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9 de mai. de 2011

Antifumo reduz infartos


Na Escócia, lei antifumo reduziu infartos em 20%, diz pneumologista

A exposição ao tabaco de profissionais da indústria do entretenimento caiu 90% com a lei antifumo
Dois anos depois e com grande aprovação, lei antifumo em SP ainda é motivo de disputa jurídica
A lei que proíbe o fumo em locais fechados de uso coletivo no Estado de São Paulo completa dois anos com grande adesão. Para médicos há muito que comemorar. O pneumologista Sérgio Ricardo de Almeida Santos, conta que a exposição ao tabaco de profissionais da indústria do entretenimento caiu de 70 a 90% com a lei.
“Aqui já começamos a sentir de maneira rápida os efeitos da proibição. Ainda não há muitos dados que retratem seu resultado na saúde da população, mas um estudo escocês mostrou redução do numero de infartos em 20% após três anos de a lei ter sido implantada no país”, explica o médico da sub-comissão de Tabagismo da SPPT (Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia).
Segundo ele a exposição caiu drástica e junto com ela o risco de desenvolver uma doença relacionada ao tabaco. “O principal foco da lei são os profissionais que antes eram expostos diariamente à fumaça do cigarro. A mudança é gigantesca. É a medida isolada que talvez tenha causado maior impacto na saúde desses profissionais que provavelmente iam desenvolver doenças”, ressalta Santos.

















Menos riscos também para fumantes

O pneumologista destaca que a mudança afeta principalmente os fumantes passivos, mas também gera benefícios para a pessoa que fuma. “Hoje a aprovação da lei está acima de 90%, inclusive entre fumantes. A lei não impede que as pessoas fumem, é só uma proteção para que elas não lancem a fumaça em lugares sem a circulação de ar o que potencializa seu risco”.
Estudo do Instituto do Coração (Incor) indica que a concentração de monóxido de carbono (CO) nos ambientes fechados caiu 73% desde que a lei entrou em vigor. A concentração em trabalhadores fumantes reduziu 35,7% e em 57,1% em garçons que nunca fumaram.
Além disso, Santos explica que a lei também faz com que os fumantes fumem menos e progressivamente. Segundo ele, a procura pelo PrevFumo, núcleo de apoio ao fumante da Universidade Federal de São Paulo, aumento 25% desde a implementação da lei.
“Nós achávamos que o benefício era só para os fumantes passivos, mas a lei tem se mostrado eficaz ainda para estimular a parar de fumar. Além de reduzir a exposição primaria (que passa por dentro do cigarro, pelo filtro e vai até o pulmão), a corrente secundária (fumaça que sai da brasa e contamina o ambiente) também caiu. O que acaba reduzindo o risco de doenças também no fumante”, afirma Santos.













Na sacada pode fumar?

Uma grande briga que ainda existe é até onde vai o ambiente comum em apartamentos e quartos de hotel. A sacada, lugar procurado por vários fumantes para não contaminar o ambiente, acaba sendo uma briga entre vizinhos.

O pneumologista é enfático em afirmar que não se pode fumar na sacada, já que é uma região próxima à parede e com circulação de ar reduzida. “O importante é que tenha livre circulação de ar, aí está protegido. A varanda  é limitada pelo andar de cima, geralmente, não é tão grande a porto de permitir fluxo de ar, então as pessoas não devem fumar nestes ambientes”, conclui.

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