Eles tiveram ideias e fizeram descobertas que transformaram o mundo. Seus pensamentos explicaram desde o funcionamento das forças que regem o cosmo até o que acontece no nosso corpo e mente. Graças a eles o ser humano conseguiu compreender e dominar muitos aspectos da natureza, de coisas que antes eram atribuídas à vontade de deuses ou demônios. Entre todos os cientistas que ao longo da história têm contribuído para isso alguns destacam-se por sua genialidade. Eles são os cientistas mais influentes de todos os tempos.
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Foi principalmente desde o fim da Idade Média que a humanidade começou a desenvolver uma concepção científica do mundo. Naqueles tempos, a ideia de que há leis na natureza que regem todos os fenômenos começou a se sobrepor a superstições e ao medo da magia.
A matemática, que vinha se desenvolvendo desde o antigo Egito, foi a base das descobertas extraordinárias que começaram a acontecer. Os responsáveis por isso foram homens que usaram a ciência para iluminar os caminhos da civilização, com conquistas tecnológicas, médicas e sociais, entre outras, praticamente inimagináveis há apenas alguns séculos. Conheça abaixo quem são dez dos mais influentes cientistas de todos os tempos, apresentados em ordem cronológica.
Nicolau Copérnico (1473-1543)
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Numa época em que os dogmas da então poderosa Igreja Católica afirmavam que a Terra ficava parada no espaço e era o centro do universo, a descoberta de Copérnico era fantástica e ousada. Sua concepção de heliocentrismo, ainda que imperfeita, pois previa órbitas circulares dos planetas em torno do Sol, quando na verdade elas são elípticas, iniciou um fabuloso processo de descobertas astronômicas e físicas nas décadas a seguir.
Galileu Galilei (1564-1642)
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Além da concepção heliocêntrica, Galilei cometeria outra heresia ao contestar os pensamentos inquestionáveis de Aristóteles sobre o movimento. Mas foi sua afirmação de que a Terra, assim como os outros planetas conhecidos, giravam em torno do Sol que o levou ao tribunal da Santa Inquisição. Para escapar da morte na fogueira, Galilei assinou uma declaração na qual se considerava um pecador por tal afirmação. No entanto, após tê-la assinado, ele teria murmurado: "Mas ela gira".
Johannes Kepler (1571-1628)
Reprodução Kepler mostrou que a órbita dos planetas ao redor do Sol é elíptica |
O dinamarquês possuía observações astronômicas muito mais precisas do que qualquer um naquela época e elas foram fundamentais para as conclusões de Kepler. O movimento orbital de Marte, observado por Brahe, levou Kepler a descobrir que as órbitas dos planetas em torno do Sol eram elípticas. E ele foi além. O alemão desenvolveu as três leis fundamentais dos movimentos planetários e com isso fundou a astronomia moderna.
Isaac Newton (1642-1727)
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O cálculo possibilitou a Newton ter as técnicas necessárias para suas descobertas a respeito da gravidade. A primeira de suas três famosas leis diz que um corpo permanece em repouso ou em movimento uniforme ao longo de uma linha reta, a menos que sofra ação de uma força externa (lei da inércia). A segunda afirma que o efeito de uma força contínua sobre um corpo inicialmente em repouso ou em movimento uniforme é fazê-lo acelerar.
E a terceira diz que se um corpo exerce uma força sobre o outro, o segundo exercerá ao mesmo tempo força oposta e da mesma intensidade sobre o primeiro. Newton, ao combinar teoria mecânica e matemática, explicou como o mundo funciona e como é possível calcular o que acontece nele.
Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794)
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O cientista foi responsável também por elaborar a nomenclatura das substâncias químicas e pela descoberta de que a água é uma substância composta, formada por hidrogênio e oxigênio, uma afirmação que contrariava um dos princípios aristotélicos até então em vigor, que pressupunha que a água era uma substância impossível de se decompor. Ligado à nobreza e ao governo monárquico, Lavoisier foi morto na guilhotina durante a Revolução Francesa.
Charles Darwin (1809-1882)
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Foi durante essa viagem que ele fez as observações que o levariam a desenvolver a revolucionaria teoria da evolução das espécies. Suas conclusões mostravam que a humanidade era somente um passo a mais num processo evolutivo de sobrevivência e de seleção natural. Até hoje a ideia de que o homem descende do macaco é a mais ousada já desenvolvida pela ciência. A revolução que colocava o ser humano no seu devido lugar no universo, iniciada por Copérnico, estava concluída com a publicação de “Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural”, de Charles Darwin.
Louis Pasteur (1822-1895)
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As descobertas de Pasteur o levaram a criar métodos para evitar a ação desses nocivos agentes externos tanto nos alimentos, com a criação do processo de pasteurização, como nos seres humanos, com o desenvolvimento de medidas profiláticas na medicina e a criação das vacinas, como a anti-rábica. A contribuição de Pasteur possibilitou estabelecer uma nova e melhor perspectiva de vida para a humanidade.
Sigmund Freud (1856-1939)
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O resultado foi a criação da psicanálise, ao mesmo tempo campo de estudo e tratamento que mostram que são fatores psicológicos e não orgânicos os causadores de muitos males que acometem a mente humana. O desenvolvimento da psicanálise por Freud possibilitou o tratamento de uma série de desordens mentais, como histerias, neuroses e depressões. Suas descobertas e pensamentos influenciaram boa parte da produção intelectual, das ciências humanas às artes, desde o início do século 20.
Albert Einstein (1879-1955)
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Segundo Einstein, toda velocidade é relativa ao referencial específico que a define. Assim, se há movimento relativo, o tempo e o espaço se tornam relativos e o tempo é tão intrinsecamente ligado ao espaço que se torna uma quarta dimensão dele. Com sua Teoria da Relatividade, Einstein provocou uma revolução na nossa visão sobre o universo. Suas ideias anunciaram o fim da física clássica e o início da era da física quântica e da energia nuclear.
Niels Bohr (1885-1962)
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Quando estudava na Universidade de Copenhague, Bohr compreendeu em um de seus experimentos que as regras da física clássica não se aplicavam aos níveis subatômicos. Segundo ele, para entender o que acontecia dentro de um átomo, era necessário desenvolver uma nova física.
Ao aplicar a teoria quântica do alemão Max Planck, Bohr mostrou que ela era essencial para explicar os fenômenos subatômicos. Suas descobertas levaram ao desenvolvimento da mecânica quântica e à precisa explicação do que acontecia numa fissão nuclear.