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Não demorou muito, para o Brasil sentir os primeiros abalos do terremoto que atingiu o Japão. E uma das primeiras cidades a sentir este impacto foi Sumaré, no interior de São Paulo, ao receber a notícia de que a Honda irá demitir 400 funcionários. Este número de demissões chega a 12% do total do pessoal efetivado na unidade da montadora no Brasil, que a partir do próximo mês passa a produzir apenas 300 veículos por dia, ou seja, apenas metade do que vinha sendo produzido, 600 veículos.
O motivo das demissões alegado pela empresa é a falta de peças, decorrente do terremoto que destruiu boa parte do Japão e prejudicou drasticamente sua economia. A falta de componentes eletrônicos é um dos fatores que levaram a Honda a tomar esta decisão. A empresa informou que de tudo fez para que fossem evitadas as demissões, mas não teve outro jeito. Desde 1992 que demissões por motivos de baixa produção não acontecia.
Mais da metade dos demitidos já foram informados, através de telegrama.



O sindicato protesta e informa que a Honda está usando o terremoto do Japão para efetuar as demissões, e que o sindicato irá recorrer até ao Tribunal Regional do Trabalho para garantir os direitos dos trabalhadores. Se houver uma redução da jornada de trabalho, de acordo com o sindicato, de 8 para 5,5 horas o problema pode ser evitado.


O impasse continua e o novo modelo da Honda, a ser lançado este ano, fica adiado para 2012. Espera-se que outros setores comecem a fazer o mesmo, prejudicados pelo terremoto no outro lado do mundo. Os sindicatos querem diálogo e todos esperam que ele exista, para que uma solução seja encontrada e o problema não se agrave ainda mais.