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8 de out. de 2011

À moda antiga!...


Vou lhes contar como é triste, ver a velhice chegar,
ver os cabelos caindo, ver a vista encurtar,
ver as perna tropeçando, com preguiça de andar,
ver "aquilo" esmorecendo, sem força pra levantar.


As carnes vão sumindo, vão aparecendo as veias,
a visão diminuindo e crescendo as sobrancelhas,
a audição vai encurtando, vai aumentando as orelhas,
da cintura pra baixo “secando”, a gente ao ver se aperreia.

A velhice é uma doença, que dá em todo cristão,
dói os braço, dói as pernas, dói os dedo, dói a mão,
dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pulmão,
dói o fim do espinhaço, dói peito, dói coração.


Quando a gente fica velho, tudo no mundo acontece,
vai passando pelas ruas,as “meninas” se oferece,
a gente olha aquilo tudo, benza Deus e agradece,
corre ligeiro pra casa, a procura do INSS.

No passado quando eu era moço, todo o sol pra mim brilhava,
eu tinha mil namoradas, tudo de bom me sobrava,
as “meninas” mais bonitas, da cidade eu paquerava,
eu namorava todo dia, e mais paquera chegava.

Mas o passado passou, faz tempo ficou pra trás,
tudo aquilo que eu fazia, hoje me sinto incapaz,
o tempo me roubou tudo, de uma maneira sagaz,
pra falar mesmo a verdade, nem sexo eu faço mais.

Quando o velho chega aos oitenta, tudo no mundo embaraça,
pega a mulher vai pra cama, apalpa beija e abraça,
mas sabe, como é que é, acontece aquela desgraça,
é que velho só faz duas coisas: soltar peido e achar graça.

Saudade, quanta saudade, da época da juventude,
cheio de energia, bem disposto, esbanjando muita saúde,
hoje velho, no fim da vida, os bons momentos, atitudes,
nestes dias transforma, a minha cama, em ataúde.


Autor - desconhecido