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17 de mai. de 2011

Cuidado - Plantas tóxicas



SUMÁRIO

1 - Plantas Ornamentais Tóxicas - Remédios e Venenos - da Toxidez a Letabilidade.

2 - RELAÇÃO DE PLANTAS TÓXICAS

3 - PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS

4 - OUTRAS PLANTAS TÓXICAS

1 - Plantas Ornamentais Tóxicas - Remédios e Venenos - da Toxidez a Letabilidade.
Por: Daniel Camara Barcellos

(Extraído do site: http://www.plantastoxicas.hpg.ig.com.br/toxicas_lista.htm)

"O conhecimento da toxidez das plantas se remota aos nossos antepassados. Hoje existem grupos mais ou menos definidos de acordo com sua utilidade (ornamentais, comestíveis, forrageiras, medicinais, tóxicas, etc.).
Os grupos das plantas medicinais e tóxicas ocasionalmente são tomados indistintamente, já que se tem o pressuposto de conterem princípios ativos, que dependendo da dose, podem ser benéficos ou tóxicos para o organismo. Na realidade, isto é correto, só que, o uso inadequado das plantas tem causado e segue causando sérios problemas de intoxicação ou envenenamento; muitas vezes de forma mortal, por se ingerir partes das plantas que são altamente tóxicas mesmo em doses baixas. (SANCHEZ,1998)
Podemos encontrar plantas tóxicas em todo nosso entorno (plantas ornamentais de interior, nos parques e jardins, em forma silvestre ou em cultivares e alimentos cotidianos). De tal forma que o risco de intoxicação é evidente tanto para o homem como para os animais.

Os principais princípios ativos conhecidos como responsáveis pelos efeitos adversos causados pelas plantas são: alcalóides, glicosídeos, resinas, fitotoxinas, minerais, oxalatos, azeites essenciais e compostos foto-sensibilizantes.

A importância do grupo das plantas tóxicas, não está só nos riscos que estas representam, mas também nos benefícios que podem proporcionar, quando se lhe é dado um uso adequado. Sem entrar em detalhes podemos facilmente dar-nos conta, que muitos dos componentes químicos empregados na farmacologia, são elaborados por estas plantas e uma grande quantidade dos vegetais ou suas partes estão representados em infusões, ungüentos e macerados empregados na medicina tradicional.

Grandes têm sido os benefícios da medicina alopática, das substâncias obtidas de algumas plantas (a papoula (Papaver somniferurn), cujo uso tem sido como anestésico e analgésico; a digitalina (Digitalis purpurea) que se emprega em afecções cardio-vasculares, ou como regulador cardíaco;. Os alcalóides da beladona (Atropa belladona) que atuam nos problemas oculares e como antiespasmódicos, sedativos e antihipertensivo; e o azeite extraído das sementes de mamona (Ricinus comunnis) que é amplamente empregado como purgante).

Na medicina homeopática muitas substancias vegetais consideradas como tóxicas estão formando parte dos medicamentos. (Entre elas, as mais usualmente empregadas no processo de preparo de medicamentos são: Arnica montana, Hitirotheca inulsides, Aconitun napellus, Atropa belladona, Digitalis purpurea). São também muito mencionadas na medicina alopática: Datura stramonium, Rux toxicadendron, Calchicum cuatumnale, entre muitas outras.

Até o momento, não existe um trabalho ou pesquisa que caracterize e diferencie precisamente uma planta tóxica de uma medicinal. Existem alguns estudos, de algumas dessas plantas, que determinam quanto do princípio ativo está presente em partes da planta, geralmente determinado como DL50 do princípio ativo (DL50 é a quantidade em gramas ou miligramas de princípio ativo necessários para matar 50% da população de cobaias).
Porém, até hoje, ninguém estabeleceu uma classificação toxicológica levando-se em consideração os níveis de toxidez em função da quantidade de parte tóxica, de forma a caracterizar o limite onde tal planta deixa de ser tóxica para ser medicinal e vice-versa.
A toxicologia das plantas, relacionada a espécie humana é encarada de um modo bastante genérico, assume aspectos variados e importantes, interessando diferentes campos da medicina e da biologia, entre os quais:
Intoxicação aguda, quase sempre por ingestão acidental de uma planta ou de alguma de suas partes que é tóxica, e que é de incidência preponderante no grupo pediátrico.
Intoxicação crônica, conseqüente à ingestão continuada, acidental ou propositada de certas espécies vegetais, responsável por distúrbios clínicos muitas vezes complexos e graves.

Exposição crônica, evidenciada particularmente por manifestações cutâneas em virtude do contato sistemático com vegetais, verificado com maior freqüência em atividades industriais ou agrícolas.
Utilização continuada de certas espécies vegetais, sob a forma de pó para inalação, fumos ou infusões, visando a efeitos alucinógenos ou entorpecentes (SCHVARTSMAN, 1992).

A sintomatologia pode-se classificar em, afecções de pele e mucosas (olhos, boca, nariz), problemas gastrintestinais, respiratórios, cardiovasculares, metabólicos, neurológicos entre outros (SANCHEZ, 1998).

2- RELAÇÃO DE PLANTAS TÓXICAS
(Extraída do site: http://www.bhnet.com.br/~pziviani/plantas.htm)
"Abricoteiro – O tronco, os brotos e as sementes contêm ácido cianídrico; 60 mg bastam para causar a morte.
Acônito – As bagas e a raiz possuem aconitina que, em doses pequenas, provoca angústia e vertigens; 10 g são uma dose mortal.
Amarílis (açucena-formosa) – Bulbo muito tóxico (alcalóides); engolido, provoca vômitos, convulsões, às vezes hepatite.
Anêmona – Caule, folhas e flores venenosas; contém ranunculina, que provoca diarréia e paralisia.

Antúrio – O caule, as folhas e as flores contêm um suco que pode irritar gravemente as mucosas.

Arália – Toda a planta é tóxica; engolida, provoca vômitos, enxaqueca, paralisia; pode afetar gravemente as mucosas.

Aroeira-do-campo – As bagas são muito tóxicas e provocam irritação nas vias respiratórias; o suco das folhas provoca dermatite.

Artemísia (flor-de-diana) – Toda a planta possui alcalóides que, ingeridos, produzem distúrbios nervosos; o pólen, produz fortes efeitos alérgicos.

Arura – As folhas e a cápsula dentro da qual está a flor contêm oxalato de cálcio, que provoca inchação nas mucosas e convulsões.

Beladona – As bagas contêm atropina, muito tóxica, que causa náuseas, delírio, cegueira; a ingestão de dez bagas é mortal.

Briônia (colubrina) – As raízes e bagas contêm brionicina, causa de diarréia e enrijecimento tetânico; vinte bagas são uma dose mortal.

Cicuta – Toda a planta e principalmente os frutos possuem conicina, que é extremamente venenosa; 5 g de folhas produzem a morte em trinta minutos. A cicuta pode ser confundida com o agrião.

Cróton – Suco e grão muito tóxicos; irritam violentamente, provocando tumores superficiais.

Dedaleira (Digitalis purpurea) – A planta a inteira é cardiotóxica (dela é extraída a digitalina); paralisa o coração; três folhas são uma dose mortal.

Diffenbachia (comigo-ninguém-pode) – Toda a planta é perigosa; o suco provoca edema e paralisia na língua; no olho, irrita fortemente a córnea.

Dulcamara (doce-amarga ou uva-de-cão) – Toda a planta possui soladulcina, que provoca diarréia e vômito; dez bagas são uma dose mortal.

Ervilha-de-cheiro – As bagas contêm cianoalanina, que pode provocar paralisia e lesar a medula espinhal.

Eufórbia (coroa-de-cristo) – Todos os tipos são tóxicos; o suco (látex) queima e irrita a pele e as mucosas podendo causar lesões.

Cladíolo (palma-de-santa-rita) – A raiz é tóxica; engolida, provoca vômitos e forte irritação das mucosas.

Hera – As bagas contêm substâncias tóxicas que provocam vômitos e podem afetar as mucosas e as células dos rins e do fígado

Íris – 0 rizoma é tóxico; ingerido, provoca vômitos e diarréia; altera as células do cérebro.

Louro-cereja – As folhas contêm ácido cianídrico e podem ser letais dentro de curto espaço de tempo.

Louro-rosa – Toda a planta é cardiotóxica e, ingerida, provoca parada cardíaca e tetanização.

Lupino (tremoço) – Toda a planta é tóxica, mas nas bagas é que se concentra a substância que provoca o envenenamento conhecido como lupinose, que se manifesta pela paralisia respiratória; em altas doses, pode ser mortal.

Madressilva – As bagas são cardiotóxicas, provocando congestão, entorpecimento e taquicardia.

Poinsétia (folha-de-sangue) – Contém um suco (látex) muito corrosivo; irrita a pele, as mucosas e os olhos; pode provocar graves lesões digestivas.

Prímula – As folhas, o caule e as flores estão cobertos de pêlos que irritam a pele, causando dermatites e, às vezes, eczemas.

Rododendro (azálea) – Toda a planta possui andromedotoxina, que causa salivação abundante, cólicas, vertigens e paralisia respiratória.

Trombeta (saia-branca ou anágua-de-vênus) – O caule, folhas, flores e frutos possuem hioscianina e atropina; provocam náuseas, delírios, alucinações e cegueira, ou estado comatoso. Seus frutos são cápsulas de consistência semelhante à do couro.
5.2 – Providências a tomar quando a criança se intoxica com plantas venenosas.
A criança intoxicada, depois de certo tempo, costuma apresentar distúrbios gastrintestinais como vômito, cólica abdominal e diarréia. Uma vez constatado que a intoxicação foi devida a ingestão de plantas, sem perda de tempo, tomar as seguintes providências:
1) Como primeiro socorro, se possível, fazer a criança vomitar, caso não vomite espontaneamente. Para isso deve-se dar bastante água e depois colocar o dedo em sua garganta. A ingestão de água morna, ligeiramente salgada, também provoca vômito.
2) Evitar a aspiração do material vomitado pelo paciente.

3) Dar água, aos goles e com freqüência, para evitar desidratação quando o vômito e a diarréia persistirem.

4) No caso de intoxicação pela planta comigo-ninguém-pode, para aliviar a irritação gástrica, dar leite. A irritação da boca e da faringe pode ser tratada com antiinflamatórios locais como a Malvona ou similar. O contato dessa planta com os olhos provoca intensa irritação que pode ser tratada lavando bem os olhos com água corrente e aplicando-se compressas de água boricada.

5) A irritação da pele determinada pelo látex de muitas plantas pode ser tratada com pomadas à base de corticosteróides lavando-se previamente a região afetada.

6) A intoxicação por certas plantas, como plantas beladonadas, mandioca brava, pinhão-paraguaio, mamona e jequiriti, exigem cuidados médicos de urgência.

7) A criança deve ser levada ao pronto socorro mais próximo. Sempre junto com a planta responsável pela intoxicação, a fim de que o tratamento possa ser orientado.
Em São Paulo, o Centro de Controle de Intoxicação (CCI). Que funciona no Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, à Av. Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro, 860 (Jabaquara), é o único especializado no tratamento de intoxicação em crianças. Em caso de intoxicação, o CCI está em condições de dar orientação adequada pelo telefone 275-5311."

3 - PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS Por: Daniel Camara Barcellos
(Extraído do site: http://www.plantastoxicas.hpg.ig.com.br/toxicas_lista.htm)

"Muitos dos dados sobre toxidez das plantas foram obtidos após estudo bibliográfico intenso. Mas o grande trunfo deste trabalho está numa proposta "inovadora", em que consiste em propor a substituição das espécies ornamentais tóxicas por espécies não tóxicas, que possuam as mesmas características de uso.
Na primeira coluna você tem o nome científico das principais plantas ornamentais tóxicas, e na ultima coluna você tem a espécie alternativa (não tóxica), ...

Nome Científico Família Nome Vulgar Parte Tóxica Princípio Ativo Espécie alternativa
Codiaeum variegatum Euphorbiaceae Cróton Semente Alcalóide Crotina Cordilyne terminalis
Allamanda blanchetti Apocynaceae Alamanda-roxa Toda Glicosídeo cardiotóxico Barleria repens
Allamanda cathartica Apocynaceae Alamanda-amarela Toda Glicosídeo cardiotóxico Jasminum mesny
Nerium oleander Apocynaceae Espirradeira Toda Oleandrina Leptospermun scoparium
Euphorbia tirucalli Euphorbiaceae Avelós Látex Toxalbumina(4 deoxigenol) Hatiora bambusioides
Jathropa podagrica Euphorbiaceae Batata-do-Inferno Toda Toxalbumina curcina Clerodendrum speciosissimun
Euphorbia cotinifolia Euphorbiaceae Leiteiro-vermelho Látex Toxalbumina(4 deoxigenol) Prunus cerasifera 'nigra'
Diefembachia spp. Araceae Comigo-ninguém-Pode Toda Estricnina e ráfides de CaO Aglaonema comutatum
Euphorbia milii Euphorbiaceae Coroa-de-Cristo Látex Toxalbumina(5 deoxigenol) Ixora coccinea
Buxus sempervirens Buxaceae Buxinho Folhas Buxina Liconia tomentosa
Euphorbia pulcherrima Euphorbiaceae Bico de papagaio Látex Toxalbumina Mussaenda erythrophilla
Caesalpinea pulcherrima Caesalpinaceae Flamboyanzinho Toda Alcalóide Tecoma stans
Plumeria rubra Apocynaceae Jasmim-manga Látex Alcalóide agoniadina Schefflera actinophyla
Euphorbia leucocephala Euphorbiaceae Leiteiro-branco Látex Toxalbumina Ligustrum sinense var.
Brugmansia suaveolens Solanaceae Trombeteira Folhas e sementes Alcalóide daturina Pandorea jasminoides
Thevetia peruvianna Apocynaceae Chápeu de Napoleão Toda Tevetina Grevillea banksii
Monstera deliciosa Araceae Costela de Adão Folhas - Rhaphodophora decursiva
Spathodea campanulata Bignoniaceae Espatódea Flores Alcalóide Erythrina velutina
Erythrina crista-galli Papillionoideae Suinã - Alcalóides Callistemon viminallis
Lantana camara Verbenaceae Cambará Toda Lantadena A Verbena peruvianna

4 - OUTRAS PLANTAS TÓXICAS Por: Daniel Camara Barcellos
(Extraído do site: http://www.plantastoxicas.hpg.ig.com.br/toxicas_lista.htm)
Espécie Família Parte Tóxica Princípio Ativo
Rododendron x simsii Ericaceae Toda Andrometoxina (glicosídeo)
Melia azedarach Meliaceae Toda planta
Viola odorata Violaceae Rizoma e semente Violina, acido tânico e salicílico
Ricinus communis Euphorbiaceae Semente Toxalbumina ricina
Nandina domestica Berberidaceae Fruto Alcalóide nandinina
Ruta graveolens Rutaceae Toda a planta Alcalóide rutina
Sessea brasiliensis Solanaceae Fruto Alcalóide
Tanacetum vulgare Compositae Folha Ácido tanásico e tanacetona
Vinca major Apocynaceae Folha e flor Glicosídeo vinceína
Machaerium scleroxylon Leg. Pappilonoideae Madeira e serragem Oleorresina
Hura creptans Euphorbiaceae Látex Hurcina, hurina e creptina
Isotoma longiflora Campanulaceae Látex Alcalóides
Achillea millefolium Compositae Folhas e Inflorescências
Prunus sphaerocarpa Rosaceae Folha, Fruto e semente Alcalóide agoniadina
Senecio Brasiliensis Compositae Fruto e folha Alcalóides senecina e Senecionina
Spartium junceum   Leg. Faboideae  Semente Alcalóide citisina
Jathropa multifida Euphorbiaceae Semente e látex Curcina, glicosídeos
Datura stramonium Solanaceae Semente e frutos Alcalóide escopalamina 
Datura metel Solanaceae Semente Alcalóide daturina
Asclepia procera Asclepiadaceae Látex Glicosídeo asclepiadina
Digitalis purpurea Folha e flor Digitoxina e digitaleína
Chelidonium majus Papaveraceae Folhas, flores e raízes Quelidonia, queliritrina
Phyllanthus niruri Euphorbiaceae Toda a planta
Stryphnodendron adstringens Leg mimosoideae Vagens Composto cianogênico
Aleurite moluccana Euphorbiaceae Semente (tegumento) Toxalbumina curcina
Astrocarium ayri   Palmae   Acúleo   Oléo essencial cáustico
Aleurite fordii Euphorbiaceae Semente Toxalbumina curcina
Schinus terebinthifolius Anacardiaceae Folha e fruto Toxicodendrol
Abrus precatorius Leguminosoideae Semente Toxalbumina abrina
Atropa beladona Fruto Alcalóide atropina
Thevetia nerifolia Apocynaceae Sementes folhas e flor Tevetina
Crotalaria micans Faboideae Toda a planta Monocrotalina (alcalóide pirolizidínico)
Euphorbia lactea Euphorbiaceae Látex Toxalbumina
Asclepia curassavica Asclepiadaceae Toda a planta  Asclepiadina
Euphorbia fulgens Euphorbiaceae Látex Toxalbumina