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24 de set. de 2011

Extinção em massa dos dinossauros ainda é um mistério


A fonte do asteroide que matou os dinossauros há 65 milhões de anos atrás continua sendo um mistério.
Alguns pesquisadores acreditavam que o asteroide mortal foi um pedaço de uma grande rocha espacial chamada Baptistina. A rocha partiu depois de uma enorme colisão no espaço cerca de 160 milhões de anos atrás, de acordo com a teoria, gerando pedaços de rocha do tamanho de montanhas. Um desses teria se chocado contra a Terra, matando os dinossauros e muitas outras espécies.
Réplica de dinossauros da cidade de sousa, na paraíba

Réplica de Dinossauro da cidade de Sousa, na paraíba

Os cientistas estão confiantes de que um asteroide de 10 quilômetros de largura foi de fato o que eliminou os dinossauros. Mas novas observações a partir do Explorador para Pesquisa com Infravermelho em Campo Amplo (WISE) da NASA sugerem que a rocha espacial não veio de Baptistina. A época da colisão é que está incorreta. E o caso permanece sem resposta.
Baptistina apareceu pela primeira vez como suspeita na mente de alguns astrônomos depois de um estudo de 2007. Nesse trabalho, os pesquisadores usaram dados de luz visível a partir de telescópios terrestres para estimar o tamanho e a refletividade da “família” Baptistina – os pedaços desmembrados da rocha.

Vale dos Dinossauros - Sousa - Paraíba
Com essas estimativas em mãos, os pesquisaores determinaram que a grande rocha espacial se partiu há cerca de 160 milhões de anos. Teria dado tempo de sobra para a família Baptistina dispersar para diferentes e potencialmente perigosas órbitas no momento do impacto que extinguiu os dinossauros.

Desde o estudo, no entanto, vários pesquisadores reuniram mais informações que lançam dúvidas sobre a suspeita dos asteroides Baptistina. E o novo estudo pode descartar a família completa, disseram os pesquisadores.
O Explorador WISE pesquisou todo o céu duas vezes através da luz infravermelha, de janeiro de 2010 a fevereiro de 2011. O telescópio catalogou mais de 157 mil asteroides no cinturão principal entre Marte e Júpiter e descobriu mais de 33 mil rochas espaciais.
WISE também mediu o tamanho e a refletividade de 1.056 membros da família Baptistina. E essas medidas foram mais precisas do que as anteriores, levantando dados mais exatos da idade da família asteroide.
As novas observações mostram que Baptistina se partiu apenas 80 milhões de anos atrás e não há 160 milhões de anos, como alguns cientistas pensavam.

Ou seja, os restos da colisão não tiveram muito tempo para atingir um ponto de ressonância que os lançassem à Terra há 65 milhões de anos. Normalmente o processo dura muitas dezenas de milhões de anos.
Pontos de ressonância são áreas no cinturão de asteroides que, quando se aproximam da gravidade de Júpiter e Saturno, podem arremessar asteroides para fora do cinto e em rota de colisão com a Terra.
Embora WISE tenha finalizado sua operação em fevereiro de 2011, os pesquisadores continuarão a usar as observações para mapear rochas do sistema solar no espaço. Eles querem obter um melhor controle sobre a origem dos asteroides.
Os estudos estão criando uma espécie de árvore genealógica de asteroides. Mas o mistério continua sem uma solução…

Fonte: LiveScience