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13 de dez. de 2010

Todos se amam, meu Deus!...


Pelo jardim ( será o jardim dos poetas ?)
andam sombras aos pares enlaçadas,
- no alto, trançam-se todas as ramadas
cheias de flores, de botões repletas...

Ainda se ouvem das aves atrasadas
um ruflar de asas trêmulas e inquietas,
- andam faunos e ninfas nas estradas
à procura das sombras mais discretas...

Vivem beijos pelo ar: morrem suspiros!
e a criança, pés descalços, corre o vento
na quietude amorosa dos retiros...              
Todos se amam, meu Deus! E eu só, sozinho!
Quem me dera afinal neste momento
vê-la cruzar adiante em meu caminho!