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17 de mai. de 2011

40 anos depois!...


União depois dos 40 é cada vez mais comum


Cada vez mais mulheres tentam ter filhos no segundo casamento


Por Especialistas


Imagine um casamento tradicional, de papel passado, com vestido branco, cerimônia e festa. Agora imagine que a noiva tem 42 anos, o noivo 56. Essa cena está se tornando habitual no Brasil. As mulheres brasileiras na faixa entre 40 e 44 anos estão se casando mais.
O IBGE constatou um aumento de quase 220%, entre 1997 e 2008. A explicação para o crescimento de uniões formais nesta faixa de idade é o recasamento. São considerados recasamentos os eventos nos quais pelo menos um dos cônjuges tinha o estado civil divorciado ou viúvo. Em 2007, os recasamentos representavam 16,1% do total das uniões formalizadas em cartório no Brasil. Em 1998, eles totalizavam 10,1%.

Ainda segundo o IBGE, os percentuais mais elevados desse tipo de casamento são observados entre homens divorciados que casaram com mulheres solteiras (de 4,5% para 7,1% entre 1998 e 2007), se comparados às mulheres divorciadas que se uniram formalmente a homens solteiros (de 2,1% para 3,7% no mesmo período).
Após o segundo ou terceiro casamento
É muito comum que logo após o recasamento, o novo casal - mesmo que formado por um homem e uma mulher que já tenham filhos de outros relacionamentos - procure uma clínica de reprodução humana para fazer uma avaliação das chances de conceberem um filho dentro da atual união.


Numa etapa da vida que não se tem mais que esperar por estabilidade profissional ou segurança financeira, o único fator relevante no processo é a vontade do casal de ter o bebê. O fato de ter engravidado naturalmente com facilidade no primeiro casamento não é garantia de que o mesmo acontecerá uma segunda vez.


São comuns os casos de infertilidade secundária, que é quando um casal não consegue engravidar ou levar uma gravidez até o final, mesmo após já terem tido um filho com parceiros anteriores. Esse tipo de infertilidade é tão comum quanto a infertilidade primária, sem ocorrência de gravidez anterior.


"A infertilidade secundária pode, assim como a primária, pode ser diagnosticada e tratada na maioria das vezes"


Diversas são as causas para o aparecimento da infertilidade secundária. Dentre as que atingem as mulheres, podemos relacionar desordens ovulatórias, menopausa precoce, aderências pélvicas, inflamação ou infecção, danos ou bloqueios nas tubas uterinas, pólipos, fibroses uterinas e endometriose.


Nos homens, as causas principais para os quadros de infertilidade secundária incluem baixa contagem espermática, mobilidade deficiente dos espermatozóides, problemas ejaculatórios ou mesmo a qualidade do esperma.


O estilo de vida também contribui para o aparecimento da infertilidade secundária. Tabagismo, uso e abuso de drogas e álcool, doenças sexualmente transmissíveis e excesso de peso podem interferir na fertilidade do casal.


Infertilidade assusta cada vez menos e pode ser revertida


De pane na ovulação à falta de espermatozóides, tem solução para tudo
A mulher tanto lutou que acabou garantindo seu lugar ao sol no mercado de trabalho. Mas, hoje, não basta ter um emprego e ponto. O importante é crescer profissionalmente, estudar cada vez mais, conquistar uma posição sólida com bom retorno financeiro. Isso, claro, leva tempo. Daí que a maternidade tem sido cada vez mais adiada para depois dos 30 anos. E esses são anos preciosos contra o relógio biológico.


Elas estão deixando para engravidar mais tarde, lá pelos 30 ou 35 anos , constata Vilmon de Freitas, ginecologista da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Adiar ao máximo a maternidade tornou-se uma tendência cada vez mais freqüente na vida da mulher contemporânea, que tem como prioridade a carreira profissional e a estabilidade no relacionamento amoroso antes do projeto de ter um filho , concorda a psicóloga Margareth dos Reis.


O problema é que isso não mudou a fisiologia feminina: ela já nasce com todos os óvulos que serão fecundados e, quanto mais o tempo passa, mais eles envelhecem. Segundo os especialistas, as chances de gravidez por ciclo caem consideravelmente a partir dos 37 anos. Além disso, muitas só deixam para investigar seu potencial de fertilidade depois dos 35, ou quando a gestação custa a acontecer. Aí pode ser tarde demais. A natureza não quer saber das conquistas sociais da mulher e cobra seu preço. Aliás, é nessa idade que começam a aparecer encrencas como a endometriose, miomas e tumores que só dificultam ainda mais o sonho da maternidade.


A verdade é que o número de casais que enfrentam dificuldades para conceber um filho não pára de crescer. Esses casos sempre existiram, mas com a divulgação de novos tratamentos eles aparecem mais , acredita Vilmon de Freitas. Além disso, é fato, o homem está menos relutante em procurar ajuda. Acredita-se que a infertilidade atinja entre 15% e 30% dos casais em idade fértil estima-se que 30% dos casos sejam por problemas na mulher, outros 30% no homem e os 40% restantes nos dois.


No topo da lista dos inimigos da maternidade estão os distúrbios hormonais, como a endometriose e os problemas de ovulação. Em seguida, estão as doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs. Há também os problemas tipicamente masculinos, como a varicocele, as varizes nos testículos. É que a formação de vasinhos por lá atrapalha a produção de espermatozóides, que perdem em quantidade e qualidade.


Mas os vilões não param por aí: sabe-se também que o estresse é um poderoso inimigo de quem tenta engravidar, pois a descarga de hormônios da tensão interfere na ovulação. O cigarro também prejudica as chances de uma gestação porque ele derruba a irrigação nos ovários. Estudos também mostram que a poluição interfira na qualidade do sêmen. E, por fim, a obesidade e a magreza excessiva também estão por trás das dificuldades em conceber um filho, pois alteram a produção de hormônios e o metabolismo corporal, comprometendo a ovulação e a produção de espermatozóides.


A boa notícia é que hoje há solução para casos até pouco tempo atrás quase impossíveis até mesmo para aqueles casais em que a infertilidade não tem causa aparente. Mas vale lembrar que o casal só deve procurar ajuda depois de um ano de tentativas sem sucesso.


Em alguns casos, a infertilidade secundária surge em razão do envelhecimento. Com a idade, a capacidade da mulher de conceber um bebê decresce. A fertilidade feminina começa a declinar a partir da metade da terceira década de vida, quando os ovários liberam menos óvulos e a qualidade deles vai declinando. Os óvulos envelhecem a cada ano que passa, mais rapidamente do que a mulher. Assim, uma mulher que tenha tido seu primeiro filho por volta dos 34 anos estará muito menos fértil aos 39 anos, quando ela ainda se julga apta a conceber um segundo bebê.


A idade também aumenta a chance da mulher desenvolver endometriose e outras desordens que interferem no sucesso da concepção e da gravidez. O risco de abortos espontâneos também aumenta com a idade: a taxa de aborto natural está em torno de 10% para mulheres nos seus 20 anos, 20% para mulheres com idade entre 35 e 39 anos, e cerca de 50% para mulheres com idade entre 40 e 44 anos.


 A fertilidade masculina também diminui com a idade. Na medida em que envelhecem, os homens produzem espermatozóides em menor quantidade e com menos motilidade. Homens em idade mais avançada podem também apresentar problemas para manter a ereção.


A infertilidade secundária pode, assim como a primária, pode ser diagnosticada e tratada na maioria das vezes. Exames apropriados podem revelar problemas com hormônios, contagem espermática e bloqueios tubários, dentre outras causas.


É importante obter o diagnóstico apropriado e tratar o problema o mais cedo possível. O tratamento varia de acordo com a causa do problema. Existe uma possibilidade de sucesso de gravidez, se o casal procurar ajuda médica no tempo adequado, ou seja, assim que notar a dificuldade para engravidar.