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18 de mai. de 2011

Fórmula 1 - 2011



Barrichello, Schumacher
As novidades levadas pela Williams surtiram efeito. O carro evoluiu um segundo na comparação com a China. Por isso, na teoria, a equipe deve entrar na briga pelo Q3 no GP da Espanha.
Em Barcelona, o FW33 terá a nova asa traseira que apresentou problemas em Shanghai, bem como o polêmico escapamento, que deverá sofrer restrições ainda nessa temporada.
Se funcionarem, as duas novidades podem fazer a diferença que faltou na China para colocar a Williams entre os dez melhores na classificação. Na etapa chinesa, Rubens Barrichello ficou de fora do Q3 por apenas 0.024s.
Para a corrida, será fundamental a Williams resolver de uma vez os problemas com o KERS. Foi justamente na Espanha onde eles apareceram durante a pré-temporada e, na Turquia, o sistema de recuperação de energia voltou a atormentar a equipe.
O retrospecto de Barrichello em Barcelona não é dos melhores e o crescimento da Sauber certamente será um empecilho, mas o GP da Espanha se mostrará como um teste de fogo para saber onde a Williams poderá chegar em 2011. Passar para o Q3 depois de um começo de ano desastroso, seria um presente e tanto para o pessoal do Grove.

Resumo da temporada

Classificação: 10° lugar, nenhum ponto
Barrichello: 16° lugar, nenhum ponto
Maldonado: 22° lugar, nenhum ponto

Evolução – Resultados

Gráfico Williams

Evolução – Ritmo

Gráfico Williams

Retrospecto

Corridas: 20
Melhor grid: 1°, 4 vezes (1992, 1993, 1996 e 1997)
Melhor resultado: 1°, 5 vezes (1991, 1992, 1993, 1994 e 1997)
Abandonos: 10

Barrichello na Espanha

1993, Jordan – 12°, 17° no grid
1994, Jordan – abandono, 5° no grid
1995, Jordan – 7°, 8° no grid
1996, Jordan – abandono, 7° no grid
1997, Stebro – abandono, 17° no grid
1998, Stebro – 5°, 9° no grid
1999, Stebro – desclassificado, 7° no grid
2000, Ferrari – 3°, 3° no grid
2001, Ferrari – abandono, 4° no grid
2002, Ferrari – abandono, 2° no grid
2003, Ferrari – 3°, 2° no grid
2004, Ferrari – 2°, 5° no grid
2005, Ferrari – 9°, 16° no grid
2006, Honda – 7°, 5° no grid
2007, Honda – 10°, 12° no grid
2008, Honda – abandono, 11° no grid
2009, Brawn GP – 2°, 3° no grid
2010, Williams – 9°, 11° no grid

Maldonado na Espanha

Maldonado é estreante na F1. Pela GP2, o venezuelano disputou oito provas em Barcelona:
2007, Trident – abandono, 20° no grid
2007, Trident – 17°, 18° no grid
2008, Piquet – 12°, 1° no grid
2008, Piquet – abandono, 12° no grid
2009, ART – 5°, 10° no grid
2009, ART – 6°, 4° no grid
2010, Rapax – 6°, 9° no grid
2010, Rapax – 3°, 3° no grid
  • Estatísticas dos pilotos em Barcvedlona
Guia rápido:


Escapamento RB7

O insider britânico James Allen trouxe pela primeira vez os detalhes sobre os bastidores da decisão da FIA de restringir o uso do difusor soprado nos carros de Fórmula 1.
Segundo Allen, tudo começou na semana quando o diretor de provas da FIA, Charlie Whiting, enviou ofício às equipes informando a intenção de restringir em 90% os efeitos do gases liberados pelo escapamento enviados ao difusor.
A intenção da FIA ao propor tal mudança tem lógica: visa minimizar os efeitos de um sistema inútil na política de Jean Todt de tornar a F1 mais útil para os carros de rua e, consequentemente, para a sociedade. Além disso, começaria a adaptação ao novo modelo a ser adotado em 2013, pois os motores turbo não seriam facilmente adaptáveis a esse conceito desenvolvido pela Red Bull, porque liberariam muita energia dos gases do escapamento.
O problema aqui é a falta de diálogo na hora de implementar tais mudanças. James Allen coloca que a intenção da FIA era promover a adaptação das equipes, porque a restrição deve estar presente no regulamento do próximo ano, que precisa ser definido até o dia 30 de junho.
Porém, não fazia sentido ter efeito imediato se haverá a reunião do Grupo Técnico da FIA antes disso, após o GP da Canadá – também em junho.
Por mais benéfica que seja a mudança e mesmo a intenção da FIA, é uma medida para ser discutida com as equipes. E assim será agora. A pressa da federação acabou criando confusão e polêmica que poderiam ter sido dispensáveis se o comunicado de Charlie Whiting na quinta-feira passada tivesse colocado o assunto em pauta, mas apenas na próximo reunião do conselho técnico.


Alguersuari, Toro Rosso

Com o primeiro pacote de atualizações previsto apenas para a próxima corrida, em Mônaco, a Toro Rosso parte para Barcelona focada na estratégia que deu certo semana passada: poupar pneus na classificação para conseguir um bom ritmo de corrida.
O plano funcionou perfeitamente na Turquia, quando Sébastien Buemi e Jaime Alguersuari largaram em modestos 16° e 17° lugares no grid. Porém, no ritmo de corrida, houve evolução de meio segundo na comparação com a China graças à economia de pneus. Situação confortável para colocar Buemi na zona de pontuação.
Nesse fim de semana, o plano pode ser um pouco mais complicado. Outras equipes trarão mais atualizações para seus carros e a estratégia pode não funcionar tão bem quanto duas semanas atrás.
Outro problema para os rossos é o péssimo histórico do carro no circuito de Barcelona. Até hoje, a equipe completou a corrida apenas duas vezes: com Alguersuari, no ano passado, e com Vitantonio Liuzzi, em 2006. Sendo que, nessa ocasião, o piloto ainda teve problemas hidráulicos nas últimas voltas.

Resumo da temporada

Classificação: 7° lugar, 6 pontos
Buemi: 12° lugar, 6 pontos
Alguersuari: 15° lugar, nenhum ponto

Evolução – Resultados

Gráfico Toro Rosso

Evolução – Ritmo

Gráfico Toro Rosso

Retrospecto

Corridas: 5
Melhor grid: 14°, 2010 – Sébastien Buemi
Melhor resultado: 10°, 2010 – Jaime Alguersuari
Abandonos: 8

Buemi na Espanha

2009, Toro Rosso – abandono, 15° no grid
2010, Toro Rosso – abandono, 14° no grid

Alguersuari na Espanha

2010, Toro Rosso – 10°, 15° no grid
Guia rápido:

Silverstone Wing

Depois de ter renovado o contrato para sediar o GP da Inglaterra de F1 por mais 17 anos, Silverstone atendeu aos pedidos de Bernie Ecclestone e apresentou reforma em suas estruturas.
O circuito teve o paddock e a área dos boxes totalmente reformuladas com um investimento de £27 milhões (cerca de R$70 milhões), segundo informa a BBC.

A Pirelli confirmou que levará um novo tipo de pneus duros, mais resistentes, para o GP da Espanha no próximo fim de semana. Os compostos já vinham sendo testados pelas equipes durante os treinos livres de sexta-feira.


Segundo o repórter Fred Sabino, do Lance!, o novo circuito a ser construído no Rio de Janeiro terá a estrutura máxima solicitada pela FIA, o que tornará possível abrigar corridas de F1 no futuro. O autódromo terá investimento de R$150 milhões e poderá fazer concorrência a Interlagos, que frequentemente é alvo de reclamações por parte das equipes e de Bernie Ecclestone.

Comentário do dia

Vitor Viegas comenta a disputa entre Virgin e Hispania:
Não chega a ser grande surpresa se pensarmos nos investimentos feitos pelas duas equipes. Do lado da Hispania, câmbio da Williams, contratação de um piloto experiente – corrigindo o erro da temporada anterior – e um engenheiro de renome: Geoff Willis (na verdade, estava lá desde a temporada passada, mas não podia mexer no carro). Já a Virgin, continuou com o arriscado desenho do carro sem túnel de vento, manteve o Glock – a essa altura, desmotivado por pilotar outra carroça por mais uma temporada – continua correndo com os problemáticos x-trac.
Enfim, uma fez uma correção de rota; a outra, pouco investiu em mudanças.


Adrian Sutil

Tudo o que a Force India não precisava para atrapalhar o desenvolvimento do VJM04 era uma confusão fora das pistas. Pois ela aconteceu com a agressão de Adrian Sutil a Eric Lux, que pode render até mesmo prisão ao piloto alemão.
Nessa terça-feira, a equipe emitiu comunicado onde afirma estar “monitorando” a situação. Também confirma a permanência do piloto no time, pelo menos até a corrida do próximo fim de semana. É fato que a situação dele não é mais tão tranquila assim e Nico Hülkenberg poderia herdar a vaga do compatriota, dependendo do desenrolar do caso.
Dentro das pistas, a equipe seguirá com o cronograma de desenvolvimento iniciado na Turquia. O VJM04 terá a asa dianteira testada em Istambul, que deve render alguns décimos de segundo para o carro.
Deve ser suficiente para manter a média de desenvolvimento da equipe, que tem evoluído quase dois décimos por corrida na classificação. Mas pode ser pouco para uma etapa onde a maioria dos times trará evoluções significativas, como fará a Sauber, por exemplo.
Pelo jeito, a primeira corrida na Europa será o bastante para uma dor de cabeça de 1001 noites para os comandados de Vijay Mallya.

Resumo da temporada

Classificação: 8° lugar, 4 pontos
Sutil: 13° lugar, 2 pontos
Di Resta: 14° lugar, 2 pontos

Evolução – Resultados

Gráfico Force India

Evolução – Ritmo

Force India Gráfico

Retrospecto

Corridas: 3
Melhor grid: 11°, 2010 – Adrian Sutil
Melhor resultado: 7°, 2010 – Adrian Sutil
Abandonos: 2

Sutil na Espanha

2007, Spyker – 13°, 20° no grid
2008, Force India – abandono, 20° no grid
2009, Force India – abandono, 19° no grid
2010, Force India – 7°, 11° no grid

Di Resta na Espanha

Di Resta é estreante na F1. No ano passado, ele participou do primeiro treino livre para o GP da Espanha e foi 0.254s mais rápido do que o companheiro de equipe, Vitantonio Liuzzi.
Guia rápido:

Perez, Sauber

Três meses depois dos testes de inverno na mesma Barcelona, a Sauber busca mostrar exatamente o que mostrou em fevereiro: bom trato nos pneus e um carro rápido o suficiente para ir ao Q3.
No próximo fim de semana, o carro terá seu principal pacote de atualizações desde o início da temporada. Segundo James Key, serão levadas uma nova asa dianteira, mudanças no assoalho, atualizações para os dutos de freio e também deveria acontecer um novo teste com o escapamento ao estilo da Red Bull, algo que talvez seja atrapalhado pela decisão da FIA de limitar o sistema.
O principal ponto para a Sauber será mostrar a mesma durabilidade com os pneus demonstrada na pré-temporada e também nas primeiras corridas de 2011. “É um circuito muito duro com os pneus”, conta James Key. “Vai ser o caso de observar a degradação e durabilidade na sexta-feira e tentar chegar a alguma conclusão.”
Para atrapalhar a vida da turma de Peter Sauber, a Pirelli decidiu estrear um novo composto de pneus duros no próximo fim de semana. Ele é mais resistente do que o anterior e talvez a Sauber perca um pouco de vantagem onde mais se diferenciou de suas principais rivais no pelotão intermediário.
Mesmo assim, o bom desempenho na corrida não parece ser problema para a equipe. Na Turquia, por exemplo, Kamui Kobayashi pontuou mesmo largando da última posição. Em Barcelona, mais do que nunca, a Sauber precisará mostrar que pode evoluir na classificação. Será a partir desse ponto que os objetivos reais da equipe no campeonato poderão ser traçados.

Resumo da temporada

Classificação: 6° lugar, 8 pontos
Kobayashi: 10° lugar, 8 pontos
Pérez: 18° lugar, nenhum ponto

Evolução – Resultados

Gráfico Sauber

Evolução – Ritmo

Gráfico Sauber

Retrospecto

Corridas: 14
Melhor grid: 5°, 1999 – Jean Alesi
Melhor resultado: 4°, 2 vezes (1996 e 2002)
Abandonos: 11

Kobayashi na Espanha

2010, Sauber – 12°, 10° no grid

Pérez na Espanha

Pérez é estreante na F1. Pela GP2, ele disputou quatro corridas em Barcelona:
2009, Arden – 14°, 11° no grid
2009, Arden – 17°, 14° no grid
2010, Addax – 4°, 2° no grid
2010, Addax – não largou, 5° no grid
Guia rápido:

Escapamento RB7


Atualização: Depois de uma reunião com as equipes, a FIA decidiu voltar atrás e permitir o “difusor soprado” em sua totalidade no próximo fim de semana. Segundo a Autosport, porém, o assunto deverá ser pauta da próxima reunião do Grupo Técnico da FIA.
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O atento Leandro Magno nos trouxe um link hoje pela manhã revelando um rumor de que a FIA restringiria o uso do difusor “soprado”, que utiliza os gases do escapamento para ganhos aerodinâmicos. Pois a história foi confirmada pela FIA.
Ainda na semana passada, a federação notificou as equipes sobre a decisão. Todos os carros que utilizam esse sistema poderão ter ganho de aceleração de, no máximo, 10% sobre os pontos de frenagem. Em algumas equipes, como a Red Bull, por exemplo, esse ganho podia chegar a 100%.
A McLaren chegou a dizer que essa era a principal vantagem do RB7 na classificação. Tanto que copiou o sistema de escapamento e se aproximou da rival.
O argumento da FIA para limitar o sistema é que os carros, mesmo quando o acelerador não era usado, ganhavam pressão aerodinâmica. Isso teria ido contra o artigo 3.15 do regulamento técnico, que proíbe dispositivos móveis.
Claro que a proibição afetará outras equipes também, incluindo a própria McLaren e também a Ferrari, que adotaram solução parecida a do RB7. Porém, fica a dúvida sobre qual carro sofrerá mais o impacto dessa mudança. A tendência é que seja a Red Bull, afinal é quem mais trabalhou o conceito até agora.