudo, seguiu até o século I a.C.

A forma do aramaico antigo ocidental recente usado pela comunidade judaica é mais bem atestada e geralmente chamada de antigo palestino judaico. Sua forma mais antiga é o antigo jordaniano oriental, que provavelmente vem da região da cidade de Cesaréia de Filipo. Essa é a língua do manuscrito mais antigo de Enoque, da Bíblia (c. 170 a.C.). A próxima fase distinta da língua é chamada de Velho Judaico (no segundo século d.C.). Literaturas do Velho Judaico podem ser encontradas em várias inscrições e cartas pessoais, citações preservadas no Talmude e recibos de Qumran. A primeira edição de Guerra Judaica do historiador Josephus foi escrita em Velho Judáico.

O antigo jordaniano oriental continuou a ser usado no primeiro século antes de Cristo pelas comunidades pagãs que viviam ao leste do Jordão. Seu dialeto é freqüentemente chamado, então, de antigo palestino pagão, e era escrito de forma cursiva de certa forma similar ao siríaco antigo. Um dialeto antigo palestino cristão pode ter nascido do pagão, e esse dialeto pode estar por detrás de algumas das tendências do aramaico ocidental encontradas nos evangelhos orientais no siríaco antigo.

O dialeto falado na época de Jesus

Sete dialetos do Aramaico Ocidental eram falados na época de Jesus. Eles eram provavelmente distintos ainda que mutuamente inteligíveis. O Velho Judaico era o dialeto proeminente de Jerusalém e da Judéia. A região de Ein Gedi-Engedi tinha o Judaico do Sudeste. A Samaria tinha seu Aramaico Samaritano distinto, onde as consoantes 'he', 'heth' e '`ayin' todas se tornaram pronunciadas como 'aleph'. O Aramaico Galileu, a língua da região natal de Jesus só é conhecida de alguns poucos lugares, das influências no Targúmico Galileu, de alguma literatura dos rabinos e algumas poucas cartas privadas. Ela parece ter um número de características distintas, como: ditongos nunca são simplificados a "monotongos". A leste do Jordão, os vários dialetos de Jordaniano Oriental eram falados. Na região de Damasco e no Líbano, o Aramaico Damasceno era falado (deduzido na sua maioria do Aramaico Ocidental Moderno. Finalmente, bem ao norte, como em Aleppo, o dialeto do Aramaico de Orontes era falado.

Além desses dialetos de aramaico, o grego era usado extensivamente nos centros urbanos. Há pouca evidência do uso do hebráico durante esse período. Algumas palavras em hebraico continuaram como parte do vocabulário aramaico judeu (em sua maior parte palavras religiosas, mas também algumas do cotidiano, como `ē, árvore) e a língua escrita do Tanakh era lida e entendida pelas classes cultas. Contudo, o Hebraico deixou de ser a língua do dia a dia. Em adição, as várias palavras no contexto Grego do Novo Testamento que não são traduzidas, são claramente Aramaico ao invés de Hebraico. Tirando da pouca evidência que existe, esse aramaico não é o aramaico da Galiléia, mas o antigo aramaico da Judéia. Isso sugere que as palavras de Jesus foram transmitidas no dialeto da Judéia e Jerusalém ao invés do de sua cidade natal.

O filme A Paixão de Cristo (2004) é notável pelo seu uso de diálogos em aramaico especialmente reconstruído por apenas um professor, William Fulco. Contudo, falantes modernos da língua consideraram a linguagem usada pouco familiar.

Aramáico médio

O século III d.C. é tido como o limiar entre o aramaico antigo e o médio. Durante aquele século, a natureza das várias línguas aramaicas começaram a mudar. As descendentes do aramaico imperial deixaram de existir como línguas vivas e as línguas regionais do leste e oeste começaram a formar literaturas novas e vitais. Diferente de muitos dos dialetos do antigo aramaico, muito se sabe do vocabulário e gramática do aramaico médio.
Aramáico médio oriental

Somente dois dos idiomas do aramaico oriental antigo continuaram nesse período. No norte da região, o antigo siríaco evoluiu para o siríaco médio. No sul, o antigo judeo-babilônico se tornou o judeo-babilônico médio. O dialeto pós-aquemênida, arsácida, se tornou o fundo da nova língua mandéia.

Siríaco médio
 
Manuscrito do século IX escrito no alfabeto siríaco Estrangela, da Homilia sobre o Evangelho de João de John ChrysostomVeja Siríaco para mais informações.
O siríaco médio é, até hoje, a linguagem clássica, literária e litúrgica dos cristãos siríacos. Sua época de ouro foi do século IV ao século VI d.C.. Esse período começou com a tradução da Bíblia nessa língua: a Peshitta, e a prosa e poesia de Éfrem, o Sírio. O siríaco médio, diferentemente de seu ancestral, é uma língua completamente cristã, embora no tempo ela tenha se tornado a língua daqueles que se opuseram à liderança bizantina da Igreja no leste. A atividade missionária levou a espalhar o siríaco pela Pérsia, até a Índia e China.

O aramáico médio judeo-babilônico

O aramáico médio judeo-babilônico é a língua do Talmude babilônico (que foi completado no século VII). Apesar de ser a principal língua do Talmude, em seu conjunto, vários trabalhos em hebraico (reconstruído) e dialetos mais antigos de aramaico são cuidadosamente dispostos. O aramáico médio judeo-babilônico é também a língua por trás do sistema babilônico de apontamento (marcando as vogais em um texto que seria primordialmente feito somente com consoantes) da Bíblia Hebraica e o seu Targum.

Mandeu
Veja Língua mandéia para maiores informações.

O mandeu é um dialeto muito próximo do aramaico judeo-babilônico,embora linguisticamente e culturalmente diferente. O mandaico clássico é a língua no qual a literatura religiosa dos mandeus foi composta. Caracteriza-se por uma ortografia altamente fonética.

Aramáico do Oriente Médio

Os dialetos do aramaico do Velho Ocidente continuaram com o dialeto judeu da Média Palestina (em hebraico, no alfabeto hebraico dito "de escrita quadrada"), o dialeto aramaico samaritano (no alfabeto fenício, antiga escrita hebraica) e o dialeto cristão-palestino (em siríaco cursivo, no alfabeto siríaco). Destes três, somente o dialeto judeu da Média Palestina continuou como uma língua escrita.

Aramáico judeo-palestino médio

 
Em 135, depois da revolta de Bar Kokhba, vários líderes judeus, expulsos de Jerusalém, se mudaram para a Galiléia. O dialeto galileano então saiu da obscuridade para se tornar o padrão entre judeus no ocidente. Este dialeto era falado não somente na Galiléia, mas também nos arredores. Constituiu o pano de fundo lingüístico para o Talmude de Jerusalém (completado no século V), do targumim palestino (versões em aramaico das escrituras judaicas) e do midrashim (comentários e ensinamentos bíblicos). O padrão moderno para a pontuação de vogais na Bíblia Hebraica, o sistema Tiberiano do século VII, foi desenvolvido a partir do dialeto Galileano do aramaico judeo-palestino médio. A vocalização do hebráico clássico, portanto, ao representar o hebraico deste período, provavelmente reflete a pronúncia contemporânea deste dialeto aramaico.

O judeiano médio, descendente do judeiano antigo, não é mais o dialeto dominante e foi usado apenas na Judéia do Sul (o dialeto engedi, continuou por todo este período). Da mesma forma, o jordaniano médio-oriental continuou como um dialeto menor do velho jordaniano oriental. As inscrições na sinagoga em Dura-Europos estão tanto em jordaniano médio-oriental quanto em judeano médio.

Aramáico samaritano

O dialeto aramáico da comunidade dos samaritanos foi comprovado anteriormente por uma tradição documentária que pode ser datada do século IV. Sua pronúncia moderna é baseada na forma usada no século X.

Aramáico cristão-palestino

A língua dos cristãos que falavam o aramaico do ocidente é evidenciada como sendo do século VI, mas provavelmente existia desde dois séculos mais cedo. A língua por si vem do velho palestino cristão, mas suas convenções de escrita foram baseadas no antigo siríaco médio e foi fortemente influenciada pelo grego. O nome Jesus, apesar de Yešû` em aramaico, é escrito Yesûs no palestino cristão.

Aramáico moderno

Mais de quatrocentas mil pessoas falam algum dialeto do aramaico moderno (ou neo-aramaico) hoje em dia como língua nativa. São judeus, cristãos, muçulmanos e mandeanos, vivendo em áreas remotas e preservando suas tradições com impressos e agora com mídia eletrônica. As línguas neo-aramaicas estão agora mais distantes em termos de compreensão entre si do que já estiveram antes. Os últimos duzentos anos não foram bons para os falantes do Aramaico; a instabilidade no Oriente Médio levou a uma diáspora mundial de falantes de aramaico. O ano de 1915 é especialmente relevante para os cristãos que falavam aramaico: chamado de Sayfo ou Shaypā (a espada em siríaco), todos os grupos cristãos do leste da Turquia (assírios, armênios e outros) foram submetidos ao genocídio que marcou o fim do Império Otomano. Para os judeus que falavam aramáico, 1950 é um ano da mudança: a fundação do Estado de Israel e a consequente expulsão dos judeus dos países árabes, como o Iraque, levou a maioria dos judeus que falavam aramaico a migrar para lá. Contudo, a mudança para Israel levou o neo-aramaico judeu a ser substituído pelo hebraico moderno entre os filhos dos imigrantes. Na prática, a extinção de muitos dialetos judeus parece iminente.

Aramáico moderno oriental

O aramáico moderno oriental existe em uma ampla variedade de dialetos e línguas. Há uma diferença significante entre o aramaico falado por judeus, cristãos e mandeanos.

As línguas cristãs são chamadas frequentemente de siríaco moderno (ou neo-siríaco, especialmente no que se refere à sua literatura), sendo fortemente influenciado pela língua literária e litúrgica do siríaco médio. Entretanto, elas têm suas raízes em diversos dialetos aramaicos locais, que não foram escritos, e não são exclusivamente as descendentes diretas da língua de Efraim o Sírio.

O siríaco ocidental moderno (também chamado de neo-aramaico, estando entre o neo-aramaico ocidental e o neo-siríaco oriental) é representado geralmente pelo idioma turoyo, a língua de Tur Abdin. Um idioma aparentado, Mlahsô se extinguiu recentemente.

As línguas orientais cristãs (siríaco moderno oriental ou neo-aramaico oriental) são chamadas frequentemente de Sureth ou Suret, a partir de um nome nativo. São também chamadas às vezes de assírias ou caldéias, porém estes nomes não são aceitos por todos os nativos. Os dialetos não são todos mutuamente inteligíveis. As comunidades siríacos orientais geralmente são membros ou da Igreja Católica Caldéia ou da Igreja Assíria do Oriente.

As línguas judeo-aramaicas modernas são faladas principalmente em Israel hoje em dia, e a maioria delas estão entrando em extinção (os falantes mais antigos não estão passando a língua às gerações mais jovens). Os dialetos judeus que vieram de comunidades que viviam entre o lago Urmia e Mosul não são todos inteligíveis entre si. Em alguns lugares, como Urmia, cristãos e judeus falam dialetos incompreensíveis entre si do aramaico moderno oriental, embora habitem os mesmos lugares. Em outros, como nas planícies próximas a Mosul, por exemplo, os dialetos das duas comunidades são similares o bastante para permitir a interação.

Alguns poucos mandeanos que vivem na província do Khuzistão, no Irã, falam o mandaico moderno. É bem diferente de qualquer outro dialeto aramáico.

Aramáico ocidental moderno

Resta muito pouco do aramaico ocidental. Ele ainda é falado na vila cristã de Maalula, na Síria, e na vilas muçulmanas de Baca e Jubadin, no lado sírio do Anti-Líbano, assim como por algumas pessoas que migraram destas vilas para Damasco e outras grandes cidades da Síria. Todos os falantes de aramaico ocidental moderno são fluentes em árabe, que já se tornou o principal idioma nestas vilas.




Jesus abençoando aos povos