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26 de dez. de 2010

No resplendor da aurora!...


As cinzas de um crepúsculo, Senhora,
- rota a cinzenta nuvem da tormenta -
pintaram sobre a rocha pardacenta
no cerro, ao longe, um resplendor de aurora;

Uma estática aurora em rocha fria
que assombra e que apavora o caminhante,
mais que feroz leão, em claro dia,
ou nas dobras da serra, a ursa gigante.

Com o fogo de um amor que é meu tormento
entre a esperança e o medo um sonho esboço,
procuro o mar, além... o esquecimento;

Não, como à noite, a rocha, é o amor vosso,
enquanto o mundo gira em sombras, lento...
Não me chameis, porque voltar não posso.