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5 de mai. de 2011

Notícias do Brasil e do mundo


Ameaça

Al-Qaeda considerava atacar trens no 10º aniversário do 11-9, revela material obtido na casa de Bin Laden

Agências internacionais
WASHINGTON - Com a segurança em aeroportos reforçada após o 11 de Setembro, a al-Qaeda tinha planos de atuar em outra frente: os trens americanos. A informação, tornada pública nesta quinta-feira com base em comunicados secretos do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, teria sido retirada do complexo onde Osama bin Laden foi morto no Paquistão.

O plano da rede terrorista, de fevereiro de 2010, seria para sabotar linhas de trem - não especificadas - em setembro deste ano, quando serão lembrados os dez anos dos atentados terroristas em Nova York e Washington. A ideia, que não teria sido levada à frente, era causar acidentes em trechos de maior risco, como encostas e pontes.

A inteligência americana, no entanto, garante que não tem qualquer informação de que o plano esteve perto de ser colocado em prática e diz que não haverá um alerta de terrorismo. Segundo a rede NBC, as forças de segurança aumentaram o nível de vigilância nas linhas ferroviárias ante a divulgação da informação.

- Não sabemos de qualquer ameaça terrorista iminente no setor ferroviário americano, mas é preciso alertar sobre esses planos. Não está claro se outro plano foi conduzido desde fevereiro do ano passado, e a menção a esta suposta ameaça é baseada em um reporte inicial - disse Matthew Chandler, porta-voz do Departamento de Segurança Interna.

A informação seria a primeira retirada do reduto de Bin Laden. Após matarem o terrorista, no domingo, os militares americanos levaram computadores, DVDs e outros documentos.




Leitores defendem publicação de fotos de Bin Laden morto, mostra enquete

RIO - Os leitores do GLOBO defendem, em grande maioria, a publicação pela imprensa da foto de Osama bin Laden morto no caso de uma improvável divulgação pela Casa Branca, como mostra uma enquete encerrada nesta quinta-feira.

Dos 291 leitores que votaram, 71% disseram que seriam a favor da divulgação, contra 29% que afirmaram o contrário.

Segundo uma outra enquete no site do GLOBO, fechada também nesta quinta-feira, 77% dos leitores acreditam que o mundo não está mais seguro com a morte de Bin Laden e que o risco de atentados continua.

Para 23% dos 2.445 que votaram, o assassinato do líder da al-Qaeda deixa o terrorismo bastante enfraquecido.


Em Roma

'Foram os 38 minutos mais intensos da minha vida', diz Hillary sobre morte de Bin Laden

Agências internacionais
ROMA - Uma alergia pode explicar por que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, tinha uma das mãos sobre a boca enquanto assistia à operação militar que matou Osama bin Laden. A foto de Hillary, Barack Obama e outros membros do governo acompanhando a operação se tornou a mais emblemática do evento, na falta de imagens do corpo do líder da al-Qaeda. No registro, feito pelo fotógrafo da Casa Branca, Hillary parece fazer um gesto de ansiedade sobre o desenrolar da ação.

- Aqueles foram os 38 minutos mais intensos da minha vida. Não tenho ideia do que estávamos olhando naquele milisegundo específico quando a foto foi tirada - disse ela.

"Não esquecemos que a batalha para conter a al-Qaeda e seus aliados não termina com sua morte"
.- Estou de alguma forma envergonhada de que aquilo fosse uma reação à minha tosse alérgica da primavera. Então provavelmente não tem um grande significado - acrescentou.

Hillary, que está em Roma para participar na reunião do Grupo de Contato sobre a Líbia, afirmou ainda que a batalha contra o terrorismo não termina com a morte de Bin Laden:

- Não esquecemos que a batalha para conter a al-Qaeda e seus aliados não termina com sua morte.

A secretária disse também que os Estados Unidos e seus aliados devem continuar trabalhando com o Paquistão para combater a al-Qaeda. Ela ressaltou que o relacionamento dos EUA com o Paquistão nem sempre foi fácil, mas que Washington continuará a apoiar o povo paquistanês e a democracia.


Financiamento

EUA vão usar bens congelados de Kadafi para 'ajudar o povo líbio'

Agências internacionais

ROMA - A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que a administração Obama vai liberar parte dos Us$ 30 bilhões que congelou em bens do ditador Muamar Kadafi e do governo para ajudar o povo líbio. Durante uma reunião internacional sobre a Líbia em Roma, Hillary afirmou que vai pedir ao Congresso americano uma mudança na legislação para permitir à Casa Branca fazer a transferência dos fundos.

- Estou contente em anunciar que a administração Obama, trabalhando com o Congresso, decidiu buscar uma legislação que permita aos EUA retirar uma porção dos bens de Kadafi e do governo, para que possamos torná-los disponíveis para ajudar o povo líbio - disse Hillary.

Se a legislação for modificada, o governo americano passaria a ter acesso aos fundos, mas não está claro se a Casa Branca faria a doação para os rebeldes líbios ou se dedicaria o dinheiro a grupos humanitários que prestam assistência desalojados pelos combates.

Mais cedo, o chanceler da Itália, Franco Frattini, disse que a Otan vai anunciar ainda nesta quinta-feira a criação de um fundo especial para ajudar os grupos rebeldes que lutam contra o governo Kadafi:

- Congratulo o anúncio, que será feito hoje, sobre a criação de um fundo especial - conhecido como Mecanismo de Financiamento Temporário - que vai permitir que recursos sejam canalizados de forma eficaz e transparente para o Conselho Nacional Interino.

Hillary ressaltou ainda que é importante isolar Kadafi e seu governo, incluindo a imposição de proibições para viagens de altos oficiais, a suspensão de embaixadas líbias e a utilização de enviados especiais para trabalhar junto como o Conselho Nacional Interino.

Os EUA já autorizaram o envio de até US$ 25 milhões em equipamentos militares não letais e prometeu mais US$ 53 milhões em ajuda humanitária.


Cadê o corpo?

Teorias da conspiração se espalham após a morte de Osama bin Laden
RIO - Ele morreu mesmo? Para o governo dos EUA, não há a menor dúvida. A prova do fim de Osama bin Laden em Abbottabad, no norte do Paquistão, só não será exibida porque Washington teme que as imagens possam incitar mais violência de extremistas islâmicos. Mas a ausência de prova é o combustível perfeito para que as teorias da conspiração viajem mundo afora, por várias correntes. Cadê o corpo? Demoraram 15 anos para chegar até o líder terrorista e agora desaparecem com o cadáver em poucas horas? Perguntas, dúvidas, indagações... Conheça a seguir algumas das teorias mais representativas (e, se desejar, dê a sua versão no espaço reservado para os comentários):

Morto há nove anos

Alex Jones ( na foto acima, com Charlie Sheen) apresenta um programa de rádio no Texas e administra vários sites. Segundo ele, o seu canal no YouTube já foi visitado mais de 24 milhões de vezes. Jones é conhecido como um teórico da conspiração de direita. Depois do anúncio da morte de Bin Laden feito pelo presidente Barack Obama, Jones falou aos ouvintes: "Meus amigos, este é um completo trote". Em outro programa, ele resolveu teorizar: "Onde está o corpo? Minhas fontes na Casa Branca disseram nove anos atrás que ele (o chefe da al-Qaeda) foi morto e mantido congelado".

Onde está a prova empírica?

- Cindy Sheehan ( na foto inferior, com Hugo Chávez), que não é aliada ideológica de Jones, parece concordar com ele. Depois de perder um filho na Guerra do Iraque, Cindy encarou o presidente George W. Bush e se tornou personagem incomôda para a Casa Branca. Mas ela resolveu também disparar contra o democrata Obama. E desconfiar. "A única prova de Osama morto oferecida foi Obama nos dizendo que um exame de DNA do homem morto pelos Seals bateu com Osama bin Laden. Mesmo que fosse possível fazer um teste de DNA tão rapidamente e o regime tivesse o DNA de Bin Laden guardado em algum laboratório, onde está a prova empírica?", questionou. Segundo Cindy, Osama e al-Qaeda foram produtos criados pela CIA. "Osama bin Laden nunca assumiu a autoria dos atentados do 11 de Setembro".


Tentativa de salvar o governo Obama

- O juiz Andrew Napolitano, apresentador de um programa da Fox News, inicialmente proclamou em alto e bom som: "Osama bin Laden está morto". Depois, mostrou-se nada convencido. Diante da câmera questionou: "As autoridades estão nos dizendo a verdade ou empurrando uma para salvar o péssimo governo Obama?". Depois, virou-se para um convidade e disparou: "Você acredita que ele está morto ou você quer alguma prova: uma fotografia ou um testemunho? Algo além de palavras de um presidente cujo discurso já levantou suspeitas antes?".

Osama ainda interrogado

No Facebook foi aberta uma página sob o título de "Osama bin Laden não está morto". O usuário David Colin Leach alinhavou sua teoria: "Bin Laden foi levado vivo (do esconderijo em Abbottabad) e está sendo interrogado em algum lugar antes de ser executado". No site, alguns chegam a dizem que a morte de Bin Laden foi inventada para abafar a polêmica sobre a certidão de nascimento de Obama - semana passada, ele provou ser americano. Segundo pesquisa, 3% dos americanos ainda duvidam.

Morto no Afeganistão

Logo após o anúncio da morte de Bin Laden, estudantes em Abbottabad manifestavam muito ceticismo. "Isso é propaganda. Osama foi morto há dez anos no Afeganistão. É apenas propaganda para pôr fim à guerra no Afeganistão", disse um deles ao repórter da CNN Nick Paton Walsh. Um outro jovem completou ao jornalista: "Se ele está morto mesmo por que não mostram o corpo?".


Direitos iguais
Tempo real: acompanhe o julgamento do STF sobre a união estável entre gays

RIO - Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou a favor do reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo nesta quinta-feira. Foram dez votos a favor, e zero contra a decisão. O ministro Dias Toffoli não participou da votação, por ter atuado numa das ações quando foi advogado-geral da União.

Na quarta-feira, o ministro Carlos Ayres Britto, relator das duas ações que pedem os mesmos direitos dos heterossexuais para os casais homossexuais, votou a favor do reconhecimento legal da união entre gays. Acompanhe, em tempo real, o julgamento do STF.
Placar da votação:
Contra 0 x 10 A favor do reconhecimento da união entre gays

20h30m: Sessão é encerrada.

20h29m:Peluso vota como os outros ministros da Corte, a favor da união gay.

20h25m:O presidente do STF diz que a partir de agora o poder Legislativo "tem de se expor" quanto à questão da união homossexual.

20h14m:Cezar Peluso dá início ao seu voto, o último do julgamento.

20h13m:Celso de Mello conclui seu voto, o nono a favor da união entre gays. Para o ministro, os estados devem assegurar a todos o direito de constituir família, inclusive pela adoção e por inseminação.

19h31m: Celso de Mello diz que, até que Legislativo opine sobre o assunto, cabe ao Judiciário impor aos homossexuais visibilidade.

19h29m: "Posturas preconceituosas ou discriminatórias geram grandes injustiças", opina o ministro Celso de Mello, lembrando que a República é laica.

19h21m: Celso de Mello diz que julgamento desta quinta-feira permitirá a "plena realização da liberdade, da igualdade e da não discriminação" e que marcará país.

19h11m: Ministro Celso de Mello inicia o seu voto.

19h10m: Com voto de Marco Aurélio, só faltam dois votos. O ministro Dias Toffoli não participará da votação, por ter atuado numa das ações quando foi advogado-geral da União.

19h10m: Marco Aurélio conclui seu voto, a favor do reconhecimento da união estável entre homossexuais.

19h05m: O ministro Marco Aurélio diz que "O Estado existe para auxiliar os indivíduos nos respectivos projetos individuais de vida".

18h54m: Marco Aurélio defende: "A afetividade por outrem do mesmo sexo compõe a individualidade da pessoa de modo que se torna impossível, sem destruir o ser, exigir o contrário".

18h40m: "A família é uma construção cultural", afirma Marco Aurélio.

18h22m: Ministro Marco Aurélio Mello inicia seu voto.

18h20m: Ellen Gracie acompanha relator. Para ela, com reconhecimento, Brasil fica entre países mais avançados.

18h17m:Ministra Ellen Gracie inicia voto.

18h16m: Voto do ministro Gilmar Mendes, a favor do reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo, é concluído. Maioria dos ministros acompanhou relator.

18h04m:"Me limito a reconhecer a existência dessa união (estável entre pessoas do mesmo sexo)", afirma Mendes, completando: "sem me pronunciar sobre outros desdobramentos".

18h01m: Mendes: "Em linhas gerais, estou de acordo com o pronunciamento do relator quanto ao resultado", mas diz que há divergências quanto à fundamentação. Para ele, a "equiparação pura e simples" pode trazer "surpresas".

17h43m: Gilmar Mendes afirma que "O fato de a Constituição proteger a união estável entre homem e mulher não significa negativa de proteção à união civil ou estável entre pessoas do mesmo sexo".

17h13m:Recomeça a sessão, com o ministro Gilmar Mendes.

16h25m:Sessão é suspensa para intervalo.

16h20m: O ministro Joaquim Barbosa vota a favor do reconhecimento da união entre gays. Para ele, direito está entre os fundamentais.

16h12m: Ministro Joaquim Barbosa dá início ao seu voto.

16h10m:Lewandowski dá seu voto, a favor da união, com a ressalva de que há questões que exigem "diversidade de sexo para o seu exercício".

15h57m:Lewandowski afirma: "Creio que se está diante de outra entidade familiar distinta da que se caracteriza as uniões estáveis heterossexuais".

15h38m: Começa o voto do ministro Ricardo Lewandowski.

15h37m: Cármen Lúcia conclui o seu voto, a favor da união legal entre gays.

15h25m: Após consideração do ministro Gilmar Mendes, Cármen Lúcia retoma o seu voto. Para a ministra, "Aqueles que fazem opção pela união homoafetiva não podem ser desigualados em sua cidadania".

15h16m: Cármen Lúcia anuncia que também votará a favor e afirma que "A escolha da união homoafetiva é individual, íntima e, nos termos da Constituição, manifestação da liberdade individual".

15h12m: Começa voto da ministra Cármen Lúcia.

15h11m: Fux diz que acompanhará o voto do ministro Carlos Ayres Britto, a favor do reconhecimento da união entre homossexuais.

15h04m: Fux cita números do Censo 2010 e afirma que "A união homoafetiva é um fato da vida, é uma realidade social".

14h39m: Com voto do ministro Luiz Fux, o STF retoma da votação. "O homossexualismo não é um câncer, não é uma ideologia, e muito menos uma opção de vida", diz Fux.




Ainda não está 100%

Em evento público, Dilma se diz recuperada da pneumonia e em fase de descanso
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff participou, nesta quinta-feira, do primeiro evento público após ser internada no Hospital Sírio-Libanês, no último fim de semana, com forte gripe e pneumonia . A presidente recebeu no Salão Nobre do Palácio do Planalto, o presidente da Alemanha, Christian Wulff. Dilma disse estar recuperada das doenças.

- Recuperada, eu estou, mas ainda estou em fase de descanso - afirmou Dilma, enquanto aguardava o presidente alemão.
"Ainda estou em fase de descanso"
.Dilma e Wulff se reuniram no Planalto, depois participaram da assinatura de atos entre os dois governos e almoçarão no Itamaraty.

Com a voz rouca, a presidente Dilma Rousseff teve dificuldades de concluir o discurso no encontro com o presidente da Alemanha. Mas, ao chegar o Itamaraty para o almoço em homenagem ao alemão, Dilma demonstrou bom humor e disse que sua saúde está bem.

- Acabaram de me dizer que todos os exames estão ótimos. Agora só tenho que tomar os antibióticos - disse a presidente, descartando que os remédios baixem sua imunidade:

- Não a minha (imunidade). Mas tem de tomar de forma sistemática.

Um pouco antes de sair para o Itamaraty, a presidente disse que estava "saudosa" dos jornalistas e prometeu dar entrevista na próxima semana. Ao sair, jogou beijos para os jornalistas.


Levante

Aécio busca apoio da OAB para mudança na tramitação das MPs no Congresso

BRASÍLIA - Liderados pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), sete senadores da oposição e também da base governista, visitaram nesta quinta-feira o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, em busca do apoio da entidade para que sejam garantidas as prerrogativas do Congresso, contra o excesso e abuso do governo no uso das medidas provisórias (MPs). Segundo Aécio, a intenção é que o tema seja discutido "além das fronteiras do Congresso Nacional". O tucano sugere que as MPs só tenham força de lei depois de serem aprovadas por uma comissão de deputados e senadores. Na quarta-feira, senadores da oposição se retiraram do plenário em protesto contra a votação da MP 513 , editada ainda pelo presidente Lula no final do ano passado, classificada como "árvore de natal", por tratar de oito assuntos diferentes. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, reagiu às críticas de Aécio.

Aécio lembra que as MPs vem sendo usadas por todos os governos desde que foram criadas em 1988. Ele critica continuidade do abuso, principalmente com relação aos chamados "contrabandos", quando outras matérias são incluídas nas medidas.

- Chegamos ao cúmulo de ver o governo tratando dentro de uma mesma MP de seis, sete temas sem qualquer conexão. Isso fere a democracia e as prerrogativas do Congresso Nacional - disse Aécio.

O presidente da OAB disse que essa é um causa republicana, que é de interesse da democracia e da cidadania brasileira. Ophir defendeu que o país tenha um Legislativo forte e independente que exerça o papel que a sociedade espera.

- A Ordem vai começar a analisar cada vez mais esse contrabando legislativo que está existindo. Não podemos mais conceber que numa medida provisória que trata, por exemplo, de residência médica nela seja incluída a questão de flexibilização de licitação na Copa do Mundo. É algo que precisa ter um tratamento adequado - afirmou Ophir.

Além dos oposicionistas Aécio Neves, Aloysio Nunes (PSDB-SP), Demóstenes Torres (DEM-GO), Itamar Franco (PPS-MG) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), participaram também do encontro com Ophir Cavalcanti dissidentes da base governista como Pedro Taques (PDT-MT), Pedro Simon (PMDB-RS) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES). A expectativa desse grupo é que a posição da OAB possa pelo menos equilibrar a guerra que será travada na próxima quarta-feira entre governo e oposição na discussão e votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que altera o rito de tramitação das MPs, de autoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).


Vaccarezza diz que média de MPs do governo Dilma é menor que de Lula e FH

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reagiu às críticas feitas por senadores da oposição, entre eles o tucano Aécio Neves (MG), sobre o excesso de edição de medidas provisórias (MPs) pelo Executivo.

- O senador Aécio e os demais senadores que o acompanharam devem estar vivendo no mundo da Lua. Porque nenhum presidente, desde que foram instituídas as medidas provisórias, apresentou menos medidas que a Dilma. Pode pegar qualquer cinco meses de governo FHC e comparar - disse Vaccarezza, acrescentando:

- A média mensal de medidas provisórias editada pelo governo Dilma é de 2,8 por mês. Nos dois últimos anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (após a Emenda Constitucional 32, que alterou a tramitação), foi de 6,4 por mês. - comparou Vaccarezza.

A tabela MPs do Planalto, divulgada pela assessoria de Vacarezza, mostra que a média mensal de MPs editadas durante os oito anos de governo é de 4,4 por mês.


Quebra de decoro

Corregedor da Câmara pede cassação de mandato de Jaqueline Roriz
BRASÍLIA - A Mesa Diretora da Câmara aprovou por unanimidade o parecer do corregedor, Eduardo da Fonte (PP-PE), que pede a cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) por quebra de decoro parlamentar. Para ele, o vídeo em que a deputada aparece recebendo R$ 50 mil do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa é prova suficiente para a punição.

- O vídeo fala por si só - frisou.

"O vídeo fala por si só"

.O parecer segue agora para o Conselho de Ética e será apensado ao processo que ela já responde. Eduardo da Fonte disse que analisou também a denúncia de mau uso de verba parlamentar pela deputada. Ela é acusada de usar dinheiro da verba indenizatória para pagar o aluguel de uma sala comercial de seu marido.

Além disso, o parlamentar evitou comentar as declaração do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), que defendeu Jaqueline na reunião de quarta-feira do conselho. Para Lopes, o crime ocorreu antes da eleição de Jaqueline Roriz à Câmara dos Deputados e, por isso, o conselho não teria competência para julgá-la.


Carajás, um novo estado?

Câmara aprova plebiscito para decidir sobre divisão do Pará

BRASÍLIA - O plenário da Câmara aprovou nesta quinta-feira a realização de plebiscito sobre a criação dos estados de Carajás e de Tapajós, a partir da divisão do Pará. Um dos projetos, o do plebiscito do Carajás, já segue à promulgação. No caso de Tapajós, o texto ainda terá que ser aprovado pelo Senado, porque sofreu uma pequena alteração na Câmara.

Os dois projetos foram aprovados simbolicamente. O único a se manifestar contra a votação foi o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), que cobrou um debate maior em relação à necessidade e oportunidade de criação de novos estados no país. Chico lembrou que existem outros 11 projetos que também tentam desmembrar estados e criar novas unidades federativas tramitando no Congresso.

- Você não necessariamente fortalece a federação e melhora o atendimento das populações criando novos estados. É preciso ver se estas novas áreas, que demandam um enorme aparato administrativo, são sustentáveis economicamente - disse Chico, referindo-se ao fato de que novos estados terão que eleger governadores, deputados estaduais e senadores, entre outros gastos.



TSE terá que organizar o plebiscito

Segundo os deputados que defenderam as propostas, a ideia é a realização de um único plebiscito para avaliar a divisão do Pará. Caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizar o plebiscito. Os projetos estabelecem prazo de até seis meses para que o plebiscito seja realizado. O líder do PDT, Giovanni Queiroz (PA), defensor da criação dos novos estados, afirmou que já há emenda, de R$ 8,6 milhões, garantidas no Orçamento deste ano, para a realização do plebiscito.

Giovanni Queiroz defendeu o plebiscito, afirmando que a criação de dois estados - Mato Grosso do Sul e Tocantins - é a prova de que a divisão permite o desenvolvimento de regiões muito pobres dentro de um estado:

- Carajás e Tapajós têm potencial, mas predomina nestas regiões a ausência de estado. E o custo benefício é muito grande, que uma afirmação desta (a criação de novos estados gera mais gastos administrativos) só é dada por quem não estudou a matéria.

Novo estado de Tapajós teria 27 municípios


Defensor do estado de Tapajós, o deputado Lira Maia (DEM-PA), acrescentou:

- A divisão territorial permite um melhor gerenciamento da área.

No início da sessão o governo apresentou requerimento para retirada de pauta dos projetos, mas o líder do PDT e outros protestaram em plenário. O líder do DEM, deputado ACM Neto (BA), lembrou que a votação tinha sido acertada no colégio de líderes e cobrou coerência do governo, afirmando que o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP) não tinha se oposto. O vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), acabou cedendo e permitindo a votação dos projetos sem a verificação do quórum .


Jogadores do Fluminense ganham cinco dias de folga depois de perder a vaga na Libertadores
RIO - Depois de perder a vaga, o Fluminense ganhou folga. A eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores, com a derrota para o Libertad por 3 a 1, transformou um fim de semana de trabalho em feriado prolongado. Os jogadores ficarão cinco dias liberados do treino e só se reapresentarão na tarde de terça-feira, nas Laranjeiras.
Ao contrário do último desembarque, depois da vitória de 4 a 2 sobre o Argentinos Juniors, quando uma multidão de torcedores lotou o aeroporto, desta vez não tinha ninguém para receber o time. Ou parte dele. Fred, Mariano e Deco, por exemplo, ficaram em São Paulo e de lá seguiram para a casa dos seus familiares. O argentino Conca sequer voltou ao Brasil.

Sem o craque e o capitão, coube a Ricardo Berna, eleito pela torcida o vilão da eliminação, dar as explicações. O goleiro assumiu o erro no primeiro gol do Libertad, mas não se vê como único culpado, porque o time poderia perder por até um gol de diferença que se classificaria.

- Era uma bola defensável, mas não era fácil. E, infelizmente, não consegui defender. Saí chateado, mas gostaria de lembrar que, naquele momento, ainda estávamos classificados - disse Berna.

O goleiro não se arrepende dos gestos e das declarações após o primeiro jogo com o Libertad, no Engenhão. Ele teria dado uma banana para a torcida e disse que precisavam construir uma muralha para defender o gol do Fluminense:

- Não me arrependo de nada, já passou...

Copa 2014

Mano Menezes participará de mesa redonda com Zagallo e Parreira em seminário do GLOBO
RIO - O técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, será a atração principal do seminário sobre Copa 2014 que O GLOBO realiza na próxima segunda-feira, dia 9. Ao lado de Zagallo e Carlos Alberto Parreira, treinadores das seleções campeãs em 1970 e 1994, respectivamente, Mano vai participar de uma mesa redonda mediada pelo editor de esportes do jornal, Antonio Nascimento, e pelo também jornalista João Máximo. Em pauta, a preparação da seleção para o Mundial no Brasil, os amistosos de junho, contra Holanda e Romênia, e a Copa América, na Argentina, em julho. O seminário será no Hotel Windsor Atlântica, na Avenida Atlântica 1020, em Copacabana, das 14h30m às 17h.

Os leitores poderão participar do encontro com o técnico da seleção brasileira. Há número limitado de inscrições, que podem ser feitas até o fim do horário comercial desta quinta-feira, dia 5, pelo telefone (21) 3875-4747.

O evento terá transmissão ao vivo no site do GLOBO. Quem estiver acompanhando as imagens poderá enviar perguntas a Mano, Zagallo e Parreira através do Twitter (@oglobo_esportes), usando para isso a hastag  Perguntas dos leitores serão lidas pelos mediadores para os três convidados.

Mano Menezes, que assumiu a seleção logo após o fracasso na Copa da África do Sul, comandou o Brasil até agora em seis jogos, com quatro vitórias e duas derrotas. A estreia foi em 10 de agosto do ano passado (2 a 0 sobre os Estados Unidos).

O técnico vai anunciar no dia 19 uma convocação para os amistosos de 4 e 7 de junho, contra Holanda, no Serra Dourada, em Goiânia, e contra a Romênia, no Pacaembu, em São Paulo. Provavelmente no dia 8 de junho, Mano vai divulgar a convocação para a Copa América. O Brasil estreia no torneio em 3 de julho, contra a Venezuela.