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6 de jun. de 2012

Talentos prodígios inacreditáveis



Crianças prodígio nascem em tudo que é lugar. Mas apenas ambientes preparados podem ajudar a florescer grandes talentos.


O senso comum erra quando imagina que crianças prodígio só se sobressaem na música. A verdade é que o talento não escolhe disciplina. Existem crianças prodígio em música, mas também em dança, em esportes, desenho, pintura, literatura, enfim.
Desde os tempos antigos que as crianças com habilidades especiais são veneradas como verdadeiras manifestações de Deus na Terra. Mas nem sempre a coisa é boa para quem nasce com habilidades extraordinárias para sua idade. Muitas vezes, as crianças prodígio são pressionadas pelos pais, e transformadas em máquinas caça-níqueis pelas pessoas que amam e que deveriam protegê-las.
A questão dos talentos prodígio esbarra em determinar o que é o elemento que faz com que possamos separar uma criança considerada gênio de outra, totalmente dedicada e com grandes habilidades.
Para falar a verdade, é muito difícil separar as crianças em categorias, uma vez que elas são pessoas em processo gradual de formação e por conta disso, são naturalmente rápidos em aprender e evoluir. Na faculdade de Psicologia eu tive uma professora que passou um semestre inteiro falando sobre este assunto e depois de muito bla,bla,bla, o que ela dizia é que um gênio é alguém cujas habilidades transcendem completamente a capacidade humana em um determinado assunto.

O resto, seria simplesmente pessoas, todas efetivamente longe do que é o considerado “normal”, possuidoras de grandes habilidades e aptidões naturais. (minha professora fazia diferenciação entre possuir habilidades e a aptidão natural para determinado assunto)
Resumindo o que ela dizia, eu me arriscaria em concordar que as pessoas com grandes habilidades podem nascer e gradualmente aprender uma disciplina qualquer, como tocar violão, por exemplo. Enquanto a massa das pessoas consideradas normais vai conseguir chegar até um determinado grau no violão, essas pessoas teriam uma incrível capacidade de ir além, mostrando-se verdadeiros mestres no instrumento escolhido. O que não obriga que essas pessoas sejam os melhores em determinado campo do saber.

Já as pessoas com habilidades naturais seriam o que os leigos chama m de possuidores de “dons”. Esses teriam, aparentemente do nada, uma capacidade fenomenal de aprendizado de certa disciplina, evoluindo muito rapidamente. Muitas vezes, isso se manifesta logo na infância e acompanha a pessoa por toda a vida. Em alguns casos, a aptidão natural é tão impressionante que dá a sensação de que a pessoa nasceu sabendo.
Normalmente, a área onde a aptidão natural se manifesta mais claramente, é nas artes. Teoricamente, para que uma pessoa com aptidão natural se desenvolva e consiga atingir um grau de “gênio” seria necessário um intenso estímulo externo e interno.
A minha professora ainda comentava que é possível a existência de um super dotado, que na opinião dela seria uma pessoa dotada de múltiplas aptidões naturais, capazes de fazer coisas impressionantes, como cálculos matemáticos complexos, tocar piano como profissionais e jogar bola feito o Garrincha.

Obviamente que encontrar pessoas assim é bastante difícil, e sob certos aspectos isso poderia ser considerado até uma curiosidade médica, na medida que é um ponto completamente fora da curva. A maioria dos países desenvolvidos estabelecem treinamentos para que os professores possam identificar rapidamente essas pessoas e separá-las da maioria, provendo estímulos e incentivos para que elas desempenhem suas habilidades natas de modo seguro. Daí surgem as escolas para superdotados.
Inicialmente, as escolas de superdotados aparecem como uma forma de segregar para converter jovens potenciais em grandes mentes do futuro, dando aos países “vantagens estratégicas” a longo prazo. Isso explica porque durante a Guerra Fria, tanto os EUA quanto a URSS, disputavam em número de pequenos gênios.
Hoje ainda existem escolas especiais, mas por motivos mais nobres. Enquanto crianças de desenvolvimento normal se adaptam a uma grade escolar estruturada, os jovens prodígio rapidamente dominam o assunto e começam a sofrer em decorrência do tédio e preguiça. O mundo parece-lhes lento e excessivamente simples. É normal que os jovens talentos só sintam-se à vontade com pessoas mais velhas. Por isso que separá-los dos jovens de mesma idade e desenvolvimento intelectual normal pode ser necessário. Caso contrário eles rapidamente perdem o interesse pela escola.

No Brasil, a coisa é ainda pior, já que a maioria das escolas públicas e particulares não oferece nenhum esforço para identificar estas crianças. E não raro, o aluno acima da curva é considerado um problema.
A exemplo do que costumeiramente ocorre no Brasil lembro o caso do jovem Albert Einstein, que foi considerado pelos professores, como portador de deficiência mental.
A estrutura escolar que temos hoje, faz com que as crianças se adaptem à escola, e não o contrário. Infelizmente. Assim seguimos, desperdiçando talentos.
Já na China, o que ocorre é o posto. As crianças são separados ainda bem jovens e submetidas a um regime intensivo de treinamento, superior até ao de adultos profissionais, que não raro acaba produzindo anomalias e alterações físicas nos jovens, como quebra de dedos nos pianistas e deformações nas mãos dos impúberes violinistas.

Entretanto, é inegável a surpresa que nos causa ver uma criança mal saída das fraldas tocando musicas que até adultos suariam a camisa para conseguir. Talvez o mais impressionante de todos os bacuris-prodígio da música tenha sido o próprio Mozart, que com apenas 5 anos já compunha complexos e belos minuetos para cravo e composições para dois pianos.
Pensando nos impressionantes talentos infantis, aqui está uma singela compilação de dez incríveis talentos prodígios musicais, que não necessariamente precisam ser gênios para nos impressionar.

Menina de Seis anos dá show no piano:


Dhanat Plewtianyingthawee – O moleque de 4 anos no violino


O menor guitarrista de blues do mundo, com apenas 8 anos


Com oito anos Ethan toca Love Story, do Francis Lai


A Menina japonesa de 3 anos, que brinca com xilofone


Alexander Andrushchenko de 8 anos toca o concerto para harpa de Handel.


Pra finalizar, uma banda de jazz feita com jovens talentosos prodígios. 


Bônus: Tedi Papavrami aos nove anos(dica do Eduardo Marques)