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14 de dez. de 2010

Oh! Minha doce amada!...


A alegria provocante do teu sorriso
a fresca alegria
da tua boca molhada como os caminhos
ao nascer do dia,
-Ah ! não será isto poesia?


A música de abismo no silencio longo
do teu beijo que atrai,
essa estranha vertigem que inebria,
- Ah! não será isto poesia?


O vento a acariciar os tens cabelos soltos
teus cabelos revoltos
macios e leves,
como painas, como nuvens, como neves,
tecidos de seda e de luz
numa estranha magia
Ah! não será isto poesia ?


E o mistério de teus olhos profundos, castanhos,
que atraem como horizontes
para mundos estranhos,
onde há noites de amor, e nunca chega o dia ...
- Ah! não será isto poesia ?


A visão do teu pescoço branco, selado como um templo,
pelo véu de teus cabelos louros, que eu descubro
nos delírios de minha fantasia,
- Ah! não será isto poesia?


E o lóbulo de tua orelha, pequenino, redondo,
onde a maciez do teu corpo se adivinha,
e onde mora o perfume de tua carne que antevejo
e se anuncia ...
- Ah! não será isto poesia?


E a beleza de tua adolescência, insubmissa e revolta,
no ritmo de tuas formas libertadas
ferindo o meu olhar como saga bravia ...
- Ah! não será isto poesia?

E a tua voz
- a noite que se fez sorri numa flauta macia -
e teu corpo, uma bandeira inquieta desfraldada,
teu amor, prece sensual para a minha heresia...
- Ah! não será isto poesia?

- Sim, isto tudo é poesia, em vida revelada,
porque tu és a Poesia, oh! minha doce amada!