Uma inovação pode ajudar muitos pacientes cardíacos: uma equipe de pesquisadores americanos construiu “remendos” cardíacos repletos de minúsculos nanofios de ouro que poderiam ser usados para criar peças de tecido cujas células batem imitando a dinâmica do músculo do coração natural.
O desenvolvimento pode um dia ajudar pessoas que sofreram ataques cardíacos.
O estudo promete melhorar remendos existentes, que têm dificuldade em atingir o nível de condutividade necessária para assegurar um batimento “liso”, contínuo, ao longo de um grande pedaço de tecido.
“O coração é uma máquina eletricamente bastante sofisticada”, disse Daniel Kohane, principal autor da pesquisa. “É importante que as células batam juntas, ou o tecido não funcionará corretamente”.
Para construir novos tecidos, engenheiros biológicos normalmente usam miniaturas de “armações” assemelhando-se a esponjas porosas para organizar as células em formas funcionais à medida que crescem.
Tradicionalmente, no entanto, essas armações foram feitas de materiais com condutividade elétrica pobre, e para células cardíacas, que dependem de sinais elétricos para coordenar a sua contração, isso é um grande problema.
Para resolver o problema, os pesquisadores desenvolveram um novo material que permite que os sinais elétricos passem. A equipe teve como seu material de base o alginato, uma substância orgânica semelhante a uma goma que é frequentemente utilizada para fazer tecidos.
Eles misturaram o alginato com uma solução contendo nanofios de ouro, para criar uma armação composta de milhares de milhões de estruturas de metal minúsculas passando por ela.
Os pesquisadores planejam prosseguir os estudos in vivo para determinar como as funções agem quando implantadas em corações vivos.
Além disso, os pesquisadores observaram que esta técnica poderia ajudar a curar muitos tipos diferentes de tecidos, incluindo músculos, tecidos vasculares e possivelmente até mesmo neurônios.
Fonte: LiveScience