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14 de mai. de 2011

Pirâmides de Keóps


Pirâmide de Keóps

A Grande Pirâmide de Gizé, a única que foi construída, desde o fundamento até o cimo, com a precisão requerida por um instrumento, uma jóia e que encerra para toda a eternidade, em cada uma de suas medidas, as correspondências essenciais com o Universo. Todas as outras pirâmides eram reproduções grosseiras da forma geral da Grande Pirâmide, sem ter dela nem a precisão, nem a execução perfeita. Este monumento eterno, além de seu papel de resumir conhecimentos astronômicos, era destinado a servir de santuário para o culto solar, no qual se realizava o Mistério da mais alta Iniciação. A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que chegou aos nossos dias.

Ficha Geográfica:- Nome antigo: Horizonte de Jnum-Jufuy. Nome moderno: A Grande Pirâmide de Gizé. Faraó: Jnum-Jufuy (Jufu, Keops, Queóps - IV dinastia). Arquiteto: Hemiunu(primo do faraó). Dimensões: Base:230 metros. Altura original:146,6 metros. Altura atual: 137 metros aproximadamente. Ângulo: 51º 50' 35''. Volume: 2.592.968 metros cúbicos. Localização geográfica:- No Egito, sobre o planalto de Gizé, a 12 quilômetros da cidade do Cairo (Egito). Superfície: A grande plataforma sobre onde está construída o conjunto monumental mede 1.500 mts de norte a sul, por 2.000 mts. de leste a oeste. Altitude: 40 metros sobre o nível do Vale de Gizé. Localização: As três pirâmides estão colocadas por ordem de tamanho e Antigüidade seguindo um eixo que vai do nordeste ao sudeste. Evolução arquitetônica: A forma da pirâmide seguiu uma clara evolução, cujo ponto de partida se encontra na mastaba e que, através das etapas intermediárias representadas pela pirâmide de degraus de Djoser, em Saqqara, a de Esnofru, em Meidum, e a pirâmide romboidal e Dahshur, conduz às pirâmides perfeitas de Gizé. Quantidade de trabalhadores:- Calcula-se que a mão de obra total da pirâmide contou com aproximadamente 4.000 (quatro mil) homens entre pedreiros, transportadores e construtores. Tempo da construção: Entre 23 e 30 anos. Quantidade de blocos: 2 milhões de pedras, de aproximadamente 200 e 250 kilos, ainda que existiam blocos maiores.. Tipos de pedra: O núcleo das pirâmides é de pedra calcária, extraída da pedreira situada no local das pirâmides. O revestimento de calcário branco vem das pedreiras de Tura; remontando o Nilo até o Sul. Os granitos utilizados na construção das passagens e das câmaras funerários vêm de Asuán, a 800 km do vale. Transporte das pedras: As pirâmides estão situadas na margem ocidental do Nilo e todas se comunicavam com o rio por meio de caminhos elevados de pedra, construídos para facilitar o transporte das pedras que chegavam a distintas pedreiras.

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Reino Dos Deuses.

Dada a grande importância para o ser humano de conhecer as origens de sua cultura e onde está fundamentada, é necessário nos interarmos dos extraordinários conhecimentos existentes no planeta, ou seja, obras maravilhosas deixadas como um legado por diversos povos. A primeira foi há 40 mil anos, no Oriente. Muitas outras se sucederam, até chegar ao Vale do Nilo, onde se encontra a Pirâmide de Rá (Keops ou Queóps), hoje com 7 mil anos. Essa pirâmide encerra uma série de conhecimentos importantes, em forma de símbolos universais.

Ela situa-se no centro do universo, simbolizando a grande verdade de que O Ser Sublime Deus está no centro de seu ser. A pirâmide está relacionada com o homem e o universo. Os quatro pontos cardeais – O caminho da prece – a disposição da grande pirâmide está relacionada com os quatro pontos cardeais da bússola e simbolizam as quatro partes do homem: a espiritual, a mental, a emocional e a física. E também, os quatro pontos cardeais se referem às quatro letras no nome de Jeová, isto é, YOD-HE-VAU-HE. YOD: é a consciência espiritual, o espírito, (eu sou); HE: é a idéia, o pensamento, a imagem em sua mente; VAU: representa o sentimento, amor e emoção; HE (final): é a manifestação do que você imaginou e sentiu ser verdade.

A grande pirâmide, que também é uma história da humanidade apresenta o relacionamento do diâmetro com a circunferência do círculo, que é expresso em valores numéricos.O círculo representa o Infinito ou Deus, que não tem princípio nem fim. O diâmetro determina a circunferência do círculo, o seu conceito, a sua avaliação ou impressão de si mesmo. Você sempre pode ampliar o diâmetro e construir uma auto-imagem mais ampla. Sua base tem um perímetro de 365,24 polegadas, igual ao número de dias do ano solar. Dividindo este número por quatro, temos a base de cada um dos lados – 9.131 polegadas, igual ao tempo que separa os equinócios, que dividindo por 25 (que é o numero de polegadas compreendido no côvado egípcio e hebraico), nos leva ao número 365,24.

Ela nos indica: À distância da terra ao sol; O diâmetro polar terrestre; O valor exato de PI(3,1416); O valor do metro linear; O norte magnético; A data do nascimento de Jesus. Outras datas proféticas: 2/ago/1909, 28/out/1912, 5/ago/1914, 18/jan/1918, 11/nov/1918, 10/ago/1920, 6/mar/1924, 11/jul/1927, 29/mai/1928, 16/set/1936... Até a data de 2001.

Será mero acaso que a altura da pirâmide de Quéops multiplicada por um bilhão corresponde a distancia da terra ao sol, isto é, a 149.450.000 km. É um acaso que um meridiano que passe pelo centro da pirâmide divide continentes e oceanos em duas metades exatamente iguais. É um acaso que a circunferência da pirâmide dividida pelo dobro de sua altura tenha como resultado o famoso número de Ludof, ou seja, o PI (3,1416). É também, mero acaso, que forneça cálculos sobre o peso da terra, e que o solo rochoso sobre o qual se levanta a construção esteja cuidadosa e exatamente nivelado no centro do planeta.

A grande pirâmide de Quéops é uma indicação de uma ciência anterior a nossa e muito avançada, alguns descendentes diretos dos antigos egípcios, acreditam que ela é uma compilação dos conhecimentos do “Reino dos Deuses”, provando ser ela um livro de pedra compilado por Surid, um dos reis de antes da inundação, construído para ser decifrado no futuro por indivíduos suficientemente avançados para compreende-la. Quando se usa a grande pirâmide como ponto de triangulação nota-se que os lados eram alienados na direção dos pontos cardeais com o meridiano de longitude passando sobre o ápice da pirâmide e linhas diagonais passando através do ápice, se prolongando no rumo norte para formar uma bissetriz exata com o delta do rio Nilo. Uma linha prolongada para o norte através do encontro das diagonais da base iria tangenciar o pólo norte a uma distancia de apenas 6.400 metros, sempre considerando que o pólo norte poderia ter mudado de posição nos séculos que se seguiram à construção da pirâmide. O côvado piramidal de cinqüenta polegadas empregado pelos antigos egípcios, anterior ao metro, é quase igual o metro, mas é na realidade mais exato, pois se baseia no comprimento do eixo polar em vez do eixo de qualquer meridiano, que pode mudar de acordo com os contornos da terra.

Certas medidas tomadas na grande pirâmide, em termos de côvado egípcio, indicam um extraordinário conhecimento da terra e de sua localização dentro do sistema solar, um conhecimento que foi esquecido e só voltou a ser redescoberto na era moderna. Essa informação é traduzida em termos matemáticos, o perímetro da pirâmide é equivalente aos dias do ano (365,24), dobrando-se este perímetro obtém-se o equivalente há um minuto e um grau no equador, a distancia da base até seu ápice pelo declive de um dos lados é 1/600 de 1 grau de latitude, a altura multiplicada por 10ª9 dá a distancia terra/sol.O eixo polar da terra muda de posição no espaço de dia para dia (trazendo uma nova constelação do zodíaco por trás do sol uma vez a cada 2.200 anos), e alcança a sua posição original uma vez a cada 25.827 anos, um número que aparece nos cálculos da pirâmide (25826,6), quando as diagonais cruzadas das bases são adicionadas. As medidas da câmara do rei dentro da grande pirâmide tem as dimensões exatas dos dois triângulos básicos de Pitágoras: [2, 5, 3] e [3, 4, 5] embora ela tenha sido construída vários milhares de anos antes de Pitágoras

Na construção da Grande Pirâmide, foi previsto o estabelecimento de 33 Câmeras Secretas e 17 Quartos Subterrâneos.

Um fato importante que caracteriza a Pirâmide de Gizé é seu perfeito sistema de ventilação. Nenhuma outra pirâmide, nenhuma outra tumba do Egito, foi provida de ventilação de espécie alguma. E isto é perfeitamente compreensível, pois as tumbas eram feitas para conter corpos mortos que "não respiram". Nenhum ser vivo podia penetrar numa tumba após os funerais, pois ela era selada e sua entrada obstruída por pedras; ela se tornava um "lugar secreto", a morada do morto. O simples fato da existência de um sistema de ventilação instalado na Grande Pirâmide deveria ter chamado a atenção e mostrar que este monumento não era destinado aos mortos, mas ao uso de pessoas vivas, que tinham necessidade de respirar.

Títulos das 33 Câmaras da Grande Pirâmide de Keops


1. Consciência

2. Cultura, Linguagem e Grafologia

3. O Espírito

4. Quadratura do Círculo (Quarta Dimensão)

5. Saturação das Massas Polares

6. Criatividade do Homem

7. Desintegração do Átomo

8. A Lei das Probabilidades

9. Ascensão e Descensão (População Constante de Espíritos) (Leis Cósmicas para o Super-Homem)

10. Percepção Extra-sensorial

11. Casuística Interatuante dos Karmas e Darmas (causa e efeito)

12. Principal Motivação das Paixões

13. Cargas de Eletricidade Inalteráveis

14. Corpos Celestes ou Astrais

15. Sattory e a Plenitude da Consciência

16. Câncer (O que é? E sua cura)

17. Ritmo Pulsante da Vida

18. O Sangue e a Clorofila

19. O Estado Alienante do Ser (Neuroses e angústia)

20. Os Linfócitos (Preventivos do câncer)

21. A Lei do Karma-Darma

22. A Lei das Aparências (Lei da Relatividade)

23. Lei dos Semelhantes ou Paridade

24. Subestruturas atômicas

25. Curso Rios e Mares

26. Espécies Marítimas

27. Ocularis

28. Áudio

29. Sutras

30. Mantrans

31. Creação

32. Estações do Ano

33. Kan.

História

As três grandes pirâmides do planalto de Gizé estão distribuídas no deserto de maneira idêntica à distribuição das três estrelas do "cinturão" da constelação de Órion, equivalente celestial ao deus Osíris. Seu "cinturão" era o que os egípcios chamavam de Duat, uma espécie de "porta" pela qual a alma do faraó devia passar para chegar a Amenti, ao mais além.
Pirâmides de Gizé
A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda está de pé. Foi construída durante o período do Império Antigo pelo Faraó Khufu, integrante da IV Dinastia (2.613 a 2.498 Ac) que, assim como seu antecessor, começou a planejar seu "lugar de eternidade" ao assumir seu mandato. O lugar escolhido para sua construção foi à ribeira esquerda do Nilo, a 12 Km do Cairo. Sobre esta margem eram normalmente construídos os cemitérios, já que o sol morria no oeste toda noite. Seus lados eram orientados nos quatro pontos cardinais, fazendo com que o reflexo das sombras acusasse com exatidão cronométrica os pontos essenciais do ano solar, dando as datas precisas da primavera e outono e do inverno e verão. Apesar dos egípcios não contarem com instrumentos ópticos como a bússola, faziam seus cálculos e medições através das estrelas. Sabiam que todo o céu noturno estava em constante movimento, com exceção do ponto escuro imóvel que era reverenciado como eterno, a localização do "céu”. Ao redor deste ponto duas estrelas especialmente brilhantes giravam num círculo constante e, quando uma estava diretamente sobre a outra, era possível traçar uma linha perpendicular que atravessava o ponto escuro com total precisão. Estas estrelas que hoje conhecemos como circumpolares eram chamadas pelos egípcios de "Indestrutíveis".

Baseando-se nestas crenças e conhecimentos, Hemiunu (primo de Khufu e arquiteto principal da Grande Pirâmide) desenvolveu o projeto como uma "máquina de ressurreição". Na parede norte da Câmara do Rei existe uma pequena abertura que funciona como telescópio para as “Indestrutíveis, garantindo assim a viagem para a eternidade de seu rei e para todos os que colaboraram com a construção da pirâmide”.

Estrutura da Pirâmide

Abdullah Al Mamún, subiu ao trono no ano 813 d.C. Promoveu as artes e as ciências e transformou Bagdá no centro do saber acadêmico.No ano 820 rodeado por uma equipe de colaboradores, abriram uma entrada nova, 10 fileiras abaixo da entrada original, que é a usada atualmente pelos turistas. No interior estão os canais o "Ascendente" e o "Descendente". Este último, com 1.22 metros de altura e 1.05 de largura, introduzido a 105,15 metros até o centro da pirâmide. No final do túnel encontra-se a "Câmara do Caos", a mais de 35 metros debaixo do nível do planalto. Acredita-se que originalmente havia sido projetada para abrigar o defunto faraó, e que planos posteriores fizeram com que a idéia fosse abandonada. O "Canal Ascendente", de 1,05 metros de largura por 1,20 metros de altura, finaliza a "Grande Galeria", a uns 23 metros de altura sobre o nível da base da pirâmide. No início está outra passagem de 38 metros, chamada "Canal Horizontal", que conduz até a "Câmara da Rainha". A "Câmara da Rainha" é um quarto do tipo abóbada completamente vazia, de 5,65 metros de comprimento por 5,23 metros de largura e uma altura de 4,17 e 6,30 metros. Sua localização é no centro do eixo norte-sul da pirâmide. No final da "Grande Galeria", de 46,05 metros de comprimento, 2,092 metros de largura e 8,70 metros de altura, está uma anticâmara chamada de "Câmara dos Rastilhos", com numerosas ranhuras que serviam de suporte para diferentes mecanismos de proteção que impedissem a passagem à Câmara do Rei. Finalmente, encontramos a "Câmara do Rei", construída inteiramente com granito de Asuán. Suas dimensões são: 10,481 metros de comprimento, 5,235metros de largura e 5,858metros de altura. Os muros são formados por 5 fileiras de pedra e o teto por 9 imensas pedras de granito que pesam aproximadamente umas 400 toneladas. Na parte oeste da câmara encontra-se o sarcófago de granito vermelho sem tampa. No lado norte da "Câmara do Rei" está um pequeno condutor estreito que penetra através da massa de pedra até o exterior da pirâmide, e se dirige como um telescópio até as estrelas circumpolares, que os antigos egípcios chamavam de "Indestrutíveis".

O corredor de entrada desce num ângulo de aproximadamente 26º. Este corredor vai de encontro a um outro que sobe segundo um ângulo sensivelmente igual. Este se divide, a certa altura, em dois corredores que levam, um a uma galeria no teto elevado, chamada: "A GRANDE GALERIA", a qual conduz à "CÂMARA DO REI", e outra horizontal, a uma outra câmara conhecida sob o nome de "CÂMARA DA RAINHA". Se compararmos a disposição destes corredores com as passagens figuradas sobre as pinturas murais que representam o trajeto do sol através do "HADES", não se pode deixar de notar pontos comuns. A entrada simboliza a PORTA DOS INFERNOS onde o morto desce, desaparecendo na obscuridade entre as montanhas de Abidos. A descida prossegue até o encontro com o CORREDOR ASCENDENTE. É a hora do julgamento. Este, em razão dos pecados cometidos em sua existência encarnada, é condenado à destruição, ou, como diz o texto do "Am-Duat" "vai para a região de Soker" (o deus da terra), desliza ao longo da descida que representa o falso caminho RESTAU. Ele cai no fosso e é tragado sob o monte de areia de Soker. Aquele, que ao contrário, provou por sua vida direita que é digno da vida eterna, merece a recompensa da ressurreição e se eleva pela passagem ascendente até a nova bifurcação. A passagem ascendente é chamada no LIVRO DOS MORTOS: "Caminho da Verdade nas Trevas". Quando chega a este ponto, lhe é deixada a escolha. A porta que se abre para o corredor horizontal representa a porta HADES no mau caminho RESTAU. Este corredor conduz à câmara das "coisas secretas de RESTAU", através da qual o deus (preparando sua ressurreição) não passa, mas (os que estão nesta câmara) ouvem sua voz”. (Am-Duat-4ªdiv.)”.

O LIVRO DOS MORTOS chama esta câmara: "CÂMARA DO 2º NASCIMENTO". Isto significa que, apesar de aqueles que escolheram este caminho tenham renunciado à elevação suprema predestinada, lhes é permitido "ouvir a voz do Logos" e eles estão conseqüentemente capacitados a reparar seu erro, implorando a Deus que lhes conceda a permissão para alcançar o caminho verdadeiro. Resta "A GRANDE GALERIA", chamada no LIVRO DOS MORTOS: "O CAMINHO DA VERDADE PARA A LUZ". É a ascensão para o lugar da ressurreição. Ele representa o trajeto do sol se elevando para o lugar de seu nascimento nas montanhas orientais. Este lugar misterioso do nascimento do Sol é simbolizado pela "CÂMARA DO REI". O teto da passagem horizontal que conduz a esta câmara é rebaixado por três enormes pedras que obrigam aquele que quer penetrar na câmara a abaixar-se muito, por três vezes. Esta passagem é chamada no LIVRO DOS MORTOS: "VESTÍBULO DO TRÍPLICE VÉU". Esta passagem impõe o último obstáculo antes da alma ser definitivamente admitida no lugar da ressurreição, que o LIVRO DOS MORTOS chama de: "A CÂMARA DA TUMBA ABERTA". Um sarcófago de granito de bela feitura se encontra na CÂMARA DO REI. Não há tampa para esta "TUMBA ABERTA"; ela jamais foi utilizada para conter o morto e jamais foi destinada a este uso.

PIRÂMIDES DE GIZÉ E O MISTÉRIO DE ÓRION.
Pirâmide de Orion
As pirâmides de Gizé têm estimulado a imaginação humana. Quando foi erguida, a Grande Pirâmide tinha 145,75 m de altura (com o passar do tempo, perdeu 10 metros do seu cume). O ângulo de inclinação dos seus lados é de 54º54'. Sua base é um quadrado com 229 m de lado. Mas, apesar desse tamanho todo, é um quadrado quase perfeito - o maior erro entre o comprimento de cada lado não passa de 0,1%, algo em torno de 2 cm, o que é incrivelmente pequeno. A estrutura consiste em mais de 2 milhões de blocos de pedra, cada um pesando de duas a 20 toneladas. Na face norte fica a entrada da pirâmide. Um número de corredores e galerias leva ao que seria a câmara mortuária do rei, localizada no "coração" da estrutura. O sarcófago é de granito preto e também está orientado com as direções da bússola. Surpreendentemente, o sarcófago é maior do que a entrada da câmara. Só pode ter sido colocado lá enquanto a construção progredia, um fato que evidencia a complexidade do projeto e como tudo foi cuidadosamente calculado.

São cálculos assombrosos. Por exemplo, se você tomar o perímetro da pirâmide e dividi-lo por duas vezes a sua altura, chegará ao número pi (3,14159...) até o décimo quinto dígito. As chances de esse fenômeno ocorrer por acaso são quase nulas. Até o século 6 d.C., o pi havia sido calculado só até o quarto dígito.

E isso é só o começo. A Grande Pirâmide pode ser a mais velha estrutura na face do planeta, é a mais corretamente orientada, com seus lados alinhados quase exatamente para o norte, sul, leste e oeste. É um mistério como os antigos egípcios conseguiram tamanha precisão sem utilizar uma bússola - assim com é incrível que até agora ninguém tenha aparecido com uma explicação para o enigma.

Ao que parece, todas as construções na planície de Gizé, estão espetacularmente alinhadas. No solstício de verão, quando visto da Esfinge, o Sol se põe exatamente no centro da Grande Pirâmide e de sua vizinha, a pirâmide de Quéfren. No dia do solstício de inverno, visto da entrada da Grande Pirâmide, o Sol nasce exatamente do lado esquerdo da base da cabeça da Esfinge e passa toda a cabeça até se pôr ao lado direito de sua base. A geometria das três pirâmides tem sido uma fonte de confusão por muitos anos, por causa da maneira aparentemente imperfeita com que foram alinhadas. É curioso, porque foram os egípcios os inventores da geometria. Por outro lado, a pirâmide está colocada num lugar muito especial na face da Terra - ela está no centro exato da superfície terrestre do planeta, dividindo a massa de terra em quadrantes aproximadamente iguais. O meridiano terrestre a 31º a leste de Greenwich e o paralelo a 30º ao norte do equador são as linhas que passam pela maior parte da superfície terrestre do globo. No lugar onde essas linhas se cruzam está a Grande Pirâmide, seus eixos norte-sul e leste-oeste alinhados com essas coordenadas. Em outras palavras, a Grande Pirâmide está no centro da superfície terrestre. Ela é, por assim dizer, o umbigo do mundo. Muitos arquitetos e engenheiros que estudaram a pirâmide concordam que, com toda a tecnologia de hoje, não conseguiríamos construir uma igual. Será ? Às vezes as pessoas preferem acreditar em qualquer coisa menos na capacidade do gênio humano. Foi com essa intenção que, em 1944, um grupo de arqueólogos tentou construir uma réplica da pirâmide, sem usar a tecnologia moderna, nem mesmo a roda, mas seguindo uma escada proporcional de tamanho, tempo e número de operários 40 vezes menor. Isso resultaria justamente nos 10 m que faltam ao cume da Grande Pirâmide. Cordas e varetas serviam como instrumentos para medição e demarcação do terreno, as pedras foram cortadas a cinzel nas pedreiras distantes, transportadas de barco e empurradas até o local da empreitada, ao lado de Quéops. O sistema utilizado para erguer as pedras foi uma combinação da rampa com as alavancas. Tudo como nos velhos tempos. Para surpresa geral, as pedras foram se encaixando com precisão milimétrica e a construção progrediu, apesar dos atrasos provocados pelo desconhecimento do know-how da época, que teve de ir sendo desvendado na base da tentativa e erro. O que frustrou o sucesso da empreitada foi o tempo. Não deu. Se a equipe dispusesse de alguns dias a mais, além dos 45 dias determinados, teria construído uma Grande Pirâmide em escala.

Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e intrigante luz sobre o assunto. Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram reforçando sua teoria, mais e mais gente a foi aceitando. Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy tenham sido os primeiros a notar que os "respiradouros" da pirâmide de Quéops apontavam para a Constelação de Órion, aparentemente com o objetivo de mirar a alma do rei morto em direção àquela constelação, Bauval foi o primeiro a notar que o alinhamento das três pirâmides era uma acurada imagem espelhada das Três Marias, como são chamadas no Brasil as estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o "cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal de sua pesquisa. As pirâmides há muito vêm fascinando Robert Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa (Alexandria), e passou a maior parte da sua vida trabalhando no Oriente Médio. Por muitos anos ponderou sobre o significado de Sah, a constelação de Órion e sua ligação com as pirâmides. Bauval sabia que a aparentemente inconsistente disposição das três pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham. Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás das dunas. Ele mencionou de passagem que as estrelas que formam o cinturão do caçador pareciam imperfeitamente alinhadas, e não formavam uma diagonal reta. Mintaka, a estrela mais à direita, está ligeiramente fora do prumo. Enquanto o amigo explicava, Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das três estrelas correspondia perfeitamente ao das pirâmides de Gizé !

Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450 A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as evidências para a sua teoria. Gizé está à oeste do Nilo, da mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na mesma proporção em que Gizé está para o Nilo. Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam exatamente do mesmo modo como são vistas hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus de declinação. A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de 26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pelo nome de precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polar marca esse ponto, mas, na época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o pólo norte celeste. Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento próprio. Algumas estão se movendo em direção a Terra, enquanto outras estão se afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a se mover juntas pelo espaço. A mudança da posição de uma estrela está em função, entre outras coisas, de sua distância do local de observação. Estrelas que estão muito longe parecem se mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma característica por causa da distância. É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual, embora muitas outras partes do céu tenham mudado drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval verificar e construiu sua teoria. As relações que tal descoberta implica são fascinantes.

Os egípcios eram dualistas, tudo em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto de volta às estrelas de onde veio. A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final. A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466 recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."

O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bem-sucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida dessa grande jornada.

Autora : Lu Gomes -Revista Planeta - Grandes Mistérios nº 3 -http://www.geocities.com/Athens/Atrium/6509/cpiramidesorion.html


Curiosidades.

A quantidade de pedra talhada que foi usada para erguer a pirâmide de Quéops não pode ser computada com exatidão, pois o centro de seu interior consiste de um núcleo de rochas cujo tamanho não pode ser determinado com precisão. Todavia, estima-se que quando pronta e intacta devia ser formada por dois milhões e 300 mil blocos de pedra, cada um pesando em média duas toneladas e meia, sendo que os maiores deles pesavam 15 toneladas. O peso total do monumento tem sido avaliado em 5.273.834 toneladas. Sua parte interna foi erguida com a rocha de qualidade inferior que se encontra normalmente naquelas vizinhanças e todo seu revestimento foi feito com a pedra calcária branca de excelente qualidade da região de Tura, localidade perto do Cairo. O pesquisador Max Toth nos conta que as pedras de revestimento, perfeitamente trabalhadas, com uma superfície de contato de aproximadamente 3,25 m², estavam tão bem cimentadas que as juntas entre elas têm uma separação de não mais de 0,6 cm. Esse cimento tem uma tal retentividade que existem fragmentos de pedra de revestimento ainda unidos pelo cimento, embora o resto dos blocos de ambos os lados tenha sido destruído. Pena que civilizações posteriores tenham arrancado quase todas as pedras calcárias do revestimento, com exceção de algumas peças junto da base, para uso em construções modernas. Também se avalia que cerca de 12 camadas, abaixo da pedra do ápice, tenham sido retiradas do vértice. Os pesadíssimos blocos, alguns pesando cerca de 50 toneladas, usados para revestir as câmaras e corredores internos são de granito e foram extraídos das pedreiras de Assuã, localizadas a 800 quilômetros de distância. As faces da pirâmide brilhavam com a luz do Sol e os egípcios lhe deram o nome de Akhet Khufu, Resplandecente É Quéops, ou Akhuit, A Resplandecente. Também chamavam-na de A Pirâmide que É o Lugar do Nascer e do Pôr do Sol. Uma das maneiras de ilustrar a grandiosidade da pirâmide para quem nunca a viu de perto consiste em compará-la com outros monumentos famosos. Estima-se, por exemplo, que na área por ela ocupada caberiam a catedral de Florença, a de Milão e a de São Pedro de Roma, bem como a abadia de Westminster e a catedral de São Paulo de Londres. Por outro lado, sua altura original de 146 metros é superior à da basílica de São Pedro em Roma, que é de 139 metros. Atualmente, porém, mede 137 metros de altura, pois nove metros de seu topo se perderam com o passar do tempo. E para quem gosta de comparações curiosas, alguém calculou que caso a pirâmide fosse reduzida a cubos com 30 centímetros de lado e eles fossem colocados em fila, se estenderiam por uma distância igual a dois-terços da circunferência da Terra no equador. Diz a lenda que Napoleão também fez um de tais curiosos cálculos e concluiu que as três pirâmides de Gizé contêm pedra suficiente para erguer um muro ao redor da França com altura de três metros e espessura de 30 centímetros, cálculo esse que foi confirmado por um eminente matemático francês contemporâneo do imperador. Os lados da pirâmide, em sua base, medem aproximadamente 230 metros cada um e estão orientados quase que perfeitamente em linha com os quatro pontos cardeais e isso também significa que os quatro cantos do monumento são ângulos retos quase perfeitos. O alinhamento é tão exato, que os erros de uma bússola podem ser detectados se compararmos as suas indicações com a orientação piramidal. Trata-se de um fato surpreendente e intrigante se levarmos em consideração que a bússola magnética era totalmente desconhecida dos antigos egípcios. Muito provavelmente conseguiram tal precisão observando o nascer e o ocaso de uma estrela setentrional e determinando os pontos cardeais norte e sul através de medições feitas com um prumo. As quatro faces da pirâmide se inclinam em um ângulo de cerca de 51° 52' em relação ao solo. A entrada fica na face norte, a uma altura de cerca de 16 metros e 76 centímetros medidos verticalmente em relação ao solo, e não está exatamente no meio da parede, mas sim deslocada cerca de sete metros para leste do centro. A partir da entrada um corredor descendente com um metro de largura por um metro e 20 centímetros de altura penetra num ângulo de 26° através da estrutura do monumento e depois pelo solo rochoso. A uma distância de aproximadamente 105 metros da entrada torna-se plano e continua horizontalmente por mais quase nove metros antes de desembocar numa câmara. Essa se encontra a 30 metros abaixo do nível do solo, ficou inacabada, e em seu piso existe uma cova quadrada que parece ser o início de um trabalho destinado a aprofundar o compartimento. A câmara é retangular e mede oito metros e 25 centímetros por 14 metros e tem altura de três metros e 50 centímetros. Na parede sul da câmara, no lado oposto à entrada, existe uma passagem sem saída cavada rusticamente na rocha e que ficou inacabada. Os arqueólogos supõem que essa passagem iria levar a uma outra câmara que nunca foi construída. Ao que parece, nessa altura da construção os planos mudaram e a escavação subterrânea foi abandonada. Abriu-se, então, um buraco no teto do corredor descendente, cerca de 18 metros e 30 centímetros da entrada, e a partir daí construiu-se um corredor ascendente dentro da estrutura da pirâmide. Após o sepultamento a entrada desse corredor foi tampada com uma laje de pedra calcária tornando-a praticamente invisível. O corredor ascendente tem aproximadamente 39 metros de comprimento, sendo que sua largura e altura são iguais às do corredor descendente e seu ângulo de inclinação é de 26° 2' 30". É revestido de calcário branco muito polido em toda a sua extensão, terminando num cruzamento. Logo após a entrada há três grandes blocos de granito vermelho, com um metro e 82 centímetros cada, colocados um após o outro, que vedavam totalmente a passagem e deveriam funcionar como obstáculos para quem, eventualmente, descobrisse a entrada do corredor. Ao construírem esse corredor ascendente parece que a idéia era a de colocar a câmara mortuária na parte central do monumento e a uma altura não muito elevada em relação ao solo. E tal câmara foi realmente construída no final de uma passagem horizontal que tem quase 39 metros de comprimento e um metro de lado e que parte do topo do corredor ascendente. Hoje ela é conhecida com o nome equivocado de câmara da rainha e fica exatamente no meio da distância entre as faces norte e sul da pirâmide, ou seja, diretamente debaixo do vértice do monumento. Mede cinco metros e 70 centímetros por cinco metros e 23 centímetros e têm o teto em ponta atingindo a altura de seis metros e 22 centímetros. Os blocos que formam o teto ultrapassam a largura da câmara e se estendem pela alvenaria circundante por mais de três metros de cada lado. Sua função é reduzir o peso real da massa piramidal sobre as paredes do recinto. Na parede leste há um nicho com apenas um metro de profundidade, quatro metros e 67 centímetros de altura e largura da base de um metro e 57 centímetros, que se supõem fosse destinado a conter a estátua do rei, mas que, provavelmente, nunca foi colocada em seu lugar. Indícios como a falta de acabamento do piso e outros, apontam para a probabilidade de que a câmara da rainha não tenha sido terminada. Os arqueólogos acreditam que nesse ponto dos trabalhos os egípcios mudaram seus planos mais uma vez. Iniciaram, então, a construção da grande galeria, que é uma continuação do corredor ascendente. Ela tem 46 metros e 63 centímetros de comprimento e oito metros e 53 centímetros de altura; suas paredes, de pedra calcária polida, inicialmente erguem-se verticalmente até dois metros e 28 centímetros, atingindo aí uma largura de quase um metro e 80 centímetros. Acima desse nível há sete fiadas que se projetam para dentro cerca de oito centímetros além da fiada sobre a qual se apóiam, formando, assim, uma abóbada que impressiona por suas dimensões. O espaço entre a fiada superior de cada lado tem um metro e cinco centímetros de largo e é fechado por lajes à guisa de telhado. Engenhosamente, cada laje do teto inclinado tem sua borda inferior apoiada numa espécie de reentrância talhada no topo das paredes laterais; isso evita que as pedras pressionem as que estão imediatamente abaixo, o que criaria uma excessiva pressão ao longo de todo o teto e faz com que cada laje seja sustentada separadamente pelas paredes laterais sobre as quais se apóia. Na parte inferior de cada parede existe um declive formando uma espécie de degrau com 61 centímetros de altura e 50 centímetros de largura e que se estende ao longo de todo o comprimento da galeria; entre eles corre uma passagem de largura idêntica à do teto. Do ponto de convergência entre o corredor ascendente, a passagem que leva à câmara da rainha e a grande galeria, parte um poço estreito que desce não só pelo interior da pirâmide, mas também pelo solo rochoso, primeiro perpendicularmente e depois obliquamente em direção ao corredor descendente, no qual desemboca em sua parede oeste. A função desse poço parece ter sido oferecer uma rota de fuga para os operários que tiveram a missão de obstruir o corredor ascendente após a realização do funeral. Na extremidade superior da grande galeria existe uma pedra imensa, com um metro de altura, conhecida como grande degrau, a qual forma uma plataforma de cerca de um metro e 80 centímetros por dois metros e 43 centímetros e estima-se que esteja em linha com o vértice da pirâmide. Ele dá acesso a uma passagem horizontal, baixa e estreita, com um metro de largura e pouco mais de um metro e 20 centímetros de comprimento, que conduz a uma espécie de antecâmara, a qual tem três de suas paredes em granito vermelho polido. Esse aposento tem cerca de 2 metros e 74 centímetros de comprimento, um metro e 52 centímetros de largura e três metros e 66 centímetros de altura. Em suas paredes leste e oeste foram talhadas três canaletas, com 55 centímetros de largura cada uma, que chegam até o chão e destinavam-se a receber três portas levadiças, as quais, entretanto, não foram encontradas pelos arqueólogos. Supõe-se que tais portas seriam baixadas por meio de cordas que deslizariam sobre cilindros de madeira fixados no topo de cada canaleta. Nas mesmas paredes existe, na altura do teto, uma quarta reentrância de menor comprimento, interrompendo-se a uma distância de cerca de um metro e 15 centímetros do chão e que sustenta até hoje dois blocos de granito sobrepostos que se estendem por toda a antecâmara. Cada um de tais blocos é uma laje com aproximadamente um metro e 52 centímetros de largura por 60 centímetros de altura e 40 centímetros de espessura. Elas se situam a cerca de 56 centímetros da parede norte da câmara. Sobra um espaço de um metro e 52 centímetros entre o bloco superior e o teto, o qual teve ter sido obstruído originalmente por outra laje. Tudo isso eram precauções tomadas pelos antigos egípcios para evitar a invasão do sepulcro, pensam os arqueólogos. Outro corredor baixo sai da antecâmara, alinhado exatamente com o corredor de entrada para a mesma, tendo a mesma largura daquele e atingindo quase dois metros e 60 centímetros de comprimento e abre-se para a câmara do rei. A câmara do rei é totalmente de granito. Mede 10 metros e 46 centímetros por cinco metros e 23 centímetros e têm altura de cinco metros e 81 centímetros. Nas suas paredes norte e sul, a uma altura de cerca de 90 centímetros acima do piso, há aberturas retangulares de dois condutos que penetram no interior da pirâmide e atingem suas paredes externas. Tais condutos são considerados pelos estudiosos como meios de ventilação da câmara, mas também se acredita que possam ter tido propósitos religiosos. Junto à parede oeste da câmara do rei encontra-se um sarcófago retangular e sem tampa, feito de granito, totalmente sem inscrições, que provavelmente deve ter recebido um dia o corpo do faraó encerrado em um ataúde de madeira. Entretanto, os pesquisadores encontraram-no vazio.

A aparência do sarcófago é grosseira, sendo que muitas das ranhuras provocadas pela serra que o desbastou ainda estão claramente visíveis. Suas dimensões externas são: dois metros e 30 centímetros de comprimento, pouco mais de 90 centímetros de largura e cerca de um metro e 16 centímetros de altura. Batendo-se nele com a mão, houve-se um som claro de campainha. Como a largura do sarcófago é maior do que a largura da entrada do corredor ascendente, concluiu-se que ele deve ter sido colocado em seu lugar durante a construção da câmara do rei. O teto da câmara do rei tem um desenho inusitado. O forro é plano e formado por nove lajes de granito que pesam em conjunto cerca de 400 toneladas. Acima dele, porém, há cinco compartimentos estanques, sendo que o forro dos quatro primeiros é plano e o do último forma um teto em ponta. A altura dessas câmaras é de aproximadamente 90 centímetros, com exceção da última que permite que uma pessoa fique em pé dentro dela. A intenção, ao que parece, era a de evitar que o forro da câmara ruísse sob o peso da estrutura da pirâmide. Algumas das paredes desses compartimentos são de pedra calcária e em vários de seus blocos ainda se pode ver as marcas em ocre vermelho que neles foram pintadas na pedreira. Entre tais marcas encontram-se as únicas referências existentes ao nome de Quéops em toda a pirâmide. Do muro que, com certeza, rodeava a pirâmide de Quéops, nada restou. Resta apenas parte do pavimento em pedra calcária que preenchia o espaço entre a pirâmide e o muro. Defronte à parte central da face leste da pirâmide há um templo mortuário: uma construção retangular de pedra calcária, medindo 52 metros e 12 centímetros de norte a sul por 40 metros e 23 centímetros de leste a oeste. Na fachada leste do templo, uma passagem dá acesso a uma calçada murada externa. A construção é basicamente formada por um pátio pavimentado de basalto negro, rodeado por arcarias. O telhado das arcadas pode ser atingido através de uma escada de pedra em caracol e é suportado por colunas de granito, todas decoradas com cenas esculpidas em baixo relevo. No fundo do templo há um nicho que talvez tenha sido o santuário. Se existia ou não alguma coisa entre os fundos do templo e a base da pirâmide de Quéops, não se sabe. Ao norte e ao sul do templo, mas em uma área localizada do lado externo aos muros que rodeavam a pirâmide, foram encontradas duas covas em forma de barco escavadas na rocha. Outra cova semelhante foi achada junto ao templo. As três estavam vazias. Uma quarta cova, porém, localizada ao sul dos muros, continha um bote de madeira, parcialmente desmontado, com 43 metros e 58 centímetros de comprimento e com capacidade de deslocamento de mais de 40 toneladas. Nessa barca de milhões de anos, como diriam os egípcios, o casco é formado por centenas de peças de madeira que se encaixam como se fosse um enorme quebra-cabeça e que são mantidas unidas por um único pedaço de corda. Assim, tornava-se desnecessário usar calafetagem ou piche para que o barco fosse estanque. O projeto baseava-se no fato de que, quando úmida, a madeira incha, ao passo que a corda encolhe. Isso produzia uma vedação automática, impermeável à água. Afirmam os estudiosos que esse barco tinha condições de navegabilidade infinitamente melhor do que qualquer embarcação da época de Cristóvão Colombo. O barco foi reconstruído e um museu foi erguido em Gizé especialmente para abrigá-lo. O costume de enterrar barcos junto aos sepulcros existia desde a I dinastia. Alguns deles talvez tivessem sido usados no decorrer do funeral, mas outros se destinavam a servir de meio de transporte para o morto no além-túmulo, seja para acompanhar a barca do deus-Sol em sua jornada, seja para atingir as regiões profundas onde os deuses habitavam. No lado sul da calçada murada que dá acesso ao templo, e em ângulo reto com ela, existe uma fileira de três pirâmides secundárias, sendo que cada uma delas apresenta uma pequena capela em ruínas junto à sua face leste. Ao lado da primeira pirâmide, que se acredita tenha pertencido à rainha favorita de Quéops, há uma pequena cova em forma de barco. A segunda pirâmide parece ter pertencido a uma das filhas de Quéops, enquanto que a terceira pertenceu, conforme documentos datados da XXI dinastia, a uma rainha de nome Henutsen, provavelmente apenas uma meia-irmã do faraó e não sua esposa. Nas proximidades da primeira pirâmide secundária os arqueólogos descobriram um túmulo real intocado pertencente à esposa do faraó Snefru e mãe de Quéops, a rainha Hetepheres. O sepulcro foi encontrado no fundo de um poço de 30 metros de profundidade e que havia sido totalmente bloqueado com alvenaria. Não havia qualquer edificação sobre o poço. Muito ao contrário, sua boca foi cuidadosamente disfarçada para confundir-se com o restante do solo e não ser localizada. Na câmara mortuária havia um fino sarcófago de alabastro vazio, mas as vísceras lá estavam em uma caixa também de alabastro. Diversos objetos foram encontrados na câmara funerária: vasos de alabastro, um jarro de cobre, três vasos de ouro, navalhas de ouro, ferramentas de cobre e um instrumento de ouro para manicura, pontudo numa das extremidades para limpar as unhas e curvo na outra para pressionar a cutícula. Havia, ainda, uma caixa de toalete com oito pequenos vasos de alabastro cheios de ungüentos e pós. Numa caixa de jóias estavam 20 ornatos de prata para o tornozelo, decorados com libelinhas de malaquita, lápis azul e coralina. Objetos maiores também figuravam no conjunto: uma estrutura de baldaquino feita de madeira revestida de ouro, duas cadeiras com braços e uma cama parcialmente revestidas com folhas de ouro. Nos pés da cama vê-se um painel de ouro decorado com um desenho floral em azul e preto. A leste e a oeste dos muros que cercavam a pirâmide de Quéops existiam grandes cemitérios de mastabas, dispostas em fileiras paralelas. No lado sul da pirâmide havia apenas uma fila de mastabas e no lado norte elas não existiam. Os ocupantes dos túmulos do cemitério do lado leste eram parentes próximos do rei e os do lado oeste, que é o maior, funcionários da administração. Tal disposição ilustra a crença de que o faraó viveria no além-túmulo cercado por seus parentes e servos leais. Muitas das mastabas perderam seu revestimento externo. Originalmente estavam recobertas por pedra calcária, a exemplo da pirâmide. Assim, todo o conjunto apresentava uma coloração uniforme, com a Grande Pirâmide se elevando bem ao centro de forma impressionante. Por sua vez, o contraste entre a enormidade da pirâmide e a pouca altura das mastabas deveria ilustrar a diferença entre a majestade divina do rei e a condição de simples mortais de seus súditos. A simetria das sepulturas foi quebrada já no decorrer da V e da VI dinastias, quando pequenas mastabas foram erguidas nos espaços existentes entre as fileiras dos túmulos primitivos. Os próprios funcionários da necrópole e os sacerdotes mortuários, que executavam as tarefas necessárias à preservação do bem estar dos mortos, construíram ali seus próprios sepulcros. Em épocas posteriores, os egípcios passaram a acreditar que construir seus túmulos na região de Gizé lhes conferiria vantagens adicionais após a morte e, assim, toda a área apinhou-se de sepulcros.

Constelações.
Constelações
Constelações são agrupamentos aparentes de estrelas os quais os astrônomos da antiguidade imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objetos. Numa noite escura, pode-se ver entre 1000 e 1500 estrelas, sendo que cada estrela pertence a alguma constelação. As constelações nos ajudam a separar o céu em porções menores, mas identificá-las é em geral muito difícil.

Uma constelação fácil de enxergar é Órion, mostrada na figura acima como é vista no hemisfério sul. Para identificá-la devemos localizar 3 estrelas próximas entre si, de mesmo brilho, e alinhadas. Elas são chamadas Três Marias, e formam o cinturão da constelação de Órion, o caçador. Seus nomes são Mintaka, Alnilan e Alnitaka. A constelação tem a forma de um quadrilátero com as Três Marias no centro. O vértice nordeste do quadrilátero é formado pela estrela avermelhada Betelgeuse, que marca o ombro direito do caçador. O vértice sudoeste do quadrilátero é formado pela estrela azulada Rigel, que marca o pé esquerdo de Órion. Estas são as estrelas mais brilhantes da constelação. Como vemos, no hemisfério Sul Órion aparece de ponta cabeça. Segundo a lenda, Órion estava acompanhado de dois cães de caça, representadas pelas constelaçõs do Cão Maior e do Cão Menor. A estrela mais brilhante do Cão Maior, Sírius, é também a estrela mais brilhante do céu, e é facilmente identificável a sudeste das Três Marias. Procyon é a estrela mais brilhante do Cão Menor, e aparece a leste das Três Marias. Betelgeuse, Sírius e Procyon formam um grande triângulo.