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21 de set. de 2011

Os gênios da bola que não ganharam uma Copa do Mundo

Eles figuram em todas as listas dos melhores jogadores de todos os tempos. São ídolos dos clubes em que jogaram. Ganharam quase todos os títulos possíveis para um jogador. Fizeram fama e fortuna; mas, não conseguiram erguer uma Copa do Mundo .
Alguns ainda conseguiram participar de uma final, porém, ficaram com o vice-campeonato e outros apesar de toda a genialidade, não tiveram nem mesmo esse privilégio.
Na nossa época, em que a palavra “craque” é atribuída a qualquer moleque que faça uma ou duas boas jogadas, é bom relembrarmos um pouco desses  verdadeiros gênios do futebol.


Di Stéfano

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Di Stéfano - 3 Copas do mundo por
seleções diferentes


 Alfredo di Stéfano Laulhé é para muitos o nome do maior jogador nascido em terras castelhanas , tendo mesmo quem o considere superior a Pelé ( velha mania argentina). Os cronistas o descrevem como um artista da bola, inteligente, habilidoso e veloz, mas acima de tudo, um artilheiro nato, um obcecado pelo gol. Fez  818 gols em 1115 jogos.
Começou no juvenis do River Plate e aos vinte anos já era titular da chamada “La Máquina”, jogou depois no Milionários de Bogotá e finalmente no Real Madrid, onde viveu seu auge como jogador. Na equipe espanhola, entre dezenas de títulos, foi cinco vezes campeão da Europa.
Defendeu as cores de três países. Por sua terra natal,  jogou pouco: seis partidas em 1947, ainda assim, marcou seis gols e foi campeão sul-americano daquele ano. Pela Colômbia jogou quatro vezes, sem marcar gols. Ambas as seleções não participaram das eliminatórias para as Copas de 1950 e 1954.
Na Fúria espanhola, jogou de 1957 a 1962. Apesar do favoritismo absoluto, a Espanha não conseguiu a classificação para a Copa de 1958, em 1962 chegou lesionado ao Chile, esperando poder jogar na segunda fase, mas a seleção espanhola foi eliminada prematuramente pelo Brasil. Di Stéfano nunca atuou em uma Copa do Mundo.


Puskas






Ferenc Puskas nasceu em Budapeste em 1927. Os historiadores do futebol dizem que ele foi um craque espetacular, líder da mitológica seleção húngara, que encantou o mundo na metade do século passado. Era driblador de extrema habilidade na perna canhota, apelidado de o “Canhota de Ouro”.
Puskas começou sua carreira no Kispest, que foi rebatizado pelo exército húngaro como Honved, onde foi campeão do seu país quatro vezes e artilheiro outras quatro. No Real Madrid foi campeão da Europa em três ocasiões, sendo duas vezes artilheiro do torneio e ganhou cinco títulos da Liga Espanhola.
Na seleção húngara Puskas foi campeão olímpico em 1952 e na Copa de 1954 ficou com o vice-campeonato, quando foram derrotados pela Alemanha, numa das maiores surpresas do futebol mundial. Naturalizado espanhol disputou a Copa de 1962, mas não passou da primeira fase. Puskas faleceu em 2006
“Quando olho para trás, vejo que ao longo de minha vida uma única linha se desenvolveu - apenas o futebol. Foi uma linha simples, direta, sem ambições conflitantes. Desde aquele momento na minha infância quando ouvi o misterioso clamor da multidão no estádio Kispest, a apenas alguns metros de distância da janela da nossa cozinha, acho que já estava predestinado”. Ferenc Puskas


Eusébio






Eusébio da Silva Ferreira, nasceu em Moçambique, na época colônia portuguesa, em 1942. Ficou conhecido no futebol como o “Pantera Negra” e era um goleador espetacular, dono de uma velocidade incrível e um chute fortíssimo.
Foi no Benfica de Lisboa que Eusébio ganhou fama internacional no futebol, levando o clube português ao bicampeonato europeu em 1961-1962 e outras três vezes ao vice-campeonato do torneio. A carreira de Eusébio foi marcada por lesões, tendo sofrido seis operações no joelho esquerdo e uma no direito. Marcou 733 gols em 745 jogos oficiais e foi eleito o terceiro jogador do século, atrás de Pelé e Maradona.
Na seleção portuguesa, conduziu a equipe na histórica campanha de 1966, conseguindo para Portugal o terceiro lugar na competição. Nessa Copa,  Eusébio marcou nove gols, o que lhe garantiu a artilharia do mundial da Inglaterra. Foi a única Copa que o “Pantera Negra” disputou.


Cruijff


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Cruijff (Holanda)

Johan Cruijff é apontado por muitos especialistas, como o único a ombrear com Pelé em talento, como jogador de futebol. Habilidoso, veloz e inteligente, tinha a capacidade de colocar o seu talento a serviço do conjunto, inaugurando o “futebol total”, ou seja, um esquema de jogo onde os atacantes também marcavam e defendiam. Essa maneira de jogar foi levada à perfeição pela seleção holandesa na Copa Da Alemanha em 1974.
No Ajax, Cruijff ganhou o tricampeonato da Copa dos Campeões, sendo duas vezes eleito o melhor jogador europeu. Contratado pelo Barcelona, na negociação mais cara da época, levou o time catalão ao título espanhol, depois de um jejum de 14 anos. No Barcelona foi eleito pela terceira vez, o melhor jogador europeu.
Na Copa de 1974, a Holanda surpreendeu o mundo, com a sua maneira de jogar, que ficou conhecida como o “Carrossel Holandês”. Um  a um os adversários da Laranja Mecânica caíam, entre eles : Uruguai ( 2x0), Argentina (4x0) e nas semi-finais o Brasil, que sucumbiu por 2x0, numa atuação magistral de Cruijff.
Na final daquele mundial a Alemanha, como acontecera em 1954, contrariou as expectativas de todos, vencendo a Holanda e erguendo o caneco.
Cruijff, negou-se a disputar a Copa da Argentina e depois de encerrar a carreira, tornou-se um técnico de destaque.


Platini


Platini  (França)- um dos maiores jogadores do mundo
Michel Platini era um brilhante estrategista na armação do jogo, um meio campista clássico, cerebral, que com um toque deixava os atacantes na cara do gol. Também era um grande cobrador de faltas e um artilheiro nato.
Na França jogou no Nancy e no Saint-Étienne, neste último ganhou seu único título francês. Na Juventus da Itália, ganhou a Copa dos Campeões da Europa, o Mundial de Clubes e três títulos italianos . Atuando pela equipe de Turim, ganhou três vezes a Bola de Ouro, como o melhor jogador europeu.
Pela seleção francesa disputou três Copas do Mundo. Em 1978, na Argentina, o time foi eliminado logo na primeira fase; em 1982, a França ficou em quarto lugar, após a dramática semi-final com a Alemanha e em 1986, “os azuis” conseguiram o terceiro lugar, derrotando Itália e Brasil, mas caindo novamente para a Alemanha nas semi-finais. Platini foi campeão da Eurocopa de 1984.
Após uma carreira sem muito sucesso como técnico, Platini foi eleito presidente da UEFA em 2007.


Zico



Arthur Antunes Coimbra, o Zico, foi o maior jogador da história do Flamengo e para muitos, o sucessor de Pelé, na seleção brasileira. É o maior goleador que o Maracanã já teve com 333 gols em 435 jogos. Zico era dono de um futebol maravilhoso, feito de dribles, lançamentos e arrancadas espetaculares em direção do gol. Foi um dos maiores batedores de falta que o mundo já viu, tanto que na Itália, os jornalistas debatiam sobre como se poderia evitar os gols dele em cobrança de faltas. Zico foi o ídolo de toda uma geração brasileira.
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Zico ao lado de Maradona
No Flamengo, ganhou quatro campeonatos brasileiros, a Taça Libertadores e o Mundial de Clubes, além de sete estaduais. Jogou também pela Udinese na Itália e pelo Kashima Antlers, do Japão.
Zico disputou três Copas do Mundo. Em 1978, sofreu uma lesão e despediu-se da competição contra a Polônia, na segunda fase de grupos, o Brasil ficaria com o terceiro lugar.
Em 1982, na Espanha, formou ao lado de Sócrates e Falcão, um espetacular meio campo da seleção canarinho, que embora sendo a favorita absoluta, caiu perante a Itália ou melhor perante Paolo Rossi, pesadelo da torcida brasileira, só exorcizado na final de 1994.
Em 1986, no México, disputaria sua última Copa. Em virtude de estar se recuperando de uma séria lesão, ficou na reserva, entrando em cinco partidas. No jogo contra a França, perdeu um pênalti e o Brasil foi eliminado pelos franceses.
Zico, é agora técnico.