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23 de set. de 2011

Satélite desgovernado: lixo espacial pode cair no Brasil




 23 set 2011 (hoje)

De acordo com os últimos cálculos de decaimento orbital realizados pelo 
Apolo11, o satélite científico UARS deverá reentrar na atmosfera 
terrestre nesta sexta-feira, entre às 16h00 e 20h00 pelo horário de
 Brasília, com maiores chances de cair no leste das Filipinas às 17h00 
BRT. O Brasil está na rota!


Previsão de reentrada satélite UARS
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Os dados são baseados nos últimos elementos orbitais recebidos na 
manhã desta sexta-feira e levam em conta o fluxo solar informado até 
as 23h00 de quinta-feira.
O mapa acima mostra as diversas órbitas previstas para a passagem
 do satélite nos horários estimados para a reentrada.

No Brasil



Entre 16h13 e 16h22 o satélite estará margeando toda a costa do Brasil 
desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte. Entre às 17h48 e 
17h53 sobrevoará uma linha que vai desde o Mato Grosso até o extremo 
norte do Pará.
É muito importante lembrar que essa é uma estimativa calculada e
 pode sofrer alterações ao longo do dia. De acordo com a agência 
espacial americana, Nasa, dados mais precisos serão informados 
com apenas duas horas de antecedência.
Olho no céu!




22 set 2011


Nas últimas 48 horas, o Apolo11 recebeu nada menos de 200 e-mails
perguntando sobre qual seria o local exato da queda do satélite UARS,
 indagando também por que todos os dias a previsão de reentrada é reavaliada.
Pode parecer estranho, mas prever onde um satélite desgovernado vai
cair não é tão fácil como parece!
Previsão de reentrada satélite UARS
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Até ontem à noite, a agência espacial americana, NASA, não tinha uma estimativa razoável sobre onde seria o ponto de reentrada do satélite, preferindo informar que o artefato retornaria à Terra no dia 23, com 1 dia de tolerância para mais ou para menos. Agora, no boletim número 6 divulgado na manhã desta quinta-feira, a agência finalmente se posicionou, informando que o satélite poderia romper a atmosfera na tarde do dia 23, sexta-feira, excluindo território americano do caminho derradeiro.

Apolo11

Cálculos de decaimento orbital feitos pelo Apolo11 concordam com a estimativa feita pela agência americana e mostram que o ponto de ruptura será às 15h30 pelo horário de Brasília, quando o satélite estiver a 130 km acima do leste da Nova Zelândia, rumo à América do Sul.

Russia


Por outro lado, a Rússia anunciou ontem (quarta-feira) que os fragmentos
do satélite também cairão na próxima sexta-feira, 23, mas às 17h05 pelo
 Horário de Brasília, 1 hora e meia depois do calculado pelo Apolo11.
Se a estimativa estiver correta, os fragmentos começarão a arder na
atmosfera quando o objeto estiver acima de Papua Nova Guiné, 30
 minutos após sobrevoar o território brasileiro na altura do
Rio Grande do Norte.
Essa estimativa russa aponta a reentrada na mesma órbita calculada
 inicialmente pelo Apolo11.

Dificuldades

A dificuldade na previsão do ponto exato da queda ocorre principalmente
na variação do fluxo solar, uma emissão eletromagnética constante emitida
 pelo Sol, que ao ionizar as camadas elevadas da atmosfera alteram
significativamente sua densidade, aumentando ou diminuindo o arrasto
 em grandes altitudes, freando ou acelerando a queda do satélite.
Para se ter uma ideia, nas primeiras horas de hoje (quinta-feira), uma forte
ejeção de massa coronal foi observada na estrela e isso poderá ter impacto significativo nas próximas estimativas da reentrada do artefato.
Quando um satélite sem uso ainda tem reservas de combustível, é possível
aos controladores fazê-lo rumar a um ponto específico da Terra, normalmente
 o oceano, tornado a reentrada uma operação bastante segura. No caso do
 UARS, todo o combustível já está esgotado e o satélite está à mercê das
forças da natureza, que o puxam de volta à Terra.
Diante de inúmeras variáveis, dizer com certeza onde o satélite cairá não
 é uma tarefa fácil. No entanto, devido à inclinação da órbita é possível
afirmar que todas as localidades inseridas entre as latitudes de 57 N e
57S podem vir a ser o palco da reentrada. O que todos os modelos
parecem concordar é que isso
acontecerá de fato na sexta-feira, entre às 12h00 e 23h59 pelo horário de
 Brasília, e
o Brasil está na rota.
Fique ligado.



21 set 2011


Novos dados calculados pelo Apolo11 mostram que o satélite UARS
poderá iniciar a reentrada na atmosfera terrestre às 23h30 de sexta-feira,
dia 23. A simulação mostra que o evento deverá ocorrer acima da
Polinésia Francesa, quando satélite estiver a caminho da costa oeste dos EUA.

Previsão de reentrada do satélite UARS
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Utilizando dados divulgados pelo Comando Estratégico de Operações
Espaciais da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, a Nasa calcula que
 o satélite de seis toneladas entrará na atmosfera entre os dias
 22 e 24 de setembro, mas
não informou a possível localização da reentrada. No entender da agência,
ainda é muito cedo para estimar o local exato, uma vez que novas
 observações da atividade solar ainda estão sendo processadas.
A possibilidade de reentrada da nave acima da Polinésia Francesa,
 calculada pelo Apolo11, leva em conta os últimos elementos orbitais
divulgados às 06h00 dessa quarta-feira, em conjunto a dados do
 fluxo solar informado pela Universidade do Colorado, EUA.
Para a previsão foi utilizado o software SATevo, largamente
empregado por grupos internacionais de monitoramento de satélites.
Se a previsão se confirmar, o rompimento da estrutura ocorrerá
 quando UARS estiver a 134 km de altitude, em ascensão rumo
 à costa oeste dos EUA,
 próximo à fronteira com o México. OS fragmentos deverão ser espalhados
 pelo sul do Pacífico oriental, sobre uma trilha de 1000 km de comprimento.




A simulação apresentada se baseia em números divulgados até a
manhã desta quarta-feira e deverá mudar ao longo dia, à medida
que novos dados de decaimento são divulgados. Além disso,
outros fatores poderão influenciar e alterar o momento previsto,
principalmente as variações do fluxo solar.



 20 set 2011


Novos cálculos de reentrada mostram que o satélite UARS deverá iniciar
 o processo de ruptura dia 23 às 10h07 pelo Horário de Brasília, quando
o artefato estiver acima do oceano Pacífico, ao leste da Patagônia chilena.
 No momento da reentrada, UARS estará a uma altitude de 138 km de altitude.


Se confirmado esses valores, o satélite não deverá se romper sobre
 território brasileiro, mas novos elementos poderão alterar essa
análise.
Reentrando às 10h07, os fragmentos deverão arder sobre o
Atlântico sul e possivelmente sobre parte da Nigéria.


 19 set 2011


Cálculos de decaimento orbital mostram que o satélite científico UARS
deverá iniciar a fase nominal da reentrada no dia 23 de setembro, às
16h00 pelo horário de Brasília. Se a previsão se confirmar, o satélite
de 6 toneladas iniciará a ruptura sobre o leste da Nova Zelândia,
atingindo o território brasileiro 28 minutos depois.
Previsão de reentrada satélite UARS
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Os cálculos foram feitos pelo Apolo11, baseado nos últimos elementos
orbitais disponíveis na manhã de segunda-feira (19/set) e concordam
 com a data
central de início da queda divulgada pelo Comando Estratégico de
Operações Espaciais
da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, que está monitorando a
reentrada do
 satélite.
Mais conservadora e baseada nesses mesmos dados, a agência espacial
 americana, Nasa, divulgou nesta segunda-feira o boletim número 4. Nele,
a agência
confirma a data central para o dia 23 de setembro, mas admite que a
reentrada  poderá adiantar ou atrasar em 1 dia.

A tolerância da agência americana para a data de reentrada é devido à
 necessidade de novas avaliações sobre as condições do fluxo solar,
que pode aumentar ou diminuir a densidade das altas camadas da ionosfera, retardando ou adiantando a queda do satélite.

Se o instante da reentrada calculado pelo Apolo11 se confirmar, o satélite
 iniciará o ponto de ruptura sobre o leste da Nova Zelândia às 16h00 pelo
 horário de
 Brasília e cruzará o sul do Pacífico Oriental durante 19 minutos entre as
 latitudes 30s e
60s, até tocar a borda da Patagônia Chilena, na América do Sul. Em seguida os detritos espaciais cruzarão durante 4 minutos o cone sul em direção à Argentina.
Às 16h23 os fragmentos iniciam sua jornada pelo território brasileiro,
cruzando o país desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte,
onde finaliza a passagem às 16h33.

Antes ou depois


Se a reentrada ocorrer às 16h00 do dia 22, o trajeto dos fragmentos será
o mesmo, mas o satélite reentrará sobre o céu da Mongólia e os detritos
 poderão não
 ser mais vistos sobre o Brasil. O mesmo vale se a reentrada ocorrer
no dia 24, mas
neste caso o satélite iniciará a ruptura sobre o Rio de Janeiro, com possível
queda de fragmentos sobre o oceano Atlântico até o norte da África.




As simulações apresentadas se baseiam em dados divulgados até a manhã de segunda-feira e mostram três cenários possíveis considerando-se a ruptura
nominal às 16h00, de acordo com o programa usado para o cálculo.
No entanto, outros fatores poderão influenciar e alterar esse horário,
 principalmente as
 variações do fluxo solar, que ainda estão sendo avaliadas.
Mesmo com as incertezas desse tipo de cálculo, é possível que restos de lixo
espacial de fato sejam vistos sobre o Brasil nas datas apresentadas, por isso é importante lembrar que caso algum fragmento seja encontrado, o melhor a
 fazer é não tocar no objeto e ligar para a polícia ou Defesa Civil de sua cidade.

Segundo as autoridades espaciais dos EUA, a possibilidade de um desses 
fragmentos atingir alguma pessoa ou propriedade é extremamente baixa 
e nunca houve qualquer relato de vítima desde o começo da era espacial, 
nos anos de 1950. Dados estatísticos mostram que a chance de alguma
 pessoa ser atingida por algum fragmento desse tipo é da ordem de 
1 em 3200.

Fonte - apolo 11