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22 de jun. de 2012

Os donos da bola!...


 Neymar X Messi, reedição do duelo Pelé X Eusébio

Se Santos e Barcelona confirmarem o favoritismo, teremos na final da Copa do Mundo de Clubes o duelo entre Neymar e Messi. Os dois craques são considerados os melhores jogadores do mundo por muita gente e a partida é aguardada com ansiedade.
Curiosamente, em 1962, ano em que o Santos levantou o primeiro título do Mundial de Clubes, também houve um duelo memorável entre dois mitos do futebol, uma espécie de tira-teima para ver quem era o melhor do mundo.

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O Rei contra o Pantera Negra



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Santos e Benfica decidiram o Mundial de Clubes de 1962 em duas partidas. Os dois clubes tinham em seus elencos, jogadores fora de série, mas duas estrelas dividiam a opinião mundial.
Quem era o melhor, Pelé ou Eusébio?
Pelé já era bicampeão do mundo com a seleção brasileira, mas Eusébio, destroçava as defesas europeias e ameaçava usurpar o trono do Rei.
Inflamada pela impressa de ambos os lados do Atlântico, a questão seria resolvida nas duas partidas que decidiram o Mundial de Clubes de 1962.



Santos X Benfica: os dois jogos

O 1° JOGO NO MARACANÃ



O primeiro jogo no Maracanã, foi duríssimo. Vitória do Santos por 3 X 2. No jogo de volta, em Lisboa, os portugueses contavam como certo que venceriam o jogo. Boatos da época diziam que os ingressos para a terceira partida já estavam sendo vendidos, tamanha a confiança dos lusitanos.
Do outro lado, porém, estava Pelé. Naquele 11 de outubro de 1962, os 70 mil expectadores que foram ao Estádio da Luz em Lisboa, viram um show à parte do Rei. O placar não deixava dúvidas: 5 X 2 para o Santos, sendo três gols de Pelé.


A DECISÃO EM LISBOA

Estádio Alavalade


                                  A revanche de Eusébio

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Em 1966, Pelé e Eusébio novamente se encontraram, desta vez na Copa do Mundo de 1966. A crônica esportiva brasileira, nos conta que Pelé foi caçado em campo, parado quase sempre com violência, mas talvez seja o velho costume nosso de não admitir os méritos do adversário. A verdade é que Portugal tinha uma seleção espetacular, com Eusébio no auge da carreira. O Pantera Negra, terminaria como artilheiro da competição com 9 gols. Era mais um capítulo do duelo Pelé versus Eusébio.





    BRASIL CAI DIANTE DE PORTUGAL EM 1966



O último encontro dos titãs


Os times Santos e Benfica disputaram uma  partida em 21 de agosto de 1966 na ilha de Randhal, NY (EUA), válida por um torneio internacional, que contou também com o AEK, campeão grego na época. O jogo foi realizado três semanas após o término da Copa do Mundo. A base da equipe portuguesa era exatamente o Benfica, que, nesse jogo, não resistiu à genialidade de craques como Pelé, Edu (então com 16 anos), Mengálvio, Zito e companhia. Um dado curioso: no segundo tempo, ao marcar um dos gols mais impressionantes de toda a sua carreira, Pelé se viu cercado por pelo menos uma centena de torcedores que, extasiados (e descontroladamente felizes), invadiram o gramado para abraçar o "Rei do Futebol". Como profissionais, foi o último confronto dos dois gênios.


A ÚLTIMA BATALHA DOS GÊNIOS


As alfinetadas do Pantera


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Durante encontro de antigos craques na Soccerex 2011 ( convenção mundial sobre negócios do futebol ),  Eusébio chamou atenção ao criticar as atitudes violentas de Pelé quando jogador e dizer que Garrincha foi superior.
“Para levar vantagem, Pelé às vezes era muito violento. Não tiro seu valor ou sua categoria, sou até mais amigo dele do que ele meu, mas cheguei a ele: – Pelo amor de Deus! Não há Cassius Clay (ex-boxeador também conhecido como Mohammed Ali) aqui”.
Sobre a Copa de 1966, Eusébio defendeu seus antigos companheiros, muitas vezes acusados de abusarem da violência, e lembrou de um duelo pela Copa das Nações de 1964, em que Pelé estaria “batendo até no rosto dos zagueiros”.
Sem usar a conduta do Rei do Futebol como justificativa, Eusébio lembrou de Garrincha. “Houve um brasileiro melhor que Pelé: Garrincha. Tinha uma perna torta e outra normal, como podia fazer tudo aquilo? Era um paralítico”, suspirou. “Ele era muito melhor do que todos nós, mas era do povo, gostava de uma bebida que não era água e, por isso, ficou marginalizado”.
O choro é livre, meu caro Eusébio.