Todo mundo que não fugiu da escola aprendeu a amar e admirar
estas pessoas, pela genialidade, pela inteligência, pela grande
capacidade de inventar.Só que está tudo errado.
Eles foram gênios, foram inteligentes, mas a invenção pela qual eles são conhecidos não é deles.
E não foram recebidas de presente, também.
Confira:
Galileu Galilei foi um astrônomo, físico e médico italiano. Pergunte a
qualquer um na escola qual a maior contribuição de Galileu à ciência e a
resposta que você vai ouvir provavelmente vai ser “o telescópio”. Bom,
está na hora de abrir os olhos, e abanar as orelhas, por que Galileu não
inventou o telescópio.
Todo mundo espiando as estrelas, mas quem estava fazendo mais força
para ver? O holandês Hans Lippershey. Em 1608, Hans completou o primeiro
telescópio e tentou patenteá-lo, mas a patente foi recusada, sem nenhum
motivo aparente.
Alguns países adiante, quando Galileu ouviu sobre o trabalho de Lippershey, ele rapidamente criou seu próprio telescópio, em 1609. E um que só conseguia ver um pouquinho a mais que o de Lippershey.
Enquanto Galileu nunca patenteou seu telescópio, o fato é que sempre que se fala em telescópio, é em Galileu que as pessoas pensam, enquanto Lippershey está praticamente ausente dos livros da escola.
E só para mostrar o quanto cada cientista é premiado, quatro luas em torno de Júpiter são chamadas de Galileanas, em homenagem ao dito cujo, e o que é que leva o nome de Lippershey? Uma cratera. Uma miserável cratera na superfície da nossa lua que será conhecida para sempre como a cratera Lippershey.
Sir Alexander Fleming é o nome do cientista que as pessoas pensam
quando o assunto penicilina é trazido à baila. Há até uma historinha
sobre como o pai de Fleming salvou um menino de se afogar na Escócia, e o
pai deste quase afogado jurou pagar pela educação do jovem Fleming,
como sinal de gratidão. Eventualmente, Fleming se graduou médico e
descobriu a natureza curativa da penicilina que eventualmente salvou a
vida de Winston Churchill quando o mesmo contraiu pneumonia. E quem era o
garotinho que o pai de Fleming salvou em primeiro lugar? Winston
eu-não-sei-nadar Churchill.
Tudo muito bonitinho, exceto pelo o fato que não é verdade. O tratamento de Churchill não foi feito com penicilina, e Fleming provavelmente não a descobriu.
Difícil dizer. Os nativos de tribos do norte da África já vinham
usando a penicilina há milhares de anos. Além disso, em 1897, Ernest
Duchesne usou o fungo para curar a febre tifóide em seu porquinho da
índia, prova de que ele estava sabendo o que a penicilina poderia fazer.
Outros cientistas não o levaram a sério na época, devido a sua idade e sua estranha preocupação com porquinhos da índia, então ele nunca recebeu nenhuma patente pelo seu trabalho. Ele morreu dez anos depois, de uma doença que poderia ter sido tratada com penicilina, aliás.
Mesmo quando Fleming acidentalmente descobriu a penicilina anos mais tarde, ele não pensou que ela poderia ser usada para ajudar alguém. Enquanto isto, alguns outros cientistas, Howard Florey, Norman Heatley, Andrew Moyer e Ernst Chain começaram a trabalhar com a penicilina e eventualmente dominaram a mesma e descobriram uma forma de produzi-la em massa.
Enquanto Fleming supostamente nem mesmo acreditou na potencialidade do fungo, ele será sempre lembrado como o gênio inventor de penicilina e salvador de Winston Churchill.
O grande Bell. O homem por trás do telefone e um cara legal. Bell
dedicou muito do seu tempo trabalhando com pessoas surdas. Sua esposa
era surda, sua mãe era surda e ele era até mesmo o professor favorito de
Helen Keller. Com sua quase obsessão de tempo integral com pessoas
surdas, é incrível que ele tenha tido tempo para inventar o telefone.
Em, 1860, um italiano chamado Antonio Meucci demonstrou seu primeiro
telefone funcional (que ele chamava de “teletrofono”). Onze anos mais
tarde (ainda cinco antes do telefone de Bell entrar em cena), ele
registrou uma patente temporária para sua invenção. Em 1874, Meucci não
conseguiu pagar os US$10 (R$20) para renovar sua patente, por que ele
era um italiano pobre e doente.
Dois anos depois, Bell registrou a sua patente de telefone. Meucci tentou processá-lo, é claro, e tentou recuperar os registros dos planos e desenhos originais que ele havia enviado a um laboratório na Western Union, mas incrivelmente estes registros haviam desaparecido. E onde é que Bell estava trabalhando naquela época? Sim, você adivinhou, no mesmo laboratório da Western Union onde Meucci jurou ter mandado seus planos originais. Meucci logo sumiu de cena.
Teria Bell, dada sua posição conveniente no laboratório da Western Union, destruído os registros de Meucci e alegado que o telefone era sua invenção? Difícil dizer. Há quem diga que “sim, sem dúvida alguma”, enquanto outros apenas dizem “provavelmente”. Faz sentido, se você examinar os fatos: Bell tinha um bom número de invenções no bolso, não é ilógico pensar que ele ficou ganancioso. Além disso, para quê Bell iria precisar de um telefone? A mãe e a esposa eram surdas, para quem ele iria telefonar?
De acordo com todos os livros de ciência e aquele episódio do
Animaniacs, Albert Einstein, o Homem do Século da Time Magazine,
inventou a Teoria da Relatividade. Certamente, quando você ouve o nome
Einstein, você deve pensar “ele descobriu a relatividade” ou “ele que
inventou a equação E=mc²”, ou então “um cara totalmente maníaco por
sexo”. Só uma destas é verdadeira (a parte do maníaco por sexo).
Na maior parte, Henry Poincaré. Poincaré era o maior especialista em
relatividade no final do século 19, e muito provavelmente a primeira
pessoa a apresentar formalmente a teoria da relatividade. Se você fosse
Einstein e quisesse escrever sobre a relatividade, você provavelmente
iria querer ter um papinho com o maior especialista em relatividade,
certo? Se você respondeu “sim”, então você realmente não é Einstein.
De acordo com o famoso trabalho de Einstein, “On the Electrodynamics of Moving Bodies” (Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento”, em tradução livre), Poincaré, apesar de ter publicado 30 livros e mais de 500 artigos, não vale a pena ser mencionado. Poincaré não recebe uma única referência, a menos que você considere o plagiarismo um tipo de referência indireta. Einstein não coloca o Poincaré nas referências, nos rodapés, em lugar nenhum do seu paper.
De acordo com o livro de Peter Galison, “Einstein’s Clock, Poincaré’s Maps: Empires of Time” (“O Relógio de Einstein, o Mapa de Poincaré: Impérios do Tempo” em tradução livre), Einstein e um grupo de amigos formaram o chamado The Olympia Academy e se reuniam regularmente para discutir seus trabalhos e o trabalho de outros cientistas. O livro menciona especificamente como Poincaré foi um dos cientistas que Einstein e seu batalhão nerd discutiram.
É interessante que Einstein sentou e discutiu o trabalho de Poincaré por anos, publicou um livro que descrevia uma teoria muito parecida com a dele, e não fez referência a Poincaré nem uma vez em seu livro todo. Uma boa indicação de que isso seja plágio.
Thomas Edison, descrito como um dos “mais prolíficos inventores do
mundo”, com um recorde de 1.093 patentes com seu nome. Edison ainda hoje
é celebrado nas escolas do mundo todo como tendo inventado a lâmpada, o
filme, a eletricidade, e um bando de outras porcarias que ele não está
relacionado nem de longe.
Já que não há espaço na internet para falar de todas as invenções de Edison que ele não inventou, vamos hoje ficar com a lâmpada.
Uma outra pessoa. Todos sabemos que Edison explorava o pobre, mas brilhante, Nikola Tesla, mas em quem mais que Edison pisava?
Um monte de gente estava mexendo com a ideia da lâmpada (Jean Foucault, Humphrey Davy, J. W. Starr, outros caras sobre os quais você nunca vai ler em um livro de história da escola), mas Heinrich Goebel provavelmente foi a primeira pessoa a ter inventado a lâmpada, em 1854. Ele tentou vendê-la para Edison, que não viu nenhum uso prático na invenção e recusou. Pouco tempo depois, Goebel morreu e, logo depois, Edison comprou a patente de Goebel (você sabe, aquela que ele não viu valor algum) da viúva empobrecida do Goebel a um custo muito mais baixo do que ela realmente valia.
Ferrar com um inventor pode ser o suficiente para Galileu, mas Edison era um sonhador e não ficou satisfeito só com um inventor que nunca será lembrado. Então, depois de Goebel, e um ano antes de Edison “inventar” sua lâmpada, Joseph Wilson Swan desenvolveu e patenteou uma lâmpada que funcionava. Quando ficou claro a Edison que no tribunal ele não ganharia de Swan, fez dele um parceiro, formando a Ediswan United Company, na prática comprando Swan e sua patente.
Não muito depois, Edison comprou a ideia completamente, deixando todos os registros da lâmpada sob os cuidados da Edison Company. Claro, Swan ganhou dinheiro por isso, mas ao comprar todos os registros, Edison podia ficar com todos os créditos pela lâmpada. Então, pelo que as histórias sugerem, Edison pode ter sido um sacana com uma enorme lista de inventores que ele pisou, ameaçou, explorou ou comprou, mas o que dizem sobre o Edison nos livros? O pai da maldita lâmpada.
[Cracked]
Eles foram gênios, foram inteligentes, mas a invenção pela qual eles são conhecidos não é deles.
E não foram recebidas de presente, também.
Confira:
5 – Galileu Galilei
Quem inventou o telescópio?
Alguns países adiante, quando Galileu ouviu sobre o trabalho de Lippershey, ele rapidamente criou seu próprio telescópio, em 1609. E um que só conseguia ver um pouquinho a mais que o de Lippershey.
Enquanto Galileu nunca patenteou seu telescópio, o fato é que sempre que se fala em telescópio, é em Galileu que as pessoas pensam, enquanto Lippershey está praticamente ausente dos livros da escola.
E só para mostrar o quanto cada cientista é premiado, quatro luas em torno de Júpiter são chamadas de Galileanas, em homenagem ao dito cujo, e o que é que leva o nome de Lippershey? Uma cratera. Uma miserável cratera na superfície da nossa lua que será conhecida para sempre como a cratera Lippershey.
4 – Alexander Fleming
Tudo muito bonitinho, exceto pelo o fato que não é verdade. O tratamento de Churchill não foi feito com penicilina, e Fleming provavelmente não a descobriu.
Quem foi que descobriu a penicilina?
Outros cientistas não o levaram a sério na época, devido a sua idade e sua estranha preocupação com porquinhos da índia, então ele nunca recebeu nenhuma patente pelo seu trabalho. Ele morreu dez anos depois, de uma doença que poderia ter sido tratada com penicilina, aliás.
Mesmo quando Fleming acidentalmente descobriu a penicilina anos mais tarde, ele não pensou que ela poderia ser usada para ajudar alguém. Enquanto isto, alguns outros cientistas, Howard Florey, Norman Heatley, Andrew Moyer e Ernst Chain começaram a trabalhar com a penicilina e eventualmente dominaram a mesma e descobriram uma forma de produzi-la em massa.
Enquanto Fleming supostamente nem mesmo acreditou na potencialidade do fungo, ele será sempre lembrado como o gênio inventor de penicilina e salvador de Winston Churchill.
3 – Alexander Graham Bell
Quem foi que inventou o telefone?
Dois anos depois, Bell registrou a sua patente de telefone. Meucci tentou processá-lo, é claro, e tentou recuperar os registros dos planos e desenhos originais que ele havia enviado a um laboratório na Western Union, mas incrivelmente estes registros haviam desaparecido. E onde é que Bell estava trabalhando naquela época? Sim, você adivinhou, no mesmo laboratório da Western Union onde Meucci jurou ter mandado seus planos originais. Meucci logo sumiu de cena.
Teria Bell, dada sua posição conveniente no laboratório da Western Union, destruído os registros de Meucci e alegado que o telefone era sua invenção? Difícil dizer. Há quem diga que “sim, sem dúvida alguma”, enquanto outros apenas dizem “provavelmente”. Faz sentido, se você examinar os fatos: Bell tinha um bom número de invenções no bolso, não é ilógico pensar que ele ficou ganancioso. Além disso, para quê Bell iria precisar de um telefone? A mãe e a esposa eram surdas, para quem ele iria telefonar?
2 – Albert Einstein
Quem de fato inventou a Teoria da Relatividade?
De acordo com o famoso trabalho de Einstein, “On the Electrodynamics of Moving Bodies” (Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento”, em tradução livre), Poincaré, apesar de ter publicado 30 livros e mais de 500 artigos, não vale a pena ser mencionado. Poincaré não recebe uma única referência, a menos que você considere o plagiarismo um tipo de referência indireta. Einstein não coloca o Poincaré nas referências, nos rodapés, em lugar nenhum do seu paper.
De acordo com o livro de Peter Galison, “Einstein’s Clock, Poincaré’s Maps: Empires of Time” (“O Relógio de Einstein, o Mapa de Poincaré: Impérios do Tempo” em tradução livre), Einstein e um grupo de amigos formaram o chamado The Olympia Academy e se reuniam regularmente para discutir seus trabalhos e o trabalho de outros cientistas. O livro menciona especificamente como Poincaré foi um dos cientistas que Einstein e seu batalhão nerd discutiram.
É interessante que Einstein sentou e discutiu o trabalho de Poincaré por anos, publicou um livro que descrevia uma teoria muito parecida com a dele, e não fez referência a Poincaré nem uma vez em seu livro todo. Uma boa indicação de que isso seja plágio.
1 – Thomas Edison
Já que não há espaço na internet para falar de todas as invenções de Edison que ele não inventou, vamos hoje ficar com a lâmpada.
Quem foi que inventou a lâmpada?
Um monte de gente estava mexendo com a ideia da lâmpada (Jean Foucault, Humphrey Davy, J. W. Starr, outros caras sobre os quais você nunca vai ler em um livro de história da escola), mas Heinrich Goebel provavelmente foi a primeira pessoa a ter inventado a lâmpada, em 1854. Ele tentou vendê-la para Edison, que não viu nenhum uso prático na invenção e recusou. Pouco tempo depois, Goebel morreu e, logo depois, Edison comprou a patente de Goebel (você sabe, aquela que ele não viu valor algum) da viúva empobrecida do Goebel a um custo muito mais baixo do que ela realmente valia.
Ferrar com um inventor pode ser o suficiente para Galileu, mas Edison era um sonhador e não ficou satisfeito só com um inventor que nunca será lembrado. Então, depois de Goebel, e um ano antes de Edison “inventar” sua lâmpada, Joseph Wilson Swan desenvolveu e patenteou uma lâmpada que funcionava. Quando ficou claro a Edison que no tribunal ele não ganharia de Swan, fez dele um parceiro, formando a Ediswan United Company, na prática comprando Swan e sua patente.
Não muito depois, Edison comprou a ideia completamente, deixando todos os registros da lâmpada sob os cuidados da Edison Company. Claro, Swan ganhou dinheiro por isso, mas ao comprar todos os registros, Edison podia ficar com todos os créditos pela lâmpada. Então, pelo que as histórias sugerem, Edison pode ter sido um sacana com uma enorme lista de inventores que ele pisou, ameaçou, explorou ou comprou, mas o que dizem sobre o Edison nos livros? O pai da maldita lâmpada.
[Cracked]