Exército sírio fecha cerco para 'batalha decisiva' em Aleppo
Batalha de Alleppo prestes a tomar grande rumo
O Exército sírio concluiu neste domingo sua operação para reforçar as
tropas em Alleppo e está pronto para a "batalha decisiva" contra os
rebeldes nesta cidade-chave do norte da Síria, onde prosseguia o
bombardeio contra as posições dos insurgentes. A Força Aérea síria
bombardeou os bairros de Shar, Sajur e Salahedin na cidade, todos
sitiados pelo exército, informou o opositor Observartório Sírio de
Direitos Humanos (OSDH). O bairro de Salahedin, abandonado pela
população, é o principal objetivo dos militares.
"Todos os reforços já chegaram e cercaram a cidade. O Exército está
pronto para lançar a ofensiva decisiva, mas aguardamos as ordens",
alertou um oficial, prevendo que os combates nas ruas exigirão tempo.
Segundo o jornal oficial Al Watan, a verdadeira batalha de Aleppo ainda
não começou. "A missão atual (do Exército) consiste em aplicar duros
golpes aos terroristas, a estreitar o cerco e reforçar o controle de
entradas da cidade para lhes impedir de fugir".
Em Damasco, três oficiais do Serviço de Informação Política desertaram e
se refugiaram na Jordânia, informou Kassem Saad Eddine, porta-voz do
Exército Sírio Livre (ESL), na Síria. "O coronel Yareb al Shareh, seu
irmão Kanaan Mohamad al Shareh e o coronel Yaser Hajj Ali, que
trabalhavam no Serviço de Informação Política em Damasco, desertaram e
se encontram na Jordânia". As deserções não foram confirmadas pelo
regime sírio.
Situação estagnada
Um
alto oficial confirmou que a verdadeira batalha de Aleppo ainda não
começou e que os bombardeios não são mais que preparativos. Ele disse
que pelo menos 20 mil soldados foram destacados como reforço dentro de
Aleppo e em seus arredores e que outros continuam chegando. Os rebeldes
dizem controlar a metade da cidade e afirmam que, apesar dos
bombardeios, os soldados não conseguem avançar nos bairros.
Segundo jornalistas da AFP no local, a situação parece paralisada. Os
combatentes do Exército Sírio Livre (ESL, formado por desertores e civis
que pegaram em armas) e soldados se enfrentam violentamente em
Salahedin, mas continuam esperando a grande ofensiva prometida pelo
regime.
Para aliviar Aleppo, os rebeldes atacam quase toda noite do aeroporto
militar de Managh, onde estão alguns helicópteros. Os aviões da
aeronáutica, porém, vêm de Idleb, mais a oeste, ou de outras regiões e,
por enquanto, nada parece detê-los. Em comunicado, o Conselho Nacional
Sírio (CNS), a principal coalizão da oposição, acusou o Exército de
bombardear as sedes de instituições públicas, que fazem parte do
patrimônio arquitetônico de Aleppo.
Aleppo é uma das cidades mais antigas do mundo e a cidade velha é
considerada pela UNESCO "de valor universal inestimável". O CNS reiterou
também seu pedido a favor de 800 famílias no centro histórico de Homs
(centro) que há mais de 60 dias estão "ameaçadas não só por um
bombardeio selvagem, mas também pela fome, sede e falta de
medicamentos". O Conselho também pediu à comunidade internacional, muito
dividida sobre a crise síria, "e aos países vizinhos a atuar seriamente
frente à ameaça que o regime representa para a existência da Síria, a
paz e a estabilidade internacional".
Iranianos sequestrados
Informações divergentes circulavam neste domingo sobre a identidade dos
sequestradores dos iranianos capturados no sábado na Síria, cujo rapto
foi reivindicado pelo Exército Sírio Livre (ESL) e, ao mesmo tempo,
atribuído por um opositor sírio a um grupo extremista sunita. Os
raptores de 48 iranianos - supostos peregrinos - sequestrados no sábado,
na Síria, são membros de um grupo extremista sunita, afirmou neste
domingo um dirigente da oposição síria, pouco depois de o Exército Sírio
Livre (ESL, rebeldes) reivindicar o sequestro em um vídeo.
"Jundala é um grupo islâmico extremista que tem um discurso religioso
baseado no ódio aos xiitas e aos alauitas", afirma o dirigente, que não
quis ser identificado. Os extremistas sunitas consideram os xiitas e
alauitas - facção do xiismo a qual pertence o presidente Bashar al Assad
- como hereges. A maioria da população síria é sunita.
Mais cedo, a rede de televisão com capital saudita Al Arabiya divulgou
imagens que mostram os reféns iranianos em mãos de rebeldes sírios, que
afirmam deter alguns membros dos Guardiões da Revolução. Nas imagens, o
representante do ESL, um grupo armado rebelde, mostra o que diz ser um
documento de identificação militar e uma permissão para portar armas de
um dos iranianos, apresentado como um Guardião da Revolução. O Irã
insiste que os sequestrados são peregrinos capturados quando se
dirigiram de ônibus para o aeroporto e exige sua libertação.
Fonte: Terra
Vejam alguns vídeos deste fim de semana:
A Batalha de Aleppo
A Batalha de Daraa
Não Percam! Plantão a qualquer momento com informações e vídeos da batalha decisiva de Aleppo aqui no Sempre Guerra.
Rússia e Irã enviam Tropas e Armamentos para Síria
Guerra entra em nova fase, a mais descarada de todas, com participação estrangeira
8 navios de guerra russos com destino a Síria - por motivos desconhecidos
No começo do dia, a Interfax citou uma fonte não identificada do
Ministério da Defesa dizendo que três navios de desembarque, um navio
anti-submarino e quatro pequenas embarcações poderiam chegar em Tartus
no domingo. Os navios estão carregando um contingente de cerca de 360
fuzileiros navais e veículos anfíbios blindados.
A fonte não especificou se os marines permaneceria em Tartus ou sairá com os navios de guerra. Tartus é um porto pequeno e não será capaz de encaixar mais de dois navios de cada vez, disse a fonte.
Especialistas em defesa questionam se o grupo naval pode estar na região para evacuar os russos base na Síria.
"Cada navio grande está levando o esquadrão armado de cerca de 120 fuzileiros navais com armas de fogo, incluindo submetralhadoras, metralhadoras, lançadores de granadas e lança-chamas, e equipamento militar, incluindo lanchas e pequenas embarcações blindadas para as suas ações na costa do mar", a fonte observou.
"Nossos navios de guerra vai chegar a Tartus para reabastecer seus estoques de materiais. Os navios de guerra ficarão por lá vários dias, então eles seguirão para a parte norte-oriental do Mar Mediterrâneo, a fim de entrar no Mar Negro em 12 de agosto através dos estreitos do Mar Negro e chegar a uma base naval em Novorossiisk." Ele disse sem dar mais detalhes se os fuzileiros navais russas vão ficar na base naval russa para garantir sua segurança.
Fonte: Voz da Rússia / Itar-Tass / Bendbulletin
A fonte não especificou se os marines permaneceria em Tartus ou sairá com os navios de guerra. Tartus é um porto pequeno e não será capaz de encaixar mais de dois navios de cada vez, disse a fonte.
Especialistas em defesa questionam se o grupo naval pode estar na região para evacuar os russos base na Síria.
"Cada navio grande está levando o esquadrão armado de cerca de 120 fuzileiros navais com armas de fogo, incluindo submetralhadoras, metralhadoras, lançadores de granadas e lança-chamas, e equipamento militar, incluindo lanchas e pequenas embarcações blindadas para as suas ações na costa do mar", a fonte observou.
"Nossos navios de guerra vai chegar a Tartus para reabastecer seus estoques de materiais. Os navios de guerra ficarão por lá vários dias, então eles seguirão para a parte norte-oriental do Mar Mediterrâneo, a fim de entrar no Mar Negro em 12 de agosto através dos estreitos do Mar Negro e chegar a uma base naval em Novorossiisk." Ele disse sem dar mais detalhes se os fuzileiros navais russas vão ficar na base naval russa para garantir sua segurança.
Fonte: Voz da Rússia / Itar-Tass / Bendbulletin
Rebeldes: combatentes iranianos na Síria para ajudar Assad
Ao longo das últimas semanas, mais de 3.000 snipers iranianos chegaram a
Damasco para ajudar as forças leais ao presidente sírio, Bashar Assad ,
Al-Arabiya, citando um líder de um dos grupos rebeldes que operam no
país devastado pela guerra civil.
O chefe do Conselho Conjunto Militar, um dos grupos que lutam para
manter o controle da cidade de Aleppo , disse à rede de televisão de
Dubai que o exército sírio não confia mais em suas tropas locais, que
são agora considerados desertores em potencial.
Fonte: YNetNews
SEMPRE GUERRA: Guerra entra em nova fase, a mais tensa e
descarada de todas, com participação ativa de países estrangeiros em
ambos os lados do conflito.Teme-se que o conflito se espalhe
regionalmente, apesar da Jordânia e Líbano tentarem acalmar os ânimos.
Vamos aguardar as ações dos próximos dias e neste jogo de poder, alguém
tomará a iniciativa sem o consentimento da ONU...
Vejam os vídeos dos últimos dias da Guerra Civil da Síria:
Confrontos entre Rebeldes e Exército Pró-Assad em Daara
+ Batalha de Daara
Cerco Militar Pró-Assad em Idlib
Batalha na periferia de Damasco
A Batalha de Aleppo
Guerra síria, de mentiras e hipocrisia
Excelente texto publicado no OperaMundi
Já houve uma guerra no Oriente Médio com tanta hipocrisia? Uma guerra
com tanta covardia e imoralidade, falsa retórica e humilhação pública?
Não estou falando sobre as vítimas físicas da tragédia síria. Estou me
referindo às mentiras e enganações de nossos mestres e de nossa opinião
pública — oriental e ocidental — em resposta à matança, à pantomima
perversa que mais lembra uma sátira de Swift do que Tolstoy ou
Shakespeare.
Enquanto o Qatar e a Arábia Saudita armam e financiam os rebeldes da
Síria para derrubar a ditadura alawita/xiita-Baathista de Bashar
al-Assad, Washington não profere uma palavra de crítica contra eles. O
presidente Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton,
dizem que querem democracia na Síria. Mas o Qatar é uma autocracia e a
Arábia Saudita está entre as mais perniciosas ditaduras-reinos-califados
do mundo árabe. Os governantes dos dois estados herdam o poder de suas
famílias — assim como Bashar — e a Arábia Saudita é aliada dos rebeldes
salafistas-wahabistas da Síria, assim como foi um dos mais fervorosos
apoiadores do medieval Talibã durante a idade da escuridão afegã.
De fato, 15 dos 19 sequestradores-assassinos em massa de 11 de setembro
de 2001 vieram da Arábia Saudita, depois do que, naturalmente,
bombardeamos o Afeganistão. Os sauditas estão reprimindo sua própria
minoria xiita da mesma forma como pretendem destruir a minoria
alawita-xiita da Síria. E acreditamos que a Arábia Saudita quer instalar
uma democracia na Síria?
Temos então o partido-milícia xiita Hezbollah no Líbano, mão direita do
Irã xiita e apoiador do regime de Bashar al-Assad. Por 30 anos, o
Hezbollah defendeu os xiitas oprimidos do sul do Líbano contra a
agressão israelense. Eles se apresentam como defensores dos direitos dos
palestinos da Cisjordânia e de Gaza. Mas, diante do lento colapso de
seu aliado implacável na Síria, perderam a língua. Não disseram uma
palavra — nem mesmo Sayed Hassan Nasrallah — sobre os estupros e o
assassinato em massa de civis sírios por soldados de Bashar e pela
milícia Shabiha.
E temos também os heróis dos Estados Unidos — La Clinton, o secretário
de Defesa Leon Panetta e Obama. Clinton divulgou uma “advertência” para
Assad. Panetta — o mesmo homem que repetiu para os últimos soldados dos
Estados Unidos no Iraque a velha mentira sobre a conexão de Saddam com o
11 de setembro — anunciou que as coisas “estão saindo do controle” na
Síria. Mas isso está acontecendo há seis meses. Descobriu isso agora? E
Obama nos disse na semana passada que “dado o estoque de armas químicas
do regime, continuaremos a deixar claro para Assad… que o mundo está de
olho”. Mas, não foi aquele jornal do Condado de Cork, chamado Skibbereen
Eagle, que temendo a cobiça da Rússia em relação à China declarou “que
estava de olho… no czar da Rússia?”. Agora foi a vez de Obama enfatizar o
pouco que pode influir nos grandes conflitos do mundo. Bashar deve
estar tremendo de medo.
Será que o governo dos Estados Unidos realmente gostaria de ver os
atrozes arquivos da tortura de Bashar abertos para nós? É que, apenas
alguns anos atrás, o governo Bush mandava muçulmanos para Damasco para
que os torturadores de Bashar arrancassem suas unhas em troca de
informação, presos a pedido do governo dos Estados Unidos no mesmo
buraco infernal que os rebeldes sírios implodiram na semana passada. As
embaixadas ocidentais diligentemente ofereciam aos torturadores as
perguntas que deviam ser feitas às vítimas. Bashar, vejam bem, era nosso
bebê.
Ah, existe aquele país da vizinhança que nos deve muita gratidão: o
Iraque. Na semana passada, sofreu em um dia 29 ataques a bomba em 19
cidades, com a morte de 111 civis e ferimentos em outros 235. No mesmo
dia, o banho de sangue da Síria consumiu um número parecido de
inocentes. Mas o Iraque estava no pé da página, enterrado abaixo da
dobra, como dizem os jornalistas; porque, naturalmente, nós demos
liberdade ao Iraque, uma democracia jeffersoniana, etc, etc, não é
verdade? Então essa matança a leste da Síria não tem a mesma
importância, certo? Nada que fizemos em 2003 levou ao que o Iraque sofre
hoje, certo?
Por falar em jornalismo, quem na BBC World News decidiu que os
preparativos para as Olimpíadas deveriam preceder no noticiário os
ultrajes da Síria na semana passada? Os jornais britânicos e a BBC no
Reino Unido naturalmente deveriam destacar as Olimpíadas, como notícia
local. Mas, em uma decisão lamentável, a BBC — transmitindo para o mundo
— também decidiu que a passagem da tocha olímpica era mais importante
que crianças sírias morrendo, ainda que os despachos viessem do corajoso
repórter da emissora, diretamente de Aleppo.
E, naturalmente, há nós, os queridos liberais que rapidamente enchem as
ruas de Londres para protestar contra a matança israelense de
palestinos. Justo, com certeza. Quando nossos líderes políticos se
contentam em condenar os arábes por sua selvageria mas se mostram muito
tímidos para dizer uma palavra de tênue crítica quando o exército
israelense comete crimes contra a humanidade — ou assiste a aliados
fazendo isso no Líbano –, gente comum deve relembrar ao mundo que não
somos tão tímidos quanto nossos líderes. Mas quando a matança na Síria
atinge de 15 mil a 19 mil pessoas — talvez 14 vezes mais que as mortes
causadas pela investida selvagem de Israel em Gaza, em 2008-2009 —
praticamente nenhum manifestante, a não ser pelos exilados sírios, foi
para as ruas condenar estes crimes contra a humanidade. Os crimes de
Israel não atingem esta escala desde 1948. Certo ou errado, a mensagem é
simples: demandamos justiça e direito à vida para árabes se eles forem
massacrados pelo Ocidente ou seus aliados israelenses; mas não quando
eles são massacrados por outros árabes.
E enquanto isso, nos esquecemos da “grande” verdade. Que esta é uma
tentativa de esmagar a ditadura síria não por causa de nosso amor pelos
sírios ou nosso ódio pelo nosso ex-amigo Bashar al-Assad, ou por causa
de nosso ódio pela Rússia, cujo lugar está garantido no panteão dos
hipócritas quando vemos a reação do país às pequenas Stalingrados que se
espalham na Síria. Não, esta guerra é sobre o Irã e nosso desejo de
esmagar a República Islâmica e seus planos nucleares infernais — se eles
existirem — e não tem nada a ver com direitos humanos ou com o direito à
vida ou à morte dos bebês sírios. Quelle horreur!
Fonte: OperaMundi
Outras Notícias:
Os rebeldes se apoderaram nesta segunda-feira (30/7) de um posto
estratégico que lhes permite enviar reforços e munições aos seus
companheiros de armas em Aleppo, campo de batalha entre insurgentes e
regime, que sofreu um novo revés com a deserção de mais um diplomata em
Londres.
Esta passagem para Turquia é vital para os rebeldes que instalaram seu
quartel general neste país. E caso os opositores consigam o controle
total de Aleppo (355 km ao norte de Damasco), vão criar uma "zona de
segurança" no norte da Síria, daí a importância desta batalha. O
Exército não avançou nem um metro.
Os militares sírios intensificaram sua campanha para expulsar os
rebeldes da cidade de Aleppo, onde os combatentes dizem resistir
firmemente, prometendo transformar a maior cidade do país na "tumba do
regime".
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o premiê da Turquia,
Recep Tayyip Erdogan, estão trabalhando para acelerar "a transição
política" e a saída de Bashar al Assad na Síria, afirmou a Casa Branca
nesta segunda-feira (30).
Os dois líderes tiveram uma conversa telefônica nesta segunda e
manifestaram sua "preocupação crescente" no que diz respeito aos
"ataques impiedosos do regime sírio contra seu próprio povo, o mais
recente em Aleppo", disse o governo americano em comunicado.