Blog

Blog

19 de jan. de 2012

Os sete degraus da alimentação


OS SETE DEGRAUS DA ALIMENTAÇÃO


Pelo Prof. Mário Sanchez
A mensagem de H’sui Ramacheng


Quem leu “A Mensagem Eterna dos Mestres” de H’sui Ramacheng e ficou sabendo que temos sete degraus a percorrer no caminho da auto- realização e já sabe que esses degraus correspondem ao bom uso dos nossos sete centros nervosos, que correspondem aos sete chakras dos yogues, ás sete notas musicais, ás sete cores do espectro, aos sete planetas esotéricos, aos sete raios, ás sete rondas, ás sete cadeias evolutivas, ás raças humanas, ás sete sub-raças de cada raça, etc., quem já percebeu tudo isso, pergunta-me se não haveria também sete tipos de alimentação que lhes correspondessem.
Estudamos o caso e tivemos o trabalho de tentar o uso dos sistemas, pelo menos um dia de cada um em seqüência (e até quatro dias isoladamente). Os efeitos, embora Ramacheng os explique muito bem, cada um deve experimentá-los por si mesmo, se quer comprová-los e entendê-los. Autoridade alguma pode explicar-te, meu irmão, o gosto da manga, o sabor da saúde, o odor das rosas, o som da flauta, a luz do sol, o êxtase espiritual, o poder do perdão, ou os efeitos do regime alimentar.
Pedimos ao próprio Ramacheng que fale através de nossa pena e procuramos obedecer a sua inspiração. Leve-se, pois, a ele o crédito pelos acertos e aos meus bloqueios e erros o perdão pelos enganos na transcrição do sistema de sete degraus do aperfeiçoamento pela alimentação.

1º Regime – Lacto-ovo-vegetariano

O primeiro degrau do auto-aperfeiçoamento, diz H. Ramacheng, é o da vigilância. O primeiro centro ou chakra, segundo os entendidos, rege o discernimento. Para que se comprove que usamos corretamente o discernimento, devemos atingir o equilíbrio espiritual de “não julgar, não condenar, não aprovar”, com perfeita naturalidade.
Há um regime alimentar que lhe corresponde. Se tal equilíbrio chegou, chegou também o mandamento “Não matarás” e se este foi obedecido, pelo menos em parte seremos lacto-ovo-vegetarianos. Alguns acrescentam a este sistema o peixe.
Este regime se caracteriza pela eliminação de nossa dieta de todas as carnes, fumo, tóxicos, açúcar branco, conservas, vinagre, produtos químicos e fermentados, medicamentos, corantes, conservativos, temperos fortes, bebidas artificiais, alimentos artificiais ou sintéticos, e coisas semelhantes.
Tem como seus alimentos apenas os ovos, o leite e derivados do leite, peixes (em algumas casos), cereais em geral, verduras, legumes, frutas, mel, todos os produtos citados o mais natural possível; tal pessoa gosta da natureza, busca a luz e o ar puro, água natural, pratica exercícios físicos e alguma forma de meditação, concentração, oração ou pensamento positivo e pratica alguma obra social.
É um regime perfeitamente recomendável como começo de uma grande escalada e admite muitas variantes e sub-degraus, agindo sobre o indivíduo no sentido de torná-lo um ser equilibrado, saudável, bom cidadão, aproveitador de suas capacidades, sem ser agressivo e irracional como os carnívoros. Porém, como é um regime que admite muitos produtos de difícil digestão e mesmo excitantes e intoxicantes, o próprio fato do indivíduo abrir o seu discernimento, se ele o usar ( pois “abrir” não significa “usar” nem que a pessoa o esteja corretamente), se ele o usar irá aos poucos percebendo que pode selecionar melhor os alimentos e ter mais resultados benéficos ainda, mais saúde e vida mais plena graças à dieta.


2º Regime – Vegetariano Integral

Quem aplicou o discernimento sobre a alimentação, procura a segunda etapa alimentar. Quem conseguiu ser vigilante, vai ter intenção de prosseguir.
Ao perceber que ovos, leite, peixes, cereais polidos e muito industrializados são tóxicos que o corpo procura eliminar, e que lhe causam ainda uma séria de entupimentos (a que chamamos de doenças), o homem inteligente corta tais alimentos de sua dieta a atinge o segundo degrau, percebe a abertura do seu segundo centro nervoso e usa suas forças evolutivas, que correspondem ao que as religiões chamam de fé mas, que não passa de autodomínio ou força de vontade.
A música passa a ser sentida mais bela, as cores mais distintas, os estudos mais fáceis, a convivência humana mais feliz.
Deixaremos neste degrau de comer ovos, leite, derivados de leite, cereais secos e polidos ou parafinados, refinados ou desnaturados, deixaremos de usar peixes, abandonamos as farinhas, os doces e refrigerantes artificiais.
Passamos a usar somente: coalhadas naturais, melado, cereais integrais (estes em volumes cada vez menores) e grande quantidade de verduras, legumes, frutas de toda espécie, mel e levedura de cerveja. Quem está neste estágio, adora ar livre, toma sol e faz exercícios, usa como bebida somente água pura, sabe que meditar é praticar harmonia com todos os seres da natureza e humanos e tem raciocínio rápido e fácil, não se cansa e enfim, está livre do “stress”, do infarte, do derrame, da hipertensão. Percebe que a comida é vício, hábito que ele pode dominar, condicionar e substituir quando quer. Ou seja dominou integralmente a força de vontade, ou segundo degrau do auto-aperfeiçoamento - a Intenção.
Se usar bem os poderes da vontade para o desenvolvimento, que corresponde ao segundo degrau, tem o caminho aberto para o terceiro, pois a cada vez mais perdeu o complexo de inferioridade que o tornava agressivo e ofendedor de seus irmãos. Pela Superioridade que adquiriu, começa a ter um sentimento de real amor a seus semelhantes, pois, ainda quando estes não o compreendem, ele os entende.

3º Regime – Horti-frugívoro

Depressa o ser humano se deu conta, ao passar para este degrau, de que os produtos de origem animal e os que sofrem muita fervura só lhe dão trabalho duplo como alimentos - digerí-los depois de tê-los colhido, preparado, ingerido, e, a seguir o corpo vai eliminá-los... por isso deixa naturalmente sem esforço (e para não fazer inútil esforço...) deixa os últimos residuos animais (coalhadas), o melado cozido (usará só o que foi feito pelas abelhas), bem como abominará os cereais, mesmo integrais, mantendo apenas os verdes, como a ervilha e a soja verdes.
Assim, o alimento de quem percorre o terceiro degrau será somente composto por legumes e verduras frescos, ainda alguns cozidos, mel, frutos, frescas ou secas, ar, água, água, luz, exercícios físicos, meditação ou oração.
Uma das características do degrau de auto-aperfeiçoamento respectivo, segundo Ramacheng, é o desapego e a outra é o amor ao próximo.
Este regime era o de Daniel, conforme o primeiro capítulo do livro respectivo do antigo Testamento. Por aí se pode perceber bem que as duas coisas andam juntos – o auto-aperfeiçoamento da Mente e do Corpo (os alimentos). E compreenderemos quanto os antigos já sabiam a respeito de alimentos e como nossa “civilização” é a civilização da decadência!
Quem passa por este degrau percebe a seguir que está “matando” ainda, pois ainda usa sementes e talos de plantas vivas para viver. Após algum tempo que varia conforme o grau de consciência da pessoa, fará uma análise deste tipo e começará a entender o quarto degrau, o degrau do auto-conhecimento.
Vê-se que esse regime é quase impossível sem estar em contato com a natureza – o regime é Hortifrugívoro, ou seja, dispensa grandes áreas de plantação como são as de cereais, e colhe sempre produtos de curta conservação. Atende assim aos requisitos de “naturalidade”, proximidade da fonte” e “ordem do universo”.


4º Regime – Fruti-herbívoro


Depois de estar usando as faculdades de desapego que lhe vieram pela plenitude do Plexo Solar ou terceiro chakra (onde possui um verdadeiro sol de energia interna), virá a poder ativar os poderes do quarto centro, o plexo cardíaco ou do Conhecimento. Não é sem razão que o dito popular referente a conhecer é “conhecer de cor” ou “de coração”, pois este é o centro que abre o conhecimento de si próprio como mandava Sócrates: “conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo”.
Este segredo dos conhecimentos ocultos se refere às conquistas do quarto degrau da auto-realização, ou seja, quarto planeta, Quarta ronda, e Quarta cadeia planetária, fase em que se encontra hoje a humanidade em sua evolução cósmica. Para este degrau, plena vivência dos poderes do quarto centro nervoso, a alimentação elimina aos poucos as sementes e frutas em que o fruto é a semente, elimina por igual os legumes cozidos e os que precisamos consumir suas sementes, como a soja, vagens, ervilha, talos de verduras, etc.
Gandhi, pouco antes de morrer, recusava usar sementes para não matar a vida de que elas eram portadoras. Sua consciência já havia superado este degrau e isto se refletia no conceito alimentar. O contrário também pode ser verdadeiro, embora não seja obrigatoriamente certo evoluir espiritualmente com alimentação perfeita – esta alimentação é apenas condição favorável à evolução, mas, não é a evolução.
Que comerá, então o ser humano evoluído até o quarto degrau alimentar?
Somente frutas sucosas e secas, folhas, algumas raízes, mel, ar, água, luz, praticar exercícios e meditação, eis o alimento do quarto regime.
Assim vivia Moisés no Sinai e isto era condição para poder “falar com Deus”.
Os atuais dietistas consideram este regime um sistema moderado de jejum. Na realidade, quem leia “O Jejum Racional” de Arnold Ehret verá que é isso mesmo: trata-se de uma regime curativo por dieta amucosa, um jejum líquido, uma alimentação perfeita e ideal para o ser humano em sua estrutura biológica. Adiante resumimos o essencial sobre jejum.
O equilíbrio e os poderes que cabem ao ser humano nesta fase serão todos desenvolvidos se a evolução da consciência tiver chegado a este ponto. A alimentação descrita é tão simples que dispensa fogão, dispensa eletricidade, permite longos jejuns, dispensa até ferramentas e máquinas agrícolas, dispensa armazenamentos e artifícios de qualquer espécie.

5º Regime – Frugívoro


O quinto degrau de auto-aperfeiçoamento de Ramacheng é o dos poderes ou da Intuição Se o homem evoluído do quarto degrau percebe que está subindo de consciência, entretanto, ainda vai um bom passo para alcançar outro degrau, a plena utilização dos poderes mentais, o quinto chakra, o Plexo Laríngeo, o dos poderes. Quem tiver dúvidas quanto ao significado dos poderes, deve lembrar-se do poder da palavra, dos mantrans, dos gritos de guerra, dos gritos de luta (judô, caratê, ai-ki-do, etc.) e verá que nesse centro se localizam as bases dos poderes mentais. Quem tenha lido meu resumo “Einstein e o Campo Unificado”, compreende que cada centro é apenas a sede de um enrolamento de energia mental que permeia nosso corpo como se fossem tremendos órgãos ou centrais de energia mental.
É claro que só temos mente completa com um corpo limpo de toxinas e alimentado corretamente. Limpo de tudo, deve estar. Inclusive deve estar limpo de excitantes. Assim, a alimentação concentrada, as raízes, os legumes verdes e algumas frutas secas, devem ser tiradas do cardápio de quem quiser gozar destes poderes pois são ainda materiais excitantes e o corpo não tem condições de vibrar corretamente se usarmos super- alimentos.
O que vai restar como nosso alimento a estas alturas ainda se compõe de algum mel, frutas suculentas, secas e de sementes, ar, água, luz, exercícios físicos não violentos e alguma forma de meditação ou harmonização cósmica.
Para um homem nestes condições será fácil curar um doente pela imposição das mãos, e até pelo pensamento. Pode ler o que os outros pensam. Pode prever o futuro. Pode desdobrar-se através do espaço e ver o que ocorre à longa distância e em outras dimensões.
Se os poderes adquiridos forem usados só para o bem, aos poucos perceberá que é preciso renunciar ao seu uso e que ainda estamos ativando o intestino e o sangue com excesso de fibras, sais, e super-alimento (mel) e isto impede completa harmonia universal, completa tranquilidade para galgar mais um degrau na escalada rumo às estrelas.

6º Regime – Suco-jejum

Se o nosso corpo conseguiu viver com todo gênero de maus alimentos no passado e até aqui, isto devido ao uso de grande parte da energia adquiridas, para digerir os alimentos e para eliminar do corpo os materiais nocivos que eles produziam. À medida que avançamos, fomos diminuindo as toxinas e o trabalho digestivo, até o ponto de perguntar: se isto é verdade, por quê não passamos a usar só o que não dá trabalho para digerir, usa o mínimo de energia para ser ingerido e não deixa quase resíduos, permitindo ao corpo o máximo de energia?
E isto se obtém usando só frutas suculentas, ar, água, luz, exercícios físicos moderados e meditação.
É a dieta sonhada, a do paraíso, o alimento final dos que desenvolvem a espiritualidade, o desprendimento, a libertação. Parece que nosso aparelho digestivo vai exigir de tempos em tempos um retorno aos regimes anteriores.
Um ser humano neste degrau deve ver o mundo diferente: as cores e odores das flores, o vôo da abelha, a escala multifária do gorgeio dos pássaros, o ribombar dos trovões, o farfalhar das folhas, o marulhar das águas, a carícia da brisa e os beijos do sol, enfim, toda a Natureza, são muito diferentes.
E o corpo do vidente que chegou a esse degrau, retira da pureza dos sucos de frutas e de elementos puros do ar, da água e da luz, tudo que é necessário e útil a sua vida.
Isto só lhe será possível longe de tudo que se chama poluição e tecnologia, irritação mental, escravidão e intoxicação da “civilização” de nosso século.
Sonho? Loucura? Febre de cérebros com neurose? Talvez... mas, não julgueis!
Quem julga, julga a si próprio.
Eu não provei o sistema ainda.
Só quem o faça poderá dizer como é.

7º Regime – Hidro-jejum

Quem deixar de comer, morre!
Assim dizem os dietistas.
Os jejuadores desafiam a ciência médica, curando-se de todos os males só com a abstenção de alimentos.
Os místicos alcançam o mais alto degrau com jejum total.
O sétimo degrau da alimentação é composto somente de ar, água, luz, exercícios e meditação.
O pouco que sabemos deste sistema é que Moisés jejuou 40 dias no Sinai, Jesus também, Daniel Jejuava, Gandhi sempre jejuou quando quis Ter resultados espirituais e os yogues exaltam o valor dos jejuns. Ao final de nossos capitulos transcrevemos um depoimento de uma jejuadora que experimentou este sistema e temos em “Auto-biografia de um Yogue Contemporâneo” de P. Yogananda, a notícia de outra indiana que viveu muitos anos deste regime.
A ciência nos garante que temos no sangue alimento para noventa dias sem comer. Experiências diversas nos explicam que nosso corpo pode transmutar elementos e produzir por si só, com alimentos simples, aquilo de que precisa. Teoricamente podemos levá-lo, por sucessivas dietas de transição, a reativar seus mecanismos transmutadores a ponto de poder, extrair do ar os gases, da água alguns sais e com a energia luminosa (Prana) e energia mental, completar os materiais necessários à vida. É evidente que se chegamos por alguns anos só a sucos de frutas, não vai ser impossível passar ao último regime, nem que seja por períodos de até trinta dias. Tudo vai depender de nossa limpeza orgânica e da reativação dos mecanismos transmutadores.
A voltagem espiritual alcançada por esta prática será tal que nós mesmos seremos uma outra pessoa muito diferente do que somos hoje. Ocorrerá o que Ramacheng chama de transmutação (Jasmussen vive de Luz à 10 anos).
Se já houve no passado quem usou isto e se há depoimentos recentes, nada impede que se busque o que há de verdadeiro neste regime.



Baphomet de Mendez: Figura sintética, panteística, que na ciência da Alquimia representa ao mesmo tempo o caráter sagrado da mesma e o Mistério que a envolve, exigindo o silêncio do praticante. É como se fora um guardião do Umbral, impedindo a entrada de curiosos e profanos. Mostra como a Ciência Hermética pode ser tão sublime para o Alquimista Adepto e ao mesmo tempo horripilante para os despreparados. A Alquimia pode ser VIDA para o Adepto e pode ser MORTE certa para o profano.