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30 de jul. de 2011

Recordes


Maratonista mais rápido

O maratonista Haile Gebreselassie (Etiópia) já era detentor de muitos recordes em 2000, mas sua maior realização na década ocorreu em 28/9/2008, na 35ª maratona de Berlim. Haile já havia registrado um tempo recorde no ano anterior, 2h4min26s, também na maratona de Berlim. O maratonista conquistou ainda títulos mundiais nas categorias de 1.500m, 3.000m, 5.000m, 10.000m, cross country e meia maratona e ganhou dois ouros olímpicos nos 10.000m, em 1996 e 2000. Por não ter competido nas Olimpíadas de Pequim em 2008, estava completamente descansado e preparado para aquela que foi a maratona mais rápida da história. Os quatro líderes ultrapassaram os demais logo no início e, após 5km, havia certa preocupação, já que tinham acelerado demais. À medida que o ritmo diminuía, Gebreselassie ainda estava no páreo para um recorde no km 20. No mesmo ano, Haile tinha afirmado: “Claro, é possível completar em menos de 2h4min, mas tudo tem que ser perfeito”. Nessa competição, Gebreselassie cruzou a linha de chegada com impressionantes 2h3min59s, finalizando a maratona perfeita.



Mais conquistas da volta da França


Em 2003, cinco ciclistas tinham ganhado a Volta da França cinco vezes e dois, o espanhol Miguel Indurain e o americano Lance Armstrong, tinham conquistado os títulos consecutivamente. No ano seguinte, Lance Armstrong tentava quebrar o recorde com seis títulos em sequência, competindo novamente com o alemão Jan Ullrich. Jan venceu a prova de 1997, ano em que o americano lutou contra um câncer testicular. Mas Armstrong retornou para vencer a prova de 1999, sua primeira aparição em uma volta ciclística desde 1996. Ele dominou a corrida e venceu cinco etapas consecutivas. Poderia conquistar a sexta? Lance era um dos favoritos antes da volta de 2004, a qual começou chegando em segundo lugar na etapa de abertura, 15s à frente de Ullrich. Após nove etapas, Armstrong estava em sexto lugar, ainda à frente de Ullrich, mas quase 10min atrás do líder, o surpreendente jovem ciclista francês Thomas Voeckler. Mas Armstrong teve forças para ultrapassar Voeckler e vencer a 15ª etapa com um sprint no final, recuperando o colete amarelo do líder da prova, com o qual seguiu até a Champs-Elysées. Armstrong chegou a Paris para reivindicar o sexto título quebrando recordes e declarando: “Amo a Volta da França; é a minha parceira”. No ano seguinte, Lance Armstrong conquistou o sétimo título e anunciou sua aposentadoria do ciclismo.


Mais ouros em uma Olimpíada



As expectativas depositadas no nadador Michael Phelps (EUA) eram altas nas Olimpíadas de Pequim. Todos acreditavam que o “Baltimore Bullet” (a Bala de Baltimore) obteria um grande número de vitórias, mas conseguiria ele levar todas as oito medalhas de ouro? Michael conquistou a vitória nos 400m medley com grande vantagem, registrando um novo recorde com a marca de 4min3,84s; e, com a equipe american,a conseguiu vencer o revezamento 4 x 100m. No dia seguinte, a final dos 200m livre foi liderada por ele do começo ao fim, e Phelps cravou um novo recorde 2,5s mais rápido do que o anterior, de 2004. Em 15 de agosto ele dobrou o número de ouros, de três para seis, com vitórias e recordes mundiais nos 200m borboleta, revezamento 4 x 200m livre e 200m medley. Em 16 de agosto, o americano de 23 anos teve concorrentes de peso na final dos 100m borboleta. A prova estava acirrada e o sérvio Milorad Čavić deslizou até o final, enquanto Michael teve que fazer uma meia braçada diferente para tentar tocar a borda da piscina primeiro. Não se sabia o vencedor até a confirmação do resultado no telão do Cubo d'Água: Michael havia conquistado a vitória com uma diferença mínima de um centésimo de segundo. O oitavo e último evento de Phelps foi a final dos 4 x 100m medley, na qual conquistou mais um recorde. Antes das Olimpíadas ele havia comentado: “Não vou dizer nada. Vou continuar fazendo o que faço. Não falei nada sobre quebrar recorde algum”. Sete recordes e oito medalhas de ouro foram os seus resultados.

Mais vitórias em aberto de tênis



Roger Federer (Suíça) realizou sua primeira conquista da década durante o Torneio de Wimbledon de 2001, quando venceu sete vezes o campeão Pete Sampras (EUA) para chegar às quartas-de-final do evento. Em 2003, conquistou o primeiro título de Grand Slam ao vencer Mark Philippoussis (Austrália) na final de Wimbledon e, no outono do mesmo ano, embarcou num incrível tour de force nunca antes visto nos 35 anos de história da era dos abertos. Federer começou em Viena, ao defender com sucesso seu título do troféu CA-Tennis em uma vitória sem sets perdidos contra o número 1 do mundo, Carlos Moya (Espanha). A próxima parada foi em Houston, para o final da temporada do Tennis Masters Cup, quando derrotou arrasadoramente o americano Andre Agassi por 6-3, 6-0 e 6-4, encerrando o ano em grande estilo. Roger começou 2004 conquistando seu segundo título de Grand Slam, no Aberto da Austrália, em janeiro, se tornando o número 1 do mundo. Em seguida, venceu outras quatro finais antes de chegar à final de Wimbledon pelo segundo ano consecutivo. Ele perdeu o primeiro set para Andy Roddick (EUA), mas voltou com tudo para vencer em quatro sets. Federer ganhou o Aberto dos EUA no mesmo ano com 6-0, 7-6 e 6-0 sobre Leyton Hewitt (EUA). Ninguém o havia batido em 11 finais em 2004 e a tendência continuou em 2005. Novamente venceu em Wimbledon e no Aberto dos EUA, bem como em nove outras finais que culminaram no Aberto da Tailândia, vencendo todos os sets contra Andy Murray (RU). Na 25ª final consecutiva, Federer perdeu para o argentino David Nalbandian no Tennis Masters Cup, mas, com 24 títulos seguidos, ele duplicou o recorde anterior, que era compartilhado pelo sueco Bjorn Borg e pelo britânico John McEnroe. Federer também permaneceria como número 1 até 7/7/2008, um intervalo de 231 semanas, o maior tempo em que um tenista permaneceu no topo do ranking mundial.