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12 de dez. de 2010

Perdão!...



 
Perdão por este olhar de fé, e ainda alegria!
Perdão por esta boca a invocar no deserto!
Perdão por esta noite a anoitecer tão perto
e trêmula, a esperar o despontar do dia.


Perdão pelo caminho a prosseguir sem guia,
perdão por este morto arbusto, a descoberto,
perdão por esta sombra a procurar, decerto,
a resposta do corpo fiel a que seguia.


Perdão por este grande amor, enquanto avanço
sem luz e sem visão! - pois que há muito não vejo
a pegada que busco e que ao teu ser me leve.


Perdão por esta luta insana, sem descanso,
perdão por esta morte em que vivo e desejo,
por esta espera vã... por esta vida breve!