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21 de ago. de 2012

Sobrevivencialismo


Como fazer uma avaliação de risco
Projeto: Horta suspensa Visto que muitos afirmaram que gostariam de ver mais vídeos voltados à sobrevivência urbana, tive a ideia de fazer um projeto bem simples e que todos podem ter em suas casas, a horta suspensa. Este projeto visa basicamente o treino em agricultura, ou seja, uma prática que irá aprimorar suas técnicas para plantar sua própria comida. Apesar do projeto que vou lhes mostrar ser algo de pequenas proporções, ele vai poder ensinar a todos que o fizerem os princípios básicos no cultivo de plantas, que se referem à: germinação de sementes, cuidados relacionados à água e sol e também as especificidades de cada tipo que você plantar. Segue o vídeo, espero que gostem: 

Exercícios de sobrevivência reais que você pode fazer hoje Conheça seus limites e force-os enquanto se prepara Nós estamos nos preparando para qualquer cenário possível, comprando coisas que nós possivelmente precisaremos, praticando habilidades que nós vamos precisar, falando e discutindo sobre diferentes situações. Nós estamos fazendo tudo para que possamos ficar mais preparados e menos surpresos quando o céu cair, quando os caminhões pararem e quando cada homem (e família) estiver por si. Raramente nós estamos prontos para admitir que nós não podemos imaginar como as coisas vão ser. Eu descobri que esta parte da preparação é muito importante. É difícil discutir sobre coisas que não podemos imaginar, mas é absolutamente importante que preparemos nossas mentes para a enorme quantidade de coisas que não vão acontecer da forma que planejamos. Quando isso acontece, nós forçamos nossos limites. Você poderá fazer coisas que nunca faria, ver coisas que você dificilmente acreditaria. Nós precisamos nos preparar para o fato de que ficaremos confusos pois isso é o que acontece quando você ultrapassa seus limites e acaba em lugares que nunca esteve antes. Nós precisamos esperar por isso. Nós precisamos nos sentir confiantes enquanto estivermos confusos e em novas situações. Meu amigo que passou pela mesma situação de guerra e colapso como eu e experimentou situações terríveis. Nós conversamos e rimos muito, passamos muito tempo juntos, muitos anos. Até hoje ele me surpreende com algumas histórias daquele tempo… Eu acho que muitos anos precisam se passar para que um homem possa falar de seus eventos traumáticos. Ele foi ferido algumas veze e a história sobre uma de suas feridas é muito boa para entendermos como as coisas podem acontecer e quão pouco (ou muito) você pode fazer em algumas situações. Prepare-se para confusão Eles seguravam posições em uma casa em ruínas na periferia da cidade, o local era mais como um vilarejo e ficava quase fora da zona urbana. Ele estava lá com mais doze homens quando o ataque aconteceu. Ele disse que o ataque foi tão grande que eles atiraram apenas algumas balas em resposta e então começaram a correr em meio aos tiros inimigos. No meio de muitos tiros e explosões conseguiram discutir rapidamente um plano e concordaram em correr e recuar para uma posição a cerca de três quilômetros de lá… se as coisas ficassem piores eles concordaram que iriam para uma segunda posição de apoio, que estaria a cerca de um quilômetro e meio da primeira. Eles se separaram em trios e começaram a correr pelo local em ruínas. Eu ri quando ele me disse que depois do primeiro quilômetro ele disse para os outros dois caras “Que se Fo#@a o primeiro lugar, vamos imediatamente para o segundo!”, mas naquele momento não era nem um pouco engraçado. Um deles levou uma bala na cabeça e caiu ali, eles não puderam nem checar para ver se ele estava morto. Depois de algum tempo eles estavam correndo pela floresta e ele perguntou para mim “Você já correu pela floresta, no meio do escuro, enquanto um monte de caras tentam te matar?”… eu não respondi nada. Em uma pequena clareira ele leva um tiro na coxa e cai no chão. O outro cara ajudou ele e continuaram correndo enquanto ele se arrastava pela floresta. Ele então começou a jogar granadas de mão na direção de onde ele achava que os atacantes estivessem. Bom, ele jogou um monte delas e depois de algum tempo, tudo ficou em silêncio. Eles se arrastaram para a posição de apoio, consegue algum auxílio médico no local e então descobre que a maior parte do seu músculo superior da perna havia sumido. Ele disse que não doeu muito, isso sem nem mencionar que ele conseguiu correr durante certo tempo com aquela ferida. A adrenalina e medo de morrer faz isso em humanos. Mais tarde mais quatro caras chegam à aquela posição sendo que dois estavam feridos… ninguém mais veio. Esses dois contaram para eles que ficaram feridos com granadas de mão que alguém estava jogando neles no meio da confusão e do escuro. Disseram que provavelmente outros caras do grupo foram mortos na mesma área da floresta, talvez por essas granadas. Meu amigo e seu colega não disseram nada. Naquele momento ele começou a sentir dor na ferida e diz que ainda dói de vez em quando, mesmo vinte anos depois. Aprender com a experiência de outros também é importante, mas você ainda tem que praticar A grande sacada disso é que se você for treinar para cenários de crise, se coloque em novas situações. Comece correndo à noite, quando está chovendo ou em trajetos escuros e pequenos (que você conheça no começo). Leva tempo para se acostumar com as coisas e ficar mais confiante quando você não vê onde está indo. Sobrevivência é algo sobre vantagens. Se eu me sinto confortável em ruínas escuras ou me movendo rapidamente em uma floresta de noite isso é uma vantagem real. Você pode imaginar como fazer isso, mas tentar fazer é MUITO mais importante. É estranho entrar na escuridão. Coisas simples como correr no escuro podem ser praticadas e fazem uma grande diferença quando as coisas ficarem complicadas. Tente isso: Correr no escuro Comer coisas que você não gosta e tentar apreciá-las Ser capaz de ficar sujo e não ficar estressado com isso Andar por caminhos diferentes, ficar confortável em ambientes desconhecidos Adicione suas idéias nos comentários. Pense dessa forma: hoje você está em um mundo completamente diferente, vivendo cada dia como humanos vivem. Em um colapso você será jogado em um mundo novo, menos civilizado, mais brutal e injusto. Imagine que você é um peixe no aquário… quando o colapso ocorre esse aquário quebra e você escorre pelos canos do banheiro e começa a nadar no esgoto. Lá é sujo e existem outros peixes predadores querendo te pegar. Quando o mundo muda você deverá estar pronto para mudar também e dentro do que eu vi, muitas pessoas não conseguem. Quando você lê isso você pode pensar “O Selco esteve na guerra então ele descreve situações muito brutais que eu nunca experimentarei se tiver sorte”. Verdade, mas em qualquer crise quando as pessoas se sentem ameaçadas elas vão se tornar injustas e toda crise vai trazer novas situações. Então quando você pratica, você poderá estar bem melhor preparado não apenas para violência extrema apocalíptica, mas para tudo que a vida pode jogar em seu caminho. Entender o quão errado as coisas podem sair te ajuda a ter um melhor entendimento do que esperar. Ter menos surpresas e ter ouvido sobre formas bem sucedidas de sobreviver te dá uma grande vantagem. Mas a prática é que leva à perfeição, então enquanto a teoria é muito importante, um leitor que leu muito sobre guerreiros nunca ganhará de outro que tem prática real em combate. Ajustando a sua vida para fazer coisas de formas diferentes do “jeito humano” e colocando-se em situações não familiares é uma pequena mudança que pode lhe deixar mais confiante quando as coisas ficarem complicadas. Comece agora… melhor hoje do que amanhã. Ninguém te garante que amanhã será um dia melhor que hoje.