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19 de set. de 2012

Você consegue enrolar a língua?

 
Nem todo mundo consegue enrolar a língua, mesmo quem possui o gene dominante ligado a essa característica.


Algumas pessoas conseguem enrolar a língua formando um tubo, o que para outros indivíduos isso é impossível.

Nos livros  escolares de genética esse é um dos exemplos clássicos de característica determinada geneticamente. Porém, como quase tudo em biologia, essa não é a história toda.

Assista como mesmo a presença de um alelo dominante do gene responsável por essa característica nem sempre garante que ela se expresse, condição conhecida como penetrância incompleta do gene, o que explica porque às vezes até entre dois gêmeos univitelinos um consegue enrolar a língua e outro não.


A característica é determinada por um gene (A) de modo que os portadores da forma homozigota dominante (AA) enrolam a língua e os recessivos (aa), não.

Já os indivíduos que possuem a forma heterozigota (Aa) em alguns caso conseguem enrolar a língua e em outros casos, não.

Estudos feitos no Sul e Sudeste do Brasil e na Europa mostraram que a forma dominante do gene é mais comum do que a recessiva (60%), e cerca de 75% dos heterozigotos são bem-sucedidos em formar o canudo. Esses números foram obtidos por vários estudos com famílias e pares de gêmeos, tanto idênticos (univitelinos) como fraternos.

Esse seria um exemplo do conceito de penetrância incompleta, onde um gene não determina completamente uma característica. Isso pode acontecer por particularidades genéticas, ambientais ou uma combinação dos dois fatores interagindo entre si.

Para saber mais: Pesquisa Fapesp

[Via BBA]