Blog

Blog

5 de mai. de 2011

Notícias do Brasil e do mundo



Prova

Obama decidiu não divulgar fotos do corpo de Osama bin Laden

Agências internacionais

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em entrevista ao programa "60 minutes", da CBS, que não vai divulgar fotos do corpo de Osama bin Laden para provar sua morte.
"Imagine como o povo americano reagiria se a al- Qaeda matasse um de nossos soldados ou líderes militares e colocasse a foto do corpo na internet. Osama bin Laden não é um troféu. Ele está morto e vamos focar agora em continuar a lutar até que a al-Qaeda seja eliminada", disse o presidente à emissora.

A informação mais tarde foi confirmada pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

- Não há dúvidas de que matamos Osama bin Laden - disse Obama no programa, de acordo com Carney.

- Não veremos Bin Laden andando na Terra de novo - completou o presidente.

Washington teme que a divulgação das imagens possa inflamar ainda mais os partidários de Bin Laden no Paquistão e em outros locais, que já prometeram lançar novos ataques contra os Estados Unidos .

As fotos foram consideras "horrendas" já que o terrorista, atingido por tiros na cabeça e no peito, aparece com o rosto desfigurado. Carney avaliou na terça-feira as imagens como potencialmente "incendiárias".

Nesta quarta-feira, o presidente da Comissão de Inteligência da Câmara, o deputado Mike Rogers, afirmou que o governo não deveria de fato divulgar as imagens para não complicar o trabalho das tropas americanas no exterior.

"Osama bin Laden não é um troféu"

- Os riscos da divulgação superam os benefícios - disse Rogers, que viu as fotos.

- Os teóricos da conspiração em todo o mundo iriam afirmar que fotos são manipuladas de qualquer forma, e há um risco real de que a divulgação das fotos só vai servir para inflamar a opinião pública no Oriente Médio - completou.

Diversas imagens alteradas foram divulgadas na Internet como se fossem de fato um registro de Bin Laden.

O diretor da CIA, Leon Panetta, havia dito que a foto seria divulgada, e que o momento certo dependia apenas da decisão da Casa Branca.

- Não acho que haja dúvidas de que em última análise a foto será apresentada ao público - afirmou ele na noite de terça-feira.


Abbottabad

Novas fotos mostram fortificação e mortos após operação americana, mas não Bin Laden
.
RIO - A Casa Branca diz que não vai divulgar fotos do corpo de Osama bin Laden, mas nesta quarta-feira foram tornadas públicas pela agência de notícias Reuters mais imagens do reduto onde o líder da al-Qaeda se escondia no Paquistão, com registro inclusive do que seriam alguns dos mortos pela operação americana.

A agência diz ter comprado as fotos de um membro das forças de segurança paquistanesas que teria estado no complexo em Abbottabad poucas horas depois da invasão. A versão da Casa Branca é de que o corpo de Bin Laden foi sepultado no mar.

As fotos mostram, além dos corpos de três homens não identificados, detalhes de como ficou a casa após a invasão dos militares americanos, no domingo.

Com base nos horários marcados nas fotos, a primeira foi tirada na segunda-feira às 2h30 (hora local), cerca de uma hora depois do final da ação americana.

As outras imagens foram feitas às 5h21 e 6h43, e mostram o exterior da casa, bastante danificada na operação, e destroços de um helicóptero americano.


Dúvidas

Fatos e versões sobre a morte de Osama bin Laden

Agências internacionais

RIO - A operação das forças americanas que matou o líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, foi recebida como um grande êxito político e militar, mas à medida que se conhecem mais detalhes da ação sérias contradições também são reveladas. A própria Casa Branca lançou dúvidas ao mudar as versões iniciais dos relatos.

Confira a seguir algumas das questões em aberto:

A MORTE DE OSAMA
Segundo a última versão oficial, Bin Laden reagiu, mas não estava armado quando as forças americanas atingiram o terrorista com um tiro na cabeça. O relato contradiz a primeira versão oferecida pelo principal assessor de segurança de Obama, John Brennan, que assegurou que Bin Laden "estava envolvido no tiroteio.
- No quarto com Bin Laden, uma mulher, sua esposa, reagiu e foi atingida na perna, mas não morreu. Bin Laden, então, foi atingido na cabeça e morto. Ele não estava armado - disse Jay Carney, assessor de imprensa da Casa Branca, lendo comunicado oficial.

Ainda segundo as autoridades americanas, Bin Laden e a família estavam no segundo e terceiro andar da fortaleza, e o líder da al-Qaeda só foi morto nos dez minutos finais da ação.

Já um versão apresentada pela filha de 12 anos de Bin Laden dá conta que seu pai foi capturado vivo pelas forças americanas nos primeiros minutos da operação e foi executado na frente de familiares. Segundo ela, o líder da al-Qaeda estava no primeiro andar do complexo em Abbottabad, no Paquistão, quando a ação ocorreu.

Outro relato ainda afirma que o terrorista foi morto por um de seus guarda-costas para evitar que fosse capturado por forças americanas. Uma autoridade paquistanesa disse que, levando em conta a cena de batalha, seria impossível um tiro à queima-roupa por parte das forças americanas.

MULHER MORTA

Uma mulher foi morta durante ação, mas o governo americano corrigiu a informação, afirmando que não se tratava de uma esposa de Bin Laden. A nova versão do Departamento de Defesa diz que uma das mulheres do terrorista foi apenas atingida na perna quando atacou os militares americanos.

O relato divulgado por Carney indicou que a mulher morta fazia parte de outra família que morava no complexo e foi atingida no primeiro andar e não no terceiro, onde o terrorista estava escondido.

Nem o Departamento de Defesa nem Carney esclareceram quem seria a mulher que teria sido usada como escudo humano e morta no tiroteio, como constava de versão anterior.

SUPOSTO PRISIONEIRO

A administração Obama afirmou que apenas o corpo de Bin Laden foi levado do Paquistão. Mas altos oficiais paquistaneses afirmaram ainda à TV saudita Al Arabiya que, além do terrorista, uma segunda pessoa, possivelmente um filho de Bin Laden, foi levada pelas forças americanas. Alguns oficiais afirmam que o menino estava apenas ferido, outros dizem que ele foi morto durante a ação.

OPERAÇÃO EM TEMPO REAL

As autoridades também mudaram a descrição de quanta informação Obama recebeu enquanto a operação transcorria no Paquistão. Na segunda, Brennan afirmou repetidamente que ele e outros puderam monitorar a situação "em tempo real". Mas Leon E. Panetta, diretor da CIA, disse em um programa de TV que "uma vez que as equipes entraram no complexo, houve um período de 20 a 25 minutos em que não sabíamos realmente o que estava acontecendo, e houve momentos tensos enquanto esperávamos por informações".


Paquistão culpa inteligências do mundo por Bin Laden
ABBOTTABAD/WASHINGTON (Reuters) - O Paquistão culpou erros de inteligência em todo o mundo por sua falha em determinar a presença de Osama bin Laden perto de sua capital, enquanto Washington trabalhava para estabelecer se os seus aliados estavam abrigando o líder da Al Qaeda.
Os Estados Unidos reconheceram que Bin Laden estava desarmado quando foi morto a tiros no ataque de segunda-feira em Abbottabad, fato que gerou acusações de que Washington teria violado leis internacionais. As circunstâncias exatas de sua morte ainda não estão claras e ainda poderão gerar polêmica, especialmente no mundo muçulmano.

O Paquistão passou por um constrangimento nacional, disse um jornal de Islamabad, para explicar como o homem mais procurado do mundo foi capaz de viver durante anos na cidade militar de Abbottabad, ao norte da capital.

Islamabad nega veementemente que tenha abrigado Bin Laden.

"Há uma falha de inteligência do mundo inteiro, não apenas no Paquistão ", disse o primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani a repórteres em Paris. "(Se houve)... lapsos do lado do Paquistão, significa que há lapsos em todo o mundo."

A revelação de que Bin Laden estava desarmado contradiz uma relato anterior dos EUA de que suas forças haviam participado de um tiroteio com os comandos a bordo de helicópteros.

A TV Al Arabiya foi mais longe, sugerindo que o arquiteto dos atentados de 9 de setembro teria sido capturado e depois baleado.

"Uma fonte de segurança do Paquistão afirma que a filha de Osama bin Laden disse que o líder da Al Qaeda não foi morto dentro de sua casa, mas foi preso e morto depois", disse a rede de televisão árabe.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que a informação errada divulgada anteriormente devia-se à "névoa da guerra" - uma expressão sugerida por um jornalista.

A morte de Bin Laden e seu enterro imediato no mar têm gerado críticas no mundo muçulmano e acusações de que Washington teria agido contra a lei internacional.

"Os norte-americanos se comportaram como Bin Laden: com traição e vileza", disse Husayn al-Sawaf, 25, dramaturgo, no Cairo. "Deviam tê-lo julgado em um tribunal. Quanto ao seu enterro, não é islâmico. Ele deveria ter sido enterrado em solo."

Mas não houve nenhum sinal de protestos em massa ou reação violenta nas ruas do sul da Ásia ou no Oriente Médio, onde a militância islâmica parece ter sido obscurecida pelos movimentos pró-democracia que invadiram a região.

Bin Laden foi baleado na cabeça, E o presidente Barack Obama decidiu não divulgar a foto.

"É correto dizer que é uma fotografia horrenda", disse Carney. "Vou ser sincero. Há questões delicadas aqui em termos da adequação das liberação das fotografias."

Houve pouco questionamento da operação nos Estados Unidos, onde a morte de Bin Laden foi recebida com festas de rua. Uma pesquisa do New York Times/CBS News mostrou que a aprovação ao presidente Barack Obama saltou 11 pontos, para 57 por cento, após a operação, embora os norte-americanos temessem ataques de vingança por parte de militantes.

O Paquistão aprovou a morte de Bin Laden, mas o seu Ministério das Relações Exteriores expressou profunda preocupação com o ataque, que chamou de uma "ação unilateral não autorizada".

A CIA disse que o Paquistão não foi informado da ação, pois temiam que bin Laden seria avisado, ressaltando a profundidade da desconfiança entre os dois supostos aliados.

Helicópteros dos EUA voaram em áreas de "ponto cego" dos radares sobre o terreno montanhoso na fronteira afegã para entrar no espaço aéreo paquistanês sem serem detectados, na madrugada de segunda-feira.

O jornal paquistanês Dawn comparou a humilhação com a admissão em 2004 de que um dos maiores cientistas do país havia vendido segredos nucleares. "Desde que Abdul Qadeer Khan confessou a transferência de tecnologia nuclear ao Irã e à Líbia, o Paquistão não passa por tamanha vergonha", disse.

As ruas ao redor do complexo de Bin Laden em Abbottabad permaneceram fechadas na quarta-feira, com policiais e soldados permitindo somente a passagem de residentes.

"É um crime, mas que escolha sobra se não entrego o seu inimigo que está escondido na minha casa?", disse Hussain Khan, um funcionário público aposentado que mora nas proximidades, quando questionado sobre a aparente violação da soberania do Paquistão. "Obviamente você tem que vir pegá-lo sozinho."


Acordo palestino é golpe contra a paz, diz Netanyahu

LONDRES - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou nesta quarta-feira o acordo de unidade entre as facções palestinas Hamas e Fatah, que para ele representa "um grande golpe contra a paz."
O Fatah, grupo laico que defende uma paz negociada com Israel, e o Hamas, facção islâmica que prega a destruição do Estado judeu, selaram o pacto no Egito, encerrando quatro anos de divergências.

- O que aconteceu hoje (quarta-feira) no Cairo é um tremendo golpe contra a paz e uma grande vitória para o terrorismo - disse Netanyahu a jornalistas durante visita a Londres.

- A única forma de fazermos a paz é com nossos vizinhos que desejam a paz. Os que querem nos eliminar, que praticam o terror contra nós, não são parceiros para a paz - acrescentou.


Síria acusa formalmente centenas de manifestantes por 'difamação do Estado'
AMÃ - Centenas de sírios foram formalmente acusados de "difamar o prestígio do Estado", disse um grupo de direitos humanos da Síria, como parte do esforço do presidente Bashar al-Assad de sufocar os protestos pró-democracia contra seu governo autocrático de 11 anos.
A acusação, que pode implicar uma sentença de três anos de prisão, foi feita na terça-feira contra centenas de pessoas detidas esta semana antes da sexta-feira, dia de orações para os muçulmanos e que são marcadas normalmente por grandes manifestações pedindo a queda de Assad.

- Prisões em massa continuam a acontecer em toda a Síria, em mais uma violação dos direitos humanos e das convenções internacionais - disse Rami Abdelrahman, do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

A campanha foi intensificada depois que uma unidade do Exército com apoio de tanques liderada por um irmão de Assad bombardeou e metralhou um bairro de Deraa, bastião do levante de um mês e meio, na semana passada.

Wissam Tarif, diretor-executivo do grupo de direitos humanos Insan, disse que 2.843 detentos foram verificados por familiares e que a cifra pode chegar a 8 mil. Mais de 800 deles foram presos em Deraa.

Entre os detidos por todo o país se encontram ativistas, líderes comunitários, pessoas vistas fazendo vídeos ou fotos com seus celulares e pessoas suspeitas de publicar vídeos na Internet, disse Tarif. Mas as forças de segurança também detiveram pessoas aleatoriamente em Deraa e Douma, afirmou.




Tribunal Penal Internacional

Líderes do regime Kadafi podem ser presos por crimes de guerra na Líbia

Agências internacionais
AMSTERDÃ - O procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, disse nesta quarta-feira que vai solicitar nas próximas semanas três mandados de prisão por crimes contra a humanidade cometidos por altos membros do regime de Muamar Kadafi. Moreno-Ocampo não identificou os acusados, mas afirmou em seu relatório sobre a Líbia- que será entregue nesta quarta-feira no Conselho de Segurança da ONU - que os mandados devem incluir tanto quem deu as ordens para as atrocidades serem cometidas, como aqueles que as executaram.

Ele pediu para que os países aliados se preparem para as prisões, afirmando que "agora é o momento para começar a planejar como implementar os possíveis mandados de prisão". O TPI não tem força de polícia e depende da cooperação de governos para efetuar as detenções. A Líbia não é membro do tribunal, portanto não tem obrigação de prender os suspeitos.

"É uma característica da situação na Líbia que crimes em massa sejam cometidos por poucas pessoas que controlam as organizações que executam as ordens", afirma um trecho do relatório obtido pelo jornal "The Guardian".

"Prender aqueles que ordenaram os crimes vai contribuir para a proteção de civis na Líbia"
."Prender aqueles que ordenaram os crimes, caso os juízes decidam emitir os mandados, vai contribuir para a proteção de civis na Líbia", completa.

O texto afirma ainda que o governo Kadafi cometeu crimes de guerra contra manifestantes ao abrir fogo "sistematicamente" contra protestos pacíficos. A investigação preliminar durou dois meses e identificou uma vasta gama de crimes contra a humanidade.

"Considerando a maneira e natureza dos crimes, o tiroteio contra manifestantes pacíficos foi sistemático, seguindo o mesmo modus operandi em múltiplas localidades e executados pelas forças de segurança", diz o texto.

"A perseguição também parece ser sistemática e implementada em diferentes cidades. Crimes de guerra são aparentemente cometidos como uma questão política", acrescenta.

Além do uso de munição, a investigação do TPI encontrou evidências da utilização de tortura, estupros, munição de uso indiscriminado, civis como escudos humanos, e o corte do suprimentos humanitários.

O relatório foi um pedido do Conselho de Segurança em 26 de fevereiro, quando remeteu o caso para o TPI. Se os mandados forem aprovados, ajudarão a respaldar a ofensiva dos aliados liderados pela Otan.


Ofensiva

Otan barra avanço de Kadafi na Líbia
TRÍPOLI - Forças da Otan, a aliança militar ocidental, barraram nesta terça-feira por meio de ataques aéreos o avanço dos aliados do ditador líbio Muamar Kadafi em Misurata.
A cidade, localizada a 200 km da capital, se tornou um símbolo da resistência ao atual regime e tem papel estratégico no conflito porque funciona como ponto de entrada para suprimentos e ajuda humanitária aos rebeldes.

A Organização Internacional para Migração ainda aguardava ontem a reabertura do porto para atracar um navio com 180 toneladas de alimentos.

Rinaldo Veri, vice-almirante da Otan, disse ontem que não há um prazo para a saída do país e minimizou as sugestões de que a missão teria chegado a um impasse. Para ele, o avanço é lento, mas consistente.

Os rebeldes cobram não somente o apoio militar do Ocidente, como também o suporte financeiro para a campanha contra Kadafi. O chefe do Comitê de Finanças do Conselho Nacional, órgão político dos rebeldes, Ali Tarhouni, disse que o grupo necessita de recursos da ordem de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões.

A Agência de Refugiados da ONU destacou o aumento do número de refugiados. Somente no último fim de semana oito mil pessoas deixaram o país em direção à Tunísia. Mulheres e crianças são a maioria.



Facções rivais

Hamas e Fatah assinam acordo de reconciliação palestina

Agências internacionais

CAIRO - Facções palestinas assinaram, nesta terça-feira, em uma cerimônia formal, um documento de reconciliação para celebrar o acordo a fim de encerrar uma rivalidade de quatro anos entre as maiores facções, o Hamas e o Fatah, que deve ser assinado amanhã.

Na semana passada, o Egito intermediou o possível acordo entre o grupo islâmico Hamas, que administra a Faixa de Gaza, e o Fatah, que lidera a Autoridade Palestina. O pacto prevê a criação de um governo de unidade transitória para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, substituindo as administrações lideradas pelo Fatah e Hamas, que atualmente funcionam em cada território.

Izzat al-Rishq, porta-voz do Hamas, disse que todas as facções palestinas e políticos independentes se reuniram para discutir a questão.

- Todas as facções assinaram o acordo nesta terça. Na quarta-feira, vamos celebrar a reconciliação com presença do presidente palestino, Mahmoud Abbas, ed o líder do Hamas, Khaled Meshaal - disse

Os palestinos acreditam que a reconciliação é crucial para o estabelecimento de um Estado independente nos territórios capturados por Israel, na guerra de 1967. Já Israel tem denunciado o acordo, e diz que Fatah deve escolher entre lidar com o Hamas ou com Israel.


Direitos

Ministro relator do STF declara voto a favor do reconhecimento de direitos da união entre pessoas do mesmo sexo
BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, relator de duas ações que buscam a equiparação de direitos de casais gays, julgou procedentes os dois pedidos encaminhados à Corte. A sessão foi suspensa às 19h15 desta quarta e será reiniciada na quinta-feira, a partir das 14h, quando os outros ministros vão ter a oportunidade votar.

"O órgão sexual é um "plus", um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, um estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses"
.VOTE : Você é a favor dos direitos iguais para os casais homossexuais?

Se a opinião do relator prevalecer entre os ministros, os homossexuais terão os mesmos direitos decorrentes de uma união estável entre homem e mulher - como declaração compartilhada no Imposto de Renda, pensão em caso de separação e de morte e herança. As ações foram propostas pelo governo do Rio de Janeiro, em 2008, e pelo Ministério Público, em 2009.

Na sessão, Ayres Britto ressaltou muitas vezes que a sexualidade das pessoas é assunto privado, e que o estado não tem o direito de arbitrar nesse campo.

- O órgão sexual é um "plus", um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, um estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses - disse, completando mais tarde: - Não há nada mais privado aos indivíduos do que a prática de sua própria sexualidade. A liberdade para dispor de sua própria sexualidade insere-se no rol de liberdades do indivíduo, expressão que é de autonomia de vontade. Esse direito de explorar os potenciais da própria sexualidade tanto é exercitado no plano da intimidade, quanto da privacidade, pouco importando que o parceiro adulto seja do mesmo sexo ou não.

Hoje, há decisões pontuais em tribunais nos estados favoráveis e contrárias aos direitos dos casais gays. Com a decisão do STF, o entendimento será unificado. A expectativa é de que os homossexuais saiam vitoriosos.

Antes de Carlos Ayres Britto declarar o seu voto, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu o reconhecimento das uniões de pessoas do mesmo sexo com base em diversos princípios da Constituição Federal: da dignidade da pessoa humana, da igualdade, da vedação de discriminação odiosa, da liberdade e da proteção da segurança jurídica.

- O indivíduo heterossexual tem plena condição de formar sua família, seguindo as suas inclinações afetivas e sexuais. Porém, ao homossexual, a mesma possibilidade é denegada, sem qualquer justificativa aceitável. Não há dúvidas sobre a proibição constitucional de discriminações relacionadas à orientação sexual - disse.

Gurgel também ressaltou que, ao não reconhecer essas uniões, o estado priva os gays de uma série de direitos conferidos a integrantes de uma união estável. Para o procurador, a falta de legitimidade das uniões homoafetivas gera preconceito e reduz essas pessoas a uma condição inferior a das demais.

- É um estigma que explicita a desvalorização pelo estado do modo de ser do homossexual, rebaixando-o à condição de cidadão de segunda classe. Privar os membros de uniões afetivas desses direitos atenta contra sua dignidade, expondo-os os a situações de risco social injustificável, em que pode haver comprometimento a suas condições materiais mínimas para a vida digna - afirmou.

De acordo com a Constituição Federal, "para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento". O procurador ressaltou que esse dispositivo não exclui outras opções:

"O fato de que o texto omitiu qualquer alusão a união das pessoas do mesmo sexo não implica necessariamente que a Constituição não assegure o seu reconhecimento"
- O fato de que o texto omitiu qualquer alusão a união das pessoas do mesmo sexo não implica necessariamente que a Constituição não assegure o seu reconhecimento.

Em seguida, o jurista Luis Roberto Barroso fez sustentação oral em defesa do governo do Rio de Janeiro.

- O que vale a vida são os nossos afetos. O amor e a busca pela felicidade estão no centro dos principais sistemas filosóficos e no centro das principais religiões - ponderou. - Pede-se que este tribunal declare que qualquer maneira de amar vale a pena. Ninguém deve ser diminuído nessa vida pelos afetos e por compartilhar os seus afetos com quem escolher.

Ele lamentou que, até hoje, não exista lei protegendo esse tipo de relação. E concluiu que cabe ao STF suprir essa lacuna.

- A homossexualidade é um fato da vida, é uma circunstância pessoal, é um destino. Mas a ordem jurídica não contém uma norma específica que cuide das uniões homoafetivas - disse.


Como Gurgel, Barroso também ressaltou o direito à liberdade:


"A liberdade significa poder fazer aquilo que a lei não interdita. E a liberdade é a autonomia privada, é o direito de cada pessoa fazer as suas valorações morais e fazer as suas escolhas existenciais."
- A liberdade significa poder fazer aquilo que a lei não interdita. E a liberdade é a autonomia privada, é o direito de cada pessoa fazer as suas valorações morais e fazer as suas escolhas existenciais.
Durante a sessão, também teve a palavra o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, que também defendeu os gays. Ele lembrou que essa parcela da população é alvo de constantes discriminações. E defendeu que essa tendência seja cortada a partir do poder público.

- A discriminação à realidade de afeto existente nas relações homoafetivas é algo que persiste e deve ser tratada no nosso sistema jurídico de forma não discriminada - disse.

Oito advogados falaram como "amici curiae" - uma forma de participar do julgamento apoiando a causa. Os sete primeiros se manifestaram a favor dos direitos dos homossexuais.


Adiado

Sem acordo, Código Florestal deve ser votado só semana que vem
BRASÍLIA - Após longa reunião de ministros com os líderes partidários e o relator da proposta de reforma do Código Florestal, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ficou decidido que a votação da matéria só ocorrerá na próxima terça-feira. Isso porque a obtenção de um acordo em torno de dois pontos cruciais do relatório não foi possível. Há divergências ainda sobre a permissão da manutenção de plantações e pastos - que vem sendo chamada no relatório de áreas consolidadas - em Áreas de Preservação Permanente (APP) e a recomposição de locais desmatados dentro da reserva legal.

"Tem que ter paciência"

- Foi feito um acordo com todos os líderes da base de sustentação do governo para que pudéssemos transferir a leitura e a votação para a próxima terça-feira. O Código Florestal é um tema que envolve uma parcela considerável da população. É um tema que não pode ter vencedores e vencidos. Enquanto houver possibilidade de pactuação vamos trabalhar por isso - disse o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio.

Enquanto o ministro anunciava a decisão para a imprensa, a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), dava a notícia para os presidentes das federações de agricultura e pedia paciência aos ruralistas.

- Tem que ter paciência - disse a senadora aos ruralistas.

Aos jornalistas ela se disse confiante de que a pauta será de fato votada na próxima semana.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse na tarde desta quarta-feira que as discussões sobre a reforma do Código florestal ainda permaneciam sem consenso. Segundo ele, há dois pontos de divergência: permissão da manutenção de plantações e pastos - que vem sendo chamada no relatório de áreas consolidadas - em Áreas de Preservação Permanente (APP) e a recomposição de locais desmatados dentro da reserva legal.

Na opinião do governo, somente os agricultores familiares deveriam estar liberados de recompor o dano ambiental. Aldo Rebelo não parece disposto a abrir mão de estender a isenção para todos os produtores até o limite de quatro módulos fiscais - de 20 a 400 hectares.

Vaccarezza disse também que o PT está unido com o governo.

- A posição que a bancada do PT defende é que o PT vai acompanhar o governo. O comando que o governo der nós vamos seguir - afirmou

PV e PSOL prometem obstruir votação do Código

Mais cedo, os parlamentares do PSOL e do PV haviam prometido utilizar todos os dispositivos possíveis do regimento interno para tentar adiar a votação do Código Florestal na Câmara. Os partidos argumentam que o texto beneficia apenas o setor do agronegócio, não integra os pequenos agricultores, aumenta o risco de desmatamento e concede anistia a quem infringiu a legislação ambiental.

Como o PV e PSOL são partido pequenos e não têm o poder de obstrução, eles apostam no racha do PT, que ainda não chegou a um acordo para a votação do relatório de Aldo Rebelo. A obstrução é feita por meio de requerimentos e destaques para prolongar a votação.

- A informação é que o PT não tem acordo para votar o relatório do Aldo. Certamente haverá um desdobramento, o que pode aumentar a obstrução. Espero que eles se manifestem também no plenário - disse o deputado Ivan Valente (PSOL).

Na noite de terça-feira, o plenário da Câmara aprovou por 399 votos a favor o pedido de urgência para que a reforma do Código Florestal seja votada. Dos 418 deputados presentes, apenas 18 votaram contra e um se absteve. Somente o PV e o PSOL votaram contra.

- Esse não é o relatório dos pequenos, é o relatório dos grandes, dos grandes fazendeiros, da CNA, daqueles que já estão bem aquinhoados. Os pequenos precisariam, sim, de proteção do Estado -reclama o deputado Ivan Valente.

Aldo pode mudar relatório até o início da votação

Em entrevista à Globo News na manhã desta quarta-feira, Aldo Rebelo disse que os pontos que colocou no texto não são dogmas e que pode alterar o relatório até o início da votação no plenário da Câmara.

- Enquanto este relatório puder ser aperfeiçoado, eu vou aperfeiçoá-lo. Isso não é um dogma - disse o deputado

O novo texto - apresentado pelo relator do projeto na segunda-feira - mantém a margem mínima de proteção dos rios (matas ciliares) nos atuais patamares, de 30 metros, o que era uma das exigências do governo. No entanto, o texto permite que os proprietários com até quatro módulos fiscais (de 20 a 400 hectares) mantenham apenas o percentual de vegetação nativa que possuíam até julho de 2008. Ou seja, eles não serão obrigados a reflorestar nem a compensar áreas desmatadas além do permitido.

Susto

Helicóptero de Beto Richa faz pouso forçado no Campo de Marte, na Zona Norte de SP

SÃO PAULO - O helicóptero onde estava o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), fez um pouco forçado, na manhã desta quarta-feira, no Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo.

A aeronave perdeu a estabilidade em razão de uma pane técnica e pousou no gramado ao lado da pista do terminal. Ninguém se feriu. O Campo de Marte chegou a fechar para pousos e decolagens. Apesar do susto, o governador paranaense não alterou sua agenda de compromissos na capital paulista.

De acordo com a assessoria do governador, Richa estava em São Paulo para uma consulta médica no Hospital Albert Einstein. Do hospital decolou para um almoço com a diretoria de um banco. No final da tarde, Beto Richa retorna para Curitiba.


Protesto

Oposição do Senado faz levante contra MP conhecida como 'arvore de natal' e editada ainda no governo Lula

BRASILIA - Liderada pelo ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG), Aécio Neves (PSDB-MG) e Demóstenes Torres (DEM-GO), a oposição em peso deixou o plenário do Senado agora à tarde em protesto contra a votação da MP 513 editada ainda pelo presidente Lula no final do ano passado, classificada como "árvore de natal", por tratar de oito assuntos diferentes: de criação do fundo garantidor da União para empresas que vão participar de obras da Copa/Olimpíadas, ajuda ao Haiti, subvenção para o BNDES ajudar municípios de Alagoas, Pernambuco e Rio atingidos por catástrofes, altera regras de gestão do Fundo Soberano, destina recursos da União para construção de sete portos, e muda regras do seguro habitacional.

"O senhor ser indicado para o Conselho de Ética é a mesma coisa que o Fernandinho Beira Mar ser indicado para o Ministério Anti-Drogas?"
A MP foi relatada em plenário pelo líder do PMDB Renan Calheiros (AL) e ele próprio teve dificuldades de explicar a junção de tantos assuntos numa mesma medida. Ao enumerar os vários temas incluídos, o próprio Renan admitiu que a MP era complexa. O senador Aloisio Nunes (PSDB-SP) disse que só faltavam discutir ali concurso de miss.


- Já que é tudo de interesse nacional, vamos fazer uma lei que trate de falências e concurso de miss

O levante da Oposição foi iniciado pelo senador Demóstenes Torres, que rasgou e jogou no chão o texto da MP, anunciando, aos gritos, que recorreria ao Supremo com uma Adin para restaurar as prerrogativas do Senado e reparar a inconstitucionalidade da matéria.

- Isso é uma indignidade! Permite que o Tesouro emita títulos da dívida pública a 12% e os bancos emprestarem para produtores rurais a 4%! Isso é uma imoralidade! Temos que honrar o nosso mandato. Estamos rasgando a Constituição. É para isso que existe o Senado? - protestou Demóstenes, enquanto Itamar reunia os demais parlamentares para abandonar o plenário.

Do lado de fora, Aécio anunciou que nesta quinta-feira irão à OAB denunciar os abusos que estão sendo cometidos no Senado pela base do governo.

- Foi um gesto político de protesto, para mostrar que até a base está envergonhada com essa humilhação. Ser leal é natural, mas abdicar das prerrogativas do mandato por causa de um cargo ou uma ajuda é uma violência. Eles tentaram 10 relatores para essa MP e ninguém quis porque é uma vergonha. O Renan aceitou. Me sinto envergonhado hoje como parlamentar. Isso aqui virou vale tudo! - disse Aécio.

O senador Itamar Franco culpou Sarney por permitir que a MP fosse lida, mesmo sabendo que estava cheia de inconstitucionalidades.

- Hoje a Oposição fez o que já deveria ter feito há muito tempo. Chega! Uma hora a gente cansa! O Sarney não cumpriu sua obrigação de defender o Senado. Como presidente da Casa, deveria ter devolvido essa MP - disse Itamar.

Depois da retirada da Oposição, a base não demorou mais que alguns minutos para aprovar a MP.

- A base é muito emotiva. Vamos votar com saudade da oposição, mas vamos votar - ironizou o líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) enquanto Sarney encaminhava a votação, em seguida anunciava a aprovação e o envio para sanção da presidente Dilma Rousseff.
Se não ficou constrangido com o protesto da Oposição, o relator e líder Renan Calheiros passou por uma saia justa do lado de fora ao ser abordado pela equipe do CQC:

- O senhor ser indicado para o Conselho de Ética é a mesma coisa que o Fernandinho Beira Mar ser indicado para o Ministério Anti-Drogas? - perguntou o entrevistador Danilo Gentili, sendo abordado e retirado do local pela segurança da Casa.

Pela manhã a base do governo não deixou votar na Comissão de Constituição e Justiça relatório de Aécio Neves para que MPs só entrem em vigor após ter admissibilidade aprovada na comissão especial.


Informações sigilosas

Governo pede urgência no Congresso para projeto que acaba com sigilo de documentos do Estado

BRASILIA - Diante da irredutibilidade do senador Fernando Collor (PTB-AL), que como presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) resiste em agilizar a votação do projeto que acaba com o sigilo de documentos considerados de Estado nos próximos 50 anos, a presidente Dilma Rousseff determinou que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentasse nesta terça-feira um pedido de urgência, assinado pela maioria dos lideres, para que a matéria seja aprovada direto no plenário, sem deliberação da CRE.O projeto deverá ser votado no dia 18.


Na segunda-feira o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, tentou, um último acordo com Collor, mas o ex-presidente argumentou que determinadas questões do projeto - que já passou pelas comissões de Direitos Humanos, e Ciência e Tecnologia - precisam ser melhor discutidas. Com a resistência, veio a ordem para mandar direto ao plenário o projeto que prevê a liberação de documentos ultra-secretos em 25 anos, com uma prorrogação.

Com essa regra, os documentos do governo Collor só seriam liberados, se classificados como ultra-secretos, em 2042.

O anúncio do pedido de urgência no Plenário feito por Jucá deixou Collor muito irritado. Ele subiu à Mesa, ponderou com Sarney e depois pediu a Jucá que o mantivesse na relatoria, mesmo em plenário, porque pretendia apresentar algumas emendas ao texto já aprovado na Câmara.

- Marcamos a votação para o dia 18 porque o Collor pediu para continuar como relator, e ele vai viajar. Apresentamos o pedido de urgência no Dia Internacional da liberdade de Imprensa para marcar a aprovação como uma prioridade fundamental do governo Dilma - disse Jucá.


Diante da orientação do governo, Collor foi ao plenário e discursou contra, afirmando que se o projeto for aprovado sem alguns pré-requisitos, pode ir contra o processo de construção democrática. Ao fazer um relato da audiência pública realizado na CRE sobre "rumos da política externa brasileira" e atividades de inteligência, Collor defendeu a aprovação de matérias relativas a atividades de inteligência.

- Antes disso, é absolutamente temerário que tomemos decisões no campo das informações classificadas como próprias do Estado. Seria a inversão do processo de construção democrática de um verdadeiro controle no circuito de coleta de informações - discursou Collor.




Concentrado na Copa do Brasil, Flamengo não terá folga até a próxima quarta

RIO - O técnico Vanderlei Luxemburgo confirmou, na tarde desta quarta-feira, no Ninho do Urubu, em Vargem Grande, os titulares do Flamengo que enfrentam o Ceará, nesta quinta, às 21h50m, no Engenhão, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O clube confirmou também que os jogadores, campeões estaduais no último domingo, não terão folga até a próxima quarta-feira, 11, quando fazem o jogo de volta em Fortaleza. Os jogadores treinam sexta, sábado e domingo, antes de viajar na segunda-feira.

- Estamos numa reta decisiva. Nosso domingo virou uma quarta-feira. Gostaria de dar descanso para os jogadores, mas infelizmente é o que o calendário impõe - explicou Luxemburgo. - O campeonato estadual acabou, só falta receber a taça. Não podemos entrar relaxados. Temos que entrar concentrados. Se não tivermos resultados, como aconteceu com o Horizonte (na primeiro jogo, no Engenhão), não sabemos se vamos conseguir recuperar outra vez.

O treinador diminuiu também a importância da invencibilidade de 26 jogos do Flamengo, que dura desde a última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado. Vanderlei afirmou que o importante é passar para as semifinais.

- Temos que jogar sem nos preocuparmos com a invencibilidade. Precisamos ganhar para passar de fase, não para manter recorde - disse Luxemburgo. - Vamos pegar um adversário de tradição que fez um ótimo Campeonato Brasileiro em 210 e tem jogadores conhecidos. É uma fase em que a Copa do Brasil está afunilando. É o primeiro de seis jogos para ganhar (o título).

Sem David Braz, suspenso, e Leonardo Moura, machucado , Ronaldo Angelim e Galhardo entram no time, que será Felipe, Galhardo, Wellinton, Ronaldo Angelim e Rodrigo Alvim; Willians, Renato Abreu, Botinelli e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Deivid.


César Cielo vence os 50m livre no Troféu Maria Lenk
RIO - No terceiro dia de competição do Troféu Maria Lenk, no Parque Aquático Julio de Lamare, Cesar Cielo mais uma vez mostrou sua força. Dessa vez sem problemas no bloco de partida - na terça, o bloco se soltou no momento da largada do revezamento 4x 50m -, Cielo venceu os 50m livre com 21s95. Seu principal rival na atualidade, Bruno Fratus foi o segundo, com 22s20; e Nicholas Santos, o terceiro, com 22s50. Insatisfeito, Fratus saiu da piscina de cara amarrada. Já Cielo não achou tão ruim, apesar de ter feito um tempo mais alto do que os 21s73 de terça.

- Me senti bem na água, achei até que tivesse nadado como no revezamento. Não foi exatamente o que eu queria, mas, pelo menos, nadei na casa dos 21s, que era meu objetivo. Mas estava numa situação meio difícil, vendo todo mundo preparado e eu não. Não estou raspado. É difícil entrar na água sabendo que os outros têm melhores condições que as suas. Ter superado isso me deu uma confiança boa - afirmou o campeão, que subiu ao pódio com uma bandeira do Flamengo com seu rosto pintado. - Foi um presente do clube. Achei bacana. Estou cada vez mais à vontade no Flamengo.

Nos 400m medley, como já se tornou tradição na competição, Thiago Pereira levou o ouro, com 4m12s52m, mais uma vez com tempo abaixo do índice estabelecido pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos para o Mundial de Xangai. Em segundo, ficou Henrique Rodrigues (4m22s8) e, em terceiro, Diogo Yabe (4m23s57). Thiago que, ontem, já havia conquistado o ouro nos 200m costas e 200m peito, demonstrou cansaço. Ele ainda disputa os 200m medley e três provas de revezamento (4x100m medley, 4x100m livre e 4x200m livre).

- Eu senti o final da prova por causa das provas de ontem. Mas estou feliz com o meu tempo. A prova dos 400m medley é sempre mais cansativa e eu não fiz o polimento total, só descansei uma semaninha. Então, realmente pesou - disse. - Mas estou realmente me surpreendendo. Fiquei muito feliz com os 200m peito e 200m costas ontem e, hoje, com os 400m medley. E ainda tem muita coisa por vir.

A competição, que é a última chance de se conquistar índice para o Mundial e termina no domingo, terá seis finais amanhã: 100m borboleta (feminino e masculino), 100m peito (feminino e masculino) e 400m livre (feminino e masculino), além das semifinais dos 50m costas (feminino e masculino)

Flu esquece de jogar e é eliminado pelo Libertad em Assunção
Tricolor abdica do ataque, é derrotado por 3 a 0 e está fora da Libertadores
Assunção, Paraguai
A alcunha de time de guerreiros é justa, mas, pelo menos na noite desta quarta-feira, fez mal ao Fluminense. O Tricolor, que entrou em campo com a vantagem de ter vencido no Rio de Janeiro por 3 a 1, achou que marcar e ter raça garantiria sua vaga nas quartas de final da Libertadores. Enganou-se. Abdicou do ataque, não fez questão de ter posse de bola e praticamente entregou de bandeja o jogo para o Libertad. Resultado: derrota por 3 a 0 no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, e adeus ao sonho do título inédito. Uma eliminação dolorosa para a equipe e, claro, para os cerca de 200 tricolores que foram à capital paraguaia para torcer em mais uma batalha. Entre os torcedores, o ex-jogador e grande ídolo, o compatriota dos donos da casa, Romerito.

O Libertad aguarda agora pelo vencedor do confronto entre LDU e Vélez Sarsfield, que se enfrentam nesta quinta, em Quito. No primeiro duelo, vitória dos argentinos por 3 a 0. O primeiro jogo das quartas será na próxima semana, ainda sem data e horário definidos.

Flu espera, e Libertad vai na marra

Mais por obrigação do que por competência, o Libertad foi para cima do Fluminense e pressionou desde o primeiro minuto. Mas só assustava mesmo com sua principal arma: as bolas aéreas. O Tricolor preferiu se fechar em seu campo e só partir para o ataque na boa.

Aos 15 minutos, ‘duas’ alterações no Flu: Diogo entrou na vaga de Valencia, que sentiu um problema muscular, e Fred foi obrigado a vestir uma touca de natação, pois levou uma cotovelada no supercílio direito, uma região difícil de se manter um curativo.

Aos 19, a primeira chance de gol: após cruzamento da direita, Samudio cabeceou forte para uma boa defesa de Ricardo Berna. Aumentava a pressão dos donos da casa. Dois minutos depois, Gamarra arriscou de longe, para outra intervenção difícil do goleiro tricolor.

Fred discute com um adversário durante o primeiro tempo (Foto: Photocamera)Pelo que jogava até então, o Fluminense mostrava que estava em busca de mais uma classificação emocionante, sofrida. Não só não ameaçava os paraguaiso, como se atrapalhava na defesa. Como aos 26, quando Diguinho atrasou bola para Berna, que tentou isolar e acertou o pé direito de Gamarra. A bola bateu na trave antes de sair.

Aos poucos, o ímpeto paraguaio foi arrefecendo, deixando o Tricolor menos pressionado e com um pouco mais de posse de bola. Aos 42, Conca cobrou falta da esquerda, e Diogo, de cabeça, acertou a bola no travessão. Fim de papo na primeira etapa, mais 45 minutos para a classificação tricolor.

O sofrimento de sempre

No segundo tempo, pouco antes dos dez minutos, duas chances de gol para o Libertad: aos nove, Gamarra entrou livre e chutou para boa defesa de Berna. Em seguida, Bonet cruzou da direita, a bola passou pela defesa, e Pavolovich, completamente livre na pequena área, não conseguiu completar para o gol vazio.

Mas aos 12, não teve jeito. Rojas chutou de longe, Berna foi sem convicção na bola e a deixou passar à sua direita: 1 a 0 Libertad. O jogo, obviamente, ficou mais duro, com os dois times aparentando nervosismo, ansiedade. O Fluminense tentou e assim conseguia viver mais um drama.

Aos 27, Marquinho puxou um contra-ataque, tocou para Fred no lado esquerdo da grande área. O atacante, no entanto, tocou mal, longe do gol de Vargas. Pouco depois, Enderson Moreira tirou Rafael Moura, que não fez um bom jogo, e colocou Araújo.

O jogo se encaminhava para o fim, e os nervos tricolores trincavam de preocupação. E dá-lhe pressão paraguaia. E aos 40, Samudio, numa bomba de canhota de fora da área, mandou a bola à esquerda de Berna, que dessa vez não teve culpa alguma.

Restava ao Tricolor mostrar de novo seu espírito guerreiro e tentar o gol que daria a classificação. Mas ele não veio. O que saiu foi o terceiro gol do Libertad. Após jogada da direita, Nuñez se antecipou à zaga e tocou para o fundo das redes. Antes do apito final, Mariano ainda foi expulso por falta violenta no próprio Nuñez no meio de campo.


LIBERTAD 3 X 0 FLUMINENSE Vargas, Bonet, Portocarrero, Canuto e Miguel Samudio; Ayala (Rojas), Cáceres, Aquino e Gamarra (Nuñez);  Maciel (Orué) e Pavlovich Ricardo Berna, Mariano, Gum, Edinho e Julio Cesar; Valencia (Diogo), Diguinho (Rodriguinho), Marquinho e Conca; Fred e Rafael Moura (Araújo).
Técnico: Gregório Perez Técnico: Enderson Moreira
Estádio: Defensores del Chaco. Data: 04/05/2011. Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai). Auxiliares: Mauricio Espinoza e Marcelo Costa (Uruguai)
Gol: Rojas, aos 12, Samudio, aos 40, Nuñez, aos 45 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Pavlovich, Ayala, Samudio (LIB); Marquinho, Ricardo Berna, Diguinho, Conca (FLU). Cartão vermelho: Mariano (FLU)