Poucos param para perceber o ritmo frenético em que o mundo se encontra, poucos param para refletir sobre os perigos que a globalização pode trazer para o homem e sua vida; a cabeça do homem evoluiu até certo ponto de forma positiva, entretanto, todo o aparato tecnológico existente no mundo, deixou os homens cada vez mais distantes uns dos outros e perdidos de si mesmo. O perfil do homem do século XXI é indefinido, onde as mudanças são constantes por não haver uma constante identificação consigo mesmo e com sua existência. Tudo é superficial e descartável.
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Hoje sabemos que a doença que mais afeta o ser humano é a depressão, dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) que mostra que mais de 500 milhões de pessoas sofram deste mal, e que uma grande porcentagem sofram em estado depressivo irreversível. O que acontece no corre-corre do dia é: Uma corrida frenética pela disputa no mercado do trabalho, dedicação paranoica dos estudos ou na forma extravagante de viver uma vida regrada a drogas na tentativa de aliviar suas incertezas e dúvidas acerca da própria existência. Outro mau deste século é o constante desejo por suicídio, desejo por acabar com um sofrimento e um conflito interno tão doloroso que o indivíduo pensa de forma iludida que o suicídio é o melhor caminho para um engano com consequências irreparáveis.
Conforme a tecnologia cresce, juntamente com inteligência humana, alcançamos patamares nunca antes imagináveis; O homem do século XXI vai cometendo suicídios psicológicos todos os dias. Se o essencial é dormir de oito a nove horas por noite, ele dorme quatro, por conta das inúmeras tarefas do dia; os remédios tornaram-se até amigos de muitas pessoas, onde um não vive sem o outro por conta da tamanha dimensão que a confusão mental se instalou na mente humana. A persistir essa forma de se viver a vida, certamente o mundo sofrerá um colapso que hoje não é sequer imaginado.
Precisamos entender melhor o que é a vida, o que é a dádiva da existência. Hoje temos mais acessibilidade que o homem de cem anos atrás tivera, porém, estamos destruindo nossa vida sem perceber o risco que corremos: Destruímos a mata atlântica, estamos preocupados com o fim da água potável e com a fome no mundo, mas despercebidos do mal que está tão próximo, em nosso ser, em nosso estado psicológico. Precisamos acordar para a vida, não acordar para os estudos, para profissão ou o seguimento de uma carreira; precisamos acordar para o viver de nossa existência que é única, pois, sabendo viver, certamente poderemos conciliar trabalho, estudos e a vida de forma equilibrada sem afetar nossa saúde emocional ou social.